Vinte Linhas 753

Smart Box – uma caixinha de surpresas geográficas

Gozei em excelente companhia na semana passada uma oferta feita no Natal de 2011 através de uma caixinha com o título simpático de Smart Box. Até aqui tudo bem. Foram quase 24 horas de encantamento num espaço cujo nome dá logo a entender do que se trata – Casal da Eira Branca. A eira serve de terraço panorâmico abrindo o nosso olhar para um vale onde passa uma ribeira e onde chegam os sons das tarefas da agricultura. O casal (lugar) chama-se Infantes e fica na freguesia de Salir de Matos (Caldas da Rainha). Além da eira, espaço de lazer onde outrora foi ponto de trabalho de malhar e joeirar, o conjunto dispõe de jardim, piscina, biblioteca, bar com Internet e sala de estar. Em suma – uma maravilha, um carregador de baterias humanas num espaço sossegado mas bem perto das praias da Foz do Arelho e São Martinho do Porto sem esquecer os diversos encantos da cidade de Caldas da Rainha.

Onde a caixinha falha estrondosamente é no seu mapa de Portugal e na bizarra maneira de referir a sua geografia. Começa por chamar «Norte» ao Nordeste Transmontano e, a seguir, chama «Beiras» a tudo o que aparece entre o Rio Douro e o Rio Tejo mas depois estica a noção de Beiras não só ao clássico (Beira Alta, Beira Baixa, Beira Litoral) mas também à Estremadura. Não faz sentido por exemplo a Casa do Patriarca em Atalaia – Vila Nova da Barquinha (que é muito mais para Norte, bem perto de Tomar) fazer parte de Lisboa e Vale do Tejo e o Casal da Eira Branca em Salir de Matos (que é mais para Sul, bem perto de Lisboa) surge como das Beiras quando é (e sempre foi) da Estremadura. O mapa anexo apesar de velhinho (e até por isso) mostra como as divisões eram no princípio do século XX em Portugal. Já agora não confundir – existe um outro espaço com o mesmo nome em Óbidos, na Travessa do Facho.

25 thoughts on “Vinte Linhas 753”

  1. O causador dessa estúpida confusão não é a “caixinha”, é antes o Relvas, que no governo anterior onde passeou a sua proverbial ignorância – o do Fujão Baboso – aumentou a Região Centro até às portas de Lisboa e amarfanhou metade do Ribatejo dentro do Alentejo, só para tentar ludibriar nas contas da Coesão os burocratas de Bruxelas. O chico-espertismo “criativo” no seu maior “esplendor”…

    Quanto ao mapinha do início do Séc. XX, também tem erros grosseiros, que a 1ª República em boa hora corrigiu, em 1911, com as suas Onze Províncias: o Douro estendia-se alarvemente até à Figueira da Foz (!) e a Estremadura galgava impante através do âmago do Ribatejo! Cuidado com as imitações…

  2. ainda há que gaste €49,90 contigo em prendas, mau gosto do caraças. foste à procura da judite ou o nascimento providenciou as ucrânianas. sempre na chulice, na volta cravaste aquela do consultório para atestar o citrohein e para variar vens práqui gabar-te das tuas proezas rurais pondo defeitos conceptuais no panfleto. não temos puto a ver com as tuas frustações & complexos turísticos baratos, se estás chatedo pedes o livro de reclamações ou cagas-lhes as paredes com grafitanço revanchista, mas o que tu queres, já todos sabemos, manifestar o deslumbre parolópoetico do olha-pra-mim-a-curtir-com-uma-gaja em ambiente rural com piscina e internet, quase 24 horas, sem tirar à cause des mouches.

    http://www.smartbox.com/pt/?menu=activity&id=PK00244488

  3. Toda a geografia das nossas terrinhas vai ficar mais extensa com o regresso à tracção animal por causa preço do pitrol.

  4. “Gozei em excelente companhia…” – aqui vais ser gozado por isso

    “… onde chegam os sons das tarefas da agricultura.” – sim, devem ser os peidos dos agricultores que saem da tasca ao lado

    “… o conjunto dispõe de jardim, piscina, biblioteca, bar com Internet e sala de estar. Em suma – uma maravilha…” – o deslumbre do gajo das águas furtadas. na volta infestaste a biblioteca com lemes de luz e outros restos de colecção

    “… um carregador de baterias humanas num espaço sossegado mas bem perto das praias da Foz do Arelho e São Martinho do Porto sem esquecer os diversos encantos da cidade de Caldas da Rainha.” – olha que poético, quando tens as baterias fracas pegas de empurrão?

    o segundo parágrafo, a reclamação, tem mais erros que o original e nem vale a pena ser comentada pela estupidez do assumpto.

  5. (Fora do contexto – ou talvez não)

    Fechou a única livraria que em Lisboa só vendia poesia, e nem uma palavrinha a respeito, ó poeta?

    Ou as suas obras não eram vendidas lá?

  6. tamém morreu o tabuchi e o gajo nem deu por isso, vendo bem, não o conhecia. só conhece chulos do mesmo calibre e é íntimo de todos os grandes que morreram e não podem contestar a dita amizade. resumindo, um cromo aldrabão.

  7. Ó Jonas (???) falei há´bocado com o Changuito que ia na Rua da Misericórdia com o poeta Miguel Martins. Claro que falámos da Livraria que fechou por vontade dele mas não penses que és tu ou quem quer que seja a fazer a minha agenda. Sou eu que a faço desde que em 1978 comecei a escrever no velho Diário Popular. Percebido???

  8. “…mas não penses que és tu ou quem quer que seja a fazer a minha agenda.”

    Meu caro poeta,

    Será que nos conhecemos de algum lado para que de repente lhe dê na cabeça passar a tutear-me, num manifesto exercício de má-educação?

    Percebo o seu incómodo, mas se espera que eu entre num outro estilo de comentário, ao nível do que fez acima, perde o seu tempo.

  9. “… desde que em 1978 comecei a escrever no velho Diário Popular.”

    somos colegas de profissão, eu tamém comecei a escrever no diário de lisboa em 1968, todos os dias fazia as palavras cruzadas.

  10. Ó CONAMAÍM, pazinho, fostes à eira da judite, puzeram-te numa baranda daquelas que tem cachos de uba, xóriça à frente e dislumbraste-te com a internet no salon. Ó meu, de fato, aí no piso das agoas fortadas, tu debes ter lembranssas de tudo o que cunsegues pescar aos ôtros. oube, e a tua agenda? Pra nóze, tue num precisas de marcar nada, pá, purque tu eze o maior produtore de Nada, pázinha, e eze prebisibel, pá, farás sempre qualquere cousa a falar de tie. Imprubiza meue, imprubiza, faz uma ode à caganeira, pá, o bucage fez o suneto da cagada, meue, e olha que aquilo tá baril, tás a bere.
    ó pa, iscrebestes no diário de lisboa, ai foi? oube, mal saves tu o que o pessoale das berças fazia aos jornais, embrulhava lá as bananas e limpaba-lhes o cu quando iam pró campo, por isso é que há cús letrados, meue, quando arreiam o calhau, o gajo sai instruído…repara bem na funética do peido, na sintaxe meludiosa da bufa, no rock da caganeira, fogo pa, nem a bateria do gajo da panela anderson toca tão rapido, eheheh

    camelo. baie tosquiar a olinda pá, a molhere só cunhece grelo espigado, ó CONAMAÍM.

  11. pois…a primeira é dedicada aos nossos queridos professores, que após uma longa luta, uma noite escura de suor, lágrimas, urina e escarro conseguiram não só deixar de ser avaliados, mas como apenas sê-lo quinquenalmente num formulário “automático” que lhes permite voltar a ser excelentes e candidatos a topo de carreira, todos eles, tambem conseguiram a automatização de carreira e expulsar da escola qualquer aluno que tenha mais de x faltas a uma única disciplina (os alunos são um empecilho e o ministro Crato, grande natemático, fez bem as contas em termos de apoiantes). Falta só “negociar” a colocação de qualquer caramelo que se auto-designe como docente. O Crato, que é da classe, entende. E os putos? os putos que se lixem. Os putos são um estorvo neste plano tão bem delineado.
    http://www.youtube.com/watch?v=ikaNsIHz3v8

  12. “sem esquecer os diversos encantos da cidade de Caldas da Rainha.”

    Grande poeta da treta
    que quase sempre te baldas,
    pois em lugar da chupeta
    toma lá este das Caldas!

  13. Encantos culturais, paisagísticos e museológicos mas nisso não pensas tu, grande porcalhão, grande animal, grande charolês!

  14. ehhhhhhhhehehehhhh, ó CONAMAÍM, pá, lebas cada uma, todos fazem poemas por aquie, pá e é na hora, toma lá, bais ao das caldas, ehehehe. ora toma lá outro

    Sou poeta de faca e alguidar
    uso faca na liga
    a cintura é a de um porco
    a anca de uma vaca torina

    Bairro alto
    águas furtadas
    ocupante rançoso
    alcoviteira ranhoso

    ando à borliu
    chupo a torto e a direito
    não posso ser poeta
    que me falta o jeito

    Oube, animal és tue, mas podes chamar charolês ao poeta da treta, ó pá, charolês significa charmoso, ó Chupa caldas eheheh

    ehehehheheh

  15. edie, a intenção era mandar um tijolo e os rapazes só têm aquele. gostei da homenagem ao zé niza, bem merecida.

  16. “Encantos culturais, paisagísticos e museológicos mas nisso não pensas tu, grande porcalhão, grande animal, grande charolês!”

    Oh francisco, não me calo,
    a mesquinhez tu desfraldas,
    pois não foi nosso Bordalo
    qu’inventou esse das Caldas?

    Tu és um tipo rasteiro,
    és malcriado já vi,
    e se és um carroceiro
    olha! Então chupa aqui!!!

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *