«Lisboa na rua» de Júlio César Machado
Além do clássico «Lisboa na rua» este volume inclui um divertido apêndice intitulado «O que havia de poetas por aquela época, é coisa incalculável» que conclui deste modo: «O destempero, a pieguice, a lamúria, produziram um efeito tão agradável que a chochice rimada tomou o lugar ao juízo, à arte e à moral.» «Lisboa na rua» é, como o título indica, uma radiografia feita de modo certeiro pelo nosso querido Machado: «Os rapazes finos de hoje passam dias sem ver o pai nem a mãe; ao princípio habituam as irmãs a ajudá-los a mentir, mais tarde nem isso. Os irmãos emprestam-se mutuamente dinheiro a juros; os pais especulam com as filhas em casamentos de perfeita lotaria social; as filhas habituam-se a enganá-los, vendo que eles as enganam e assim chegam mais facilmente a enganar os maridos. Tem tomado tudo uns jeitos de patuscada e de aventura. Não se vê por todos os lados senão um luxo frágil, egoísta, viajeiro.» A literatura do tempo (1874) também não escapa: «É raro por aí o rapazito literato que não seja condecorado com a Ordem de S. Tiago – e Camilo Castelo Branco não tem a Ordem de S. Tiago. Não são menos lidos os seus livros nem o seu nome é menos considerado. Talvez ele faça falta a S. Tiago mas S. Tiago de certeza não lhe faz falta a ele.» Nascido no Oeste, o autor escreve sobre Lisboa e a Província: «O rapaz de Lisboa saiu do colégio e não pensa senão em ter cavalos, beber muito, fazer desordens e ser ilustre no Chiado; o da Província ao ficar senhor de bens, trata logo de ver quais são os deveres que a sua riqueza lhe impõe. É acanhado mas por baixo do acanhamento há força, essa força é a superioridade da Província sobre Lisboa.»
(Editora: Frenesi, Ilustrações: Manuel Macedo, Assistência editorial: Telma Rodrigues)
ainda bem. Quanto ao resto, ó cretinos, se querem injectar fidúcia no mercado e no sistema das nações têm de injectar crédito a taxas negativas para as pessoas poderem pagar contas, e recebem o dinheiro de volta por ali acima,
sim, e isto ajuda à fidúcia também:
http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/414649
Ó pá isto não tem nada a ver com o livro do Júlio César Machado. Safa!
ahahaha! Diz ao Valupi que era para ele, mas não resisti a picar-te ;-~)