(poema – autógrafo para Manuel Emílio Porto)
O motor duma traineira
Que fundeou na baía
Trabalhou a noite inteira
Mas só o poeta o ouvia
O motor duma traineira
Que fundeou na baía
Trabalha a noite inteira
Numa faina de alegria
E faz à sua maneira
Sumário dum novo dia
Como se uma feiticeira
Desenhasse a profecia
Duma vida verdadeira
Longe da monotonia
O motor duma traineira
Vem acordar o poema
Numa mesa de madeira
O poeta tem um dilema
Há a palavra pioneira
Que desenha no cinema
O fogo de uma lareira
Criando um novo sistema
O poeta escuta a traineira
Que dá a força ao poema
O motor duma traineira
Que fundeou na baía
Trabalhou a noite inteira
Mas só o poeta o ouvia
oh miséria franciscana! desliga o motor que estás a poluir esta merda e os teus netos amanhã querem respirar
de Negócio Camiões, Autocarros e Penta
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VOLVO PENTA promove Campanha de
Remotorização para Motores Marítimos
A marca VOLVO PENTA promove uma Campanha de Remotorização através da
rede nacional de assistência, destinada ao mercado dos Motores Marítimos de
Recreio, promovendo a substituição de motores em condições muito vantajosas.
É agora possível a troca de motor, em embarcações já equipadas com motor VOLVO
PENTA ou com motores de outras marcas, permitindo o acesso às mais recentes
inovações tecnológicas e ecológicas.
A gama de motores interiores VOLVO PENTA, com potências entre 12 e 900 hp,
incorpora diversos sistemas de propulsão como as Colunas DuoProp e Saildrive, Caixas
de Transmissão e a mais recente inovação IPS-Inboard Power System, é também
composta por motores Diesel e Gasolina. Estes motores dispõem de tecnologia
avançada, especialmente ao nível da eficiência, reduzido consumo de combustível,
robustez e de baixas emissões nocivas para a atmosfera.
Não Fora o Mar!
Não fora o mar,
e eu seria feliz na minha rua,
neste primeiro andar da minha casa
a ver, de dia, o sol, de noite a lua,
calada, quieta, sem um golpe de asa.
Não fora o mar,
e seriam contados os meus passos,
tantos para viver, para morrer,
tantos os movimentos dos meus braços,
pequena angústia, pequeno prazer.
Não fora o mar,
e os seus sonhos seriam sem violência
como irisadas bolas de sabão,
efémero cristal, branca aparência,
e o resto — pingos de água em minha mão.
Não fora o mar,
e este cruel desejo de aventura
seria vaga música ao sol pôr
nem sequer brasa viva, queimadura,
pouco mais que o perfume duma flor.
Não fora o mar
e o longo apelo, o canto da sereia,
apenas ilusão, miragem,
breve canção, passo breve na areia,
desejo balbuciante de viagem.
Não fora o mar
e, resignada, em vez de olhar os astros
tudo o que é alto, inacessível, fundo,
cimos, castelos, torres, nuvens, mastros,
iria de olhos baixos pelo mundo.
Não fora o mar
e o meu canto seria flor e mel,
asa de borboleta, rouxinol,
e não rude halali, garra cruel,
Águia Real que desafia o sol.
Não fora o mar
e este potro selvagem, sem arção,
crinas ao vento, com arreio,
meu altivo, indomável coração,
Não fora o mar
e comeria à mão,
não fora o mar
e aceitaria o freio.
Fernanda de Castro, in “Trinta e Nove Poemas”
O 2º anónimo tem uma das críticas construtivas mais exemplares que já passaram por este blogue. Grande saravá.
É pá isto está a chegar a um nível insuportável de delírio e de alucinação. Os malucos não desarmam. Para além de um de um tolinho que transcreve poemas, tipo alma danada, sem qualquer sentido ou efeito. A pata que os pôs!
tás com medo de morrer intoxicado com o metano que produzes ou temes concorrência da lixeira de trajouce
adorei a feiticeira a desenhar profecias. :-)