A casa que não é minha
Mas onde me sinto bem
Os galos de manhãzinha
Não deixam dormir ninguém
O vento traz a frescura
Que bate à porta do Verão
Uma varanda segura
Longe da maior confusão
A janela dá para o mar
O pinheiro serve de espelho
Que reflecte a luz do lugar
No moinho branco e velho
Caldeirada de paciência
Faz refeição de alegria
Entre a arte e a ciência
Esplendor de gastronomia
Entre o mar e a montanha
A casa é balcão voltado
Para uma luz estranha
Que vem ter a este lado
Nesta escada da paisagem
Com o mar aqui defronte
É no azul desta viagem
Que desenho o horizonte
A casa que não é minha
Mas onde me sinto bem
A serra é nossa vizinha
O mar fica mais além
A casa que não é minha
Do mar azul fica ao pé
Os galos de manhãzinha
Fazem dispensar o café
Muito bom. Em registo, frequente no autor, regressivamente naïf.
Horrível. Safa!
Ericeira/Assafora da minha infancia.
A casa da torre nao era minha
Era do tio chico
Mas eu amava-a e continuo a amá-la
Cá do longe!
Muito bom, mesmo. É digno da pátria do Joaquim Pessoa.
A casa que não é minha
Do mar azul fica ao pé
Os galos de manhãzinha
Será que tomaram café?
Jcf, olhe que ainda não foi desta…..
A casa que já foi minha
É Embaixada da Guiné.
Os galos de manhãzinha
Gostam mais de cafuné.
A casa que não é minha
Mas onde me sinto bem
É na Quinta da Marinha
Não pago nem um vintém.
Os galos de manhãzinha
Fazem todos enfurecer.
Se esta casa fosse minha
Queria lá deles eu saber.
oh Nik, andas todo brincalhão às quadras. Tenho de rumar ao paleolítico a ver se descubro o meu pai neanderthal ou lá que é,
ora portanto: pedra lascada
Na casa que não é dele
Mal o Carmo fica a pé
Diz a galinha pró galo:
Foge, vem ali o Zé!
Responde o galo assustado
Com medo das versalhadas:
Bora lá, bico calado
Que vai escrever mais quadras!
Ericeira não era minha
Eu ia de Mafra a pé
G3 ao ombro, faca na bainha
Suava mas recebia o pré
A tropa já lá vai
Os dezoito anos, também
Ai, ai, ai, ai, ai, ai
JCF escreve muito bem