Aviso aos pacientes: este blogue é antianalgésico, pirético e inflamatório. Em caso de agravamento dos sintomas, escreva aos enfermeiros de plantão. Apenas para administração interna; o fabricante não se responsabiliza por usos incorrectos deste fármaco.
espero que o marketing funcione e que o salão beauté aumente a facturação para que o gajo pague aos credores. de momento estou mais preocupado com a taxa de imi, mas parece-me que isso é xenófobo.
Ó ignatz, também acho que a taxa do imi é xenófoba, eu por exemplo vou-me ver negro para a pagar.
O que raio é isto?
“Tribunal decide que bem-estar das crianças não espera por Parlamento”
Novas competências para o poder judicial?
Fica-me a dúvida?
É legal?
Se o é, nada a obstar.
Se não é, não entendo como é que um juiz se pode sobrepor à Lei, a não ser que a Lei passe a estar ao arbítrio dos juízes.
Depois não se queixem.
vi há pouco o bispo das forças armadas relatando um diálogo desenrolado em polémica entre a Simone de Beauvoir e a Simone Weill: a primeira defendia como princípio de luta a defesa da vida em liberdade e dignidade, a segunda, “apesar”(?) de filósofa, dizia que estava a defender o direito das pessoas a não passar fome. Queria dizer o bispo que não há defesa da dignidade, sem que se defenda primeiro os direitos básicos. E, fazendo ligação com o meu heterónimo “y nosotros?”, parece-me que falta defender aqui os que passam fome para poderem ter a dignidade de aceder a todos os outros direitos. No fim da discussão, a Simone W. rematou a questão , dizendo à Simone B.:”vê-se mesmo que nunca assististe ao que é passar fome”. E desenvolveu dizendo o que achava do distanciamento dos políticos face ao que se passa no povo real. Falta ligação “afectiva”, não intelectualizada, à realidade. Coisa que não é exclusiva, desgraçadamente, do governo.
Essa da criança cedida pelo tribunal para adopção ao casal homosexual ter estado «artificialmente associada à família biológica», assim a seco, sem sequer precisões de maus tratos violentos ou outras similares, deixa muito a desejar. «Artificialmente», porquê?
Se as «famílias arco-íris», como lhes chama o artigo, são tão autênticas e naturais como o sol e a chuva, e as outras é que podem constituir associações artificiais tout-court, não será verdade que nas sociedades humanas os pais influenciam as crianças, existem critérios de normalidade e o que ainda se considera normal e desejável é ter um pai e uma mãe biológicos (ou adoptivos de sexos opostos, nos casos em que isso deixou de ser possível por motivos de força maior)?
Isto sem ofensa para ninguém, porque o critério de «normalidade», como na dicotomia «visão normal / daltonismo» em que se aplica aos que nascem de uma maneira ou da outra, implica apenas o número e a disfunção (uns são minoritários e incapazes de distinguir certas cores, e os outros não), e não uma condenação moral. Mas parece ridículo pretender, por exemplo, que um professor de pintura daltónico seja a coisa mais natural deste mundo. A educação de crianças por entidades maternais de barbas ou paternais que têm de usar tampões será mesmo a mais recomendável do ponto de vista da criança?
É que francamente os gritos de desespero do sector arco-íris parecem algo exagerados. Por um lado pretende-se, e certamente com razão, que a homosexualidade pode perfeitamente coexistir com a responsabilidade e o equilíbrio mental e social. E por outro que os homosexuais estão condenados a viver psíquica e socialmente arrasados, senão mesmo em risco de recolher ao hospício à beira do ataque de nervos, a não ser que se lhes reconheça o direito a viver familiarmente com ranchos de filhos.
De qualquer modo, o à-vontade com que, hoje em dia, se fala da associação familiar normal como «artificial», sem mais explicações, enquanto se aceita tranquilamente a reclusão (por vezes, a castração), digamos, de um «pedófilo» heterosexual não-violento de 40 anos que se relacione sexualmente com uma jovem de 14, dá que pensar.
Até parece que existe um limiar fixo de tolerância e que, à medida que alguns tabús desaparecem, outros são em idêntica medida agravados. Antigamente era a caça social (e não só) ao «invertido», e a pedofilia não-violenta era uma simples ofensa aos bons costumes. Agora é a caça social (e não só) ao pedófilo, e a «normalidade homosexual» triunfa sobre a «artificialidade» da biologia.
Mas cuidado, o caminho pode ser perigoso: parcece que as meninas de hoje já menstruam aos 10 e menos anos, e os meninos também já ejaculam muito novos. Para quando os casais alargados? E alargados para além da discriminação etária? Terão os arco-íris a certeza de não estar a discriminar ninguém?
Dizem que os pobres são dados a ter muitos filhos, talvez a natalidade desta vez aumente neste país envelhecido.
Mas parece que ainda é preciso um útero! Por enquanto!
sim, é legal. não é uma adoção.
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Este blogue é antianalgésico, pirético e inflamatório
Finalmente um pouco de justiça.
espero que o marketing funcione e que o salão beauté aumente a facturação para que o gajo pague aos credores. de momento estou mais preocupado com a taxa de imi, mas parece-me que isso é xenófobo.
Ó ignatz, também acho que a taxa do imi é xenófoba, eu por exemplo vou-me ver negro para a pagar.
O que raio é isto?
“Tribunal decide que bem-estar das crianças não espera por Parlamento”
Novas competências para o poder judicial?
Fica-me a dúvida?
É legal?
Se o é, nada a obstar.
Se não é, não entendo como é que um juiz se pode sobrepor à Lei, a não ser que a Lei passe a estar ao arbítrio dos juízes.
Depois não se queixem.
vi há pouco o bispo das forças armadas relatando um diálogo desenrolado em polémica entre a Simone de Beauvoir e a Simone Weill: a primeira defendia como princípio de luta a defesa da vida em liberdade e dignidade, a segunda, “apesar”(?) de filósofa, dizia que estava a defender o direito das pessoas a não passar fome. Queria dizer o bispo que não há defesa da dignidade, sem que se defenda primeiro os direitos básicos. E, fazendo ligação com o meu heterónimo “y nosotros?”, parece-me que falta defender aqui os que passam fome para poderem ter a dignidade de aceder a todos os outros direitos. No fim da discussão, a Simone W. rematou a questão , dizendo à Simone B.:”vê-se mesmo que nunca assististe ao que é passar fome”. E desenvolveu dizendo o que achava do distanciamento dos políticos face ao que se passa no povo real. Falta ligação “afectiva”, não intelectualizada, à realidade. Coisa que não é exclusiva, desgraçadamente, do governo.
Essa da criança cedida pelo tribunal para adopção ao casal homosexual ter estado «artificialmente associada à família biológica», assim a seco, sem sequer precisões de maus tratos violentos ou outras similares, deixa muito a desejar. «Artificialmente», porquê?
Se as «famílias arco-íris», como lhes chama o artigo, são tão autênticas e naturais como o sol e a chuva, e as outras é que podem constituir associações artificiais tout-court, não será verdade que nas sociedades humanas os pais influenciam as crianças, existem critérios de normalidade e o que ainda se considera normal e desejável é ter um pai e uma mãe biológicos (ou adoptivos de sexos opostos, nos casos em que isso deixou de ser possível por motivos de força maior)?
Isto sem ofensa para ninguém, porque o critério de «normalidade», como na dicotomia «visão normal / daltonismo» em que se aplica aos que nascem de uma maneira ou da outra, implica apenas o número e a disfunção (uns são minoritários e incapazes de distinguir certas cores, e os outros não), e não uma condenação moral. Mas parece ridículo pretender, por exemplo, que um professor de pintura daltónico seja a coisa mais natural deste mundo. A educação de crianças por entidades maternais de barbas ou paternais que têm de usar tampões será mesmo a mais recomendável do ponto de vista da criança?
É que francamente os gritos de desespero do sector arco-íris parecem algo exagerados. Por um lado pretende-se, e certamente com razão, que a homosexualidade pode perfeitamente coexistir com a responsabilidade e o equilíbrio mental e social. E por outro que os homosexuais estão condenados a viver psíquica e socialmente arrasados, senão mesmo em risco de recolher ao hospício à beira do ataque de nervos, a não ser que se lhes reconheça o direito a viver familiarmente com ranchos de filhos.
De qualquer modo, o à-vontade com que, hoje em dia, se fala da associação familiar normal como «artificial», sem mais explicações, enquanto se aceita tranquilamente a reclusão (por vezes, a castração), digamos, de um «pedófilo» heterosexual não-violento de 40 anos que se relacione sexualmente com uma jovem de 14, dá que pensar.
Até parece que existe um limiar fixo de tolerância e que, à medida que alguns tabús desaparecem, outros são em idêntica medida agravados. Antigamente era a caça social (e não só) ao «invertido», e a pedofilia não-violenta era uma simples ofensa aos bons costumes. Agora é a caça social (e não só) ao pedófilo, e a «normalidade homosexual» triunfa sobre a «artificialidade» da biologia.
Mas cuidado, o caminho pode ser perigoso: parcece que as meninas de hoje já menstruam aos 10 e menos anos, e os meninos também já ejaculam muito novos. Para quando os casais alargados? E alargados para além da discriminação etária? Terão os arco-íris a certeza de não estar a discriminar ninguém?
Dizem que os pobres são dados a ter muitos filhos, talvez a natalidade desta vez aumente neste país envelhecido.
Mas parece que ainda é preciso um útero! Por enquanto!
sim, é legal. não é uma adoção.