Ler uma das pessoas mais entrevistadas do momento, Otelo Saraiva de Carvalho, no “i”, dizer isto: “o único excesso que podia ter evitado foram os mandatos de captura em branco, mas tinha uma diversidade tão grande de funções que não tinha possibilidade…”
Vai que o magistrados com milhares de processos em mãos começam a condenar as pessoas sem ler os ditos processos. Depois a malta é toda presa, o cidadão estranha e eles dizem: – pá, é tanto o trabalho..
Cara Isabel Moreira,
o Otelo, continua a encarnar a figura-mor do romance de Cervantes. É o nosso cavaleiro-de-triste-figura, que já perdeu a sua Dulcineia e que também se zanga com o seu Sancho quando este o tenta chamar à razão.
Infelizmente, ele continua a lutar contra os moínhos de vento, num Rocinante já algo usado, julgando que está a derrotar adversários menos corpulentos e mais fáceis de abater.
O D. Quixote é outra coisa.
Otelo foi:
1/ O coordenador de todas as acções militares, a partir do PC do quartel da Pontinha, que ocorreram entre 24 e 25 de Abril de 1974;
2/Foi o comandante do COPCON onde começou a fazer disparates (este que a Isabel refere foi dos maiores, mas não foi o único…);
3/Foi bandido, com as mãos cheias de sangue, de par com a “médica” Isabel do Carmo, nas famigeradas FP25;
4/Hoje é um empresário, que não me diz o que quer que seja.
Por esta altura, costuma ser o “mais” entrevistado e o que mais disparates dispara.
Só tenho respeito e consideração pelo militar, Major Otelo Saraiva de Carvalho, no dia 24, 25 de Abril de 1974.