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Todos os artigos de Valupi
Dominguice
Que sabe cada aluno em Portugal acerca das origens, conteúdos e finalidades da Constituição e do conceito de Estado de direito democrático ao concluir a escolaridade obrigatória? Que sabe cada licenciado, incluindo os dos cursos de Direito? Se tentarmos falar destes assuntos com quem vota Chega e Montenegro, ou com quem votou Passos, o esforço será inútil. Têm aversão à matéria. Se tentarmos falar dos mesmos assuntos com quem vota CDU ou BE, PAN ou IL, o desinteresse será esmagador. Não existe motivação. Mas ainda mais curioso seria tentar o exercício com jornalistas, só para concluir que a excepção confirmaria fatalmente a regra: não perdem uma caloria com essas questões — a menos que as tenham de usar retoricamente para o gasto editorialista que faça o seu contexto laboral.
Há boas razões para este fenómeno. Uma delas, esta: a estupidez e a servidão são fáceis, podendo até parecer confortáveis no início; e mesmo durante um longo período na biografia destes infelizes.
Perguntas simples
Ser pago para despachar cagadas destas, o meu sonho
«É verdade que no vídeo que acompanha os cartazes, Sweeney explica que os genes são transmitidos dos pais para os filhos e podem determinar características como a cor do cabelo, a personalidade e a cor dos olhos. É mentira? A vossa discussão, chocados do costume, não é com Sydney Sweeney, é com a palavra que mais odeiam: “natureza”. O narrador do vídeo diz: “Sydney Sweeney has great jeans” ou “great genes”. E tem.»
Estado de direito, Constituição, decência? Trocos
Moedas a querer ser mais Ventura que o Ventura. O edil já devia ter aprendido que só se é criminoso depois de uma condenação. Se calhar sabe, mas ser populista e borrifar no estado de direito é a grande tendência https://t.co/dJiqHFSwOG
— Pedro Marques Lopes (@pedroml) August 6, 2025
Governo d’Abranhos
Política do governo: desconfiem dos pobres, dos que menos têm, presumam que pobres e imigrantes que ganham mal são “à partida” potenciais aldrabões. As mulheres pobres, então, “enganam” como ninguém, a Ministra do Trabalho tem percepções sobre isso. Virem-se contra “eles”.
— Isabel Moreira (@IsabelLMMoreira) August 4, 2025
Curso de ciência política
«Já então revelava o seu gosto pelo luxo, pelas largas habitações tapetadas, pelo serviço harmonico de lacaios disciplinados. A pobreza e os seus aspectos era-lhe odiosa. Quanta vez, mais tarde, quando elle subia o Chiado pelo meu braço, eu me vi forçado a afastar com dureza os pobres, que á porta do Baltresqui, ou da Casa Havaneza, vinham, sob o pretexto de filhos com fome ou de membros aleijados, reclamar esmola; o Conde, se os via muito perto, «ficava todo o dia enjoado». Todavia a sua caridade é bem conhecida, e o Asylo de S.Christovam, a que em parte deveu o seu titulo, ahi está como um attestado glorioso da sua magnanimidade.
Além d'isso, elle reconhecia que a caridade era a melhor instituição do Estado. Quanto ao pauperismo, tinha-o como uma fatalidade social: fôssem quaes fôssem as reformas sociais, dizia, haveria sempre pobres e ricos: a fortuna pública devia estar naturalmente toda nas mãos d'uma classe, da classe illustrada, educada, bem nascida. Só d'este modo se podem manter os Estados, formar as grandes industrias, ter uma classe dirigente forte, por possuir o ouro e ser a base da ordem social.
Isto fazia necessariamente que parte da população «tiritasse de frio e rabeasse de fome». Era certamente lamentavel, e elle, com o seu grande e vasto coração que palpitava a todo o soffrimento, lamentava-o. Mas a essa classe devia ser dada a esmola com methodo e discernimento: e ao Estado pertencia organizar a esmola. Porque o Conde censurava muito a caridade privada, sentimental, toda de expontaneidade. A caridade devia ser disciplinada, e, por amor dos desprotegidos, regulamentada: por isso queria o Asylo, o Recolhimento dos Desvalidos, onde os pobres, tendo provado com bons documentos a sua miseria, tendo apresentado bons attestados de moralidade, recebessem do Estado, sob a superintendência de homens praticos e despidos de vãs piedades, um tecto contra a chuva e um caldo contra a fome. O pobre devia viver alli, separado, isolado da sociedade, e não ser admittido a vir perturbar, com a expressão da sua face magra e com a narração exagerada das suas necessidades, as ruas da cidade. «Isole-se o pobre!» dizia elle um dia na Camara dos Deputados, synthetizando o seu magnífico projecto para a creação dos Recolhimentos do Trabalho. O Estado forneceria grandes casarões, com cellas providas d'uma enxerga, onde seriam acolhidos os miseraveis. Para conseguir a admissão, deveriam provar serem de maior edade, haverem cumprido os seus deveres religiosos, não terem sido condemnados pelos tribunaes (isto para evitar que operarios d'ideias subversivas que, pela grève e pelo deboche, tramam a destruição do Estado, viessem, em dias de miseria, pedir a esse mesmo Estado que os recolhesse). Deveriam ainda provar a sobriedade dos seus costumes, nunca terem vivido amancebados nem possuírem o hábito de praguejar e blasphemar. Reconhecidas estas qualidades elevadas com documentos dos parochos, dos regedores, etc., seria dada a cada miserável uma cella e uma ração de caldo igual á que têm os presos.
Mas, dir-se-ha, o Estado, então sustenta-os de graça? Não, — poderia exclamar triunphantemente o Conde, mostrando as paginas admiraveis do seu regulamento, em que se estabelecia, com um profundo sentimento dos deveres do cidadão para com a cidade, que todo o pobre admittido seria forçado a uma considerável somma de trabalho, segundo as suas aptidões. O mais útil paragrapho, a meu ver, é aquele que determina que grupos de pobres sejam forçados a calçar as ruas, collocar as canalizações de gaz, trabalhar em monumentos publicos, etc. Taes serviços, todos em favor da Camara Municipal, obrigá-la-ia a concorrer para a despesa d'esta instituição, alliviando assim o Estado d'uma grande parte dos gastos.
Uma vez admittidos, os recolhidos perderiam o direito de sahir — a não ser que provassem que iriam d'alli ser empregados, de tal sorte que não lhes fôsse possivel recahir nos acasos da miseria.»
O Conde d’Abranhos – Notas Biográficas de Z. Zagalo_Eça de Queiroz_1925 (póstumo)
Começa a semana com isto
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Dominguice
Em política, podemos apoiar ou reprovar ideias de esquerda e direita (e tudo o que caiba no meio), atitudes decentes e indecentes (e tudo o que se misture no meio), e posições críticas e acríticas (sem nada que caiba no meio).
Na política, o espírito crítico é quem mais ordena. Sem ele, qualquer ideia, seja de esquerda ou direita, acabará fatalmente por se tornar indecente.
É bem feita
Ardentemente portugueses
Exactissimamente
«Como é possível que o Estado de Israel, erigido para resgatar o povo judeu do seu martírio histórico, seja capaz de infligir um terror absoluto ao povo martirizado da Palestina?»
Isto promete
Was will das Weib?
«O Chega cresceu em todos os escalões etários e continua a ser um partido mais forte junto dos homens, mas cresceu agora mais entre as mulheres, por comparação com as legislativas anteriores»
E sobre o Trump, nas suas duas vitórias, é melhor nem falar nisso.
Perplexidades. Da democracia e da natureza humana.
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Dominguice
Num conflito militar, a parte forte não tem qualquer motivo para escolher a paz. Em vez disso, tenta infligir os maiores sofrimentos que conseguir na parte fraca até que esta capitule. Aceitando um acordo de paz, a parte forte imporá condições vitoriosas. A parte forte ganha sempre, como sempre.
Mas quantos tipos de força existem? Eis o que nem a parte forte pode saber.
Quod licet Iovi, non licet bovi
Montenegro assustou-me
Confesso que fiquei assustado. Quando li Montenegro admite que “decisão do Governo pode ser reconduzir o atual governador” do Banco de Portugal: “Centeno reúne todos os requisitos”, no domingo, achei que Montenegro estava na iminência de se revelar um político brilhante. Logo ele, um hino à inanidade intelectual que está na política para servir os seus negócios, e faz negócios graças a estar na política.
Manter Centeno como governador do Banco de Portugal seria quase genial. Porque permitiria dizer que o Governo agia verdadeira e exemplarmente no interesse nacional, imune a pressões partidárias vindas do bloco que o suporta — e, acto contínuo, reforçar a carta-branca para ser, realmente, o governo-assombrado pelo Chega. E depois ainda poderia estar sempre a mandar à cara do PS que tinha mantido uma das suas mais importantes referências políticas num cargo de altíssimo prestígio e influência, deixando os socialistas sem saber como responder.
Felizmente, Montenegro revelou que continua igual a si próprio, e tratou de ir buscar o pastel de nata com sabor a laranja. Sosseguei.
Nas muralhas da cidade
«Ouvimos João Almeida dizer que acabou o tempo em que “nós” tratávamos imigrantes e nacionais da mesma forma (aquela imposição do artigo 15º da Constituição) e ouvimo-lo dizer que o país está a reconfigurar-se, já não o reconhece. Nunca tinha visto no CDS esta pontada súbita de teoria de substituição e parece-me evidente que não é no Príncipe Real que João Almeida se sente ameaçado na sua nacionalidade. O critério, de resto plasmado na obscena proposta de lei da nacionalidade, é cromático, é de sangue: querem, como nacionais, bisnetos de um português distante e não querem os que aqui estão há 5 anos por adesão. De onde vem a sensação de reconfiguração do país? Pergunto se João Almeida sentiria alguma reconfiguração se visse António Costa ou Francisca Van Unem numa rua qualquer do país e fossem ambos pessoas anónimas. Que sensação é essa? Não houve sobressalto geral. O limite do PAR é “fanfarrão”.»