É nos olhos de Rosário que se principia
Todo o ritmo dos momentos desta casa
Há neles o verde do pinhal, a ventania
E a chama da lareira, sempre em brasa
Nunca desiste do seu olhar, preocupada
Para que tudo seja para todos harmonia
Acorda sempre com a luz da madrugada
E só descansa quando chega o fim do dia
E mesmo a voz é no olhar que se desenha
E até as mãos partem do olhar à procura
Trazendo nas palavras um calor de lenha
E nos seus gestos um bálsamo de ternura
São faróis que durante uma tempestade
Ajudam os outros a encontrar a bonança
Os olhos de Rosário são a luz e a verdade
Que nasce todos os dias – e não se cansa
José do Carmo Francisco
Meu Caro
Este poema, como belo, é um absoluto.
Um abraço.
Daniel de Sá
São assim quase todas as mulheres…
Desde o nascer ao pôr do sol, e tão raramente reconhecidas…
saiu a soledade entrou a rosário
Um abraço até à Maia que é um Mundo entre terra e mar.
Este poema parece um colete de forças.
Forças só me interessam as forças poéticas; as outras não. Sou mais um organismo sentimental do que uma pessoa. Pcebe?