Se pudesse escrevia os poemas em surdina
Tal como este som que me chega devagar
De uma fonte que o ouvido não determina
Mas capaz de alterar o espírito deste lugar
O som da trompete leva-me numa viagem
E estou de novo no coreto de uma aldeia
Numa festa de Verão mas uma paisagem
Tão diferente desta outra, mais fria e feia
Se pudesse escrevia os poemas em surdina
Com as sílabas dispostas numas camadas
Numa vagarosa construção que dissemina
Uma luz capaz de abrir as salas fechadas
Não me vou cansar de ouvir estas canções
Onde a música é um calor de fogo e brasa
O fraseado acumula os motivos e as razões
Uma trompete veio modificar a luz da casa
Se pudesse escrevia os poemas em surdina
Foi comprada no Custódio Cardoso Pereira
A música continua quando o resto é a ruína
Aquece a minha vida no Inverno sem lareira
José do Carmo Francisco
Recebi um email de esclarecimento sobre a notícia que fez capa da última revista SÁBADO (Paulo Teixeira Pinto do Millennium-BCP).
http://cafepuroarabica.blogspot.com/2007/08/recebi-esta-manh-um-email-cujo-contedo.html
A musica tem um lugar preveligiado no meu ser,O Fado acima de todos elas!Que seja o clacico o modérno e todos em que eu possa exteriosar em silêncio,o previlégio de a escutar.Mas o vérso,sempre fiquei intrigado com a facilidade com que os Portugueses sâo capazes de os compor,e a beleza das suas palavras.Parabens
É sempre um prazer e um conforto para a alma ler o que escreve…
Foi bom ouvir o trompete nas palavras do poeta…