Alguém no Público pensou que Augusto Santos Silva merecia um perfil. Outro alguém, que poderá ter sido o mesmo alguém num momento subsequente, pensou que não haveria melhor jornalista para a função do que o Manuel Carvalho. Esta é a hipótese benigna. Porque pode ter sido de outra forma. Alguém a pensar que Manuel Carvalho merecia fazer o perfil de Augusto Santos Silva. E ainda há uma terceira possibilidade. O alguém de quem estamos a falar em todas estas variantes ser sempre e só o Manuel Carvalho.
Eis que a obra existe – O “príncipe” que nenhum líder do PS ousou dispensar – sendo chata e comprida. Todavia, apresenta uma notável contenção logística. O Manuel Carvalho consegue a proeza de fazer o perfil recorrendo apenas a três pessoas: a sua, a do Paulo Rangel e a da Maria Filomena Mónica, esta última só em versão cereja no cume da coisa. Na prática, é uma tarefa a mielas entre um assanhado antisocrático pago pelo pequeno Público e um furioso antisocrático pago pelo grande público.
Sem surpresa, um e outro projectam em Santos Silva o que concebem ser a política. Para o Manuel Carvalho, a política é uma cena maquiavélica, daí o “príncipe” no título. E que acha este bom homem do que seja o maquiavelismo? Pois será algo que mete conspirações, veneno, violência. Um misto de Sopranos com Guerra dos Tronos. Para ele, Santos Silva apresenta essas capacidades, e gosto, tendo um vasto currículo nessa prática detestável que os políticos, especialmente os socialistas, e particularmente alguns socialistas, exibem. Para o Paulo Rangel – o nosso inesquecível paladino do Estado de direito, o qual defendeu heroicamente em Estrasburgo, onde deu a honra e a honestidade intelectual por uma crónica pestilenta e doente do Crespo – tudo se resume a desqualificar moralmente o adversário, recorrendo à facilidade com que vai buscar ao interior a sujidade que se pretende espalhar no exterior. Ouvir ou ler Rangel a falar de Santos Silva deixa-nos com a sensação melindrosa de estarmos na mesma sala com ele enquanto vai discorrendo sobre o seu passado e ambições futuras de costas coladas ao divã do dr. Freud.
Curiosamente, a ida de Santos Silva para o Governo é uma surpresa. E o facto de ser ele o número 2 do Executivo é uma grande surpresa. Pelo que diz de Costa, não tanto pelos variegados méritos de Santos Silva. Não se pode é contar com o Manuel Carvalho, nem o Público, para analisar porquê. O narcisismo bronco e sectário deste tipo de jornalismo merece acabar mal.
Para a coisa ser melhor, poderia também ter ouvido em off (ainda não li) o que tem a dizer o Sérgio Figueiredo, o actual herdeiro da dinástica TVI.
Esses personagens fazem esse trabalho porque sabem que não estão à altura de fazer contribuições para o debate público com a consistência e elevação de, por exemplo, “Os porquês da esperança”. É um alívio para disfarçar inveja e mediocridade.
já a são josé almeida é mais cona da tia, no público de ontem é vê-la a enaltecer o espírito democrático e o desapego do poder do massamólas e por arrasto do panilhas do caldas. é conferir aqui no linque da pasquinada http://www.publico.pt/politica/noticia/qual-o-prazo-de-validade-1716464?page=-1
O António Costa sabe escolher.
Mas a arma secreta dele é o CC.
O insular Carlos César é a grande arma secreta.
Cuidado com o aproveitamento da insularidade.
Este tem um mamar mais doce do que o AJJ do outro arquipélago.
É que além das metas do Bloco e do PCP , para as ilhas também já escorreu algum .
Atenção às metas do António Costa, porque o PS também conta.
eu gostei da parte que refere que foi despedido por ser malcriado. :-)
Mas quando aqui deixei um texto da mesma São Almeida para o Conselho Dentológico do Sindicato dos Jornalistas batendo na providência cautelar de Sócrates contra a Cofina ninguém achou que o texto estivesse mal. Agora é que batem na Sãozinha democrata cuja gosma opiniosa nunca se cala?
tá bem, ò torres, para a próxima peço-te autorização prévia.
prossegues muita estupidozito, graças a deus, ignaz, mas quem é que caralho falou em pedir autorização?
tenho é pena que outro tão bom motivo para malhar na São tenha passado despercebido.
“tenho é pena que outro tão bom motivo para malhar na São tenha passado despercebido.”
então porque é que não o usaste ou foste promovido a director editorial dos comentários aqui da baiúca?
o manuel carvalho,fez-me lembrar aquele gajo,que sem coluna vertebral para ir direto ao assunto,deu a volta ao mundo em elogios,para chegar ao que lhe interessava. pôr santos silva a dizer mal do pcp e bloco ! manuel carvalho é a joia da coroa do belmiro de azevedo.convém manter gente deste calibre,para dar colorido à coisa…
Este continua a gritar e a chorar baba e ranho:
-A artimanha dele é maior do que a minha… buá, buá, buá.
Foi mais uma manobra do príncipe. De certeza.
a são josé, é outra escriva que se diz de esquerda,mas que não faz outra coisa senão malhar no ps.quanto ao passos no parlamento,pergunto? o que sabe fazer passos coelho?o em prego vai aparecer, (pelos bons oficios),mas tem que aguardar um período de nojo,imposto pelo futuro patraõ!
O link.
<a href="http://www.dn.pt/portugal/interior/marco-antonio-costa-diz-que-governo-de-passos-coelho-foi-vitima-de-artimanha-do-ps-4918110.html
Parece que a “correia de transmissão” do PCP está mais macia.
Se os maquinistas tiverem baixado a tolinha, viva o Costa!
O anónimo das 3:36 é destituído de cérebro. De um prévia convergência estratégica entre posições díspares de maquinistas e governo, visando reforçar as duas partes conclui uma situação de confronto real, com vitória de uma das partes. É a completa incapacidade de reflexão política e o binarismo intelectual em toda a sua miséria. Desgraçado lugar que dá direito de voto a anémonas pensantes.