Vem a melodia precisa
Em escala de Primavera
Que surpresa de Luísa
Ouvido que não espera
Quando era só companhia
Da guitarra grande a voar
Apenas olhava e ouvia
Na vertical do meu lugar
De «Devaneios flutuantes»
Ao «Jogral» já encantado
Juntando mundos distantes
Num som puro, imaculado
São raízes, são razões
Dum rio que vem dizer
A letra destas canções
Na pronúncia de mulher
Com Luísa de surpresa
Som numa nave central
A guitarra portuguesa
Faz da igreja a catedral
Tal como numa oração
Junta mundos dispersos
Para fazer uma canção
Já não precisa de versos
Basta-lhe ritmo, vertigem
Duma escala musical
Para chegar à origem
Do som que é Portugal
Estou a escrever uma «Canção lenta para “Canção breve para ‘Canção para Carlos Paredes'”». Um cansaço!
bem lembrado
Obrigado «Z» bem lembrado. Muito bem lembrado. Só para ter este comentário valeu a pena o trabalho de ter escrito o poema. Aquela aparente simplicidade tem horas de trabalho oficinal… Obrigado uma vez mais.
imagino que os poemas sejam esculpidos ao decibel, ainda bem que gostaste mas foste tu que me lembraste, portanto quites,