Aqueles que fogem da política, que abominam os políticos, são os que mais precisam dela. São os ignorantes, no sentido ontológico da expressão. Ignoram qual é a sua natureza, e que não a poderão abandonar. Porque só há um caminho para os humanos, ir em direcção à Cidade.
Aqueles que exploram estes miseráveis, alimentando a sua menoridade e impotência, usando a sua desorientação e dores para as lançar contra o Governo e as autoridades – seja quem for que esteja no Governo ou nas autoridades – são tiranetes codiciosos. Não são de esquerda ou direita, independentemente do lado onde surjam e que simulem assumir. A fonte do seu poder é o medo que vem dos medrosos arrebanhados.
Aqueles que nos lembram ser a Cidade a dimensão onde a liberdade se realiza, porque é lá que nos encontramos uns aos outros, são os políticos. Os políticos, estejam ou não nos partidos, dizem-nos que a liberdade no vazio, sem empatia e mistério, é a definição mesma de loucura. Os políticos reconhecem-se pela coragem de que dão provas. E pela coragem que inspiram. Os políticos amam.
“Os políticos amam”.
BRILHANTE FECHO DA CAMPANHA ELEITORAL.
“Os políticos amam”.
SAUDAÇÕES CORDIAIS, DEMOCRÁTICAS E SOCIALISTAS, DE
ACÁCIO LIMA
Muito bem hajas, Valupi.
:)))
New tales from the crypt. See it in 3D.
Além do mais, sabê-lo prócere do Estagirita, do macedónio, do meteco, é uma benção.
Um bom domingo, para si, também.
Associo-me ao que Valupi escreveu.
Brilhante fecho da campanha eleitoral, diz, justamente, o Acácio. Eu digo o mesmo, mas entrando por uma outra porta da cidade: digo que é uma brilhante abertura para o tempo que se segue. E mais não diz que o óbvio: são os políticos que fazem o trabalho que os que não gostam dos políticos não querem fazer. É mais cómodo pensar em termos de políticos corruptos (por default são todos) do que em termos de Poder. Claro que o Poder corrompe e o Poder absoluto corrompe absolutamente. O diabo é que, quando se aborda (para de imediato condenar e generalizar) a política, os políticos, um prévio exercício de espelho (não o espelho meu da madrasta) faria muito bem: quer com IVA ou sem IVA? Corrupçãozinha que não há quem por vezes (nos melhores casos) ou sistematicamente (nos que estão sempre a dizer mal da política: a minha política é o trabalho) não faça.
A cidade. Murada. Vazia. O povo aos gritos, a querer fazer justiça por suas mãos. O tal da Wikileaks, assunto que, são favas contadas, acaba em bruxas de Salém. O oposto da Revolução do Jasmim, a cidade a construir um futuro?
Estou de acordo com um traço essencial de um leme confiável, em política: a coragem. Não virar a cara. Aprender o que se possa. Amar.
O cidadão presente, que ia tão bem encaminhado na sua intervenção, fez-me lembrar o passado quando desculpabilizou a corrupção. E não se limitou a generalizar para obter esse efeito, globalizou…
O ser e a natureza ctónica do Homem é político como é sexual.
Quem se auto-proclama não político ou anti-político, ou é fingido ou não tem tomates ou é castrado.
ah sim. o hitler amava bué , o mao também , o ceausescu idem. podia continuar até amanhã a debitar nomes de políticos amorosos , tão quiduchos todos , inclusíve os “democráticos”. o que as pessoas não gostam não é da politica , é do poder político e da forma como é e foi exercido SEMPRE.
Poder não presta. e a “política” não passa disso. a outra , a Política ,nunca vi , mas deve ser bonita . Orwell ainda a viu , lá pela Espanha.
Pequena brincadeira com o editor de texto do word: localizar, substituir.
Aqueles que fogem da Religião, que abominam os padres, são os que mais precisam dela. São os ignorantes, no sentido ontológico da expressão. Ignoram qual é a sua natureza, e que não a poderão abandonar. Porque só há um caminho para os humanos, ir em direcção a Deus.
Aqueles que exploram estes miseráveis, alimentando a sua menoridade e impotência, usando a sua desorientação e dores para as lançar contra a Igreja e as autoridades – seja quem for que esteja no Vaticano ou nas autoridades – são tiranetes codiciosos. Não são ateus nem homens de Fé, independentemente do lado onde surjam e que simulem assumir. A fonte do seu poder é o medo que vem dos medrosos arrebanhados.
Aqueles que nos lembram ser Deus a dimensão onde a liberdade se realiza, porque é lá que nos encontramos uns aos outros, são os padres. Os padres, estejam ou não nas igrejas, dizem-nos que a liberdade no vazio, sem empatia e mistério, é a definição mesma de loucura. Os padres reconhecem-se pela coragem de que dão provas. E pela coragem que inspiram. Os padres amam.
(eheh…. e dá para fazer mais umas coisinhas)
(bom dia!)
Hoje é dia de votar. Não inventemos pretextos para não sair de casa. Os candidatos não agradam? A mim, não! Mas há sempre o voto útil, mesmo que tal voto obrigue a engolir um sapo. O voto útil será uma tentativa de impedir que ELE seja coroado sem luta.
Ai Teresa, que raio de comparação! Logo num momento tão sonhador e contagiante do Valupi. Apaixonada, foi assim que me senti!
Já é tempo de se começar a olhar para a política nestas paragens de outro modo. Os próprios políticos, os que ainda arriscam, também passariam a sentir de outro modo o «peso» da nobreza da função. Todos teríamos a ganhar.
Deixando de lado a filosofia, que a mó das vezes só atrapalha e confunde as pessoas que já são ignorantes por apodo ou de nascença, o que é que expressões como esta: “Ignoram qual é a sua natureza, e que não a poderão abandonar” significam num português descomplicado que nem precisa vir de Vieira, Antero ou Pereira?
“Porque só há um caminho para os humanos, ir em direcção à Cidade”
E arranjar trabalho, que isto do desemprego vai alastrando como à merda. Mas depois, mesmo que a coisa esteja no mapa, e haja caminho e ciência para ler mapas, quando lá chegarmos, a essa tal Cidade imaginária sem copos de três nem peixe frito, é que vão ser elas: a quem é que vamos perguntar onde é o Museu Municipal ou saber dum gajo capaz de meter meias solas e martelar umas coisa filosóficas?
“Aqueles que exploram estes miseráveis”.
E quem serão, em termos de organização visível, esses marmanjolas (no caso de não serem artolas meio-cozinhados para usar neste forno) que exploram a “menoridade, desorientação e dores” anti-governamentais dos “miseráveis” de meia-testa e que não vêem a porra duma Cidade à frente do nariz? Sim, seria bom saber isso, antes de investirmos o capitalzinho. Representarão eles, talvez, uma espécie de resposta, antítese pobre da eficiente Maçonaria supra-partido, que já se move por corredores secretos há vários séculos, que só divulga os nomes de muitos dos seu sócios e fiéis décadas depois de terem morrido, que agora mesmo se encontra e reune para conversas sobre a “liberdade da Cidade” em templos móveis com mini-altares transportáveis sob o braço ou em lancheiras forradas a veludo por dentro?
“Os políticos reconhecem-se pela coragem de que dão provas… e pela coragem que inspiram…”
… e pelas mentiras que pregam, e pelos dinheiros que roubam, e pelas violências e crimes que cometem, e pela hipocrisia e demagogia com que enganam há séculos os “medrosos em rebanho” e por serem, de facto, e por cima de tudo o mais, uma quase completa cambada de ignorantes que não sabe qual é a fonte do poder que lhes caiu do céu e a cujo bordão se encostam para conforto.
“Os políticos amam”. Não, os políticos fodem. O próximo, ou quem estiver mais à mão.
Penélope, longe de mim estragar as paixões de quem quer que seja com comparações porque toda a gente sabe que qualquer paixão é sempre única e incomparável…. :))
conclusão: os políticos que amam fodem-se! Agora se é antes ou é depois é assunto que fica por saber porque ainda há o caso do Invictus. Ganda Mandela.
lá me venho eu foder a política por não permitir que fodam o amor. não, não, Val, não, os políticos não amam. porque o amor nada tem que ver com orgias – ora com a esquerda ora com a direita; tampouco, no amor, cabem punhetas de tesão bem ao centro do espelho – quando muito punhetas de desejo, nos olhos, como complemento.
(não, não tergiverso: na política, lamentavelmente, não cabe nem a alegria nem a poesia)
:-)
Pode tentar-se isso tudo até numa simples assembleia de freguesia. E sair de cabeça erguida mesmo sabendo a diferença entre sonhos e resultados…
ai, caneco, Zézinho, que agora fiquei a gostar da tua resposta. :-)
(só não sei bem, fiquei confusinhã, se tens o amor como comunista) :-)
Não me parece.
A filosofia importa e muito.
Sobretudo a grega.
Até pode ser a dos ante-socráticos.
Pode-se ler “As Constituições de Atenas” do Estagirita e, num ápice, percebe-se o que Valupi tentou dizer neste post.
Depois, bem, depois, temos de afinar o entendimento sobre o léxico.
Por exemplo:
1/ Pedófilo – O que ama as crianças (significado antigo e válido);
2/ Político – O que ama a polis e com ela se preocupa.
Os outros sentidos que se atribuem a “quem” se instalou no “poder” para dele se servir ou abusar…isso é outra conversa.
Os “políticos amam”, por definição.
ai , Sinhá , amam , amam…amam o dinheiro e o poderzinho.
genial, teresa. :)
ai, tu, ai que nem lhe chamo – a isso – caganeira (daquela verde-tijolo depois de muitos grelos e laranjas). :-)
Estagirita, padralhada, maçónicos, Mandela, paixão e punhetas… E ainda há quem maldiga as caixas de comentários!
eu bemdigo: viva a paixão e as punhetas. :-D
E eu subscrevo com entusiasmo!
Shark, meu querido, que subscreves tu com entusiasmo, a política ou as punhetas? (só para saber)
A paixão, acima de tudo.
E as punhetas, pelo valor estimativo…
ahahahahahahahah….
(pronto, esta caixinha de comentários até estava a correr bem mas cheira-me que daqui para a frente a coisa poderá complicar-se…)