Aviso aos pacientes: este blogue é antianalgésico, pirético e inflamatório. Em caso de agravamento dos sintomas, escreva aos enfermeiros de plantão. Apenas para administração interna; o fabricante não se responsabiliza por usos incorrectos deste fármaco.
José Albergaria chama a atenção para uma refrescante, e legítima, interpretação de Saramago.
5 thoughts on “Teologia dialéctica”
O padre Borges é um dos poucos teólogos que ainda vale a pena ler.
Subscrevo a definição de Deus por Saramago. É muito bela.
Bela é. Mas a definição de Deus está sujeita a algo parecido com o Princípio da incerteza de Heisenberg. Não pode ser feito, apenas aproximado. Mas é divertido tentar.
Proponho que nos fiquemos por essa definição e nos deixemos de personificar silêncios cósmicos, acabando com o belo. O resto da frase é poético e, em nome da poesia, assim deveria ser, mas se somos o único grito na imensidão está ainda por provar.
Vega,
É como uma Canção do Boto; não há formulações matemáticas. Só poesia. Deixa-me ficar por aqui.
Mas para quem Deus inexiste, há como “denegá-LO”?
E, o que, pelas minhocas na terra, quer dizer “a negação determinada não significa negação real”, explicada pela suposta honestidade intelectual de J. Saramago, o que o impediria de aceitar a imagem de um deus cruel e sanguinário??
Então vá lá que isto e as outras fanfarronices nada ´abscônditas` pelo texto afora correspondam ao que há de legítimo na manifestação do cidadão em questão, cada um segundo cada qual. Mas e a parte refrescante? Ali só o dom explícito para afundar questões elétricas, vivas, num falatório abstruso e pretensamente universal.
Deixe um comentário
Este blogue é antianalgésico, pirético e inflamatório
O padre Borges é um dos poucos teólogos que ainda vale a pena ler.
Subscrevo a definição de Deus por Saramago. É muito bela.
Bela é. Mas a definição de Deus está sujeita a algo parecido com o Princípio da incerteza de Heisenberg. Não pode ser feito, apenas aproximado. Mas é divertido tentar.
Proponho que nos fiquemos por essa definição e nos deixemos de personificar silêncios cósmicos, acabando com o belo. O resto da frase é poético e, em nome da poesia, assim deveria ser, mas se somos o único grito na imensidão está ainda por provar.
Vega,
É como uma Canção do Boto; não há formulações matemáticas. Só poesia. Deixa-me ficar por aqui.
Mas para quem Deus inexiste, há como “denegá-LO”?
E, o que, pelas minhocas na terra, quer dizer “a negação determinada não significa negação real”, explicada pela suposta honestidade intelectual de J. Saramago, o que o impediria de aceitar a imagem de um deus cruel e sanguinário??
Então vá lá que isto e as outras fanfarronices nada ´abscônditas` pelo texto afora correspondam ao que há de legítimo na manifestação do cidadão em questão, cada um segundo cada qual. Mas e a parte refrescante? Ali só o dom explícito para afundar questões elétricas, vivas, num falatório abstruso e pretensamente universal.