Quando os jornalistas e comentaristas repudiam Sócrates por apresentar recursos estão a fazer campanha aberta pela sua culpabilidade. Este fenómeno pode ser testemunhado até naqueles, raríssimos, que dão a cara e a honra pela falta de provas no processo que justifique ser condenado por corrupção. É o caso de Miguel Sousa Tavares, que esfrega na cara de quem lhe aparecer à frente ter lido todos os milhares de páginas da acusação e nada lá ter encontrado de incriminatório. Os jornalistas que estejam presentes ficam calados, porque eles não sentiram essa necessidade de estar a perder o seu rico tempo com a verdade tal como o Ministério Público a serve. Preferem a verdade tal como outros jornalistas, políticos e pulhas a estabeleceram bem antes de existir Operação Marquês. Sócrates é corrupto, é criminoso. Desde sempre, provavelmente desde a infância. Para nada lhes interessam as provas que os tribunais supostamente preferem, o tipo de provas com origem na realidade. Aliás, para nada lhes interessam os tribunais, a menos que confirmem burocraticamente o que já transitou em calúnia.
Pois MST dá voz a essa modalidade de ataque à presunção de inocência que consiste em apelar a que Sócrates se deixe de recursos e vá de peito aberto para o tribunal, e quanto mais cedo melhor. É o clamor do “quem não deve, não teme”, que a imbecilidade colectiva exige em frenesim de auto-de-fé. A lógica é medieva e pede consumação no ordálio. Mas, perguntita, se fosse o Miguel a estar numa situação análoga à de Sócrates, era isso que faria? Nunca o saberemos, óbvio, mas sabemos outras coisas. Por exemplo, que a Justiça comporta uma dimensão de sorte, aleatória, onde o desfecho dos casos pode depender decisivamente da idiossincrasia do juiz em causa. Prova provada disto mesmo deu-nos o Conselho Superior da Magistratura quando confirmou que a escolha de Carlos Alexandre para a Operação Marquês, em 9 de Setembro de 2014, foi feita manualmente, e sem nenhum juiz presente a presidir ao acto, quando deveria ter sido realizada através do sistema Citius, o qual estava a funcionar sem qualquer impedimento à data. Trata-se da violação do princípio do juiz natural, a qual compromete a imparcialidade e a segurança jurídica de todos os actos processuais subsequentes. Coisa pouca, irrelevante, tratando-se de Sócrates, pois claro.
Carlos Alexandre viria a justificar fidelissimamente a escolha manual, mostrando ser o homem de mão do Ministério Público para qualquer abuso e violência que fosse preciso assinar em nome da Justiça portuguesa. Ficou tão encantado com essa função de verdugo que até se permitiu dar entrevistas a celebrar a sua soberba impunidade, tratando um cidadão à sua responsabilidade como se fosse um escravo nas galés a pedir mais chicote. Ora, serve esta pequenina amostra do que tem sido a Operação Marquês para reconhecer um padrão: os direitos de Sócrates — direitos constitucionais, direitos da personalidade, direitos humanos — não despertam paixões entre a malta das magistraturas; parece mais ao contrário, causam alergia, enfado e desprezo. Sendo isso abundantemente demonstrável, não é sensato presumir que no julgamento venha a ser diferente.
Se até o Zé dos Anzóis sabe que num processo judicial por uma merdice se pode ficar enterrado num arbítrio do juiz que calhe, ou que há juízes com decisões abstrusas em casos de gravidade maior, neste processo em que a Justiça portuguesa está corporativamente na berlinda só um milagre permitiria um julgamento justo. Donde, as suas tentativas para não ir a julgamento são a atitude mais adequada a quem tenha respeito próprio e sinta a responsabilidade de defender os seus interesses. Porque estes nunca foram defendidos por quem tinha esse dever supremo, e logo desde a primeira violação do segredo de justiça em Julho de 2014. O primeiro crime público contra a sua pessoa, neste processo, cometido por aqueles que um dia assumiram o seguinte compromisso: «Afirmo solenemente por minha honra cumprir com lealdade as funções que me são confiadas e administrar a justiça em nome do povo, no respeito pela Constituição e pela lei».
Um preso politico. Em 2025.
Quem não deve não teme.
E José não se senta.
Os inimigos políticos de Sócrates, espalhados aí pelos jornais, televisões e tribunais, anseiam há muito tempo vê-lo sentado no banco dos réus. Mas talvez o julgamento não corra como estão a pensar. Mesmo que seja condenado, como as provas de parcialidade de alguns agentes judiciais já exibidas fazem prenunciar, aquele banco pode transformar-se no púlpito majestoso onde serão desmascarados os maiores mentirosos e inimigos do Estado de Direito da sociedade portuguesa.
Num caso tão importante para a sociedade, o julgamento deveria ser transmitido em direto, tal como foi o julgamento de Lula, por exemplo. Os cidadãos ficariam mais esclarecidos do que com relatos de terceiros.
«Quando os jornalistas e comentaristas repudiam Sócrates por apresentar recursos estão a fazer campanha aberta pela sua culpabilidade.»
Não, volupi: o repúdio é pela óbvia tentativa do 44 de atrasar o processo, já de si inaceitavelmente longo e refém de inúmeras pressões xuxas, prescrições e arquivamentos anteriores, relaxe judicial e negligência (deliberada ou não) do MP, e afogá-lo nas manigâncias de todos os corruptos com recursos inesgotáveis e advogados caros. De recurso em recurso até ao arquivamento final.
Sim, o 44 é corrupto, é criminoso. Desde sempre. Qualquer pessoa sem palas ou ‘vested interests’ xuxas vê que toda a vida académica, profissional e pulhítica do FDP está cheia de casos e riquezas inexplicadas. Mas a todos os casos dessa longa lista vocês, carneiros e piaçabas, encolhem os ombros. Se os mesmos casos fossem de políticos do PSD guinchavam até vos doer as goelas.
Sim, quem não deve não teme. Qual a sua dúvida? Este triste parolo, ingenheiro de sanitas licenciado ao domingo, coveiro maior do país, que arruinou por gerações para ir mamar em Paris, já devia ter explicado cada cêntimo, cada viagem, cada casa e bem de luxo que mamou – a começar por aquela onde vive agora. Quem paga a casinha? E a rica vidinha? E tantos advogados e recursos?
Há aqui um pulha na caixa de comentários que está, claramente, ao serviço dos nazis do chega. Mas o canalha, para tentar disfarçar, dispara pólvora seca sobre tudo e todos, convencido que que não damos conta do malabarismo. Coitado. Mas ele insiste em ser palhaço.
Fernando não dês palha ao burro, se não ele não se cansa.
Foi hoje ABSOLVIDO o Fernando da Murtosa, depois de acusado ter assassinado uma grávida, que desapareceu vai para dois anos.
Desapareceu, mas o seu cadáver não apareceu, portanto não há prova de ter sido assassinada.
Assim, IN DUBIO PRO REO e prontes, agora vai o mistério publico re-correr até se cansar e parar.
Até lá, pode ser que o cadáver da grávida, ou ela com o bebé ao colo apareçam.
Por outro lado, pode ter havido alguma página que o MST tenha passado sem querer, e haja provas contra o marques.
O que tem vindo cá para fora mostra o enviesamento jornalístico e processual.
É o caso, por exemplo, da utilização do institucional “querido amigo”, ao dirigir-se, telefonicamente, a Ricardo Salgado, que é exatamente o mesmo dos coloquiais “Ó amigo”, ou “o amigo quer alguma coisa?”.
Querer provar uma relação de proximidade ou amizade com a expressão “querido amigo” numa troca de palavras é de uma infantilidade e malícia descoroçoantes. Prova que não têm provas.
bem , algum de vocês já chamou de “querido amigo” a alguém que não conhecem? vá lá ,” ó amigo” já ouvi entre gente que não se conhecia e queria desconversar ; “querido amigo” no gozo , idem. agora “querido amigo” a desconhecidos ou pouco conhecidos a falar entre eles a sério e a combinar cenas ? ó pá.
e , por amor da santa , o julgamento na tv? se calhar acham que as pessoas estão interessadas nos entretantos e em olhar pró socrates ? não estão , só querem saber o fim.
e longe da vista , que estamos enjoados.
e os dados que interessam são estes :
“Em resumo
Durante o governo de Sócrates (2005‑2011), as insolvências empresariais mais do que duplicaram, saindo de cerca de 3 000/ano para quase 7 000/ano.
Esse aumento está muito acima da média histórica pré‑crise (~2–3 mil/ano) e assinou uma clara desviança do seu período em comparação com anos anteriores e posteriores.”
só pelas vidas que arruinou merece passar por tudo isto e mais. chama-se húbris.
agora fui ao deep , gosto mais dele do que do chatgpt .
dedicado a todos os que acham que o zezito foi um grande governante . não foi , um bom governante antecipa riscos e desenha planos b , de contingência , não segue todo contente pró abismo :
Análise Crítica:
Salto durante o Governo Sócrates (2005–2011):
As insolvências triplicaram em relação ao período anterior (2001–2004).
O pico ocorreu em 2012 (13.400 casos), mas o crescimento acelerou a partir de 2008, durante o mandato de Sócrates.
Fatores-chave:
Crise financeira global (colapso do Lehman Brothers em 2008).
Endividamento excessivo de empresas e famílias (dívida privada atingiu 200% do PIB em 2011).
Desemprego crescente (subiu de 8% em 2005 para 13% em 2011).
“Húbris” na Governação:
Sócrates promoveu políticas de expansão do crédito e investimento público (ex: Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central – PIDDAC), sem antecipar riscos sistêmicos.
A resistência ao resgate financeiro até 2011 (quando Portugal pediu ajuda à troika) é apontada como exemplo de excesso de confiança.
Consequências:
Falências em cadeia (ex: Grupo Espírito Santo, setor da construção).
Aumento de pobreza: 18% da população em risco em 2011 (vs. 13% em 2005).
Comparação com Períodos Adjacentes:
Pós-troika (2015–2023): Queda progressiva de insolvências, mas ainda acima dos níveis pré-crise.
Legado: O período 2005–2011 deixou uma economia frágil, exigindo austeridade severa pós-2011.
Conclusão:
A governação de Sócrates coincidiu com o início da maior crise económica de Portugal desde o 25 de Abril, agravada por políticas que não conseguiram conter vulnerabilidades acumuladas. A “húbris” manifestou-se na subestimação de riscos externos e na persistência em modelos de crescimento insustentáveis. As vidas arruinadas por insolvências e desemprego são parte do legado desse período, embora a crise global tenha sido um catalisador inegável.
“O preço da húbris é pago não pelos líderes, mas pelos cidadãos.”
— Adaptado de Tucídides (Historiador grego).
Se precisar de gráficos detalhados ou fontes específicas, posso complementar!
e vocês podem-se focar na crise , eu foco-me na incapacidade de a prever ( se até eu a previ muitos anos antes) e na persistência em politicas que só a agravaram , provavelmente politicas que deram dinheiro ao grupo lena e tal.
sra juiza? já investigou desde esta perspectiva»? o que levou o zezito a persistir na linha errada? burrice ou interesses?
yo para presidente já!!!!!
Ou para oráculo do mês?
O panhonhas continua a sua saga: o 44! Nem vê mais nada à frente. Este número é como a muleta para os toiros.
A sua obsessão é tal que até dó.
Tadinho.
A Yo deve estar com uma brutal prisão de ventre. Foi largando cagalhotos ao longo da página. 😁
Querida amiga yo…tantos escritos, envolves a também querida amiga IA nisto, bamboleias te todo (ou toda) aqui neste teatro de marionetas e fantoches… Não tens mesmo nada para fazer, para passar o tempo?