Dominguice

José Sócrates, não vamos continuar as entrevistas sempre que houver críticas aos jornalistas. Estamos a dar-lhe sempre palco para falar connosco. Portanto, se entrar por aí, vamos parar. Estamos a dar-lhe o nosso tempo de antena para falar. Sistematicamente a criticar os jornalistas, em vez de criticar o Ministério Público, que é o que deve fazer lá dentro.” Depois afastou-se e continuou a dizer coisas.

Este fulano não é jornalista, profissão que consiste em descrever o mundo, com sorte explicá-lo. Ele é outra coisa, é um editorialista. Como tal, usa o mundo para criar outro mundo. No seu mundo, Sócrates tem de ter respeitinho para com os jornalistas, tem de baixar a bola e não tocar em certos assuntos, caso pretenda continuar a subir ao palco. O palco pertence aos editorialistas, os donos do “tempo de antena para falar” do que eles querem ouvir.

19 thoughts on “Dominguice”

  1. Quando e que mudas o nome do blog? Sócrates B? Homilias todos os dias é demais.
    Coitados dos jornalistas , a lidar com um psicopata arrogante narcisista . Adequados para a função só enfermeiro psiquiátricos.

  2. Isto é tudo lamentável e tudo advém de um hábito estranhíssimo: pôr repórteres à porta dos tribunais, à porta das igrejas, à porta dos estádios, à porta de cemitérios, à porta até de casa de cidadãos anónimos que por contingências da vida veem-se nas manchetes de jornais como o correio da manhã, e noutros locais ainda mais estranhos, na expectativa de que as pessoas que participam em julgamentos, funerais, que são vítimas de crime ou estão a ser acusadas de cometer um crime, que acabam de ver jogos de futebol, que como sabemos é uma actividade onde impera o bom senso, enfim, que malta que está triste, nervosa, ansiosa, raivosa, revoltada, que pode até ter propensão para a violência verbal e física, enfim, que esta malta tem uma vontade imensa de falar com jornalistas e de contribuir para o fluxo informativo 24 sobre 24 que jamais em momento algum pode ser interrompido.

    Ou seja, ainda ninguém parou para pensar e concluir que pôr jornalistas especados à porta de um tribunal é simplesmente estúpido, sendo estúpido ao quadrado quando esses mesmos jornalistas podem estar lá dentro a assistir ao julgamento, sendo isso a matéria-prima da possível notícia e não a “reação” de quem participa no julgamento.

  3. «Isto é tudo lamentável e tudo advém de um hábito estranhíssimo: pôr repórteres à porta dos tribunais, à porta das igrejas, à porta dos estádios, à porta de cemitérios, à porta até de casa de cidadãos anónimos que por contingências da vida veem-se nas manchetes de jornais como o correio da manhã,»

    Sócrates entrou no jogo não dos “jornalistas” mas no do jornalismo. O jornalismo joga com pobres diabos ‘bipés de microfone’ postados na rua ou à porta de uma qualquer pessoa “triste, nervosa, ansiosa, raivosa, revoltada”, que abra a boca para uma palavra , precisamente, para gritar a sua revolta e depois as redações ‘trabalharem’ o material recolhido a seu jeito político ou de interesses ou, pura e simplesmente não publicar.
    Ora, Sócrates, vitima de tal jogo jornalístico de interesses políticos e revoltado, conscientemente, optou por uma lógica ao inverso; ser ele próprio a jogar com o jornalismo de serviço de imediato indo ele mesmo ao encontro dos pés de microfone de rua dizer alto e bom som o que lhe vai na alma acerco da justiça e do “trabalho” jornalístico em Portugal. Isto é, enviar recados da sua causa aos portugueses antes que as subservientes redações manipulem a informação. Daí que, ao verem-se desfeiteados os redacionários de estúdio, agora, ameaçam e tentam silenciar Sócrates integralmente para poderem, como sempre, dizerem apenas o que querem que seja dito e não o que ‘ele’ diz do julgamento, dos jornalistas, dos juízes, dos procuradores e do MP à porta dos tribunais à portuguesa.
    É no auge e fulgor da batalha que nascem os heróis vivos ou mortos. Perdido o medo de morrer, sós e entregues a nós próprios nenhuma lei escrita convencional tem valor. A coragem do herói advém duma qualquer situação humana específica deste género.
    Os incompetentes sem qualidades já levam mais de dez anos a desumanizar a inteligência e caráter de Sócrates sem o conseguir, pelo contrário, é ele que contra-ataca pondo a nu o regime de oportunistas subservientes de um poder anti-democrático, não eleito, que quer impor a lei por vingança a quem se atreveu, um dia, a querer que tivessem menos férias e trabalhassem mais.

  4. O João Sabichão acerta outra vez: neste caso a raíz do problema nem é o 44, mas o esgoto mediático que despeja incessantemente estas poias sobre uma carneirada ávida, acrítica e apática.

    Para completar a lavagem cerebral vem depois a trupe comentadeira, a maior praga desde a Peste Negra, que pastoreia os basbaques na direcção que mais convém a pulhíticos e mamões.

    O 44 limita-se a explorar esta sofreguidão ‘informativa’, como aquelas fúteis celebridades que se deixam entrevistar e fotografar na rua, na praia e na retrete; para elas não há má publicidade, apenas publicidade. Para o 44 o objectivo não é a fama – um PM que arruína um país e vai preso por corrupção tem disso de sobra – mas adora ter palanque e precisa sempre dele para uivar a sua ‘narrativa’.

    “A coragem do herói”, diz-nos o sempre fiável jose neves, “advém duma qualquer situação humana”. Não sei quem é o herói, mas concordo com o resto – haja coragem para aturar o FDP.

  5. Como a yo constata acima, a razão da existência deste blog não podia ser mais clara e óbvia: louvar o 44. Aplaudir o 44. Glorificar o 44. Servir o 44. Citar o 44. Chorar o 44. E, até onde for possível branquear o trafulha mais reconhecido, mafioso e ruinoso do país, branquear o 44.

    É legítimo assumir que até ao início do julgamento volupi, merdolas & cia. iam apenas passando o tempo: alguns posts avulsos sobre Israel, a Ucrânia, ou a atacar a laranjada, entre as lambidelas ao traseiro do 44. Mas era este, sempre foi este o assunto esperado. Só isto lhes importa.

    É também legítimo supor que quando isto terminar o blog deixa de ter razão de ser. Durante uns tempos talvez cante mais umas loas à vitória / arquivamento do 44, ou cuspa um pouco mais sobre quem ousou acusar tão ilustre engenheiro sanitário, mas irá ter o mesmo fim do CC.

    Enquanto durar, e aproveitando a ideia da yo, alguns nomes sugeridos:
    — Clube 44
    — Cova do Trafulha
    — Bancarrota Branqueada
    — Sanita de Paris
    — Aspirina Bicha

  6. desta vez o pasquineiro teve muita sorte não ter sido atirado ao rio, como lhe aconteceu ao serviço do manhólas, quando o rosnaldo lhe atirou o microfone ao lago.

  7. Se tivessem escrito um parágrafo envenenado sobre o Sócrates enquanto foi primeiro ministro, tenho a certeza que não teria havido golpe de estado. O Sócrates não faria como o António Costa. Não se demitiria. Viveríamos ainda em democracia. Não existiriam os ióiós, nem os bostas.

  8. Sim, porque na democracia do zezito todos os opositores seríamos encarcerados, certo?
    E depois, quem é o zezito para dar lições de moral aos jornalistas? Quem é o tipo para lhes dizer como devem de fazer o seu trabalho? Quem o homem para achar que os jornalistas o têm de defender? Essa função é dos vários advogados ao seu serviço, não dos jornalistas. O Sócrates é uma grande nódoa na história da governação de Portugal.

  9. Do DER TERRORIST -editado-

    Temos assim que as grandes obras públicas deste Governo são o TGV, a terceira travessia do Tejo, o novo aeroporto em Alcochete, empreendimentos decididos pelo Governo de José Sócrates e que no apogeu dos blogues mobilizou os escribas do Insurgente, 31 da Armada, Blasfémias, Cachimbo de Magritte, Corta Fitas, NUMA CRUZADA contra o despesismo do Estado e o malbaratar do dinheiro do contribuinte. Depois haviam todos de ser cooptados por Passos Coelho para o Governo da Troika como “técnicos” e “especialistas”, não prestavam/ prestam para nada mas agora já têm currículo e, recauchutados, alguns integram o Governo do avençado da Spinumviva, os que não foram asilar para instituições europeias, CCDR’s, autarquias. Entretanto o Governo mais incompetente da história da democracia, escondido atrás da propaganda e dum problema que não existe – a imigração, PERDE MIL MILHÕES em fundos europeus para a alta velocidade, com o VELHACO que ainda habita em Belém calado que nem um rato, longe vão os tempos dos avisos a Ana Abrunhosa, “não lhe perdoo”.

  10. caro colega plagiador do zezito , a próxima vez informe-se melhor. suponho que o tgv e a 3 travessia do tejo também sejam assuntos anteriores ao ídolo de pés de barro.

    “A procura da localização para o novo aeroporto de Lisboa começou a 8 de março de 1969, com o Decreto-Lei n.º 48902 que constituía o “Gabinete do Novo Aeroporto de Lisboa”, com Marcello Caetano à frente da Presidência do Conselho. Esse gabinete publicaria três anos depois um relatório apontando 5 opções para a relocalização do aeroporto a ser estudadas, todas na margem sul do rio Tejo: Alcochete, Fonte da Telha, Montijo, Porto Alto e Rio Frio, com a última sendo a opção mais favorável para o novo aeroporto, prevendo-se que o fim da sua construção e eventual inauguração fosse feita nos finais de 1979 e princípios de 1980. Porém, a crise petrolífera de 1973, a revolução dos cravos em 1974 e a instabilidade política que se viveu nos primeiros anos após o 25 de Abril fez com que o projeto do novo aeroporto fosse suspenso.[4][5”

  11. a TTT -:) -:) , até o cavaco se interessou pelo assunto.

    “Governo(s) anterior(es) com envolvimento em estudos sobre a TTT:
    ✅ Governo de António Guterres (1995–2002):
    Em 1999, o governo Guterres lançou estudos estratégicos que incluíam a necessidade de reforçar a travessia ferroviária do Tejo, tendo em vista o crescimento urbano, os limites da capacidade da Ponte 25 de Abril e a necessidade de preparar a chegada da alta velocidade ferroviária.

    A REFER (Rede Ferroviária Nacional) já apontava para a necessidade de uma nova travessia ferroviária a leste de Lisboa, e alguns documentos internos sugerem a zona de Chelas–Barreiro como potencial localização.

    Também nessa altura foi criado o Plano Estratégico de Transportes, que incluía cenários futuros de mobilidade ferroviária e rodoviária com mais uma travessia do Tejo.

    ⚠️ Governo de Cavaco Silva (1985–1995):
    Durante os mandatos de Cavaco Silva, o planeamento rodoviário e ferroviário metropolitano começou a considerar a pressão crescente sobre a Ponte 25 de Abril.

    Contudo, a prioridade na época foi a Ponte Vasco da Gama, que estava em fase de planeamento e foi construída na década de 1990.

    Ainda assim, algumas ideias iniciais para uma travessia adicional foram levantadas em estudos de engenharia e mobilidade, mas não estruturadas como projeto de TTT.

    📌 Conclusão:
    Sim, antes do governo de José Sócrates, já existiam estudos e planos que identificavam a necessidade de uma nova travessia do Tejo com capacidade ferroviária — sobretudo no governo de António Guterres, onde se lançaram bases técnicas para o que viria a ser mais formalizado como TTT no início dos anos 2000.

    Se quiser, posso citar relatórios ou documentos específicos da época.”

  12. ” Se quiser, posso citar relatórios ou documentos específicos da época.”

    a burra analógica é um poço de sabedoria, linkada à burrice artificial parece um flintmobile a pilhas duracell recarregáveis com bagaço sintético.

  13. “Se quiser, posso citar relatórios ou documentos específicos da época.”

    o poço de sabedoria é a IA… eu não sei nada de relatórios e documentos específicos da época , ela é que sabe.

    tristinho por o zezito não ter levados avante projectos de outros ? de não ser o 74 , o aeroporto de rio frio já cá cantava.

  14. Novo aeroporto a sul do tejo?
    Jamais!
    Se fosse eu a decidir…
    Jamais!
    É perigoso numa situação de defesa do nosso território.
    Se entrarmos num conflito, o inimigo, rapidamente, desfaz os acessos ao aeroporto principal do país.
    (Há sempre o recurso às antigas barcas)

    Até agora sou o único a defender esta posição.

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