Aviso aos pacientes: este blogue é antianalgésico, pirético e inflamatório. Em caso de agravamento dos sintomas, escreva aos enfermeiros de plantão. Apenas para administração interna; o fabricante não se responsabiliza por usos incorrectos deste fármaco.
Existe uma conexão entre o fanatismo e a imbecilidade? Sim, necessariamente. E entre a imbecilidade e a arrogância? Sim, fatalmente. E entre a arrogância e a violência? Sim, infelizmente.
Na virtude é que está o meio.
12 thoughts on “Dominguice”
O uso político da ambiguidade
Arrogância, imbecilidade, violência, fanatismo, virtude …
— O que significam estas palavras fora de si mesmas? A que elas nos conduzem, senão, a uma indecifrável polissemia e plurissignificação? Cada qual a reivindicá-las para legitimar a liberdade e o arbítrio que lhes aprouver. Logo, nesse seu improfícuo imobilismo, fora dessa alienação e analgésico que provocam no agir (na mudança), o que resta não é apenas o niilismo relativista?
Um dos principais responsáveis pela introdução desse vírus improdutivo nas ditas ‘ciências sociais e humanas’ (i.e., na análise da sociedade e dos comportamentos humanos dentro dela), que infectou os programas dos cursos de mestrado e doutoramento nas principais universidades do ‘Ocidente’, foi C. Geertz. O famoso ‘Interpretativismo’, cuja tese se expressa do seguinte modo: “O mundo, tal como podemos conhecer, repousa sobre uma série de interpretações, que não possuem realidade que possa ser definida fora da linguagem e da cultura.” (Clifford Geertz, 1973, “On Thick Description”, in “The Interpretation of Cultures”, Basic Books, New York).
Não há programa académico em ‘ciências sociais e humanas’ que não seja dominado pelos seguidores de Clifford Geertz: George Marcus, Michael Fischer, James Clifford, et alli.
Em 1992, Claudio Lomnitz, a propósito da eleição presidencial mexicana de 1988, escreveu um artigo intitulado “O USO POLÍTICO DA AMBIGUIDADE” (L’Homme, vol.121, EHESS-CNRS, Paris, pp.91-102). No qual mostrou como o uso da ambiguidade nos discursos e narrativas dos políticos servem para construir a hegemonia do Estado e do seu ‘status quo’ contra a Liberdade individual dos cidadãos.
… «Tu pertences-me, sou eu que te represento; aplaude-me, grita por mim, torna-te fanático de mim e da minha facção» … E lá vão, em fila, votar. Como zombies ou robots, desprovidos de tudo o que a decência humana prometia.
A luta política no actual regime não se resume a esse imobilismo e a esse niilismo? Entre os que procuram emprego (lugar, subsídiodependência, avença) no Estado, e os que estão fora dessa possibilidade.
Às 20 horas, de hoje, dia 18 de maio de 2025, não é a esse impasse e a essa perpetração que assistiremos, por todos os partidos concorrentes as estas eleições legislativas?
O acto de abstenção é um comportamento político activo. E um acto revolucionário de mudança. Cujo resultado eleitoral (não terá novamente a maioria, hoje?) o actual regime impede, à força, de ter consequências políticas.
«Existe uma conexão entre o fanatismo e a imbecilidade? Sim, necessariamente.»
Até que enfim alguma autocrítica vinda de uma viúva do 44. Muito bem, volupi.
«E entre a imbecilidade e a arrogância? Sim, fatalmente.»
E agora uma crítica ao próprio 44. Que dia tão especial.
Meio e virtude… para centrinhos moderadinhos como o volupi todo o perigo, tudo o que é mau vem dos extremos: da terrível extrema-esquerda (tudo o que está à esquerda deles) e da medonha extrema-direita (tudo o que defende os mesmos mamões que eles, mas sem usar as tretas deles).
O resultado da sua mui virtuosa moderação? Cinquenta anos de pilhagem; cinquenta anos de impunidade; cinquenta cheganos na sua ‘casa da democracia’. Veremos quantos lá ficam hoje.
foi o que pensei , Filipe , o V a chamar imbecil e violento ( que é . animal feroz? ) . um dia memorável -:)
um excelente exemplo anti-democrático da UE
Um excelente exemplo da ambiguidade no uso político das palavras (“arrogância, imbecilidade, violência, fanatismo, virtude”) ocorreu hoje nas eleições presidenciais da Roménia. Concretamente, no conflito de liberdade de informação que opôs o «candidato anti-russo» ao «candidato apoiante da relação com a Rússia».
Os apoiantes do «candidato anti-russo» (apoiado pela UE) Nicușor Dan, juntamente com um país da União Europeia, pediram às autoridades romenas para impedirem as notícias sobre o «candidato apoiante da relação com a Rússia», George Simion, no ‘canal Telegram’ (do russo Pavel Durov).
Pavel Durov, respondeu do seguinte modo:
— “Não se pode defender a democracia destruindo a democracia. Não se pode lutar contra a interferência eleitoral interferindo nas eleições. Ou se tem liberdade de expressão e eleições justas, ou não. E o povo romeno merece as duas”.
Qual será o resultado eleitoral na Roménia, e qual vai ser a resposta que o povo romeno vai dar?
É esta a Democracia que a União Europeia defende? Que sentido fazem essas palavras “arrogância, imbecilidade, violência, fanatismo, virtude” perante este facto?
também é o dia dum feito memorável do pns : o ps a lutar pelo 2º lugar -:) omg , ao que chegamos.
I told you so!
uma incógnita desapareceu
Ao ver o mapa de Portugal vemos agora que o Chega ganhou onde ganhava o PS e PCP (Alentejo e Algarve).
O meu partido voltou a ganhar (mais de 40%).
O Ventura ainda vai a 1.º ministro nas próximas eleições.
O regime Abrilista morreu, assassinado pelo próprios ‘Abrilistas’.
É um dia de alegria perante esta mudança política.
Uma coisa será certa
Com esta votação, se os do PS perceberem que não conseguem derrotar o PSD, uma coisa será certa: vão transitar para o Chega.
Lindo!
O pseudo DER TERRORIST a parabenizar o homónimo.
—Parabéns a Marcelo Rebelo de Sousa. E ainda falta o almirante…
Como cantava Bachman Turner Overdrive nos 70s, “you ain’t seen nothing yet, baby”.
Tudo bem, Valupi?
E mais uma fácil vitória do vencedor de todas as eleições: a ABSTENÇÃO.
É também sempre bom ver o Partido Sucateiro levar na pá. Tomem, pulhas!
Claro que é uma alegria pífia:
— a carneirada reelegeu um PM trafulha que nem devia poder candidatar-se;
— além do velho esgoto do Centrão, o país fede agora ao esgoto do Chega;
— prossegue o lento suicídio da esquerda, salvo o chulo choninhas Tavares.
Ainda assim… tomem, pulhas!
O povo não os escolheu foi a ABSTENÇÃO A MAIS VOTADA
O uso político da ambiguidade
Arrogância, imbecilidade, violência, fanatismo, virtude …
— O que significam estas palavras fora de si mesmas? A que elas nos conduzem, senão, a uma indecifrável polissemia e plurissignificação? Cada qual a reivindicá-las para legitimar a liberdade e o arbítrio que lhes aprouver. Logo, nesse seu improfícuo imobilismo, fora dessa alienação e analgésico que provocam no agir (na mudança), o que resta não é apenas o niilismo relativista?
Um dos principais responsáveis pela introdução desse vírus improdutivo nas ditas ‘ciências sociais e humanas’ (i.e., na análise da sociedade e dos comportamentos humanos dentro dela), que infectou os programas dos cursos de mestrado e doutoramento nas principais universidades do ‘Ocidente’, foi C. Geertz. O famoso ‘Interpretativismo’, cuja tese se expressa do seguinte modo: “O mundo, tal como podemos conhecer, repousa sobre uma série de interpretações, que não possuem realidade que possa ser definida fora da linguagem e da cultura.” (Clifford Geertz, 1973, “On Thick Description”, in “The Interpretation of Cultures”, Basic Books, New York).
Não há programa académico em ‘ciências sociais e humanas’ que não seja dominado pelos seguidores de Clifford Geertz: George Marcus, Michael Fischer, James Clifford, et alli.
Em 1992, Claudio Lomnitz, a propósito da eleição presidencial mexicana de 1988, escreveu um artigo intitulado “O USO POLÍTICO DA AMBIGUIDADE” (L’Homme, vol.121, EHESS-CNRS, Paris, pp.91-102). No qual mostrou como o uso da ambiguidade nos discursos e narrativas dos políticos servem para construir a hegemonia do Estado e do seu ‘status quo’ contra a Liberdade individual dos cidadãos.
… «Tu pertences-me, sou eu que te represento; aplaude-me, grita por mim, torna-te fanático de mim e da minha facção» … E lá vão, em fila, votar. Como zombies ou robots, desprovidos de tudo o que a decência humana prometia.
A luta política no actual regime não se resume a esse imobilismo e a esse niilismo? Entre os que procuram emprego (lugar, subsídiodependência, avença) no Estado, e os que estão fora dessa possibilidade.
Às 20 horas, de hoje, dia 18 de maio de 2025, não é a esse impasse e a essa perpetração que assistiremos, por todos os partidos concorrentes as estas eleições legislativas?
O acto de abstenção é um comportamento político activo. E um acto revolucionário de mudança. Cujo resultado eleitoral (não terá novamente a maioria, hoje?) o actual regime impede, à força, de ter consequências políticas.
«Existe uma conexão entre o fanatismo e a imbecilidade? Sim, necessariamente.»
Até que enfim alguma autocrítica vinda de uma viúva do 44. Muito bem, volupi.
«E entre a imbecilidade e a arrogância? Sim, fatalmente.»
E agora uma crítica ao próprio 44. Que dia tão especial.
Meio e virtude… para centrinhos moderadinhos como o volupi todo o perigo, tudo o que é mau vem dos extremos: da terrível extrema-esquerda (tudo o que está à esquerda deles) e da medonha extrema-direita (tudo o que defende os mesmos mamões que eles, mas sem usar as tretas deles).
O resultado da sua mui virtuosa moderação? Cinquenta anos de pilhagem; cinquenta anos de impunidade; cinquenta cheganos na sua ‘casa da democracia’. Veremos quantos lá ficam hoje.
foi o que pensei , Filipe , o V a chamar imbecil e violento ( que é . animal feroz? ) . um dia memorável -:)
um excelente exemplo anti-democrático da UE
Um excelente exemplo da ambiguidade no uso político das palavras (“arrogância, imbecilidade, violência, fanatismo, virtude”) ocorreu hoje nas eleições presidenciais da Roménia. Concretamente, no conflito de liberdade de informação que opôs o «candidato anti-russo» ao «candidato apoiante da relação com a Rússia».
Os apoiantes do «candidato anti-russo» (apoiado pela UE) Nicușor Dan, juntamente com um país da União Europeia, pediram às autoridades romenas para impedirem as notícias sobre o «candidato apoiante da relação com a Rússia», George Simion, no ‘canal Telegram’ (do russo Pavel Durov).
Pavel Durov, respondeu do seguinte modo:
— “Não se pode defender a democracia destruindo a democracia. Não se pode lutar contra a interferência eleitoral interferindo nas eleições. Ou se tem liberdade de expressão e eleições justas, ou não. E o povo romeno merece as duas”.
Qual será o resultado eleitoral na Roménia, e qual vai ser a resposta que o povo romeno vai dar?
É esta a Democracia que a União Europeia defende? Que sentido fazem essas palavras “arrogância, imbecilidade, violência, fanatismo, virtude” perante este facto?
também é o dia dum feito memorável do pns : o ps a lutar pelo 2º lugar -:) omg , ao que chegamos.
I told you so!
uma incógnita desapareceu
Ao ver o mapa de Portugal vemos agora que o Chega ganhou onde ganhava o PS e PCP (Alentejo e Algarve).
O meu partido voltou a ganhar (mais de 40%).
O Ventura ainda vai a 1.º ministro nas próximas eleições.
O regime Abrilista morreu, assassinado pelo próprios ‘Abrilistas’.
É um dia de alegria perante esta mudança política.
Uma coisa será certa
Com esta votação, se os do PS perceberem que não conseguem derrotar o PSD, uma coisa será certa: vão transitar para o Chega.
Lindo!
O pseudo DER TERRORIST a parabenizar o homónimo.
—Parabéns a Marcelo Rebelo de Sousa. E ainda falta o almirante…
Como cantava Bachman Turner Overdrive nos 70s, “you ain’t seen nothing yet, baby”.
Tudo bem, Valupi?
E mais uma fácil vitória do vencedor de todas as eleições: a ABSTENÇÃO.
É também sempre bom ver o Partido Sucateiro levar na pá. Tomem, pulhas!
Claro que é uma alegria pífia:
— a carneirada reelegeu um PM trafulha que nem devia poder candidatar-se;
— além do velho esgoto do Centrão, o país fede agora ao esgoto do Chega;
— prossegue o lento suicídio da esquerda, salvo o chulo choninhas Tavares.
Ainda assim… tomem, pulhas!
O povo não os escolheu foi a ABSTENÇÃO A MAIS VOTADA
SÓ PARA LEMBRAR
https://youtu.be/kJALp9mXlI0?feature=shared