Aviso aos pacientes: este blogue é antianalgésico, pirético e inflamatório. Em caso de agravamento dos sintomas, escreva aos enfermeiros de plantão. Apenas para administração interna; o fabricante não se responsabiliza por usos incorrectos deste fármaco.
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6 thoughts on “Começa a semana com isto”
“Votaria no António Vitorino se ele fosse candidato”
“Não há aqui uma dicotomia. Essa dicotomia, canhões ou manteiga, é uma dicotomia que se quer fazer passar, mas é canhões e manteiga. Neste caso, os canhões para proteger a manteiga, e, claro, a manteiga para sustentar as pessoas que estão a tratar os canhões”, defendeu Gouveia e Melo
«Não há aqui uma dicotomia. Essa dicotomia, canhões ou manteiga, é uma dicotomia que se quer fazer passar, mas é canhões e manteiga.»
O senhor chuleco almirante está a dizer que a massa tem de chegar para tudo: pensões, escolas, hospitais, mas também – e sobretudo – para a tropa, os seus chulos e os seus brinquedos.
E são brinquedos carotes: os submarinos com ele adora brincar são mil milhões cada, fora as comissões e fotocópias da D. Portas, mais manutenção e extras. Mas ele fica a matar nas fotos que lá tira, pose heróica e olhar no horizonte, que impressionam os basbaques que vão jantar lá a casa.
E claro que para um general ou almirante o custo não é problema: não são eles que pagam. O papel deles é mandar e viver à conta. Outros que produzam, outros que paguem e outros que morram, sempre que for preciso, nas guerras contra os chulecos generais e almirantes do outro lado.
De onde virá a massa, se já nem chega para pensões, escolas e hospitais? “Temos de encontrar sinergias e ser mais eficientes”, diz o nosso chuleco. Para um não-político começa bem.
O facto da rapariga começar por dizer que acha incrivel Lisboa porque se pode ir a qualquer sitio de metro diz tudo, acerca desse tipo de peças e da cretinice da nossa época. Ela não fala de Lisboa, como não fala de Roma, de Barcelona, de Paris, de Munique ou de Estocolmo nos videos que, provavelmente com um penteado ligeiramente diferente, dedica a estas cidades para proferir as mesmas baboseiras. Fala de um pequeno nucleo tusritico-comercial no centro, inacessivel ao zé povinho ha décadas, onde apenas se podem ver manadas de turistas aos saltinhos e que eu, pessoalmente, gostaria de ver reduzido a uma Nagasaki ou uma Hiroshima em 1945, ainda que isso significasse a perda definitiva das ruinas do carmo.
Foda-se.
Boas
joão viegas, o eventual interesse do que a Mako achou interessante dizer ao mundo a respeito de Portugal e de Lisboa remete apenas para o exotismo de ser japonesa, primeiro, e de ter estado a viver nos EUA, depois. Essa não é uma experiência comum, pois até tu saberás que não existe um êxodo de japoneses com destino à Lusitânia.
Assim, o que ela diz apenas tem valor neste cruzamento de cenários culturais tão distintos na base das suas comparações e considerações. Mais nada.
Porém, como estás num regime alimentar onde vais buscar ao vinho todas as calorias necessárias para o gasto diário, tinhas de te queixar por esta pessoa não ter a mesma opinião de Portugal e de Lisboa que tem um fulano português emigrado em Paris.
Larga o vinho, começa a ingerir alimentos sólidos.
Não tenho nada contra a rapariga, claro. Apenas acho sintomatico da parvoice contemporânea que é, esta sim, responsavel pela total descaracterização da maioria dos centros das nossas grandes cidades, e também perigosa, quanto mais não seja por razões ecologicas. Estas em Lisboa, não é, ora olha pela janela e conta os aviões… Estão em grande parte cheios de malta que vai extasiar-se porque anda de metro entre duas zonas pedestres onde pode escolher entre comer gelados italianos e comprar roupa na zara. Gente para quem, no fundo, a verdadeira razão que despertou o interesse por Lisboa foi o preço comparativo da dormida e da cerveja. Gente que experimentaria um exotismo maior e mais genuino se apanhasse a camioneta local e fosse visitar uma terrinha qualquer la da parvonia perto de onde mora ! Não me conformo.
Dito isto, também não tenho nada contra o vinho, se possivel carrascão e invendivel nos aeroportos.
Boas
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Este blogue é antianalgésico, pirético e inflamatório
“Votaria no António Vitorino se ele fosse candidato”
“Não há aqui uma dicotomia. Essa dicotomia, canhões ou manteiga, é uma dicotomia que se quer fazer passar, mas é canhões e manteiga. Neste caso, os canhões para proteger a manteiga, e, claro, a manteiga para sustentar as pessoas que estão a tratar os canhões”, defendeu Gouveia e Melo
https://sol.sapo.pt/2025/02/25/gouveia-e-melo-diz-que-tem-de-haver-canhoes-para-proteger-a-manteiga/
«Não há aqui uma dicotomia. Essa dicotomia, canhões ou manteiga, é uma dicotomia que se quer fazer passar, mas é canhões e manteiga.»
O senhor chuleco almirante está a dizer que a massa tem de chegar para tudo: pensões, escolas, hospitais, mas também – e sobretudo – para a tropa, os seus chulos e os seus brinquedos.
E são brinquedos carotes: os submarinos com ele adora brincar são mil milhões cada, fora as comissões e fotocópias da D. Portas, mais manutenção e extras. Mas ele fica a matar nas fotos que lá tira, pose heróica e olhar no horizonte, que impressionam os basbaques que vão jantar lá a casa.
E claro que para um general ou almirante o custo não é problema: não são eles que pagam. O papel deles é mandar e viver à conta. Outros que produzam, outros que paguem e outros que morram, sempre que for preciso, nas guerras contra os chulecos generais e almirantes do outro lado.
De onde virá a massa, se já nem chega para pensões, escolas e hospitais? “Temos de encontrar sinergias e ser mais eficientes”, diz o nosso chuleco. Para um não-político começa bem.
O facto da rapariga começar por dizer que acha incrivel Lisboa porque se pode ir a qualquer sitio de metro diz tudo, acerca desse tipo de peças e da cretinice da nossa época. Ela não fala de Lisboa, como não fala de Roma, de Barcelona, de Paris, de Munique ou de Estocolmo nos videos que, provavelmente com um penteado ligeiramente diferente, dedica a estas cidades para proferir as mesmas baboseiras. Fala de um pequeno nucleo tusritico-comercial no centro, inacessivel ao zé povinho ha décadas, onde apenas se podem ver manadas de turistas aos saltinhos e que eu, pessoalmente, gostaria de ver reduzido a uma Nagasaki ou uma Hiroshima em 1945, ainda que isso significasse a perda definitiva das ruinas do carmo.
Foda-se.
Boas
joão viegas, o eventual interesse do que a Mako achou interessante dizer ao mundo a respeito de Portugal e de Lisboa remete apenas para o exotismo de ser japonesa, primeiro, e de ter estado a viver nos EUA, depois. Essa não é uma experiência comum, pois até tu saberás que não existe um êxodo de japoneses com destino à Lusitânia.
Assim, o que ela diz apenas tem valor neste cruzamento de cenários culturais tão distintos na base das suas comparações e considerações. Mais nada.
Porém, como estás num regime alimentar onde vais buscar ao vinho todas as calorias necessárias para o gasto diário, tinhas de te queixar por esta pessoa não ter a mesma opinião de Portugal e de Lisboa que tem um fulano português emigrado em Paris.
Larga o vinho, começa a ingerir alimentos sólidos.
Não tenho nada contra a rapariga, claro. Apenas acho sintomatico da parvoice contemporânea que é, esta sim, responsavel pela total descaracterização da maioria dos centros das nossas grandes cidades, e também perigosa, quanto mais não seja por razões ecologicas. Estas em Lisboa, não é, ora olha pela janela e conta os aviões… Estão em grande parte cheios de malta que vai extasiar-se porque anda de metro entre duas zonas pedestres onde pode escolher entre comer gelados italianos e comprar roupa na zara. Gente para quem, no fundo, a verdadeira razão que despertou o interesse por Lisboa foi o preço comparativo da dormida e da cerveja. Gente que experimentaria um exotismo maior e mais genuino se apanhasse a camioneta local e fosse visitar uma terrinha qualquer la da parvonia perto de onde mora ! Não me conformo.
Dito isto, também não tenho nada contra o vinho, se possivel carrascão e invendivel nos aeroportos.
Boas