No beijo que me deste nessa despedida
Ficou o teu tempo todo concentrado
Parte da tua alma, toda a tua vida
Em luz sem presente fez-se só passado
Havia a varanda das belas meninas
Vendo os mascarados, mimos no passeio
Depois de atirarem muitas serpentinas
Que à casa ligavam árvores do meio
O meio que agora já só tem asfalto
E os fumos dos carros, feio e doentio
Onde uma sirene me traz sobressalto
E onde chega a névoa que sobe do rio
Foi encontro breve, como de rotina
Chamavam tarefas do teu dia-a-dia
No beijo voltaste como a ser menina
E a Morais Soares foi a da Alegria
Tão deprimente quanto o futebol do Sporting no Bessa.
é por isso que não comentei (ups, já comentei)
Misturar a leitura de um poema com um jogo de futebol na televisão não é só deprimente; é o resultado de uma patologia muito grave. Na vida militar dava imediata baixa ao Hospital Militar.