«CAMPOAMOR – Uma história de encornados, encornadores e pássaros avisadores» de Hugo Santos
O palco da história é Campoamor: «há por aqui casas que, inesperadamente, se desatam dos alicerces e se põem a subir céu acima como se tivessem asas». Uma das personagens é Amílcar Cravo que, segundo as boas e más-línguas da vila, tem um par de cornos que vão do Bairro Operário ao largo do Curral dos Coelhos». Outra personagem é Fernanda Raposo, a catequista que adverte o padre «o senhor prior não pode» mas faz tudo para que ele possa transformar o «não» em «sim». Não é de estranhar que surja no café da vila uma lista de encornados: «Felismina Coxo e Daniel Entrudo, Zulmira Ataíde e Aureliano Chambel, Fátima Grisalho e Leopoldino Pé-de-Ouro, Mónica Soveral e Ismael Martinez, Domitília Fragoso e Armelim Constantino, Fernanda Raposo e o prior da Matriz, Claudina Tremoço e Joaquim Pardalinho, Conceição Tecedeiro e Jacinto Cortesão, Cândida do Ó e Jeremito Água-Nova, Celina Abrantes e Aurélio Alvorão, Salomé Mendes e o filho do Zé António». Sem esquecer Isaura Soveral de Almeida cujo marido «saía para Évora para negócios de gado» e que descobre o amor do jardineiro e da sua criada acabando a senhora com o jardineiro num fardo de palha que havia ao fundo do casão a pedir «faz devagar para que eu sinta tudo».
Depois há os pássaros que chegam aos milhares e todos perguntam: «que faz esta passarada aqui nesta época do ano, vieram eles festejar o quê?» A resposta está na página 153: «tombam gotas de luz dos céus de Campoamor, sagra-se a Primavera no trinado dum rouxinol, reinventa-se um amor urgente». Um amor no qual a única medida é amar sem medida, um amor que muda o nome da vila de Campo Maior para Campoamor.
(Editora: Campo das Letras, Capa: Arnaldo, Nota introdutória: Urbano Tavares Rodrigues)
Talvez fosse útil incluir o ano de edição dos livros. Útil e esclarecedor.
Cuidado com o que dizes, João Pedro, senão o gajo ainda arranja maneira de te encaixar na lista, já extensa, dos adúlteros, ou cornúpetos, de Campo Maior…
Estavas tão certinho, 100, 101, 102, saltas para o 104 de supetão… que mal te fez o 103?
Hoje fui feliz, recebi um velho livro, uma velha edição que procurava há tempos, muitas vezes possuído, outras tantas emprestado, sempre perdido, agora reencontrado: Três Homens Num Bote, de Jerome K. Jerome, tradução de Raquel Queirós de Barros, o humor inglês em estado puro. Para ler devagarinho.
Calma João Pedro não custa nada obviamente trata-se de um livro de fins de 2008. Foi lançado na Byblos com apresentação do Urbano Tavares Rodrigues e do Domingos Lobo. Eu estava lá.
Portugal é um país de cornudos. Mais de metade dos portugueses são cabrões!
Aqui entre o pessoal que escreve neste blogue existem 6 (seis) cuja mulher não é só pare eles. Cuidem nelas rapazes!