Teu corpo é uma paisagem protegida
Que não se lê num livro ou na Escola
A origem do prazer e a fonte da vida
Situa-se entre as calças e a camisola
Olho e vejo as dunas, vento e areia
Condições de humidade e pressão
No teu corpo é sempre maré-cheia
As ondas trazem espuma e paixão
Mostravas os quadros de uma sala
Mas a obra passou-me despercebida
E noutra proporção e noutra escala
Mais valiosa do que a Arte é a Vida
O poema procura mas não alcança
Desenhar sentimentos em confusão
Sais pelo jardim em passo de dança
E eu fico nos corredores da solidão
Como é que é possível que este lixo entre aqui? Não há cantoneiros de limpeza neste cantão ond está o aspirinab? Venha de lá a vassoura e a potassa!
Meu Caro JFC
Alguém já limpou a estupidez. É pena que não haja um qualquer vermicida que acabe de vez com este palerma, que ainda por cima pensará que tem graça.
Gosto do ritmo “arrítmico” deste tipo de poemas. A gente está à espera da acentuação clássica, e apanha semore surpresas. Mas, não sei porquê, resulta.
Gosto do poema e do “corpo” salgado de Paula…