Aviso aos pacientes: este blogue é antianalgésico, pirético e inflamatório. Em caso de agravamento dos sintomas, escreva aos enfermeiros de plantão. Apenas para administração interna; o fabricante não se responsabiliza por usos incorrectos deste fármaco.
“Nutro, pelo teu rosto, por mais que penses o contrário, uma enorme admiração. Admira-me, de facto, que, consiga ser tão feio.”
20 thoughts on “Re-Dixit”
Uma coisa é fazer-nos surpreender, outra, bem diferente, é levantar a cara por detrás do biombo e chapar-nos um manguito. Uma primeira vez até pode ter graça. Depois, parece brincadeira de criança. De qualquer modo, há sempre alguém que gosta de regressar à primeira infância. Ou segunda. Em psicologia chamam-lhe da “fase anal” e «fase genital». “Alguém” que esteja por perto é só buraco para meter o dedo (ou a língua, ou a pilinha). Re-Dixit: Eu e o Buraco.
Ó que maldade… Isso lá é coisa que se diga? (menos a uma senhora, ok, a um gajo também não).
:-D também há quem admire os macacos no jz.:-D
ó mário, andas a atravessar a crise de identidade do ericsson?:-D
blondinha?:-) isso, que dizes, não é discriminação?:-)
Sinhã,
Discriminação era eu dizer que a Manelinha do PPD é feínha, coitadinha!
feiinha? não, blondinha – isso era seres delicada.:-)
Olha, deu-me para o lol:D
olha, lá está, isso, para mim, é a expressividade a minguar.:-)
Olha, Sinhã, sei muito bem que estou em crise de identidade permanente, o que me leva a perguntar, em cada manhã, como serei ao fim do dia. Se lá chegar. Isso não me aflige, antes pelo contrário, porque me sinto sempre novo e sempre o mesmo. Até quando me apercebo de que uma ruga madrugadora escava o canto do olho ou me penso alquebrado e feio. Breve sentimento de imortalidade.
olha, mário, não podias ter-me respondido melhor: adorei.:-)
(e o teu coração – pequena morte; pequena vida; pequena morte; pequena vida – bate assim?) :-)
Exactamente, Sinhã, e por isso recuso a sabedoria de um Buda sentado, meditabundo, parado, como Budadasa Biku, que põe as coisas da vida(???) desta forma: «Estais preparados para morrer, antes de morrer?». Eu não quero estar! Vida e morte são as duas faces da mesmissima moeda que somos cada um de nós. Mas o Buda não aceita esta realidade. De facto, ele pensa que somos essencialmente «espírito», não passando o corpo de uma casca descartável, como se a vida de uma rosa perfumada fosse ilusão, nada mais. Estaríamos, aqui e agora, à espera de deixar a “miserável casca”, que só atrapalha… É tão louco aceitar como realidade esse bater do coração da vida altermnado com a morte, que se optou pela alienação budista e outras alienaçãos. É loucura, eu sei, porque não entendemos nada. Mas quem não se deixa inebriar pelo perfume da vida?!
Errata…
Vida alternando com a morte. Alienações.
estás um pouco confuso, mário. o buda gosta e faz uso do corpo – para o essencial (aonde está, bem visto, o perfume). :-)
Certo, Sinhã, mas como trampolim para o voo do espírito, no infinito, e não como sua própria essência. E a “loucura” está nesta consideração, em que as particulas se organizam para gerar o meu espírito. E o teu. No fim de tudo, vemos o espírito esfuma-se com o corpo e nós impotentes para lhes prolongar a vida. O nosso sonho milenar é que o ser, assim gerado, não acabe. Mas como? Vai-se, fatalmente, a rosa e o seu perfume. Diz-me que descobriste que não é assim. Mas sem contar as histórias de almas penadas ou de reencarnações, que fui ouvindo desde menino. Devemos conformar-nos, como faz Saramago («Acaba-se a vida, acaba-se a escrita») ou sonhar, despreocupadamente, construindo um dia após o outro, seduzidos pelo horizonte cada vez mais distante, num Universo que nos dá vertigens?
a minha cadursa anda de quatro e está coberta de pêlo: e eu não. não consegue, agilmente, pegar num lápis e escrever – mas, apenas, porque o corpo que tem não a serve assim.
(e eu, ai quem me dera poder lamber-me quando estou com o sangue e não precisar de usar fio dental para ter um hálito fresco!)
conclusão: as partes, do todo, serão sempre partes e os sonos, as mortes pequeninas, um dia serão grandes. e é só. :-)
Entendi tanto do que me acabaste de dizer, como da última comunicação de Cavaco ao País. Deixa pra lá. Até concordo com o que poderás, justamente, estar a pensar: com conversas destas não vamos a lado nenhum.
Mas a gente entretem-se.
:-) (poucos e raros são os que me ententem).:-)
“Viver é ansiar a felicidade possível e a impossível.”
Agora entendi-te perfeitamente! Disseste o máximo. E sabes como começa a escalada? Sentir um coração a bater juntinho ao nosso, olhar nos olhos o nosso amor, sentir a sua presença, sempre, quer esteja colado ao peito ou distante no tempo e no lugar. E como, entretanto, o egoismo deixou de fazer sentido, desejar que todos sejam felizes como nós somos. E, assim, a felicidade possivel já a vamos tendo. A impossivel fica por conta do sonho de quem não tem nem uma nem outra…
:-) é isso mesmo.:-)
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Este blogue é antianalgésico, pirético e inflamatório
Uma coisa é fazer-nos surpreender, outra, bem diferente, é levantar a cara por detrás do biombo e chapar-nos um manguito. Uma primeira vez até pode ter graça. Depois, parece brincadeira de criança. De qualquer modo, há sempre alguém que gosta de regressar à primeira infância. Ou segunda. Em psicologia chamam-lhe da “fase anal” e «fase genital». “Alguém” que esteja por perto é só buraco para meter o dedo (ou a língua, ou a pilinha). Re-Dixit: Eu e o Buraco.
Ó que maldade… Isso lá é coisa que se diga? (menos a uma senhora, ok, a um gajo também não).
:-D também há quem admire os macacos no jz.:-D
ó mário, andas a atravessar a crise de identidade do ericsson?:-D
blondinha?:-) isso, que dizes, não é discriminação?:-)
Sinhã,
Discriminação era eu dizer que a Manelinha do PPD é feínha, coitadinha!
feiinha? não, blondinha – isso era seres delicada.:-)
Olha, deu-me para o lol:D
olha, lá está, isso, para mim, é a expressividade a minguar.:-)
Olha, Sinhã, sei muito bem que estou em crise de identidade permanente, o que me leva a perguntar, em cada manhã, como serei ao fim do dia. Se lá chegar. Isso não me aflige, antes pelo contrário, porque me sinto sempre novo e sempre o mesmo. Até quando me apercebo de que uma ruga madrugadora escava o canto do olho ou me penso alquebrado e feio. Breve sentimento de imortalidade.
olha, mário, não podias ter-me respondido melhor: adorei.:-)
(e o teu coração – pequena morte; pequena vida; pequena morte; pequena vida – bate assim?) :-)
Exactamente, Sinhã, e por isso recuso a sabedoria de um Buda sentado, meditabundo, parado, como Budadasa Biku, que põe as coisas da vida(???) desta forma: «Estais preparados para morrer, antes de morrer?». Eu não quero estar! Vida e morte são as duas faces da mesmissima moeda que somos cada um de nós. Mas o Buda não aceita esta realidade. De facto, ele pensa que somos essencialmente «espírito», não passando o corpo de uma casca descartável, como se a vida de uma rosa perfumada fosse ilusão, nada mais. Estaríamos, aqui e agora, à espera de deixar a “miserável casca”, que só atrapalha… É tão louco aceitar como realidade esse bater do coração da vida altermnado com a morte, que se optou pela alienação budista e outras alienaçãos. É loucura, eu sei, porque não entendemos nada. Mas quem não se deixa inebriar pelo perfume da vida?!
Errata…
Vida alternando com a morte. Alienações.
estás um pouco confuso, mário. o buda gosta e faz uso do corpo – para o essencial (aonde está, bem visto, o perfume). :-)
Certo, Sinhã, mas como trampolim para o voo do espírito, no infinito, e não como sua própria essência. E a “loucura” está nesta consideração, em que as particulas se organizam para gerar o meu espírito. E o teu. No fim de tudo, vemos o espírito esfuma-se com o corpo e nós impotentes para lhes prolongar a vida. O nosso sonho milenar é que o ser, assim gerado, não acabe. Mas como? Vai-se, fatalmente, a rosa e o seu perfume. Diz-me que descobriste que não é assim. Mas sem contar as histórias de almas penadas ou de reencarnações, que fui ouvindo desde menino. Devemos conformar-nos, como faz Saramago («Acaba-se a vida, acaba-se a escrita») ou sonhar, despreocupadamente, construindo um dia após o outro, seduzidos pelo horizonte cada vez mais distante, num Universo que nos dá vertigens?
a minha cadursa anda de quatro e está coberta de pêlo: e eu não. não consegue, agilmente, pegar num lápis e escrever – mas, apenas, porque o corpo que tem não a serve assim.
(e eu, ai quem me dera poder lamber-me quando estou com o sangue e não precisar de usar fio dental para ter um hálito fresco!)
conclusão: as partes, do todo, serão sempre partes e os sonos, as mortes pequeninas, um dia serão grandes. e é só. :-)
Entendi tanto do que me acabaste de dizer, como da última comunicação de Cavaco ao País. Deixa pra lá. Até concordo com o que poderás, justamente, estar a pensar: com conversas destas não vamos a lado nenhum.
Mas a gente entretem-se.
:-) (poucos e raros são os que me ententem).:-)
“Viver é ansiar a felicidade possível e a impossível.”
Agora entendi-te perfeitamente! Disseste o máximo. E sabes como começa a escalada? Sentir um coração a bater juntinho ao nosso, olhar nos olhos o nosso amor, sentir a sua presença, sempre, quer esteja colado ao peito ou distante no tempo e no lugar. E como, entretanto, o egoismo deixou de fazer sentido, desejar que todos sejam felizes como nós somos. E, assim, a felicidade possivel já a vamos tendo. A impossivel fica por conta do sonho de quem não tem nem uma nem outra…
:-) é isso mesmo.:-)