Aviso aos pacientes: este blogue é antianalgésico, pirético e inflamatório. Em caso de agravamento dos sintomas, escreva aos enfermeiros de plantão. Apenas para administração interna; o fabricante não se responsabiliza por usos incorrectos deste fármaco.
“Não suporto, de facto, a tua arrogância. Sobretudo perante alguém, como eu, bastante mais inteligente e capaz do que tu.”
49 thoughts on “Re-Dixit”
e que bem dito. disse-o – e voltaria a dizê-lo – a uma ex-amiga
(soube-me muito bem). :-)
Acredito, Sinhã, que cozinhaste e saboreaste. Quanto ao CC, mais me parece estar a falar frente ao espelho. Não lhe sabe a nada. Mas se apreciar a coisa, já está como há-de ir.
sabias que “tudo o que penduras na parede são espelhos”, mário? :-)
Reflexo ou refluxo gastroesofágico?
Sendo eu a pessoa mais modesta deste mundo, tenho a dizer-te, Confúcio, que não és nada arrogante nos propósitos debitados.
«Tudo» não, Sinhã. Quase tudo. Um filho não é um espelho meu. Ou sentes que não passas de reflexo do teu papá?
Acontece aos melhores…
A pesporrência nos une :)
estás a apanhar um atalho, mário:-) o meu papi na parede é parte – e, por isso, espelho – de mim. mas também podem ser sinos e folhas e letras e lãs. :-)
sinusite, magia.:-D
ai claudinha, as lições de pintura deixam-te mansa. (deves continuar).:-D
blondinha? o melhor do pior é melhor ou é melhor o melhor do melhor? :-D
existe uma supercola nos chineses, maria, que além de barata não é tóxica. :-D
Sinhã,
A malta aponta sempre para a melhoria do melhor dos melhores.
votas no ciclo PDCA, blondinha?:-)
Amiga, trata-me como a Loura do regime: what the f… is PDCA?
:-D aonde anda a tua cultura geral, chiça penica?:-)
Norma ISO 9000:2000 relativa à melhoria contínua, ora vai ver blondinha. :-D
Sinhã, os rosas não são definitivos. O que quiseste dizer com purpurinas em secagem?
podias fazê-los fugir para o lilás.:-) tens purpurinas, claudinha? enches a mão, deitas a tela e enches os espaços da cor quando ainda está a secar. (vais ver que brilho lindo ganhas). ;-)
Não tenho, mas faço. Azul com magenta, pondo mais azul do que magenta dá os liláses. E acrescentas uma pinta de branco para clarear. Vou pensar nisso. A prof. quer algo parecido e eu tenho vontade de destruir tudo para fazer tudo à minha maneira. Portanto, acho que vou fazer isso: faço certinho como ela quer e quando ela disse “Está bem.”, eu destruo tudo e refaço a meu jeito. Vais ver.
E descobri algo… O abstracto é mais complicado que uma imagem representativa do mundo tal qual ele é. Essa descoberta espantou-me. Julgava que era o contrário.
:-) a purpurina compras em frasco grande (e a branca faz mais brilho seja qual for a cor da base.:-)
(refaz na aula e dizes que és bipolar).:-D
pois.:-) e são ovários mascarados?:-D
Sinhã,
Qual é a parte do LOURA que não percebeste? Ou me traduzes as coisas ou ficarei para sempre na ignorância, o que, não sendo triste, é normal:)
Cof
Cof
CooooF
é tosse sinhã !
Oh, e eu a pensar que tinhamos inventado o síndroma da gripe atchin, magia. :-D
Muito me ensinas, Sinhã. Vou fazer isso na aula e dizer à prof que sou bipollock.
Só agora me lembrei que ando a desleixar a minha galeria de suicidados. Vamos lá ver o que ponho hoje.
Sinhã,
no limite, cada um de nós nunca é parte de ninguém: somos inteiros. De outro jeito nunca seríamos EU e TU.
bom dia:-)
faz isso, claudinha. podias pintar um cone, hoje, como abstracção de um sexo erecto por enforcamento. :-D
e na outra ponta do limite, mário, por eu ser tão inteira dou-me ao luxo de partilhar a maravilha que sou com as paredes – quem vê os meus penduranços: vê-me. :-)
Não, Sinhã. Acho que me daria mais jeito desenhar-te a ti, enforcada, esturricada e com a língua de fora. É isso. Sinhã e Confúcio, numa pintura rupestre, sexo e morte à mistura. Que achas?
parece-me muito bem, claudinha. é, sem dúvida, uma bela forma de expressão do que te anda a foder a alma. ;-)
Sinhã,
tu! inteirinha! na parede? Pagava pra ver. Tenho um sonho mau: ver, através da transparencia da pele, carne e ossos, a alma de quem se cruza comigo. Receio morrer de susto. Outros morrerão ao ver-me? Ali, escarrapachadinhos na minha frente, a vaidade, a presunção, o ódio, a inveja, o medo, a ganância…eu sei lá! Será que eu podia ver o teu quadro pendurado na parede e ficar vivo?
Nunca o saberei, porque lá não aonseguirás pendurar mais que o sexo dos anjos…
vivo e, estou certa, purificado. os anjos descem à terra, mário?:-)
Mário, eu já sonhei isso: ver dentro do corpo de uma pessoa. O fígado era em forma de trevo e estava sustido por um osso esférico.
Claudia,
tinhas acabado de sair de uma aula de anatomia, não é?
Sinhã,
mesmo assim prefiro que não me apareças pela frente. Fantasmas, bastam-me os meus.
Não. Entre a autópsia a que assisti e este sonho, há um lapso de tempo considerável. Não penso que isso tenha influenciado. No sonho, vi através do corpo de um colega meu e vi-lhe essas coisas todas. Contei-lhe e, é claro, riu-se. :-)
Estranho, Claudia. António Damásio é de opinião que ninguém consegue ver a alma de alguém. Mesmo olhando bem fundo no cérebro, onde supostamente se refugiara, escorrraçada do coração. Há quem tenha a esperança de caçar o fantasma, depois que o “suporte” dá o berro. Verdade, verdadinha, como diz o Valupi da Manela, até hoje nem sinal da coisa. Só silêncio de morte.
Não vale ver só sinais…Esses vêem-se a olho nu. Falo da Sinhã, inteirinha, pendurada na parede. Escarrapachadinha.
E, afinal, de que se riu o teu amigo?
não, não te apareço – descansa, mário
(cansei-me de ser aparecidã).:-)
não basta a Sinhã ter uma alma de anjo e ainda lhe metes costas largas, mário?:-)
Mário,
1º – Eu não disse que, nesse sonho, vi a alma de alguém através do corpo.
2º – António Damásio não me está a ensinar nada.
3º – A alma pode não existir. Fomos nós que inventamos esse conceito. Quando muito, a alma de alguém pode manifestar-se parcialmente em algo em que ela tenha posto “toda a alma”. São os sinais de que falas.
4º . O meu amigo riu-se do insólito que é um fígado em forma de trevo sustido por um osso esférico. Não me digas, Mário, que tens um fígado assim…
Esqueci-me de responder à tua pergunta. Se os anjos não descem à terra de «motu proprio», não falta quem os faça descer com asas e tudo. Bons e maus. E desculpa lá ter-te deixado pendurada na parede. Não foi por mal. É que nunca vi ninguém sair de si mesmo mais que pensamentos e gestos, que acabam por não ser mais que amostras de nós. Ás vezes são lindas, às vezes não. A fonte permanece oculta e então na morte perde-se-lhe em definitivo o rasto. Que pena. A obra que deixamos, ou os filhos, não são mais que sinal e memória de nós. E se não é, parece.
:-) e tudo o que penduramos na parede são espelhos, mário. :-) e nas orelhas. e nos pés.:-)
(tu és meiguinho).:-)
É isso. Enquanto pudermos pendurar. Depois, fica o espelho e o que nele deixarmos reflectido. Podia ser pior: nunca ter pendurado o espelho.
Meiguinho? Podes crer. A vida me deu muito mais do que lhe posso retribuir. Há gente com sorte.
então que dê mais e mais. :-)
Claudia,
Só para referir o meu espanto pela tua sabedoria. Invejo-te, só de pensar que Damásio não te ensina nada. Aproveita este blog e partilha comigo um pouquinho do teu saber. Cultivo a mania de que qualquer pessoa me ensina sempre algo.
Foi preciso um Damásio para se descobrir a importância das emoções na dita cuja razão? Já tive a possibilidade de observar um “génio” que não reagia a qualquer tipo de estímulo. Era frio q.b. De racional, tinha pouco. E o Damásio, que beneficia de “l’air du temps”, sai-se com umas teorias que encantam os seres das sociedades modernas, pois estes já pouco entendem de emoções ou sentimentos. António Damásio tirou o coelho do chapéu. Acontece que o coelho sempre existiu, só que toda a gente se esquecera dele.
É como na física, Claudia. Os físicos não criam o espaço e as estrelas: vão-nos dizendo como eles chegaram ao que hoje são. Parece que descobrem algo. Mas não. Já tudo estava diante de nós. Na última versão. Corrigida e aumentada?
É isto que nos relata o prémio nobel da física, Robert B. Lauglhin, em Universo Diferente. Mas devo estar a ensinar, mais uma vez, o pai-nosso ao vigário. Possivelmente também este senhor não te ensina nada. Eu. como sou um camelo sedento no deserto, deliciei-me com a leitura. (a tradução é pobrezinha)
:-) Parece ser interessante. Em fase de cepticismo absoluto, de descrença e depressão, não costumo ler nada, a não ser um livro para aqui, outro para acolá, sem qualquer conexão. Mas a física também entende de caos. Ainda vá lá.
Deixaste-me desarmado, Claudia. E sem jeito. Acabara de confessar à Sinhã que não retribuo à vida tanto quanto a vida me dá. Nem de longe.Vivo numa espécie de encantamento, procurando e aceitando a lógica das coisas e também a multidão de perguntas que seguem a cada nova resposta, nascida de lógica irrefutável: duas quantidades iguais a uma terceira são iguais entre si. E o que são estas quantidades?…
E depois constato que essas “quantidades” estão ali diante de mim, prontinhas a ser vivenciadas e a desafiarem o homem com novas perguntas.
Não é um “trabalho intelectual”. Sei bem o que isso é. Posso estar estupidamente errado e nem dar por isso, mas sinto que se não tivesse um coração a bater bem juntinho ao meu, sentir-me-ia desorientado num deserto de ideias, por mais brilhanhtes que elas fossem. Nem a arte, nem a filosofia, nem a religião, nem a ciência poderão preencher o espaço mágico que reservamos ao amor. E Camões disse-o de uma forma sublime. Aquele “espaço” por preencher fez dele o mais desgraçado dos homens. Escreveu e nós lemos.
Foi o que me ocorreu dizer-te, assim, de forma atrapalhada, perante a tua inesperada confissão. Não sei quem és, nem tu sabes quem sou. Entrei neste espaço por causa de um querido amigo de longa data, o Fernando Venancio, intervindo aqui e ali, dizendo mais disparates que coisas dignas de ser ditas. É a nossa condição. Gosto dela assim. Já foi pior, quando éramos dinossauros…
Mário, nada tenho a acrescentar. Ainda bem que vês as coisas por esse prisma.
e que bem dito. disse-o – e voltaria a dizê-lo – a uma ex-amiga
(soube-me muito bem). :-)
Acredito, Sinhã, que cozinhaste e saboreaste. Quanto ao CC, mais me parece estar a falar frente ao espelho. Não lhe sabe a nada. Mas se apreciar a coisa, já está como há-de ir.
sabias que “tudo o que penduras na parede são espelhos”, mário? :-)
Reflexo ou refluxo gastroesofágico?
Sendo eu a pessoa mais modesta deste mundo, tenho a dizer-te, Confúcio, que não és nada arrogante nos propósitos debitados.
«Tudo» não, Sinhã. Quase tudo. Um filho não é um espelho meu. Ou sentes que não passas de reflexo do teu papá?
Acontece aos melhores…
A pesporrência nos une :)
estás a apanhar um atalho, mário:-) o meu papi na parede é parte – e, por isso, espelho – de mim. mas também podem ser sinos e folhas e letras e lãs. :-)
sinusite, magia.:-D
ai claudinha, as lições de pintura deixam-te mansa. (deves continuar).:-D
blondinha? o melhor do pior é melhor ou é melhor o melhor do melhor? :-D
existe uma supercola nos chineses, maria, que além de barata não é tóxica. :-D
Sinhã,
A malta aponta sempre para a melhoria do melhor dos melhores.
votas no ciclo PDCA, blondinha?:-)
Amiga, trata-me como a Loura do regime: what the f… is PDCA?
:-D aonde anda a tua cultura geral, chiça penica?:-)
Norma ISO 9000:2000 relativa à melhoria contínua, ora vai ver blondinha. :-D
Sinhã, os rosas não são definitivos. O que quiseste dizer com purpurinas em secagem?
podias fazê-los fugir para o lilás.:-) tens purpurinas, claudinha? enches a mão, deitas a tela e enches os espaços da cor quando ainda está a secar. (vais ver que brilho lindo ganhas). ;-)
Não tenho, mas faço. Azul com magenta, pondo mais azul do que magenta dá os liláses. E acrescentas uma pinta de branco para clarear. Vou pensar nisso. A prof. quer algo parecido e eu tenho vontade de destruir tudo para fazer tudo à minha maneira. Portanto, acho que vou fazer isso: faço certinho como ela quer e quando ela disse “Está bem.”, eu destruo tudo e refaço a meu jeito. Vais ver.
E descobri algo… O abstracto é mais complicado que uma imagem representativa do mundo tal qual ele é. Essa descoberta espantou-me. Julgava que era o contrário.
:-) a purpurina compras em frasco grande (e a branca faz mais brilho seja qual for a cor da base.:-)
(refaz na aula e dizes que és bipolar).:-D
pois.:-) e são ovários mascarados?:-D
Sinhã,
Qual é a parte do LOURA que não percebeste? Ou me traduzes as coisas ou ficarei para sempre na ignorância, o que, não sendo triste, é normal:)
Cof
Cof
CooooF
é tosse sinhã !
Oh, e eu a pensar que tinhamos inventado o síndroma da gripe atchin, magia. :-D
Plan, Do, Check, Act (PDCA= melhoria contínua). que queres saber mais, blondinha-blondona?:-)
A chave do Euromilhões…:)
isso: a chave da felicidade, blondinha.:-)
Muito me ensinas, Sinhã. Vou fazer isso na aula e dizer à prof que sou bipollock.
Só agora me lembrei que ando a desleixar a minha galeria de suicidados. Vamos lá ver o que ponho hoje.
Sinhã,
no limite, cada um de nós nunca é parte de ninguém: somos inteiros. De outro jeito nunca seríamos EU e TU.
bom dia:-)
faz isso, claudinha. podias pintar um cone, hoje, como abstracção de um sexo erecto por enforcamento. :-D
e na outra ponta do limite, mário, por eu ser tão inteira dou-me ao luxo de partilhar a maravilha que sou com as paredes – quem vê os meus penduranços: vê-me. :-)
Não, Sinhã. Acho que me daria mais jeito desenhar-te a ti, enforcada, esturricada e com a língua de fora. É isso. Sinhã e Confúcio, numa pintura rupestre, sexo e morte à mistura. Que achas?
parece-me muito bem, claudinha. é, sem dúvida, uma bela forma de expressão do que te anda a foder a alma. ;-)
Sinhã,
tu! inteirinha! na parede? Pagava pra ver. Tenho um sonho mau: ver, através da transparencia da pele, carne e ossos, a alma de quem se cruza comigo. Receio morrer de susto. Outros morrerão ao ver-me? Ali, escarrapachadinhos na minha frente, a vaidade, a presunção, o ódio, a inveja, o medo, a ganância…eu sei lá! Será que eu podia ver o teu quadro pendurado na parede e ficar vivo?
Nunca o saberei, porque lá não aonseguirás pendurar mais que o sexo dos anjos…
vivo e, estou certa, purificado. os anjos descem à terra, mário?:-)
Mário, eu já sonhei isso: ver dentro do corpo de uma pessoa. O fígado era em forma de trevo e estava sustido por um osso esférico.
Claudia,
tinhas acabado de sair de uma aula de anatomia, não é?
Sinhã,
mesmo assim prefiro que não me apareças pela frente. Fantasmas, bastam-me os meus.
Não. Entre a autópsia a que assisti e este sonho, há um lapso de tempo considerável. Não penso que isso tenha influenciado. No sonho, vi através do corpo de um colega meu e vi-lhe essas coisas todas. Contei-lhe e, é claro, riu-se. :-)
Estranho, Claudia. António Damásio é de opinião que ninguém consegue ver a alma de alguém. Mesmo olhando bem fundo no cérebro, onde supostamente se refugiara, escorrraçada do coração. Há quem tenha a esperança de caçar o fantasma, depois que o “suporte” dá o berro. Verdade, verdadinha, como diz o Valupi da Manela, até hoje nem sinal da coisa. Só silêncio de morte.
Não vale ver só sinais…Esses vêem-se a olho nu. Falo da Sinhã, inteirinha, pendurada na parede. Escarrapachadinha.
E, afinal, de que se riu o teu amigo?
não, não te apareço – descansa, mário
(cansei-me de ser aparecidã).:-)
não basta a Sinhã ter uma alma de anjo e ainda lhe metes costas largas, mário?:-)
Mário,
1º – Eu não disse que, nesse sonho, vi a alma de alguém através do corpo.
2º – António Damásio não me está a ensinar nada.
3º – A alma pode não existir. Fomos nós que inventamos esse conceito. Quando muito, a alma de alguém pode manifestar-se parcialmente em algo em que ela tenha posto “toda a alma”. São os sinais de que falas.
4º . O meu amigo riu-se do insólito que é um fígado em forma de trevo sustido por um osso esférico. Não me digas, Mário, que tens um fígado assim…
Esqueci-me de responder à tua pergunta. Se os anjos não descem à terra de «motu proprio», não falta quem os faça descer com asas e tudo. Bons e maus. E desculpa lá ter-te deixado pendurada na parede. Não foi por mal. É que nunca vi ninguém sair de si mesmo mais que pensamentos e gestos, que acabam por não ser mais que amostras de nós. Ás vezes são lindas, às vezes não. A fonte permanece oculta e então na morte perde-se-lhe em definitivo o rasto. Que pena. A obra que deixamos, ou os filhos, não são mais que sinal e memória de nós. E se não é, parece.
:-) e tudo o que penduramos na parede são espelhos, mário. :-) e nas orelhas. e nos pés.:-)
(tu és meiguinho).:-)
É isso. Enquanto pudermos pendurar. Depois, fica o espelho e o que nele deixarmos reflectido. Podia ser pior: nunca ter pendurado o espelho.
Meiguinho? Podes crer. A vida me deu muito mais do que lhe posso retribuir. Há gente com sorte.
então que dê mais e mais. :-)
Claudia,
Só para referir o meu espanto pela tua sabedoria. Invejo-te, só de pensar que Damásio não te ensina nada. Aproveita este blog e partilha comigo um pouquinho do teu saber. Cultivo a mania de que qualquer pessoa me ensina sempre algo.
Foi preciso um Damásio para se descobrir a importância das emoções na dita cuja razão? Já tive a possibilidade de observar um “génio” que não reagia a qualquer tipo de estímulo. Era frio q.b. De racional, tinha pouco. E o Damásio, que beneficia de “l’air du temps”, sai-se com umas teorias que encantam os seres das sociedades modernas, pois estes já pouco entendem de emoções ou sentimentos. António Damásio tirou o coelho do chapéu. Acontece que o coelho sempre existiu, só que toda a gente se esquecera dele.
É como na física, Claudia. Os físicos não criam o espaço e as estrelas: vão-nos dizendo como eles chegaram ao que hoje são. Parece que descobrem algo. Mas não. Já tudo estava diante de nós. Na última versão. Corrigida e aumentada?
É isto que nos relata o prémio nobel da física, Robert B. Lauglhin, em Universo Diferente. Mas devo estar a ensinar, mais uma vez, o pai-nosso ao vigário. Possivelmente também este senhor não te ensina nada. Eu. como sou um camelo sedento no deserto, deliciei-me com a leitura. (a tradução é pobrezinha)
:-) Parece ser interessante. Em fase de cepticismo absoluto, de descrença e depressão, não costumo ler nada, a não ser um livro para aqui, outro para acolá, sem qualquer conexão. Mas a física também entende de caos. Ainda vá lá.
Deixaste-me desarmado, Claudia. E sem jeito. Acabara de confessar à Sinhã que não retribuo à vida tanto quanto a vida me dá. Nem de longe.Vivo numa espécie de encantamento, procurando e aceitando a lógica das coisas e também a multidão de perguntas que seguem a cada nova resposta, nascida de lógica irrefutável: duas quantidades iguais a uma terceira são iguais entre si. E o que são estas quantidades?…
E depois constato que essas “quantidades” estão ali diante de mim, prontinhas a ser vivenciadas e a desafiarem o homem com novas perguntas.
Não é um “trabalho intelectual”. Sei bem o que isso é. Posso estar estupidamente errado e nem dar por isso, mas sinto que se não tivesse um coração a bater bem juntinho ao meu, sentir-me-ia desorientado num deserto de ideias, por mais brilhanhtes que elas fossem. Nem a arte, nem a filosofia, nem a religião, nem a ciência poderão preencher o espaço mágico que reservamos ao amor. E Camões disse-o de uma forma sublime. Aquele “espaço” por preencher fez dele o mais desgraçado dos homens. Escreveu e nós lemos.
Foi o que me ocorreu dizer-te, assim, de forma atrapalhada, perante a tua inesperada confissão. Não sei quem és, nem tu sabes quem sou. Entrei neste espaço por causa de um querido amigo de longa data, o Fernando Venancio, intervindo aqui e ali, dizendo mais disparates que coisas dignas de ser ditas. É a nossa condição. Gosto dela assim. Já foi pior, quando éramos dinossauros…
Mário, nada tenho a acrescentar. Ainda bem que vês as coisas por esse prisma.