«Lembro-me como se fosse hoje das primeiras palavras que o Papa Francisco me dirigiu: “Obrigado pela tua resistência. Obrigado aos lisboetas".Foi no Vaticano a 22 de abril de 2023, a cem dias da JMJ. Desde então tornou-se no Papa que ficará sempre no coração de Lisboa: que aqui deixou uma marca que não esqueceremos, que connosco partilhou momentos únicos que fizeram de Lisboa a cidade de “todos, todos, todos”. Acima de tudo, transmitiu-nos esperança. Em Lisboa saberemos honrar o seu legado, o legado do Papa da esperança.»
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Ter estômago para trocadilhos em cima da desgraça, é notável
Tartufo encardido
Voltou o julgamento de Sócrates, voltou o festival de hipocrisia, sonsice e pura perfídia na claque e clique dos acusadores. Os acusadores estão dentro e fora do tribunal, dominam o ecossistema mediático. Não me é possível dar conta de todos os episódios, limito-me aos favoritos.
Há dois meses, Pacheco Pereira assinalou o início do julgamento com esta peça: Os efeitos perversos do processo de Sócrates e outros “marqueses”. A ocasião era solene, simbolicamente muito importante para quem disse publicamente de Sócrates o que o Pacheco disse durante tantos anos. Sendo dos mais influentes comentadores políticos na terrinha, alguém que se apresenta como historiador, personagem que já exerceu funções políticas de relevo, seria natural que pudesse ter aproveitado para fazer um balanço do que ficámos a saber desde a detenção no aeroporto, em 2014, e o calendário em que estamos, 2025. Porque ficámos a saber muito, sendo que o mais grave nesse conhecimento diz respeito não a respostas mas a perguntas, questões. O tribunal onde agora se tenta fazer justiça dará uma qualquer resposta inequívoca, que fará o seu curso na Justiça e na História. Mas para quem, do alto do enorme privilégio de ser uma vedeta do comentariado, sente a pulsão para se posicionar acerca da inocência ou culpabilidade de Sócrates, há nesta fase questões cruciais que definem o carácter de quem as coloca e de quem não as coloca. São, obviamente, demasiadas para o gasto neste pardieiro.
Seguem os exemplos a que dou maior relevância:
— Se Sócrates for condenado por corrupção, quais deverão ser as consequências para todas as pessoas que participaram nos seus Governos, parte das quais continuou a participar nos Governos de Costa e pertencem ao partido? Quais deverão ser as consequências para o PS? Se Sócrates for absolvido, quais deverão ser as consequências para o Ministério Público? E para as leis portuguesas?
— O facto de a Operação Marquês apresentar as características típicas de ser um processo político, ainda antes do espectáculo montado para a detenção de Sócrates e dos abusos e violências que se seguiram nestes mais de 10 anos, não tem importância? O lawfare ululante é para esconder debaixo do tapete?
— Nas 4000 páginas de despacho acusatório, 53 000 de investigação, 77 000 de documentação anexa, 8 000 de transcrições de escutas telefónicas, nos 13,5 milhões de ficheiros informáticos, nas 103 horas de vídeos de interrogatórios e 322 horas de depoimentos áudio de testemunhas, qual a informação que se pode extrair acerca de um qualquer acto de corrupção com governantes, ou que fosse com meros cidadãos — um só? Um, apenas um à escolha.
Nada disto aparece no texto do Pacheco. O artigo começa e acaba a dizer que Sócrates é culpado. De quê? Não fazemos ideia. O Pacheco nada de nada diz sobre a matéria da acusação, recusa pronunciar-se para não ter de tomar partido, para não dar razão a Sócrates seja no que for. Tenho a certeza de que não leu nem uma página do processo, daí estar sempre a repetir a patética cassete de um documento rasurado no qual tropeçou quando era deputado. Esse tempo para si traumático, em que era toureado no parlamento e em que ajudou a Dra. Manuela a fazer uma campanha caricata para as legislativas de 2009, não passou. Sócrates é o único culpado do seu sofrimento, da sua humilhação.
O miolo do artigo consiste na defesa da presunção de inocência e dos direitos da defesa, de forma convincente como é seu apanágio. Um caso paradigmático de dissonância cognitiva. Esperar que o Pacheco se dê conta da contradição será desconhecer que os moralistas soberbos são tartufos encardidos.
Sr. Feliz e Sr. Contente
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Dominguice
É estranho, ou tão-só irónico, ver os putinistas todos assanhados contra Netanyahu. Os putunistas, que também curtem bué do tirano Trump quando este permite que a destruição e carnificina na Ucrânia continuem até que o imperador russo esteja saciado, caso prezassem a coerência estariam apaixonados pelo actual primeiro-ministro de Israel. Porque ele está a seguir o exemplo de Putin. A única diferença é que Putin não consegue um grau de violência totalitária e absurda igual apenas com armas convencionais, dado haver alguma capacidade de defesa nos ucranianos. No resto, a lógica é a mesma: matar e roubar, enquanto se quiser. Nada mais importa, seja a lei internacional ou os princípios do humanismo.
Mas os putunistas, e os pulhas em geral, não podem ceder à coerência. Quando lhes aparece a racionalidade pela frente puxam logo da pistola.
Petição pública
Coisas que não interessam a ninguém
«Num Estado de direito democrático, a denúncia sobre a prática de ilícitos penais só pode ter dois destinos: o arquivamento ou a abertura de um inquérito. Não, não é possível investigar factos passados sujeitando os cidadãos a uma espécie de purgatório penal. É o que nos dizem a jurisprudência constitucional e a lei, esta reservando as ditas averiguações para a “recolha de informação relativamente a notícias de factos suscetíveis de fundamentar suspeitas do perigo da prática de um crime”. Dirigem-se, pois, à prevenção de factos futuros.
Mas não é apenas a utilização ilegal de tais averiguações que impressiona. A sua exposição pública em plena campanha eleitoral lança um anátema insuportável sobre os respetivos destinatários (“suspeitos”, mas não sujeitos processuais) e contamina, objetivamente, a disputa democrática.
Foi por isso que, no passado dia 23 de abril, apresentei uma proposta no Conselho Superior do Ministério Público recomendando a submissão do tema ao Conselho Consultivo e ainda o apuramento das circunstâncias que permitiram a mediatização daquelas duas averiguações.
Tal proposta, discutida durante mais de três horas naquela reunião do Plenário, aliás com rasgados e transversais elogios, veio a ser votada no dia seguinte — a pedido de vários conselheiros, em benefício de melhor reflexão. Mas, malgrado o esforço de integração dos vários contributos recebidos nessa madrugada, acabou por ser liminarmente rejeitada, contando apenas com o meu voto favorável e, de entre os presentes, com o voto contra de todos os magistrados e a abstenção dos demais membros.»
Paulo Valério — Advogado e Membro do Conselho Superior do Ministério Público
Moscatel quente
Coitada da Justiça
«“Coitada!”, comenta uma colega da juíza que vai dirigir o julgamento de José Sócrates e restantes arguidos da Operação Marquês, lamentando a sorte de Susana Seca, a quem calhou, aos 52 anos de idade, “o processo que ninguém queria que lhe calhasse”.»
Operação Marquês: a juíza que ficou com o processo que ninguém queria
Neste artigo de 2 de Julho, a jornalista dá o maior destaque ao reconhecimento de ser unânime, entre os magistrados judiciais, o sentimento de aversão a ter de julgar a Operação Marquês. Naturalmente, a peça de Ana Henriques não gerou o mínimo sobressalto, sequer a mais leve curiosidade, no editorialismo e no comentariado; muito menos no sistema partidário. No entanto, porém, contudo, tal constatação leva-nos para os fenómenos do Entroncamento. Pela histórica razão de nos terem enfiado a mioleira ao longo de anos, se não forem décadas, numa tanga que implicava precisamente o oposto — que todo e qualquer juiz adoraria julgar Sócrates para lhe dar a indefensável, inevitável, inapelável, já transitada em julgado na indústria da calúnia, condenação exemplar. Como explicar que agora andem a fugir da glória corporativa e popular de enjaular o monstro?
A Operação Marquês contém indícios que justificam, sem margem para qualquer dúvida, a abertura de uma investigação judicial a Sócrates. O problema não é esse, porque não o ter investigado seria uma gravíssima falha das autoridades. O problema vem da decisão, tomada por Joana Marques Vidal sob influência directa de Passos e Cavaco, de transformar a Operação Marquês num processo político. A partir daí, houve magistrados a cometer crimes para se atingirem os objectivos principais de um ataque com alvos a abater: assassinato de carácter, diabolização máxima, domínio totalitário dos meios de comunicação, ecologia institucional de coerção sobre qualquer juiz que viesse a intervir no processo. A melhor ilustração do que se pretendeu fazer — e que se alcançou com sucesso quase completo — pode ser dada recorrendo a Marques Mendes. Este conselheiro de Estado escolhido por Marcelo, nessa condição, usufruindo de antena aberta na SIC, em múltiplas ocasiões verbalizou que a Operação Marquês estava a investigar, no fundo, um grupo de indivíduos que tinham montado uma rede que lhes permitiu roubarem, durante anos e anos, colossais quantidades de dinheiro a partir de posições cimeiras no Estado. Ou seja, PS. A fantasia afrodisíaca de que os Governos de Sócrates não passavam de máquinas de corrupção, em que todas as decisões tomadas só tinham essa causa e finalidade, pode ter sido espalhada pela Cofina e pelo Pacheco Pereira (entre muitos outros, claro), e logo a partir do Face Oculta, mas foi consagrada pelas mais gradas figuras do regime por palavras e silêncios. Até o PS de Seguro e de Costa contribuiu para isso, por incrível que possa parecer aos ingénuos. O regime é cúmplice.
O pauzinho na engrenagem deste esquema chama-se Ivo Rosa. Nunca, nem de perto nem de longe, se viram em Portugal campanhas de ataque mediático e político a um juiz como se fizeram a Ivo Rosa — ainda antes de sequer começar a analisar o processo. Se tivesse sido Carlos Alexandre a fazer a instrução, o que o Ministério Público tinha escarrapachado seria o que ele assinaria por baixo. Ivo Rosa desmontou a acusação, e explicou com detalhe geométrico onde e como essa acusação era um logro. Recebeu aplausos pela sua incrível coragem? O editorialismo e o comentariado abafaram a racionalidade e fundamentação do seu argumentário, voltaram a atacar o juiz e entraram em desespero. Porque num processo político só a destruição do alvo tem sentido, é um jogo de soma nula. Sócrates tinha de ser condenado por corrupção, e receber uma condenação à Vara, voltar à prisão. Para que a mácula no PS jamais pudesse ser apagada. Passaria a ser oficialmente o partido do maior corrupto da história portuguesa.
Irá Susana Seco dar esse êxtase à pulharia? Ou optará por fazer justiça? Iremos perceber sessão a sessão.
As palavras baratuchas chegam a todo lado
«O povo está absolutamente farto de políticos do ar condicionado. Os eleitores de Ventura não são todos "fascistas" – estão fartos. Se o PS e o PSD quiserem sobreviver terão que mudar de vida. Os políticos têm que estar onde o povo está, têm que falar uma linguagem que o povo perceba — as palavras "caras" não vão a lado nenhum — e têm, acima de tudo, de resolver problemas que têm sido miseravelmente postos na prateleira dos assuntos que podem ser adiados até ao dia em que não sobrar um cidadão no interior.»
É exactamente ao contrário: os eleitores do Ventura são todos fascistas. Porquê? Porque estão fartos da democracia. É só isso que precisamos de identificar para topar com um facho. As razões pelas quais estão fartos são indiferentes. Uns porque vieram de África e nunca fizeram a descolonização, filhos e netos idem. Outros porque eram fachos antes do 25 de Abril e nunca engoliram o fim da ditadura, filhos e netos idem. Outros porque são estúpidos, e já não têm idade para deixar de ser. Outros porque estúpidos são, e ainda não estão na idade para deixar de ser.
Esta senhora trabalha para facilitar a vida ao Ventura. Daí a obscena contradição, tão comum nela e nos seus colegas de pasquim e de profissão. Alegam estar a defender a democracia no acto mesmo de deformarem os seus processos, lógica, constrangimentos. Que faria ela se fosse governante? Népias, porque jamais quereria meter-se nessas andanças. Apenas pretende despejar opiniões de merda.
Os eleitores do Ventura não querem ir às reuniões dos partidos, não querem participar em associações cívicas, estão-se a marimbar para iniciativas que congreguem a comunidade, desprezam os locais onde o poder autárquico dialoga directamente com os cidadãos, com os fregueses. São indivíduos com visões asquerosas do que é a democracia porque estão dela alienados. Nunca aprenderam a serem democratas, daí a monstruosidade das suas deturpações, daí a aberração das suas soluções.
O Ventura veio explorar politicamente essa gente, a Ana Sá Lopes já cá estava há anos a explorar mediaticamente o mesmo mercado.
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Dominguice
A função dos Governos não é a de resolver os nossos problemas públicos, muito menos os privados. Quem prometer tal é charlatão, anda no arrasto dos broncos. Os Governos apenas conseguem tornar os problemas resolúveis. Depois, inúmeros factores que escapam ao poder dos Governos decidirão quais os problemas, e como, e quando, e para quem, serão resolvidos. Não é pouco, é o máximo possível.
Donde, a escolha está na forma como esses problemas serão tornados resolúveis. Democraticamente ou ditatorialmente? Com mais democracia ou com menos? Com mais humanismo ou com mais racismo e xenofobia? Com pessoas que ostensivamente nos querem enganar ou com pessoas em quem, com sorte, poderemos confiar? Não é pouco o que temos para escolher, é o quase tudo.
Perguntas simples
Pulhice está mal escrito
Então baza, mano
A candidata presidencial ideal – dada a tragédia em curso
Ninguém se lembraria de tal. Ela não quer. Seria altamente improvável sequer passar à segunda volta. Mas é a melhor imaginável candidata presidencial possível no Portugal que somos.
Falo de Marina Costa Lobo. E não teria de alterar nada de nada de nadinha de nada na sua postura. Bastaria aparecer e dizer o que pensa. Declarar em que acredita. Revelar o que sonha.
À sua maneira. Sem um grama de artifício. Em nome da comunidade que não somos.
Compravas um carrinho de linhas a este gajo?
Quem o viu e quem o vê
Agora, em 2025, como primeiro ministro as condições climatéricas já são um argumento válido.
Em 2022, quando tudo valia para atacar o governo, falar disso era “tentar vender” uma “manobra de distração”.
Ninguém o confronta com isto? pic.twitter.com/2kzKEHq4U5
— Tomás (@Tomas_Pereira_T) August 14, 2025
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