A 11, exprimindo desejos de que se désse melhor forma aos trabalhos parlamentares, ouviu vários deputados pedir a palavra, e um: «Ora, ora!...» Respondeu: «Quem unicamente com o fim do bem público, com o fim da utilidade pública trabalha por conseguir algum proveito, deve ter paciência de ouvir as reflexões que se lhe fazem; estamos tratando uma questão de methodo; não é possivel deixar de haver discordância; e quem não tem paciência para ouvir uma contradicção de suas opiniões, realmente está pouco organisado para os trabalhos da discussão parlamentar...»
Doutrina excellente, raras vezes seguida, antes e depois d'aquelle grande orador ter dito essas verdades!
Garrett: Memórias Biográficas_Francisco Gomes de Amorim_1884
Enquanto é questionado pelas deputadas socialistas, Eduardo Jesus disse “a pergunta desta gaja” e “burra do cara…”. O governante madeirense refugiou-se na figura dos apartes parlamentares e disse que utilizou palavras que “estão no dicionário”.
https://expresso.pt/politica/2025-06-18-secretario-regional-da-madeira-insulta-deputadas-do-ps-no-debate-do-orcamento-regional-e3af2ce2
«quem não tem paciência para ouvir uma contradicção de suas opiniões»…
O volupi, honra lhe seja, todos os dias acolhe aqui contraditório, críticas, acusações, constatações, uma constante barragem anti-xuxa com louvável estoicismo e tolerância democrática. Até o seu patrocinador / grande líder / ídolo / santo / deus 44 é aqui sovado quase todos os dias.
Tolerar, no entanto, não significa ler, ouvir, considerar, muito menos aprender com as opiniões contrárias; nada do que aqui lhe dizem parece mudar um milímetro da sua xuxice. Quando responde a alguém é para enxovalhá-lo/a, perguntar se come merda às colheres ou outras provocações juvenis, e quando não sabe o que responder amua e fica caladinho como um rato (do Largo dos Ratos).
É isto democrático? Não muito, mas no nosso Parlamento é também esta a norma. Além de um bordel de chulos, tachistas e lobbistas, muito do dia-a-dia paralamentar lembra bastante um liceu nos dias melhores e um recreio da 4ª classe nos restantes. Em 1884 nem existia a actual farsa democrática, só uma pequena parte da população podia votar, mas o resto não devia ser muito diferente.
Filipe Bastos tem dificuldade em perceber que os pró-Socrates são pessoal de esquerda condescendente até, com uma direita que tem dias de extrema. Não somos melhores nem piores, somos assumidamente diferentes. É um pormaior, entendes Filipe?!
«Filipe Bastos tem dificuldade em perceber que os pró-Socrates»…
Percebo, Jorge, percebo: é a condescendência de quem se julga cercado por todos os lados, mas cheio de razão. Toda, rigorosamente toda a vida do 44, da Covilhã à Ericeira, é uma série de trafulhices evidentes, escândalos abafados e casos mal explicados; o seu governo foi um desastre sem par; a sua cruzada contra a justiça um ridículo choradinho dum corrupto arrogante armado em mártir.
Mas para a viúva, o carneiro e o piaçaba do 44 tudo isto são campanhas negras; o seu governo um êxito retumbante; a sua queda o resultado duma crise infeliz e duma oposição malevolente; o seu choradinho judicial um bravo testemunho contra uma ‘direita’ que persegue ‘socialistas’.
Nada que eu ou alguém diga vos retira estas certezas; nenhuma evidência vos convence, nenhum calote vos impressiona, nenhum luxo parolo deste FDP viciado em vida de lorde, sem dinheiro para a pagar, vos abala a confiança na v/ argúcia e na v/ ‘coragem’ de defendê-lo. É ou não é?
” Nada que eu ou alguém diga vos retira estas certezas; nenhuma evidência vos convence, nenhum calote vos impressiona, nenhum luxo parolo deste FDP viciado em vida de lorde, sem dinheiro para a pagar, vos abala a confiança na v/ argúcia e na v/ ‘coragem’ de defendê-lo. É ou não é? ”
não é, porque para o ser:
1 – as tuas certezas deveriam ser fundamentadas com factos e não com incertezas que teimam não existir;
2 – mas que a tua evidente persistência te convence que existem;
3 – para ser impressionado por um calote é necessário que o calote é necessário que o calote exista, que a dívida seja reconhecida por um tribunal e que exista uma vítima do calote. que se saiba, sócrates não deve nada aos anónimos que apresentaram queixa, aos parvos que todos os dias se queixam e ao ministério público que, ao fim de 20-anos-20 ainda não encontrou vítimas, valor das queixas, factos e motivos que justifiquem as medidas, processos e o chinfrim que alimenta o disco riscado das percepções de “verdades ocultas” pelo segredo de justiça, que vão fazendo o julgamento por pobres idotas como tu;
4 – luxos, insultos, vidas de lorde e calotes é o que vos resta para justificar crimes corrupção e roubo, mas a lista dos corrompidos e valores roubados continua sem aparecer, a única coisa que parece é quererem fazer um julgamento ilegal que justifique a merda que os agentes judiciários fez até agora e salve o coiro ao beethoven que compôs a musica, aos rórós encarregues dos líricos e ao maestro que conduziu a filarmónica dos parolos de mação com a opereta “marquês”, em cartaz há 20 anos, nos festivais bimbalhada da grunholândia.
5 – não se trata de “argúcia” nem “coragem”, trata-se de justiça e verdade. a justiça não pode andar a inventar verdades para satisfazer as suas vontades e encomendas políticas para perseguir adversários políticos (sócrates, paulo pedroso, costa, galamba, pedro nuno santos e muitos outros socialistas) ea proteger sistematicamente aos seus amigos políticos (cavaco, dias loureiro, passos coelho, paulo portas, marcelo, montenegro, ventrulhas e restante direita) onde nunca acontece nada, tudo é permitido, desculpável ou esquecido pela erosão do tempo.
6 – pela primeira vez temos um governo avençado oficialmente e a percepção nacional é que sócrates deve ser julgado ilegalmente, para pagar a bancarrota duma crise económica mundial aprofundada por uma gestão económica desastrosa de um governo de direita, que salvou o psd da falência e prolongou a existência do cds.
«as tuas certezas deveriam ser fundamentadas com factos»
Além dos milhares de milhões que já pagámos e continuamos a pagar a agiotas vários pela bancarrota do 44, quer dizer? Ou das criminosas PPP com ‘contratos blindados’ e obscenas rendas garantidas, como as rodoviárias que lhe atirei ao focinho na nossa última conversa, ou das ruinosas obras, ‘festas’ e desvarios pagos pelo contribuinte e sacados pelos mamões que pagam tachos e luxos parisienses?
V. não quer factos; cospe em todos com o desdém do apparatchik que repete a cassete do dono e ignora tudo o resto. O seu grande, o seu único argumento é que os seus donos xuxas não foram condenados – pela mesma justiça que v. condena quando lhe dá jeito; nesses casos esta já é de ‘direita’.
O seu próprio ministro Taxeira foi chorar à TV que não havia dinheiro para salários; que o país estava tão falido que tinha de se sujeitar a tudo. O que ele não disse foi porquê: além da famosa ‘crise internacional’ tivemos seis anos do governo mais negligente, incompetente e mafioso da partidocracia.
” Além dos milhares de milhões que já pagámos e continuamos a pagar a agiotas vários pela bancarrota do 44, quer dizer? Ou das criminosas PPP com ‘contratos blindados’ e obscenas rendas garantidas, como as rodoviárias que lhe atirei ao focinho na nossa última conversa, ou das ruinosas obras, ‘festas’ e desvarios pagos pelo contribuinte e sacados pelos mamões que pagam tachos e luxos parisienses? ”
lista de actos concretos e valores, tens? se tiveres, nem precisas de pôr aqui, é mandar para o ministério público em carta anónima ou apresentares provas pessoalmente caso queiras ser recompensado. olha que a recompensa não deve ser má, para o cavaco ter dado o ok à falência do bes, proposta pelo massamólas, que iria finalmente revelar paletes de corrupção, bué de corruptores e bué ao quadrado de corrompidos sem custos para o contribuinte.
és um valentão a atirar coisas ao focinho dos outros, mas só abstracções vagas a atirar para infinito absurdo. factos e provas não houve, não há e pelos vistos até oferecem alvíssaras a quem trouxer qualquer coisa nova que dê para manter a lamparina dos desejos acesa.
“V. não quer factos; cospe em todos com o desdém do apparatchik que repete a cassete do dono e ignora tudo o resto. O seu grande, o seu único argumento é que os seus donos xuxas não foram condenados – pela mesma justiça que v. condena quando lhe dá jeito; nesses casos esta já é de ‘direita’.”
não foram, nem serão. não houve até agora e duvido que haja no futuro juízes que queiram fazer um julgamento ilegal e condenar alguém sem provas num caso que é uma colectânea de delírios mal amanhados processualmente.
era isto que querias atirar ao focinho de quem te acusado mentir.
https://expresso.pt/politica/maria-luis-albuquerque-aprovou-swap-da-estradas-de-portugal=f830783
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https://visao.pt/atualidade/politica/2024-08-28-maria-luis-albuquerque-um-cv-recheado-de-polemicas-a-caminho-de-bruxelas/
“Maria Luís Albuquerque era uma perfeita desconhecida até rebentar a polémica em torno dos swap, um instrumento de investimento financeiro considerado altamente especulativo e de risco.
Na Refer, onde foi diretora financeira entre 2001 e 2007, tinha estado envolvida no processo de compra deste tipo de ativos. Embora os swap que esta empresa adquiriu tenham sido considerados não problemáticos pela Agência de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público, cinco deles foram cancelados, com a Refer a pagar 12,5 milhões de euros às instituições financeiras pela sua liquidação antecipada.”
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