Dominguice

Por que razão nos agarramos à irracionalidade? Todos o fazemos, embora uns muito mais do que os outros, e outros muito menos do que os demais. Quando se investiga o assunto vão-se recolhendo dados contraintuitivos: aqueles que mostram tendência para crenças irracionais respondem a tentativas para os educar tornando-se ainda mais irracionais. Reagem ao conhecimento científico e aos factos como se fossem uma ameaça à sua identidade. Porquê? Talvez por ser emocionalmente negativo aceitar que, afinal, se ignora um dado assunto, e que esse assunto parece tão inacessível que tentar entendê-lo iria expor as fragilidades e incompetências cognitivas próprias (não se garantindo sucesso no moroso processo de aprender). Então, por automatismo pulsional e lei do menor esforço, barricam-se no que conseguem dominar e exibir, a sua densa e infecta ignorância.

É preciso ter paciência e compaixão com os broncos mas igualmente urge ter tolerância zero perante a sua irracionalidade – e essa prática deve começar na lide da nossa própria bronquite crónica. O bronco em nós não dorme e até sonha.

30 thoughts on “Dominguice”

  1. que lindo apelo à auto-consciência para a douta ignorância. também vejo beleza nisto de conseguirmos identificar a bruta ignorância nos outros porque nos protege de podermos cair na ignorância, essa doença fedorenta.

    adorei, adorei, adorei. e quero a evolução para a revolução até ao fim de mim e adoro a tua erudição até ao infinito. e e e . :-)

  2. tão bom ler isto , que belo começo ler domingo : as pessoas estão de volta ! ( algumas , suponho que as melhores , as outras continuarão a borregar e a ganhar dinheiro para para os ogres)

    Lo importante es, sobre todo, reunir gente, estar entre personas, y no ya tener un puesto bien pagado pero aislado. Son, en suma, proyectos existenciales dentro de los cuales se desarrollan nuevos modos de vivir”. Cassely también constata una de las poderosas paradojas de esta “gran renuncia” y deseo de cambio: se invirtieron años y años en inventar comunidades en línea, conectadas por medio de internet a través de todo el planeta, pero ahora lo máximo, lo total, consiste en promover contactos sociales con los otros, con y entre individuos dentro de los mismos espacios físicos y no ya conectados”.

  3. logo , a crença irracional de alguns que se pode gerir a complexidade monstruosa da sociedade actual , com técnicas e bla bla vbla cientifico tecnológicos, desfaz-se que nem um castelo no ar… não estamos nem aí , pá , há todo um mundo maravilhosos Natural e queremos desfrutá-lo , foi para isso que nos mandaram cá…

  4. vá já tomar a vacina, yo, deixe essa tendência de achar que a ciência é uma ameaça à sua identidade. estou consigo: deixo-lhe toda a minha paciência e compaixão. !ai! que riso

  5. bom , voltando á vaca fria: irracional , total e absolutamente , é , depois de analisar a história humana , crer que há alguma instituição humana que não seja tomada de assalto por oportunistas e não se degrade ao ponto de só já fazer o mal. e estou a pensar concretamente em religião e ciência.
    e a ciência é apenas uma das muitas maneiras de ler o mundo , e não é , de todo , a melhor. pelo contrário, levou a inúmeros problemas ambientais e de saúde mental .
    o mais caricato ´´e alguém que não é estúpido , postar como boa uma cena em que se estuda como enformar ( meter numa forma) ainda mais as pessoa.
    deixem-nos em paz.

  6. e olinda , relativamente á fraudemia covid tomei mesmo , cada vez tenho maior certeza , a decisão correcta : confiei em mim e no meu instinto de sobrevivência…não fiz um único teste , não levei nenhuma vacina , não besuntei as mãos com destruidores da barreira natural anti bacteriana da pele , e nunca apanhei esse estranho gambozino a que chamaram covid.

  7. tudo terá sido, yo, uma questão de sorte. eu também não apanhei o bicho mas protegi-me o mais que pude, no sentido do contacto com outros porque nunca deixei de trabalhar, e segui as recomendações da ciência informada que informa. também tive a (boa) sorte, ou o acaso, do meu lado perante tantos infectados, a fazer parelha com a segurança.

    já agora, yo, em que casos vai ao médico?

  8. qual questão de sorte??? questão de me terem dotado de sistema imunitário para poder viver no habitat que me destinaram. e também não é questão de sorte ter um radar de esquemas , vim dotado de origem.

    vou ao médico quando tenho febre , sinal de infecção , ou , por exemplo , vou fazer um enxerto de tendão no tornozelo porque fiz uma rutura total de ligamentos. mas não tomo nada para dores , é muito raro : hipnotizo-me -:)

  9. «Então, por automatismo pulsional e lei do menor esforço, barricam-se no que conseguem dominar e exibir, a sua densa e infecta ignorância.»

    Exactissimamente, Valupi.
    Ultimamente tens dedicado algumas coisas, subrepticiamente, dedicadas a grande parte dos atuais comentaristas habituais deste local que já foi, racionalmente, melhor frequentado. Contudo, a mim parece que a quase totalidade deles ou nem dá por nada ou finge que não é com eles ou passa à frente “barricados no que conseguem dominar e exibir”
    A bronquite é filha da burrice que é pai da ignorância que é filha da falta de diversa leitura filosófica, histórica e científica que são o substrato do conhecimento que alimenta o pensamento lógico e a racionalidade. O bronco, quando muito, e quando quer fazer uma de racional, inventa macaqueações silogísticas tendo como premissas factos com séculos ou milénios de desfasamento temporal, cultural, ético e científico que, no fundo, apenas significam o velho ditado que diz “se não foste tu foi o teu pai ou avô, bisavô, etc.”, isto é, limitam-se a culpar os antepassados pelos males do momento.
    Claro, este é um pensamento de bronco, uma verdade de La Palisse pois, quem havia de ser o responsável do que é hoje o mundo senão os que viveram antes de nós, desde o Sapiens?
    E quando o conhecimento é fraco e leviano a crendice é forte e sólida.

  10. de tão entusiasmado que estava, o neves não leu esta parte:

    “e essa prática deve começar na lide da nossa própria bronquite crónica. O bronco em nós não dorme e até sonha.”

    de facto, apanham-se mais moscas com mel que com vinagre

  11. podias era perguntar ao zelensky porque se agarra à irracionalidade. até podia ser que percebesses de onde vem a tua.

  12. podias…
    era perguntar ao zelensky porque se agarra à irracionalidade.
    até podia ser que percebesses de onde vem a tua.

  13. Transbimba, continuas a vir lavar aqui o pirilau e teimas em não mudar a água. Quando é que cortas essa merda e completas a transição?

  14. por exemplo , a olinda e muita gente , desatou a despachar desinfetantes e a encher os bolsos aos fabricantes ; eu confiei na mina barreira cutanêa , continuei a lavar as mão como sempre e recordei estudos que li e que não pretendem fazer negócio algum , só ajudar e não estragar os “equipamentos” de origem , que são grátis.

    https://dialnet.unirioja.es/servlet/tesis?codigo=307145

    e claro , a manada dirá que sou “irracional”. enfim.

  15. Sorte a nossa que não começas a chegar, Piggy, porque nunca daqui sais. Já agora, info grátis: por mais que laves, a nódoa não sai, badalhoca nazi. Tens de cortar mesmo.

  16. Joaquim Camacho, a minha rica curiosidade continua a aguardar que lhe nasçam células inteligentes. !ai! que riso

  17. yo, os meus desinfectantes são os mesmos de sempre: evitar contacto físico com a maleita seja ela qual for – é a profilaxia eficiente e eficaz juntamente com a máscara. e, obviamente, quando é impossível lavar as mãos – na rua não se pode lavar as mãos -, o desifectante de bolso.

    mas em que casos vai ao médico?

  18. Da série “Vai Ser um Despertar Fodido… no Cabrão do Inferno”, brevemente num ecrã perto de si. Em vez de pipocas haverá cogumelos, e não será na sopa, mas em todo o lado.

    https://www.resistir.info/crise/3gm_19ago22.html

    E odespois poderás fazer mais um postezito sobre irracionalidade. Ou não, muito provavelmente não, pois não haverá ninguém para te ler e no cabrão do Inferno não há Internet.

  19. hum , o zelérias percebeu que dá má pala andar a demitir funcionários às resmas e decidiu demiti-los à bala , em segredo.certo.

  20. What can I say again? Ao contrário do que é costume dizer-se, neste caso meia dúzia de palavras valem mais do que mil imagens. E o que dizer daquela vontade expressa de adiantar “trabalho” aos filhos? Uma verdadeira ternura!
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    Ukraine is doing its best to “kill as many Russians” as possible, the nation’s ambassador to Kazakhstan, Pyotr Vrublevsky, told local media outlets on Monday. Speaking to a local blogger, Vrublevsky was asked to comment on the ongoing Ukraine conflict. “What can I say … We are trying to kill as many as possible. The more Russians we kill now, the fewer our children will have to. That’s it,” he said.”
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    https://swentr.site/russia/561314-kill-russians-ukraine-ambassador/

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