Aviso aos pacientes: este blogue é antianalgésico, pirético e inflamatório. Em caso de agravamento dos sintomas, escreva aos enfermeiros de plantão. Apenas para administração interna; o fabricante não se responsabiliza por usos incorrectos deste fármaco.
ainda não pensei bem sobre isto. mas estou convencida de que não haja quem carregue e dê à luz um bebé por amizade a terceiros. e onde fica o amor por ele – corta-se com o cordão umbilical?
assim de repente estou a cair para o lado de que banalizar a maternidade conferindo-lhe uma lógica utilitária não liga comigo.
«Na ausência de qualquer fundamento que não passe por um juízo moral quanto a quem deve poder constituir família ou em que termos deve essa família ser estruturada, não se encontra qualquer argumento que possa impedir…» diz a articulista.
Não me pronunciando sobre a matéria concreta em debate, não deixo de manifestar a minha perplexidade perante a rejeição legal da estruturação familiar poligâmica ou poliândrica que a articulista costuma defender à outrance. Mas então a felicidade de uma família islâmica tradicional, imigrada ou não, e que não pretende impor nada a ninguém, já não deve contar minimamente para o estado laico que lhe reconhece cidadania?
Também constato com alguma estranheza que a defesa da adopção de tenras crianças por casais do mesmo sexo ou de sexos indefinidos ou alterados, dada a enorme vantagem que apresenta para as crianças orfãs carentes de carinhos parentais, não seja vista como vantajosa quando os candidatos a entidades parentais sejam sexualmente normais e impossibilitados de procriar por razões naturais de saúde ou idade.
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Este blogue é antianalgésico, pirético e inflamatório
ainda não pensei bem sobre isto. mas estou convencida de que não haja quem carregue e dê à luz um bebé por amizade a terceiros. e onde fica o amor por ele – corta-se com o cordão umbilical?
assim de repente estou a cair para o lado de que banalizar a maternidade conferindo-lhe uma lógica utilitária não liga comigo.
«Na ausência de qualquer fundamento que não passe por um juízo moral quanto a quem deve poder constituir família ou em que termos deve essa família ser estruturada, não se encontra qualquer argumento que possa impedir…» diz a articulista.
Não me pronunciando sobre a matéria concreta em debate, não deixo de manifestar a minha perplexidade perante a rejeição legal da estruturação familiar poligâmica ou poliândrica que a articulista costuma defender à outrance. Mas então a felicidade de uma família islâmica tradicional, imigrada ou não, e que não pretende impor nada a ninguém, já não deve contar minimamente para o estado laico que lhe reconhece cidadania?
Também constato com alguma estranheza que a defesa da adopção de tenras crianças por casais do mesmo sexo ou de sexos indefinidos ou alterados, dada a enorme vantagem que apresenta para as crianças orfãs carentes de carinhos parentais, não seja vista como vantajosa quando os candidatos a entidades parentais sejam sexualmente normais e impossibilitados de procriar por razões naturais de saúde ou idade.