Não admito que nenhum combate político seja condicionado por agendas pessoais, pela mera ambição pessoal e o regresso ao passado
António José Seguro*
Não sei qual o passado que António José Seguro rejeita e ao qual não quer regressar. Não sei, também, qual o passado de que António José Seguro se envergonha, e qual o motivo para que isso aconteça. O que eu sei, isso sim, é que ao longo dos seus 39 anos de existência, tantos como os deste mero militante, o Partido Socialista foi talvez o principal agente transformador e de progresso deste país, de um dos mais pobres e atrasados na Europa até à sociedade que nós, todos nós, construímos e de que nos devemos orgulhar e defender. Mesmo na dificuldade. Especialmente na dificuldade.
E esse trabalho foi o de todos os Secretários-Gerais. Todos eles contribuíram, todos eles deram o seu melhor. Houve, evidentemente, aqueles com os quais concordei mais e aqueles com quem concordei menos. Aqueles que me entusiasmaram mais e aqueles que me disseram menos. Os que lutaram e ganharam, e os que mesmo lutando perderam. Todos eles fizeram do PS aquilo que é hoje aos ombros da obra dos anteriores. Melhorando-a, corrigindo-a, fazendo-a avançar, dando o seu contributo e o seu cunho pessoal na construção, sempre inacabada e imperfeita, de um partido melhor. E com isso, de uma sociedade melhor.
E todos eles, sem excepção, são para mim motivo de orgulho e admiração. Este é o meu partido, este é o meu passado. Mesmo sendo apenas um militante, respondo por ele, e pela obra de todos os líderes, a quem o puser em causa.
Por isso, repito, não sei qual o passado a que António José Seguro se refere. O que sei é que quem tem vergonha do passado não tem, certamente, grande futuro.
O debate ideologico ferve! http://lishbuna.blogspot.pt/2013/01/to-vs-to-ii-to-pa.html
Inteiramente de acordo.
para fazer uma análise sustentada preciso de saber, por favor, as cores da gravata do MS.
Plenamente de acordo Vega. A, talho de foice. Um dia, numa carvoaria, o seu proprietário estava a tratar da confecção do carvão, quando lhe entra pela oficina adentro um seu filho que se tinha formado médico e há uns tempos não se viam. Quando assim acontece, a primeira reacção de um filho para o seu progenitor, é um abraço. Preparava-se par o fazer mas foi interpelado pelo pai para não se aproximar porque o sujava com o pó do carvão. Resposta do filho: foi essa sujidade que contribuiu para o que sou hoje! Venha lá esse abraço.
Todos temos um passado. Quem o renega não é merecedor de estima. “Filho és, pai serás como fizeres assim receberás.”
Simplesmente vergonhoso. Claramente o Tozé é que não está a altura do passado do partido. Temos a certeza de que ele não é um agente do PSD infiltrado?
Se Seguro desistisse já da política, esta frase imortalizá-lo-ia-ia-ia-ia-ia!!!
o costa fez bem em desistir porque não tem condições para ganhar um congresso dominado por imbecis e apadrinhado pelo mário soares. já o silva pereira teve razão antes do tempo e deveria ter ficado calado para não queimar cartuxos com inviabilidades. ambos ficaram mal na fotografia e a coisa ficou mais fácil para o palerma do seguro que vai aguentar mais dois anos até perder as próximas legislativas com o passos. resta-nos o portas para implodir a coligação.
E sobretudo não regressar ao presente.
portantes o siguro vai fazer um congesso para concorrer contra si mesmo a secretário geral. lá vai ter que contratar um figurante a candidato para poder entronizar-se com 100% dos votos.
Pensei que Costa avançasse mesmo. Era a última esperança contra a diluição, que pressinto, do partido socialista. Os dados estão lançados. Os eleitores militantes do PS escolheram, para os dirigir, aquele que renega o seu passado.
Boa análise do Vega. Vai ficar a falar muito só.
O seguro tenta rasgar o passado e obliterar o futuro. E o pior é que no futuro iremos estar nós, os que ficaram, e a corja que com melífluas palavras, por omissão, ajuda a manter. Em resumo o seguro é omisso. Deixem-me avacalhar a questão, o seguro é como o espermatozóide coxo, quando lá chegar já fechou o “guichet”.
Embora não seja militante partidária, subscrevo inteiramente este texto.
O PS foi o partido em que sempre votei – e não falhei uma única eleição democrática! – umas vezes com mais, outras com menos, entusiasmo.
Além da opção ideológica, os meus 40 anos de jornalismo proporcionaram-me uma tribuna privilegiada para acompanhamento da vida política do país. Por isso considero incompreensível que haja algum dirigente socialista que não se reveja no passado de um partido que foi o principal motor de transformação do país.
O atentado à memória é uma atentado a todos nós. Só nos faltava agora surgir um estalinismo de trazer por casa para apagar os “incómodos” da fotografia!
Concordo consigo (embora não aprecie muito o político V. Constâncio). AJS parece ser da mesma “escola” do PPC: carreira de jotinhas; sabem tudo de intriga política de bastidores; devem conhecer bem os “chefes” das concelhias e afins…
Mas, e a política? aquilo que serve para termos uma vida decente?
A direção do PS é feita à medida do fraco lider, ouvir Laranjeiros e Ribeiros falar em
“deslealdade” è no mínimo anedótico! O primeiro aqui há dias atrás deixou-se cilin-
drar por um ultra-liberal acoitado no PSD de nome Amorim com a narrativa das res-
ponsabilidades do PS face à troika e não foi capaz de responder … que raio de so-
cialistas são estes ? Mais uma vez na sua fuga para a frente, o Seguro está a fazer o
frete ao des-governo que devia combater, andam há mais de ano e meio para prepa-
rar uma alternativa e não conseguem, para quê falar em maiorias ?
deve ser ao pântano de que o Guterres fugiu .
não falta aí o Almeida Santos?
Não. O Almeida Santos nunca foi Secretário-Geral.
Pois é. O homem irá continuar, pois, como eu, haverá muitos cidadãos que sempre votaram PS e que, com esta abécula não irão dar o seu voto a este Partido nas próximas eleições. Não sei ainda em quem votarei; no PS de Seguro, jamais. De maneira que a melhor hipótese será, ou branco ou nulo. Bem sei que não aquece, nem arrefece, mas também sei que com Passos ou com Seguro, a merda será a mesma, pois ambos nela foram formatados.
E assim com estes estrangulamentos a democracia se vai desgastando. Já se houvem por aí os saudosistas dum pulso firme que ponha esta gajada na ordem. E… até eu, começo a ter dúvidas que daqui possamos sair, sem um golpe de rins, se calhar, se calhar menos democrático. É que, isto assim, é que não é nada: Vão-se sucedendo alternâncias sem alternativas e, quando se chega à conclusão de que é tudo igual, o melhor é não acreditar em nenhum. E assim se esgota a Democracia. O exemplo do fim da 1ª República aí está. E isto está a ficar demasiado parecido com esses tempos.
Bravo, Vega, estou em completa sintonia.
..e quanto antes, para bem da maioria dos portugueses!
O Seguro é o homem certo no lugar certo e na hora certa. O País nesta hora de grandes dificuldades necessita de um líder da oposição responsável e virada para o futuro. Não a formas de fazer politica que um passado recente provou errada.
Oh Santos, larga o vinho, carago!
chamem o geronimo. o pcp é futuro deste pais.deputados jovens que debitam a cassete cozinhadas num comité central que mais parece um hospicio.ali é que há democracia.vejam os exemplos e depois peçam ao JOAO LISBOA para ele vos ler a cartilha,destes e dos “sociais democratas à pressa” do bloco tendo em vista a caça ao voto.
Ainda bem que não juntaste o retrato do Seguro. Nem como apanhador de bolas tem lugar nessa equipa.