Contribuições de Seguro para o consenso

Na sequência do meu post anterior, dou a palavra a Miguel Frasquilho, hoje na Comissão de Orçamento e Finanças:

Tenho que dar razão a Miguel Frasquilho: é exactamente isso que o governo anda a dizer. E sendo assim, com um governo, uma maioria, um presidente e um líder da oposição todos a remar para o mesmo lado, só nos resta mesmo abraçar a austeridade. No caso do PS, com uns abraços a quem chore. Sempre é uma vantagem.

14 thoughts on “Contribuições de Seguro para o consenso”

  1. Começa a perceber-se por que o PS não descola nas sondagens. Parabéns aos militantes encartados do PS. Elegeram, alegremente, o “Passos da Esquerda”. Se reconhecerem que se enganaram na figura, despeçam-no.

  2. Este Frasquilho, quem é?
    É um que é diretor coordenador do gabinete de estudos do BES?
    E está na assembleia a fazer o quê?
    A representar o BES e a arranjar mais uns trocos ao fim do mês?
    Democracia de merda.

  3. E dai, caraças, e dai ?

    Realmente, não percebo esta forma de falar de politica. Isto não é o Benfica-Sporting, que diabo ! Que o governo diga que esta a governar em função da sustentabilidade das politicas publicas é perfeitamente natural, mas também perfeitamente banal. Isso não retira um atomo à diferença que existe entre a esquerda e a direita, que tem a ver com a definição da dita sustentabilidade !

    E’ que quando criticas o discurso do Seguro, o que estas a dizer realmente é : ser de esquerda significa pugnar por direitos que não correspondem a politicas sustentaveis, ou ainda achar que não deve haver limite algum para a despesa primaria… Esta posição não é com certeza defendida, nem pelo BE, nem pelo PC, nem sequer pelo MRPP. E’ isso que achas que devia ser o discurso do PS ?

    Mais uma vez, és o primeiro a cometer o erro que criticas : afirmar que o discurso da sustentabilidade é o discurso da direita, é afirmar que as politicas de esquerda são insustentaveis… ou seja, é defender exactamente o ponto de vista dos ideologos da direita.

    Quanto aos enfrasquilhanços, deixa-os estar. A politica não se limita (e não pode reduzir-se) a truques retoricos de meia-tigela.

    Foda-se, vocês dão cabo de mim, é o que é.

    Boas

  4. João Viegas, responde-me ao seguinte: quando tens uma crise as receitas descem e os encargos sobem. Logo, o défice sobe e a saúde, educação e segurança social tornam-se insustentáveis. Chamamos a isto “estabilizadores automáticos”. Queres acabar com isso?

  5. ???

    Se quero acabar com os “estabilizadores automaticos” que não constam do discurso do Seguro, nem (que eu ouvisse) da réplica infantil do Frasquilho ? Nem por isso. Em contrapartida tenho um cromo repetido do defesa central do Guimarães, estas interessado ?

    “Logo, o défice sobe e a saúde, educação e segurança social tornam-se insustentáveis”. Mais do mesmo. Isto é que é um discurso de direita, bem mais grave do que aquele que criticas.

    Houve crises ao logo da historia, muitas e algumas bastante graves. Apesar delas, no longo prazo, os mecanismos de redistribuição, tais como os sistemas publicos de saude e de educação ou ainda a segurança social, conseguiram impor-se nas sociedades desenvolvidas (excepto nos EUA no que toca à segurança social, mas como sabemos o Obama foi eleito em grande parte para remediar a esta anomalia)… E não consta que se tivessem desenvolvido à custa de tirar o pão da boca dos mais carenciados.

    Portanto o que tu dizes, em que pelos vistos acreditas, apesar de achares que o Seguro devia esconder-nos esta dura realidade, guardando-nos o exclusivo para quando estiver no governo, é bastante contestavel.

    Agora, que a esquerda deve propor politicas sustentaveis, que é o que defende em substância o Seguro no discurso que citas, eu pessoalmente acho uma boa ideia…

    Mas se calhar tu é que tens tens razão. Pode ser que se trate de um disparate que nos vai precipitar para as garras dos Frasquilhos deste mundo. Neste caso, ja sei qual é o secretario geral ideal para o PS. Chama-se Manuel João Vieira !

    Boas

  6. O João Viegas tem razão, mas apenas porque a questão está muito mal colocada.

    O que diz o Seguro, é verdade, são meras banalidades. Qualquer analfabeto como o César das Neves diria igual, ou melhor!

    O problema, caro V9, não está no facto de o que Seguro diz estar “certo” ou “errado” – isso são amendoíns! -, mas sim no facto de ele não ter sido eleito para dizer banalidades, mas sim para fazer Oposição!

    Nuns quaisquer jogos florais da Conchichina em tempo de paz e de vacas gordas, seria interessante colocar esta questão a debate numSimpósio sobre Políticas Públicas, ou Economia Política, ou uma merda dessas. Só que EM TEMPO DE GUERRA NÃO SE LIMPAM ARMAS!

    O que o indigente do Tó-Zé não consegue compreender é que, NA DRAMÁTICA SITUAÇÃO ATUAL DO PÁÍS, um líder para concorrer a jogos florais NÃO PRESTA PARA NADA!

    O que o Seguro, ou alguém com inteligência e tomates que liderasse o que resta do PS, deveria saber fazer era ESCOLHER A ESTRATÉGIA, ESCOLHER OS TEMAS E ESCOLHER AS PALAVRAS mais adequadas à presente situação, que não se compadece com trivialidades consensuais! Em suma, preocupar-se em ESCOLHER O MELHOR TERRENO PARA TRAVAR A BATALHA e os termos mais convenientes!

    Mas o que é que ele faz? Alinha em todas as ocasiões onde pode pavonear-se e cai em todas as esparrelas, como um menino de coro bem comportado. Muito louvável, há-de ganhar o Céu, mas aqui em Portugal, anos 10 do Séc. XXI não passa de uma mosca morta.

    E o PS que não pense que mais de dois anos desta liderança não vão deixar marcas profundas.

    TODA A GENTE VÊ A EVIDÊNCIA: o PS/Novo Ciclo já tem muito pouco a ver com o PS de Mário Soares, Salgado Zenha e Sottomayor Cardia, até com o de Sampaio, o de Guterres e o de Sócrates.

    Os Partidos [fundadores de Democracias] também se abatem, sobretudo a partir de dentro, como aconteceu ao “invencível” Socialismo Real… Não o duvidem, ó encartados. Um dia destes acordam e é tarde demais…

  7. “Neste contexto, António José Seguro defendeu que a prioridade “deve ser a receita do Estado” – caso contrário, “nunca se conseguirá reduzir o défice” para os níveis desejados.”

    Aqui está mais uma banalidade, mas mais de esquerda certamente.

    Parece-me que o problema da “alternativa de esquerda” é transversal a todo o espaço europeu. Não há uma mensagem de alternativa credível. Podemos culpar o TóZé, mas o problema é bem mais profundo, basta olhar para Hollande.

  8. cabe à oposiçao realçar as suas diferenças face às politicas do governo.para dizer o mesmo chamamos a “nossa amiga olga”!

  9. O Frasquito diz coisas na A.R. e escreve outras nos relatórios do banco onde trabalha!
    Deve ter lido o “post” do Vega, viu a profundidade e, zás aplicou-o no dia seguinte, foi
    notório o incómodo do Pedro Marques e restantes deputados do PS! Boa jogada!
    Não esquecer que vai ser o Zorrinho, já nomeado “pasteleiro”-mor, a agilizar o tal labo-
    ratório de idéias que, sabe-se lá quando, há-de por cá fora um programa para um even-
    tual governo do PS … convém que seja uma coisa simples, no máximo três ou quatro
    linhas para não começarem a meter os pés pelas mãos!!!

  10. o que e certo , e que o P.S. com o seguro não não vai la pelo menos com o meu voto,
    o homem não tem sal , não motiva ninguém!

  11. Nem o (des)governo cai,demite-se ou afoga-se,tanto faz desde que o travem,nem o tal TÓ Zé,vai impedir que as sondagens continuem uma miséria e tanto mais com uma data de estarolas que não se cansam de fornecer “abébias”nem de deitar achas para a fogueira.Não gosto deste amorfo,porque é politicamente um cobardolas quando perante as chufas e enxovalhos repetidos dos direitolas ao Governo anterior e ao melhor primeiro-ministro de sempre se refugiou vergonhosa e mansamente “nas tábuas”e depois porque confirmou de largo as piores previsões;ele e o anormal do Láparo,são pintos da mesma ninhada e já nem adiantam mais disfarces.A oratória supostamente “politicamente correcta”sobre os “consensos e demais tralha”foi a cereja que me faltava no bolo.Tratem mas é de raptar o Costa camarário e o mais depressa possível,pelo menos até que o maralhal leve ao colo o Sócrates.E nem merece qualquer referência ao “belenense”,tal como dizia ontem a Constança,é coisa que nem para pé de candeeiro serve.

  12. O Seguro/Inseguro, com aquele seu ar seráfico de anjo que caiu do céu por não ter unhas para lá se agarrar, não vai conseguir levar a carta a Garcia. Basta atentarmos no seu percurso politico. Sempre atrás do “arbusto” de forma encapotada, sem levantar ondas, esperando que um dia a liderança do PS lhe fosse parar ao regaço. Foi o que aconteceu. Mas já deu para ver, que é um homem sem rasgo e de nenhumas ideias novas, que é o que todos nós precisamos. Pois como muito bem disse Jorge Sampaio “há mais vida para além do défice”. Basta ver o desempenho deste triste governo. Esturrou 5000 milhões de euros, em politicas de contenção de custos, e o défice real não desceu.
    Com o Seguro/Inseguro, será mais do mesmo, embora a pilula seja um pouco menos ácida
    mas na sua essência será igual. Continuaremos a ser um País adiado e sem futuro. Sócrates pode ter cometido muitos erros, mas durante o seu governo, havia uma linha condutora que apostava nas novas tecnologias, nas energias renováveis, na simplificação da administração pública. etc. Até o tão vituperado “Magalhães”, que agora mudou de nome, tem andado a ser vendido envergonhadamente. pelo Passos, Portas e Cavaco lá pelas Américas do Sul. Volta Sócrates, que estás perdoado.

  13. O Tó Zé (In)seguro é uma desgraça igual ao Coelho e ao Portas…..temos de ocupar as ruas de Portugal para recuperarmos a nossa soberania e destino….isto só lá vai com um “solavanco”….

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