2 pontos sobre a Controlinveste

1. O Eduardo Cintra Torres é um tipo que felizmente me poupa o trabalho de lhe insultar a inteligência, porque ele próprio o faz. Obrigado Eduardo.

2. De resto, não conheço os profissionais despedidos, não sei quais foram os critérios, muito menos se foram políticos, qual a situação financeira do grupo e se justifica ou não estes cortes. Sei, como leitor, que o DN está com dificuldades visíveis em adaptar-se ao digital e a deixar-se ficar para trás em relação à concorrência, que as tiragens estão em queda constante, e tenho por isso muitas dúvidas que, a continuar assim, sobreviva a esta década. O que será responsabilidade sobretudo da administração. Não sei, por isso, se esta decisão permitirá construir uma base que permita salvar os meios de comunicação do grupo ou se pelo contrário apenas acelerará a decadência, embora suspeite da segunda.  Para além disso, a credibilidade é muito difícil de recuperar depois dos danos que a “secção laranja” provocou, muito menos com um director como o Marcelino, e por isso, tirando como é óbvio as notícias e artigos escritos por gente que conheço, é-me muito difícil ter confiança no DN , pelo que o leio cada vez menos. É injusto para com 95% dos profissionais que lá trabalha? Sim. Mas é a questão do hotel e das baratas.

Já a TSF é outra história, porque apesar das mesmas dificuldades (o site é internet circa 2008, ou seja, perfeitamente ultrapassado) está mais imune ao digital, que não rouba ouvintes no automóvel, o modelo não é nem nunca foi pago directamente pelos ouvintes, e credibilidade, felizmente, não lhe tem faltado. Sobre a situação financeira, mais uma vez, desconheço. Sobre o JN nada digo, porque raramente o leio, muito menos o desportivo que não me recordo o nome e não estou para procurar.

Ou seja, as coisas que não sei são demasiadas para me meter a opinar como se soubesse o que se realmente se passa. A f., com muito mais conhecimento de causa, já disse o que devia ser dito.
E no meio desta tristeza, tenho apenas uma certeza: o ponto 1 deste post é absolutamente verdadeiro. Como reacção, Eduardo, chega?

6 thoughts on “2 pontos sobre a Controlinveste”

  1. 1. De acordo, completamente.

    2. Na “TSF […] credibilidade, felizmente, não lhe tem faltado. ” Mentira, todas as semanas o director entrevista uma sanguessusa laranja ou da banca a quem lambe os escrotos e pernineus de alto a baixo.

    3. f. fez figura de burra nesse texto, coitadinha acordou agora.

  2. julgo que o “jornal de noticias” do porto,tambem pertence à controlinvest. segundo varias opiniões está falido.com diretores como manuel tavares e jornalistas como jorge fiel e depois da morte do saudoso manuel pina a queda acelerou!

  3. “Ou seja, as coisas que não sei são demasiadas para me meter a opinar como se soubesse o que se realmente se passa.”
    Ó Vega, se só opinasses sobre as coisas que sabes, raramente escrevias…acredita.
    É que esta coisa de assobiar para o lado à espera que só aconteça aos outros tem um fim, sabes?

  4. Acabei de ler a coluna do Eduardo Cintra Torres, de domingo passado, no Correio da Manhã. Título “Mixórdia de política e dos negócios da Controlinveste”, consegue criar uma atmosfera de má fé, para demonstrar através de uma teoria da conspiração, que o grupo do DN e JN é na realidade gerido por Sócrates, e que o seu poder no grupo sairá reforçado com a nova administração.
    Aliás a equiparação de Sócrates a Salazar, é nesta coluna uma das mais notáveis demonstrações de estupidez política e histórica, a um jornal e a uma pessoa.
    Eduardo, queixa-se da injustiça e da concorrência desleal dos meios da Controlinveste em relação ao Correio da Manhã – essa referência jornalística, deontológica, e de boa gestão (nas suas palavras).
    Eduardo deve ser mais um dos apoiantes de Seguro(?), por ventura fará parte desse grupo, que julga ter a moral e a ética do país numa mão, e na outra manter os seus pequenos interesses económicos e influências, através da má fé e da desonestidade, seja numa mínima coluna de opinião, seja em golpadas reaccionárias e anti-democráticas.

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