AL – Mas não houve esse empenho genuíno… Não foi transversal ao partido. O próprio Paulo Rangel, depois das eleições, disse aqui na SIC Notícias, num frente-a-frente, que a ausência, assim muito forte, de barões e baronetes, estou a citá-lo, acabou, se calhar, até por ajudar à campanha. Considera que é preciso afastar um pouco barões e baronetes, mostrar uma imagem completamente diferente do partido?
MFL – Não, não acho que seja essencial afastar-se… Quando se fala em barões e baronetes significa, enfim, pessoas com peso dentro do partido, pessoas que têm enorme peso na sociedade civil, que durante anos foram enormes contributos que muito prestigiaram o partido, que desempenharam funções importantíssimas no partido, no País, e eu acho que não os devemos desprezar, não devemos esquecer o seu papel importante.
A Manela está agradecida aos barões e baronetes. Porque pesam. Pesam dentro do partido, pesam fora do partido, são malta da pesada. Têm massa, deduz-se. A gravidade está com eles, a ligeireza com os outros que pretendem desprezar pessoas tão importantes [Rangel, espero que estejas a tomar notas]. O PSD pertence a essas pessoas, foram elas que fizeram o sucesso do cavaquismo, por exemplo, que tanta coisinha boa deu a ganhar a barões, baronetes, condes redondos, duques falidos, marquesas e marquises. Foi essa nobreza social-democrata que preencheu as vagas nos Governos Barroso e Santana; Governos bem bons, por sinal, cheios de pesos-pesados do coisa e tal. E são eles, coitadinhos, com quem a Manela conta para voltar ao poder, nada de caras novas que só poderiam causar estranheza e confusão. Alguns dos barões e baronetes estão com umas chatices legais e políticas, contratempos que só acontecem a quem ganha a vida a trabalhar honestamente, mas nada que não se resolva em família assim que esta voltar à casa donde nunca deveria ter saído.
A Manela não mente. Verdade verdadinha.
É, no mínimo, comovente o elogio da Ferreira Leite à pessoa do Santana Lopes. Queria ver se fosse o Sócrates a fazer uma pirueta destas. Agora que precisa dele, passou a ser um modelo de cidadão a seguir. Só não percebo porque é que o Santana Lopes quando passou pela experência de ser primeiro-ministro chegou a dizer sentir-se como um recém-nascido a ser agredido por toda a gente, incluindo a família. Esta senhora que tem sempre os interesses do país acima de tudo e que não é mulher para baixar os braços, por ela este ano nem sequer vai haver férias para ninguém, o que é que fez nessa altura pelo magnífico cidadão Santana Lopes?
A verdade é que eu nem para avó a queria.
:)
http://www.correiodamanha.pt/Noticia.aspx?channelid=00000181-0000-0000-0000-000000000181&contentid=B3D535EF-78F7-4171-A011-653816D9260E
Verdade, verdadinha.
guida, essa relação entre os dois é uma obra-prima de hipocrisia. Se a virmos à luz da “política de verdade”, então, fica-se sem saber como pode alguém votar neles.
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Gonçalo, muito bem lembrado, esse outro buraco social-democrata.