Ontem, durante a cerimónia de inauguração da queijaria Sabores do Dão, em Aguiar da Beira, Pedro Passos Coelho fez um elogio público a Manuel Dias Loureiro: "conheceu mundo, é um empresário bem-sucedido, viu muitas coisas por este mundo fora e sabe, como algumas pessoas em Portugal sabem também, que se nós queremos vencer na vida, se queremos ter uma economia desenvolvida, pujante, temos de ser exigentes, metódicos", afirmou.
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“Aqueles que nos criticam hoje foram os mesmos que nacionalizaram o BPN. Não me venham falar de Dias Loureiro, não fui eu neste Governo nem o dr. Paulo Portas que nacionalizámos o BPN e que tornámos os portugueses, todos eles, lesados do BPN”, disse Pedro Passos Coelho.
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O eventual envolvimento de Dias Loureiro em negócios que terão prejudicado o BPN está a ser investigado num processo autónomo à investigação que corre sobre o banco. O ex-conselheiro de Estado foi, ontem, constituído arguido devido à sua ligação ao chamado negócio de Porto Rico, o qual terá provocado um prejuízo de 40 milhões de euros ao BPN. Em causa podem estar crimes de burla e falsificação de documentos.
Depois de ter pedido ao procurador-geral da República, Pinto Monteiro, para ser ouvido no processo, Dias Loureiro acabou por ser interrogado pelo procurador Rosário Teixeira, durante o dia de ontem, no Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP). Tal como se previa, o antigo conselheiro de Estado foi confrontado com dois negócios em que teve intervenção enquanto quadro do BPN: da venda Redal, em Marrocos, e da compra da Biometrics, em Porto Rico. Mas, refira-se, caso esta investigação avance até julgamento, as declarações de Dias Loureiro prestadas ontem de nada valerão. O Ministério Público poderia ter levado o arguido ao juiz de instrução, mas optou por conduzir o interrogatório. Daí, a Dias Loureiro apenas ter sido aplicado o termo de identidade e residência (TIR) como medida de coacção.
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Alguém conseguirá reproduzir uma qualquer opinião de Passos Coelho acerca do que aconteceu no BPN antes da nacionalização? Provavelmente, não terá nenhuma. Não estava na zona, logo não era nada com ele. E os processos judiciais respectivos continuam sem desfecho, podendo até acabarem com todos os arguidos inocentados, sabe-se lá, portanto nada se conhece com certeza judicial. No entanto, Passos tem duas opiniões muito claras acerca do que aconteceu após a nacionalização do BPN: a primeira é a de que, se fosse com ele, não teria feito tal coisa; a segunda é a de que, apesar de ser suspeito de crimes, e de ter mentido na Assembleia da República sob juramento, Dias Loureiro deve ser visto como um modelo a imitar pelos portugueses que queiram “vencer na vida”.
A nacionalização do BPN deu-se quando Sócrates era primeiro-ministro de um Governo maioritário, e a constituição de Dias Loureiro como arguido, sujeito apenas a termo de identidade e residência, quando Pinto Monteiro era o Procurador-Geral da República. Quem faz da política um exercício do ódio, e passa o tempo a dizer que Sócrates é criminoso e doido, como explicará para si próprio a decisão de nacionalizar o BPN, o banco do Cavaquistão? Sócrates estava a tentar proteger essa gente por pertencerem todos ao mesmo bando? Ou queria Sócrates proteger os amigos de Cavaco, na esperança de ainda poder ir morar num quarto alugado algures na Quinta da Coelha? Ou tudo não passou de uma questão ideológica, dado Sócrates ser socialista e o socialismo consistir em roubar os ricos através de nacionalizações selvagens e por selvagens? E que dizer de Pinto Monteiro, o tal fulano que corrompeu magistrados, ou que os ameaçou, ou as duas coisas, só para evitar que Sócrates fosse metido no chilindró mais cedo, será que também andou a mamar no BPN? Não será melhor perguntar ao Rosário Teixeira o que se passou nesse tempo em que a impunidade estava viçosa? E será que foi o Monteiro das tesouradas quem andou a proteger as dezenas ou centenas de processo ligados ao BPN da devassa do Correio da Manhã, daí não termos violações do segredo de justiça a envolverem essa gente séria?
De facto, Passos não governou durante os dias loucos em que rebentou a maior crise económica mundial em 70 anos. Não sabemos, pois, o que teria feito em circunstâncias iguais. Mas sabemos que a decisão de nacionalizar o BPN foi tomada num cenário em que se ignorava que o seu custo iria ser várias vezes superior, tendo a decisão recolhido aceitação na sociedade dadas as circunstâncias excepcionais de pânico que se viviam precisamente nessa altura. Usar esse episódio como arma política – o que a direita começou logo a fazer em cima do acontecimento, e que depois levou ao paroxismo quando conseguiu fazer de Vítor Constâncio o exclusivo alvo político e mediático no caso – pode entrar dentro dos manuais do “fazer política” à maneira do laranjal, mas é igualmente a expressão de uma cobardia moral. Igualmente, atacar Pinto Monteiro, e ainda Noronha do Nascimento, para explorar sordidamente os casos em que Sócrates tem sido envolvido, fica como a exibição de uma prática política onde as calúnias, o ódio e o medo são os principais instrumentos de luta pelo poder. É esse o ideal político e cívico que nos resta, o emporcalhamento sistemático dos adversários em vez da disputa pelos atributos de inteligência e coragem?
À medida que o tempo passa, vai ficando mais claro que a coragem com que se enfrentou o buraco do Banco do cavaquismo vai gastar menos dinheiro aos contribuintes do que a irresponsabilidade, demissão, quando não velhacaria voluntarista no empurrar do BES para o abismo. Sem falar que o drama individual de quem perdeu as poupanças de uma vida por confiar na palavra do Presidente da República, do Primeiro Ministro, do Banco de Portugal e dos jornalistas do Expresso que participaram na macumba das almofadas é incomparavelmente mais injusto do que o dano colectivo que o primeiro possa ter causado. Perante catástrofes semelhantes, num caso tivemos um Primeiro Ministro a defender os interesses de Portugal e dos portugueses e no outro, ingenuidade e irresponsabilidade, na hipótese benigna, ou malabarismos ao serviço de amigos, especuladores de ocasião e seus comissionistas, na menos favorável.
sim, parece que sim – pelo menos é o que está à vista: emporcalhamento. que vergonha eu sinto! :-(
Como já tenho dito antes , está tudo à espera que o Oliveira e Costa bata as botas para haver uma epidemia de amnésia, para que o caso BPN seja resolvido. Só artistas.
por vezes chego a pensar,que não chega ser serio para singrar na vida.quantos casos conheçemos de trafulhas com sucesso na vida? muitos infelizmente.um gajo que goste de honrar os seus compromissos,está fodido com a concorrência desleal.
Os trafulhas usam o BPN como arma de arremesso, sem um mínimo
de pudor, como já aqui foi dito o Governo de José Sócrates fez o que
na altura foi possível fazer, para evitar um mal maior!
Quanto ao caso BES/GES só no fim dos processos judiciais se saberá
qual o custo para os contribuintes e, quantos bancos sobrarão, se ti-
verem que injectar largos mjlhões no Fundo de Resolução!
Que dizer da promíscuidade de o Regulador andar a negociar a venda
de um futuro regulado, até que ponto serão cumpridos todos os requi-
sitos no afã de vender ???
J. Madeira,
“Os trafulhas usam o BPN como arma de arremesso, sem um mínimo de pudor, como já aqui foi dito o Governo de José Sócrates fez o que na altura foi possível fazer, para evitar um mal maior!”
Não é bem assim…
A base de não ter deixado cair o BPN e ser o Estado a chegar-se à frente, teve como ponto de partida os depósitos que existiam no banco de muitos amigalhaços sobretudo do PS!
Teodoro, a sério?
Bota lá a lista desses camandros que é para a gente ficar a conhecer essa gente.
“… teve como ponto de partida os depósitos que existiam no banco de muitos amigalhaços sobretudo do PS!”
tens razão teodoro, mas podias ter dito que a conta protegida pelo teixeira dos santos era da segurança social e que os amigalhaços eram todos os portugueses que faziam descontos, coisa para a qual o actual primeiro-ministro desconhecia ser obrigatório contribuir.
Teodoro, se não escreveres aí os nomes dos xuxialistas, endinheirados depositantes no BPN, vou-te chamar porco caluniador, embora mereças muito pior, caso não proves o que afirmas.
«É uma medida que talvez se justifique sobretudo para proteger os interesses dos depositantes e para evitar um risco de contágio a outros bancos», afirmou Pedro Passos Coelho, em declarações à Agência Lusa. http://www.tvi24.iol.pt/politica/conselho-de-ministros/bpn-passos-coelho-quer-esclarecimentos-do-governo
http://www.publico.pt/politica/noticia/o-psd-nao-deixara-de-apoiar-o-recurso-aos-mecanismos-financeiros-externos-escrevia-passos-1707876
16 Março 2011: «Inviabilizar o PEC IV “é empurrar o país para a ajuda externa e acho que devemos responsabilizar aqueles que inviabilizarem o PEC porque esse será o resultado inevitável, seremos empurrados para a ajuda externa”, diz Teixeira dos Santos aos jornalistas na Assembleia da República.»
16 Maio 2013: «António Lobo Xavier disse na noite desta quinta feira que a entrada da troika em Portugal resultou da pressão exercida pelo PSD e pelo CDS-PP. A chanceler Angela Merkel “não queria uma intervenção concertada, regulada, com um memorando. Este aparato formal de memorando com regras, promessas e compromissos, tudo medido à lupa”, sublinhou. Foi durante o programa “Quadratura do Círculo”, exibido semanalmente na Sic Notícias, que o histórico do CDS-PP teceu estes comentários, acrescentando mesmo que a entrada em Portugal das três instituições que compõem a troika foi liderada por um “aprendiz de feiticeiro”, referindo-se a Passos Coelho. “O aprendiz de feiticeiro é o primeiro-ministro”, clarificou.»
E lá vêm os altruístas, moralistas, pedir LISTAS. Porém, quando confrontados para LISTAREM as manhas processuais do processo em que o socrash está a ser investigado, CALAM-SE e olham para o lado…
As elegantes expressões como «caluniadores», «indústria da calúnia», «porco», etc, etc, são, por isso, os epítetos normais de quem exige e qualifica os outros… Bolas, isto dá um material de estudo incrível numa qualquer aula de psicologia…
E ei-los se doutrinando no vício do pensamento, se elevando ao que, de facto, a sua realidade não eleva. É ESTE TIPO DE POVO QUE VOTA. Isto é perigoso.
E, por falar, em «viródiscoetocómesmo», o texto fala de quê? Do passado? Vamos reavivar o passado? Mas, qual é o mal de alguém ser apresentado como tendo «vencido na vida»? Pois Sócrates, o tipo da Covilhã, não «venceu» também na vida? Nem todos recebem heranças materiais, ou …têm amigos «tipo sugar daddy». Ora, vamos estar a crucificar uma alma assim…sem «factos»? Mas isso não é o mesmo que o CM alegadamente faz ao Sócrash? E é tão criticado por aqui? Note-se que a presunção da inocência vale para todos…Alguém explica a moi, please?
Não seria melhor um plano de soluções, em vez de se bater no passado como se tudo se tratasse de «maledicência de escadas»…?
Repito: “Guterres saiu de PM e foi trabalhar em favor dos desprotegidos. Sampaio deixou a PR e, ao serviço da ONU, foi cuidar dos doentes deste mundo. Sócrates foi estudar e escrever um livro sobre a tortura no mundo. Tudo gente de causas. A direita, velhaca de sacristia, beata falsa e caluniadora, não suporta o humanismo dos seus adversários socialistas. Nem a direita nem a esquerda verdadeira. Com Sócrates, desceram ao que de mais asqueroso se produz à face da Terra. Direita devassa e assassina”
“bem aventurados os inocentes porque deles será o reino dos céus…”
Já estou a imaginar o cegueta com umas asas nas costas!
FERRA, podes crer. E se assim for, há uns quantos aqui que recomendarei ao inferno…que, calha bem, é sempre à esquerda de qualquer coisa…
ehehehhe, guterres foi trabalhar a favor dos desprotegidos…porque virá embora, agora? cansou-se?
Começo a ficar com pena de Touni. O gajo até é educado e neste blogue é representado por um conjunto de línguas ordinárias, com caras onde as traves estão instaladas… e o tipo até que é educado, discreto…
«Sócrates foi estudar e escrever um livro sobre a tortura no mundo. »ehehehheheheheh. Nada como escrever com a boca no coração…ou VIVER, EXPERIENCIAR a realidade que se escreve. Viver no meio dos torturados ( tortura, evidentemente, entendida no sentido da convenção europeia…) para se sentir o que é TORTURA.
Escrever no topo de um bâtiment élégant d´un quartier parisien, ça, c´est vraiment quelque chose d´extraordinaire… Tenho de me rir, pás, tenho de me rir. Caramba!Mais um pouco e o homem esteve en«m guantanamo…
«Sampaio deixou a PR e, ao serviço da ONU, foi cuidar dos doentes deste mundo. » A sério? Deixou a PR? E antes de partir, colocou a filhota ( ou o filho) com médias muito de «dez» em bons lugares? Foi?
E os pobres doentes portugueses, coitadinhos, quem cuidou deles? Imaginem que a Santa Teresa de Calcutá tinha abandonado o espaço dela e ido cuidar dos outros doentes…
Ó pás! Cada um terá as suas virtudes e qualidades, mas saibam ao menos apresentá-las devidamente….
Gente de causas?! Yeah right.
Durão Barroso também foi cuidar dos…europeus, pá…pois, o gajo também é de causas…
O dono do método diria agora – o que é uma CAUSA?
LOL.
1- o bpn era o banco do gangue que se servia à tripa forra de financiamentos avultadíssimos (toma lá 100 milhões oh arlindo de carvalho, toma lá 30 milhões oh duarte lima para comprares os terrenos que o governo psd-cds te irá re-comprar para teres umas grandes mais valias, toma lá 200 milhões oh dias loureiro para comprares uma empresazeca para ganharmos o concurso das comunicações da polícia que o ministro daniel sanches te irá entregar no concurso público, toma lá cavaco umas acções com umas mais valias do camandro e toma lá uma moradia nova na praia e dá-nos em troca, para não haver imposto a pagar, um casa velha num sítio qualquer,…)
2- no bpn e contrariamente ao bes, havia um banco oculto, o insular, onde a malta oliveira costa/dias loureiro escondia o resultado das manigâncias. só o conhecemos quando essa malta foi arguida num processo judicial…
3-…e como o poder político interfere no poder judicial (rangel dixit) o maior escândalo politico/financeiro em décadas está agora parado.
Sff não percam tempo com arrastadeiras tipo estagiário invisual,
o teodoro do sonoro, campus de erva etç. e tal !
Será dar pérolas a porcos, como diz o bom Povo português na
sua imensa sabedoria, é sabido que foi essa a forma que arran-
jaram de ganhar a vida !!!
Pis não percam tempo com quem nos arruma «ao canto». Atenção à navegação: o numbejonada, campus, teodoro e cristóvão, sãoo psicóticos, infantilóides e ceguetas estagiários…os gajos nada sabem, são porcos que não reconhecem as pérolas do dispensário. Ora por falar em porcos e pérolas…Sabiam que os PORCOS são animais inteligentes? Hum? Sabiam?! E são mais inteligentes que os RATOS. Estes regra geral fogem do barco, quando a coisa lhes aperta os calos, enquanto os PORCOS chafurdam e chafurdam…sim chafurdam, na trampa dos outros, para arranjar espaço e meter-lhes o focinho bem lá no fundo, com propósitos pedagógicos.
MADEIRA, pá, isso é nome ou é homenagem, pá às portas, que regar geral são BURRAS, e só vão para a frente e para trás, conforme o vento, Hum?
Eu «cá» não ROUBO ninguém…os XUXAS e COMUNAS é que me roubam com subsídios e preguiças laborais…Madeira pá, sabes o que é um pérola, hum? É um «fungo» pá…um «fungo» pá…numa ostra. Entende como quiseres…Eu dispenso as tuas pérolas, mas tu é que não dispensas as minhas…até as lês, pá…e olha que te garanto que não me aprimoro no churrasco, pá…Agora volta lá para a rua, come um «courato», alimenta-te bem, que me parece que vais precisar de caparro para aguentares com a derrota…
Tu não roubas ninguém, cegueta ?
Mas tu não és Magistrado ?
Logo és funcionário público, e segundo o Governo da tua seita, és LADRÃO e PIEGAS, pois vives ás custas do Estado !
Ora vamos lá situar bem as coisas para não haver confusões:
– Vocelência afinal é ou não é Magistrado do Reino ?
jpferra
16 de Setembro de 2015 às 10:08
“Teodoro, a sério?
Bota lá a lista desses camandros que é para a gente ficar a conhecer essa gente.”
Almeida Santos, Jaime Gama, pelo menos esses dois deram “ordens” para aquilo não cair pois tinham lá muito dinheiro nas tais continhas do 6% à ordem!
teodoro, obrigado pela informação, por acaso não terás por aí uns números a apresentar nem que seja por baixo do muito dinheiro a 6% à ordem?
Só mesmo por curiosidade.