Vamos lá a saber

Qual a importância sociológica e política dos resultados da Comissão Independente para o Estudo de Abusos Sexuais de Crianças na Igreja Católica Portuguesa?

11 thoughts on “Vamos lá a saber”

  1. É apenas mais uma arma ao serviço dos inimigos da Igreja como tantas outras houve ao longo da história. No Estado de Direito, criminosos e vítimas são tratados por igual, independentemente da etnia, raça, simpatia política ou credo. Quando se criam comissões ou a comunicação social ou agentes judiciais se dedicam a investigar os militantes de um partido político ou de uma Igreja estamos perante exercícios de manipulação, propaganda e expiação que avacalham o conceito de justiça . Tornou-se comum.

  2. a importância sociológica e política dessa comissão foi a sugestão da criação do Provedor da Criança,com atuação específica na área da criança e da família”, , espero que de fácil acesso a todas as crianças abusadas em contexto familiar , por homens da família , que são a grande maioria dos abusadores. os padres são os bodes expiatórios de um problema grave muito mais vasto. aposto que entre muitos que rasgam as vestes em público contra os padres estão centenas de “civis” que fazem isso aos filhos.

    ” A criação, se constitucionalmente possível, da figura do “Provedor da Criança”, enquanto entidade independente, autónoma, em articulação com a Provedoria de Justiça e outras estruturas julgadas necessárias, mas com atuação específica na área da criança e da família” é sugerida no relatório que a comissão divulgou na segunda-feira.

  3. Fazes uma pergunta um bocado pomposa e confusa.

    Yo, “aposto que entre muitos que rasgam as vestes em público contra os padres estão centenas de “civis” que fazem isso aos filhos.”
    Tambem acho que estás a exagerar um bocado… uma coisa parece certa, as crianças que sofrem parece que são as mais pobres.
    Estranho é com uma coisa, toda a gente se mostra “chocada”. A mim isto não me choca nada. Já nada me espanta nem surpreende. Apenas casos muitíssimo traumatizantes. Há pessoas muito estranhas no mundo, foda se, se calhar precisam de ajuda, se calhar foram abusados também em crianças, sei lá.. um gajo nunca consegue ver “as pontas todas”. claro que tudo isto é uma lástima. Documentos de testemunhos, de coisas q aconteceram, factos, isso tudo foi arquivado e ignorado. A igreja atua de formas muitíssimo estranhas e doentias

  4. sim , a pergunta não faz grande sentido , já que a importância é criminal e civil ( indemnizações) –
    em termos sociológicos há um problema particular de abuso sexual de menores , entre abusos em geral ; em termos políticos , já que são os políticos que legislam , pois tratem de legislar de forma a resolver o melhor possível problema tão grave.
    os padres abusadores são homens e como homens devem ser tratados na justiça . não têm qualquer dever de se portarem melhor que os outros homens , segundo a constituição de um estado laico. os encobridores , idem.

  5. galuxo,

    há aí alguma confusão. a comissão de inquérito não é aos membros da igreja no sentido de se aplicar aos católicos como um todo, creio, e sim uma comissão de inquérito aos actos de funcionários da igreja.
    e levando em linha de conta que o consenso da sociedade é de total repúdio a estes tipo de actos há já larguíssimos anos, é inegável a existência de uma “cultura” naquela instituição que permitiu que estes abusos continuassem durante tanto tempo, e que urge erradicar, acho que concordarás.

  6. sociologicamente trata-se da possibilidade de discutir a forma como a dominação sexual  persiste no enclave católico e de como este fenómeno representa uma violação sistemática dos direitos humanos e dos direitos das crianças – o que desagua em uma urgente intervenção política (e social) mais adequada e mais eficaz. 
    eu sugiro algumas coisinhas: antes de mais, e já que continuam a ver-se – os homens e as mulheres – nas vestes católicas como representantes da fé e da moral e não como pessoas funcionais para a sociedade, enquanto cidadãos, então deveria ser obrigatório que tivessem sessões sexuais todas as semanas, todos juntos e a monte em cada instituição que representam. nessas sessões, desinibidos e despidos de afectos porque só amam o seu deus, fariam tudo o que lhes apetecesse para se ferirem – consolando-se – uns aos outros. dessa forma, poderiam despejar o seu ódio, a sua raiva e deixariam de agredir crianças indefesas; depois, no ensino básico, os professores deveriam ensinar as crianças a conseguirem verbalizar as suas arreliações – e para isso têm de estar aptos, e dotados de competências, para perceberem os sinais. isto porque é mais fácil depois as crianças conseguirem partilhar quando chegam a casa (porque há uma espécie de aceitação de que se a professora fala sem tabus é porque não faz mal – seria educação de filhos e de pais para a denúncia deste flagelo. isto para o caso de crianças não institucionalizadas. para estas últimas, a vigilância de cidadãos sem vestes católicas teria de ser obrigatória de dia e de noite). e depois, esses cabrões badalhocos abusadores têm mesmo de ser tratados como cidadãos comuns no que à Justiça diz respeito: investigados, expostos, condenados e presos em alas comuns aos comuns dos mortais.
    para concluir, eu gostava muito que, aos domingos, durante as missas, os padres de cada paróquia fossem obrigados a contar em resumo alargado – sensivelmente mais de metade do tempo da lengalenga – , sobre os casos dos abusos a e b e c com os pormenores associados. e aí sim, seria justo para a OP católica adormecer a pensar se aquela missa os enche do amor como jesus amava e de sonhos como jesus sonhava e dormir como jesus dormia.

  7. ““aposto que entre muitos que rasgam as vestes em público contra os padres estão centenas de “civis” que fazem isso aos filhos.””

    hehehe, porra.
    oh yo, sem querer presumir completamente, mas só um bocadinho, a categoria da pornografia que anda a consumir na internet, olhe que aquilo são actores e actrizes, carago.

  8. “para concluir, eu gostava muito que, aos domingos, durante as missas, os padres de cada paróquia fossem obrigados a contar em resumo alargado – sensivelmente mais de metade do tempo da lengalenga – , sobre os casos dos abusos a e b e c com os pormenores associados.”

    hahahhahahhaha! bem, isto é que era

  9. não vejo pornografia , teste , não tem qualquer interesse. gosto de filmes policiais ingleses , franceses e canadianos.
    quanto aos abusos , leio os relatórios , e sei que os padres estão em minoria entre os abusadores,
    sendo que é na família que se dão a maior parte dos abusos .
    o preconceito põe-lhe a visão estrábica.

    pode ver aqui , o 1º estudo que apanhei, assim de repente:

    https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/22224/3/Tese%20Final%20Francisco%20Taveira.pdf

  10. “Os mesmos, alertaram, na sequência da experiência desta comissão que, infelizmente, o fenómeno dos abusos sobre menores ocorre em várias outras instituições: civis, militares e religiosas, e noutros locais onde há muito tempo de “permanência” de menores a cargo de adultos.”

    donde diz adultos deveriam ter dito : homens adultos.

    “aberta a caixa de pandora, sim, importa perceber o que também aconteceu noutras instituições não eclesiásticas. Em escolas, clubes desportivos, associações. Para desculpar a Igreja, “porque os outros também fazem”? Nada disso. Para que cada tarado, abusador, infame, nojento, que não tenha ainda morrido ou cujo caso não tenha prescrito, possa ser investigado pela justiça. E punido.”

    https://www.dn.pt/opiniao/relatorio-minoritario-15833621.html

  11. Caro Valupi:
    Importante por trazer para o domínio público crimes, silenciados durante anos pelo poder franco dessa Instituição, que de outro modo se manteriam debaixo das suas catacumbas. Importante porque, tal como no caso Spotlght dos abusos na Igreja de Boston, os superiores, os Donos Desta Igreja Toda, terem mais dificuldade em esconderem-se.
    Um Abraço
    Américo Costa
    PS: E não é verdade que Jesus tenha alguma vez querido uma Igreja: em Mateus 6:6, dá uma explicação para o caso.

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