Para quem na morte de Otelo releva o seu papel no derrube do fascismo e releva o seu papel na tentativa de derrube da democracia (é favor consultar o dicionário), e posto que o Estado não lhe deu honras de herói, qual seria a melhor forma de homenagear tão crucial e dilemática figura da História de Portugal?
Eu bem desconfiei que havia algo de relevante a esclarecer. Cá fico, cheio de curiosidade, para os comentários dos que forem ao dicionário.
Figura de cartaz à entrada do Campo Pequeno.
porque razão haverá de ser homenageado um gajo que nos livrou duma ditadura e nos tentou meter noutra por deslumbramento, vaidade pessoal e ambição de poder? quem devolve a liberdade e se aproveita da gratidão de para a roubar de seguida merece desprezo. pagámos-lhe o primeiro trabalho com amnistia e indulto, portanto não lhe ficámos a dever nada como pretendem os herdeiros do bloco e os parvos da extrema-direita que tamém tiveram o ramiro moreira amnistiado.
Bem me parecia, criticam os tais, mas se pudessem eram tão justiceiros ou piores do que eles. Se não fosse o “gajo”, como alguns, soberbos, agora lhe chamam, e o 25 de abril, que alguns, soberbos, não teriam tido a coragem de apoiar, o que seriam, o que seriamos, hoje, tanto os que o respeitam, como os que o enxovalham. E não, nunca o conheci pessoalmente, e não, fiz a tropa mas não sou militar, e não, não votei nele para Presidente da República. Mas devo-lhe a liberdade e a democracia, minha e do país. Esperei por elas dezenas de anos, e não foram poucos. O “gajo” merece respeito e consideração e não que lhe mordam.
deixa lá, o otelo enxovalhou-se a si próprio:
https://arquivos.rtp.pt/conteudos/o-processo-parte-i/?fbclid=IwAR0hGOWlXrr0WXrEBBeRykfURJ9OcHww5ZxKEkofyKWQrcI7Q2CX1cPWU_U
https://arquivos.rtp.pt/conteudos/o-processo-parte-ii/
e se queres que te diga o gajo só não saltou da carroça em andamento porque teve medo que as fp25 lhe fizessem a folha como fizeram ao zé plácido na m. grande. sempre acreditou que os camaradas de armas e lhe aparassem os golpes e os políticos vergassem à chantagem dos atentados. o grande estratega enganou-se nas contas.
Não é ao Otelo que devemos o derrube da ditadura em 25.4.1974. É ao MFA e a todos os seus membros, bem como ao povo que veio para a rua em seu apoio.
A liberdade e a democracia devemo-la a todos os portugueses, civis ou militares, que desde sempre lutaram e continuam hoje a lutar por elas. A liberdade e a democracia constroem-se e defendem-se todos os dias.
No dia 25A corri toda a Baixa e o Carmo atrás dos M45 (Patton) que foi a minha especialidade na tropa e algum daqueles eu havia conduzido na EPC em Santarém; depois, numa “Comissão de Trabalhadores” de uma grande empresa de Lisboa recusámos ir a uma manif. do PRP-BR da Isabel do Carmo (com os operários da Lisnave) até ao Copcom onde nos esperava o Otelo para a tomada do poder, com ameaças a quem se recusasse; O Otelo deu uma nega à Isabel pois não compareceu ao encontro e lá se foi a tomada de poder; mais tarde ainda andei com a referida “Comissão de Trabalhadores” que estava reunida às 04h00 da madrugada a defender os MRPPs da sede na Av. Álvares Cabral que estava sendo invadida e as “Morgado” e os “Saldanha Sanches” e uma carrada de miúdos e miúdas estavam sendo presas pelos Comandos da Amadora.
Em suma, acompanhei o 25A perto dos acontecimentos.
Isto para dizer que o problema de Otelo é uma falsa questão.
O Otelo e seus camaradas militares correram risco de vida meses a fio para derrubar uma ditadura que não se coibia de matar os adversários.
Os militares conceberam e cometeram o golpe militar sob risco de vida; a operação dirigida por Otelo correu na perfeição; o 25A aconteceu, foi um acontecimento real e Otelo foi um herói da nossa liberdade.
Mais tarde, desta vez sim, Otelo cheio de protagonismo revolucionário foi levado pelos PRP-BR a uma tentativa de golpe contra a democracia que havia instituído, mas perdeu; ouve tentativa mas não houve golpe “contravolucionário”; a democracia venceu e julgou, à sua maneira, Otelo.
Penso que, dada a evolução dos acontecimentos, entre uma revolução de facto que nos libertou de uma ditadura e uma contra-revolução que nunca aconteceu ou sequer esteve perto de tal, prevalecerá sempre na memória dos portugueses o valor do 25A; será esta que a História de Portugal registará e o resto será uma nota de roda-pé, se houver nota.
O feito de Otelo não precisa de honras oficiais; ele vale por si e com o tempo engrandecer-se-á sempre mais.
Dava um herói de uma tragédia da Grécia Clássica. Precisávamos de um Esquilo? Sófocles? Eurípedes? para descrever Otelo. Eu preferiria um Eurípedes. Não os temos. Talvez no futuro. Otelo foi um protagonista em conflito consigo próprio. Julgo que sempre quis o melhor, mesmo quando fez o pior. Honremo-lo. Quanto ao horror de algumas escolhas, tenhamos compaixão por ele. É assim que deve ser recordado no futuro. O governo esteve bem ao não decretar luto nacional.
(Em maio de 75 o copcon dirigido por ele prendeu-me, a mim e mais 400)
A revolução só teve um “herói”, Salgueiro Maia, o da recusa, o homem comum, não o homem-massa. Para quem souber “ler”, a sua invisibilidade e apagamento é a sua glória. Um heroi do silêncio.
A 25 de Novembro de 1975 a única democracia que existia e que podia ser derrubada, era a da participação popular, como raras vezes sucedeu na nossa história, nas decisões cruciais para o futuro do país. E foi. Quem efectivamente usou da força foram os liberais, os únicos democratas que o Valupi conhece, com o Carlucci “atrás do arbusto”, não foi o Otelo. A sua prisão teve tanto de justiça como têm a do Sócrates, do Salgado, do Vieira, do Vara, do Berardo…instrumentos, danos colaterais de manobras obscuras para a tomada do poder por novos senhores.
DS, qual achas ser o entendimento que se faz de Otelo na Soeiro Pereira Gomes?
Achou que ficou evidente no comunicado que de lá emanou. E então? O Otelo sempre quis subalternizar os partidos.
com música. porque, no final, foi o que o libertou
https://www.youtube.com/watch?v=CAEqPqJqpCM
DS, então, até do lado que viu o 25 de Novembro como uma traição ao 25 de Abril há diferentes narrativas. Só para os fanáticos é que a História tem a simplicidade da sua ignorância.
“O Otelo sempre quis subalternizar os partidos.”
uih… de que maneira, olha aqui este que ele fundou até tinha a fronha do gajo no emblema.
https://pt.wikipedia.org/wiki/For%C3%A7a_de_Unidade_Popular
Voltando atrás, ao princípio, à pergunta formulada, tanto ou mais descansado do que já estava, evitando comparações, (complicações), com casos passados, tendo lido, pacientemente, muitos e vários comentários, de pessoas e de entidades, de aqui e de ali, considero que, a melhor forma de homenagem mínima, decente e justa, teria sido decretar dois dias de luto nacional: o dia da cremação e o dia do funeral. E, adeus Otelo!
Muito bem Manojas! O teu resumo está perfeitíssimo!
E nada mais acrescento, a não ser o teu “Adeus Otelo”!!!
Ass) Um camarada do Otelo que no 25Abril74 estava em Angola numa comissão militar e que depois de lá vir, em fins de 1974, fui para Abrantes a pedido do Vasco, como delegado do MFA… tendo sido, por isso que, no golpe do 25Nov75 fui preterido na minha promoção nunca mais podendo passar de capitão, embora, anos depois, o grupo dos 9 na Asembleia da República, com o Vasco Lourenço, tivesse resolvido essa questão a todos os que, como eu foram impedidos de serem promovidos!
Falam mal do Otelo, o grande estratega do 25Abril, mas com o 25Nov, tentaram outro Estado Novo – vergonha das vergonhas – é assim, em geral, o ser humano!
Se gajos como o Otelo ou o Salgueiro Maia não são heróis, então não há heróis. Qualquer deles (e muitos outros) arriscaram a vida, a liberdade e a carreira naquela madrugada em que Portugal foi maravilhoso e sublime como em poucas outras ocasiões. Eu era puto e estranhei quando os professores nos mandaram para casa. Mas fiquei contente por ter uma folga, claro. Já em casa, ao ouvir na rádio as notícias de que o governo tinha sido derrubado, perguntei à minha mãe se isso não era mau e ela abraçou-me e disse-me que não, que era muito bom. E eu, que era uma criança e evidentemente não percebia nada de política (e quem é que percebia, num tempo em que o poder queria que o povo fosse ignorante, pobre e humilde?), acreditei na minha mãe e fiquei também contente. Nos dias seguintes lembro-me da grande alegria que se viveu em casa e no convívio com a restante família e com tantos amigos, ao assistir à libertação dos presos políticos, a serem abraçados pelos seus próprios familiares e amigos, ao ambiente de liberdade e euforia que se respirava, às músicas do grande Zeca que finalmente se podiam ouvir lá em casa sem ser com auscultadores… Ao Otelo, ao Salgueiro Maia e a tantos outros militares de Abril que naquela limpa madrugada honraram as forças armadas e a pátria, o meu profundo e eterno obrigado. Para todos os outros, só tenho uma palavra: bardamerda.
Estudar para conhecer e aprender a história é a melhor maneira de homenagear.
Mas deixa me só dizer uma coisa q me parece muito fácil. A linguagem tem consciência própria e no nosso país “dia da libertação ” houve só um que é o 25 de Abril.
Costa ao copiar o Boris Johnson nessa expressão (somos pródigos nisso) só relativiza o 25 Abril. Mas ele tá se a cagar para isso.
“Se gajos como o Otelo ou o Salgueiro Maia não são heróis, então não há heróis.”
não aprendeste nada daquilo viveste até hoje e muito menos a diferença que separa os teus dois heróis, se fossem vivos e lessem isto, o otelo dava-te uma pistola e um gajo para matares e o salgueiro mandava-te foder (e eu tamém).
“E eu, que era uma criança e evidentemente não percebia nada de política…”
o otelo tamém não percebia, fartou-se de fazer merda e ainda hoje há muitos idiotas que o consideram um herói. tou para ver a vossa cara no dia em que os arquivos da revolução forem abertos ao público com os protestos do bloco. o pedro adão podia começar a soltar umas folhas para irmos comemorando os 50 anos.
A grande mudança estrutural dar-se-ia com ou sem o Otelo no 25 de Abril, o regime estava a cair de podre a guerra em África perdida e os militares fartos dela. Muitos dos militares envolvidos no 25 de Abril eram, quando começou a guerra, grandes entusiastas do regime e acreditavam que podia ser vencida. O confronto com o “outro” fe-los mudar, quem nos muda são os outros não os heróis.
Os heróis servem narrativas históricas do poder e a maior parte da história que aprendemos não passam de balelas e propaganda. No more Heroes anymore.
Valupi, podem existir e felizmente existem, muitas perspectivas do que aconteceu nesses meses, só não podes é mentir. A 25 de Novembro de 1975 não existia nenhum regime em vigor em Portugal que pudesses ser derrubado. A única legitimidade que existia era revolucionária. Não podes dizer que o Otelo quis derrubar a democracia, porque isso, para além de revelar ignorância é ser sectário e reaccionário.
concordo com que escreve DS e com todos os outros que acham que Otelo foi, no momento da sua morte, desconsiderado e alvo de ingratidão .
Desconsiderado pelo lado mais positivo, e precípio da sua vida, que foi o de, ter sido o comandante do 25 de Abril . Todos os restantes, camarada de armas, foram, como eles próprios – humildemente – referem, executantes .
e entendo que democracia, entendida no seu aspecto mais genuíno – participação popular, dita ditecta ou como se queira dizer, com tudo que de isso acarrete de inconveniente e utópico, – acabou efectivamente, no 25 de Novembro .
Seguiu-se o desânimo e uma vil e apagada tristeza, que com o chamado “processo de normalização” e a chamada dos ditos partidos tradicionais a desempenharem o papel de condução do País, na modalidade de “democracia representativa” chegou ao estado em que estamos .
Penso que Celinho teve papel de ranhoso no não-decretamento de luto nacional, por ter vislumbrado ( o homem deslumbra e vislumbra ) factor de divisão nacional, o Vamoláver anuiu por seguidismo, e, acho, por outro motivo mais grave, por conveniência, que se prende com o papel adjudicado ao anão Adão, ( que à data do 25 nem sequer era nascido ) que vai ser ser o de tentar reescrever a história e apagar os militares e todos os outros do processo histórico, e inserir e consagrar os socialistas, e apenas estes, como os únicos obreiros do 25 de Abril .
O assessor avençado ignatz, no comentário das 22:52, já confirmou – e até chanchelou – o que acima afirmo, quando escrevinhou :
“ o pedro adão podia começar a soltar umas folhas para irmos comemorando os 50 anos.”
Mário: “Ao Otelo, ao Salgueiro Maia e a tantos outros militares de Abril que naquela limpa madrugada honraram as forças armadas e a pátria, o meu profundo e eterno obrigado. Para todos os outros, só tenho uma palavra: bardamerda.”
Bem sintetizado, curto e grosso. A necessidade de tanta gente de se demarcar e exibir reservas em relação ao Otelo toca as raias da obscenidade, até mesmo da pornografia, de tão miseravelmente nuzinhos e feios se apresentam, peles macilentas, encarquilhadas e penduradas. É o mundo dos porcalhatz, dos cobardes e infiltrados, dos pides reciclados, gentalha que não vale a ponta de uma unha encravada do dedo mindinho do pé esquerdo de um Otelo, um Salgueiro Maia, um Diniz de Almeida, um Vasco Lourenço, um Sousa e Castro e tantos militares de Abril que naquela limpa madrugada honraram as forças armadas e a pátria, como escreve o Mário, e se honraram a si próprios, acrescento eu. Caguei para eventuais “erros” que tenham cometido e limpo o cu às reticências dos eternamente emprenhados por punhetas de dúvidas. Quanto ao comportamento do Costa, foi igualzinho a si próprio, o Costa do “Vai lutar pela sua verdade” ou coisa parecida que há anos bolçou em Évora (= “não me comprometas” = “eu até nem sou de cá, só cá vim ver a bola” = cobardia moral e oportunismo). O Celinho idem, mas desse seria irrealista, ou mesmo estúpido, esperar diferente.
Eles que se fodam.
1 – “A necessidade de tanta gente de se demarcar e exibir reservas em relação ao Otelo…” é óbvia, porque felizmente existiu e existe muita gente que não aprovou e continua a não aprovar comportamentos anti-democráticos e terrorismo, excepção para o bloco de esquerda e extrema-direita que ainda têm sonhos húmidos com as fp25 e elp.
2 – “… gentalha que não vale a ponta de uma unha encravada do dedo mindinho do pé esquerdo de um Otelo, um Salgueiro Maia, um Diniz de Almeida, um Vasco Lourenço, um Sousa e Castro e tantos militares de Abril que naquela limpa madrugada honraram as forças armadas e a pátria…” não envergonhes o maia, o almeida, o lourenço e o castro com colagems abusivas, se queres completar a comissão de honra do otelo põe os amigos dele alpoim calvão, spínola, champalimaud, manel e jorge espírito santo que assim não insultas ninguém. essa coisa a que chamas “honraram as forças armadas e a pátria” foi uma reinvidicação sindical por mais salário e melhores condições de trabalho. o otelo só descobriu a política com os banhos de multidão que os portugueses lhe deram e foi nesse momento eureka que teve a infeliz ideia de substituir o cabeça de abóbora.
3 – “Caguei para eventuais “erros” que tenham cometido e limpo o cu às reticências dos eternamente emprenhados por punhetas de dúvidas.” nota-se que cagas nos mortos das fp25, limpas o cu com os atentados e arrotas fanfarronice de facho impotente e cobarde que comenta de bancada como o ditador otelo que despachava mortes e crimes com mandatos em branco sentado à secretária, depois passava por lá de jipe para ver se a festa tinha sido bonita, pá!
4 – o costa e o celinho estiveram bem desta vez, escusavam era de justificar. o bloco grunhia de qualquer maneira, andam à 50 anos tentar rebentar com o ps e com o país, portanto mais morto, menos bomba é-lhes igual ao litro.
“… concordo com que escreve DS e com todos os outros que acham que Otelo foi, no momento da sua morte, desconsiderado e alvo de ingratidão .”
e o que é que pensas das famílias dos mortos pelas fp25? e dos assaltos? e das bombas? e de 10 anos terrorismo? nada, andavas no jardim escola arnaldo matos, aprendias a matar cães comunistas, assaltavas a lojas dos chupas fácistas, rebentavas bombas de carnaval e cagavas as paredes dos condomínios burgueses dos outros.
“… que vai ser ser o de tentar reescrever a história e apagar os militares e todos os outros do processo histórico, e inserir e consagrar os socialistas, e apenas estes, como os únicos obreiros do 25 de Abril .”
se estão com medo façam como o pcp, quando assaltou os arquivos da pide para preservar a memória dos seus heróis, evitar divulgação de segredos que entretanto efabularam, tirar dividendos políticos ou mesmo chantagear adversários.
já não têm muito tempo, os arquivos secretos da revolução devem ser libertados em 2024. aparentemente o otelo será vedeta destas revelações com rasteiras ao um-por-todos-todos-por-um, cobardias vão-lá-vocês-que-eu-estou-cansado, traições a pactos de silêncio e umas javardices em ambiente de caserna.
Constatando-se que o nosso camacho se julga com tempo livre para reiterar superfluamente o justo reconhecimento devido a Otelo, impõe-se lembrar-lhe que tem ainda trabalho de casa por fazer.
E acrescentar-lhe nova tarefa: esclarecer o motivo pelo qual não tem manifestado relativamente a outros regimes uma indignação humanista equivalente àquela com que visa Israel.
Que camacho diga porque não tem qualificado de nazi/racista/apartheid os regimes responsáveis de crimes de guerra e de crimes contra a Humanidade, de que são exemplo os praticados sobre a minoria dos Rohingya na Birmânia, os vietnamitas e Cham no Cambodja dos “Khmers vermelhos”, as violências cometidas na ex-Jugoslávia, o genocídio dos Tutsi no Ruanda, o genocídio dos Arménios na Turquia Otomana e kemalista, a fome organizada na Ucrânia soviética, as deportações e massacres dos curdos e a repressão dos Baha’i e xiitas no Iraque de Saddam Hussein.
E pode o bom camacho ficar ciente de que não lhe será apontado o erro do anacronismo, porque, como é patente, as suas indignações não se atrapalham face às minudências da temporalidade e da comparação histórica.
Se o nosso camacho tiver dificuldades a fazer o trabalhinho de casa, pode pedir ajuda ao deputado irlandês Richard Boyd-Barrett e às demais personalidades da sua estima. Na certeza de que é gente que oferece garantia de coerência na indignação, coerência essa necessariamente refletida na coerência do que dizem. Ou, dito de outro modo, que são pessoas escrupulosas no respeito do velho ditado “ou há moralidade ou comem todos”.
Quanto às declarações dos políticos israelitas citados por Richard Boyd-Barrett, fica o camacho ciente de que vêm provar o que não carecia de prova: o facto evidente de que a estupidez do radicalismo não é exclusiva de nenhum povo, não conhece fronteiras.
Os israelitas não estão imunes ao vírus do extremismo, incluindo o da sua vertente racista.
Deve dizer-se que, comparadas com as boçalidades do irrelevante camacho, aquelas declarações são muito mais graves. Por força da responsabilidade política dos seus autores e também à luz do particular dever de memória histórica que recai sobre aquele país e quem o governa. Dever absolutamente incompatível com intencionalidades e práticas de violência extrema, ainda que justificadas com os desígnios e os atos violentos da parte contrária.
Dito de outro modo, não se desculpa que haja camachos com responsabilidade política em país algum, incluído Israel.
Porque, quanto ao nosso camacho, temos a garantir que, com mais ou menos benevolência, vai sendo desculpado.
Só baralha quem tem cartas de merda !
Ò acessor avençado, já escolheste o teu campo, fica com os Calvões e os Spinolas !!! Fica na tua trincheira porque para a minha não passarás !
Até sempre, Otelo !!!
25 de Abril , sempre !!!
O Otelo fé-lo !!!
Todos os impotentes ficam loucos de raiva !
A capacidade de levantamento, físico ou psicológico, leva os medrosos à insanidade !
É vê-los a disparar contra tudo o que nasce sem sombra de medo ou temor….
Engalfinhados na disputa dos descarnados ossos dos pais de direita que os gerou nem reparam na realidade que segue, airosa e radiante !!?
“O Spínola era complexo e fascinante.”
“Gostava muito do Champas.”
“O Ricardo Bayão Horta é padrinho da minha filha mais velha…” (depois de ter dito que nunca baptizou os filhos)
“… fui convidado pelos Espíritos Santos, o Manel e o Jorge, não me lembro se fui pelo Quintas…”
“O Calvão tem uma coragem monstra, sou muito amigo dele, é o Rambo português.”
https://expresso.pt/politica/2021-07-25-A-entrevista-nos-40-anos-do-25-de-abril-Apesar-dos-excessos-a-revolucao-foi-um-exito-0f2bb707
“O Otelo fé-lo !!!”
conseguiu à segunda tentativa, na primeira (golpe das caldas) foram todos presos menos o oscar que se gabou de ter sido ele a dar oportunidade ao salgueiro maia para ser herói no 25 abril ao mandá-lo servir de “isca” no terreiro do paço e dar-lhe ordem para não fazer nada. diz outras coisas interessantes, especialmente sobre o ps e melo antunes.
é ver o programa dos 4 palhaços e do artista convidado:
https://tviplayer.iol.pt/programa/governo-sombra/53c6b3a33004dc006243d5fb/video/5cbaf2ac0cf276f39d65268d
“Todos os impotentes ficam loucos de raiva !”
se quiseres tamém se arranja um entubanço do camarada louçã a espumar raiva pelos cantos da boca e deitar faíscas pelos olhos sobre o mesmo assumpto, projecto global e democracia directa.
Ficas louco de raiva, seu bardametda impotente de guia turístico do prec !
Davas tudo e a tua mãe por teres um grama da coragem do Otelo !
25 de Abril, sempre !
Otelo, vives no nosso coração !!?
“Ficas louco de raiva, seu bardametda impotente de guia turístico do prec !”
revê o vídeo, reza 3 avé marias, vai a fátima de joelhos pôr uma bomba por alma do oscar e o projeto goblal realizar-se-á.
Sempre o mesmo poltrão, triste,raivoso, impotente !
O que tinha de ser feito, está feito !
E não foi o Sá Carneiro, o Freitas do Amaral, o Antônio Barreto, com o sei paleio de puta, que o fizeram…
Foi o Otelo, foi o Otelo !!!
E mandou os teus padrinhos para o Brasil !
E tu de nada lhes valeste ou vales ,impotente burro, burro até à raiz dos molares !
E não há reza,jaculatória, sacramento ,missa, nem ofício fúnebre que te valha !
Está feito ! E quem o fez foi o Otelo e o MFA!
E tenho provas do que afirmo, mentiroso compulsivo !
Ó pide manhoso n° 2, das 12:46. Eu bem tentei, com abundante e generosa quilometragem, manter-te entretido na sala ao lado, a ver se não vinhas também para aqui chatear os indígenas, mas pelos vistos fui mal sucedido. Mas põe-te a pau, querido. A continuares assim, todo esticadinho, em bicos dos pés, a menear a bunda à minha frente, ainda és topado por um olheiro caçador de talentos e acabas como prima ballerina no Royal Ballet. Lá terá o Valupi de organizar uma excursão aspirínica para te irmos todos ver rebolar a bilha, em pontas, a Covent Garden. Estou a pensar em contribuir organizando um crowdfunding para te comprar um tutu, o ké kachas, amorzinho?
E já agora, mariquinhas, a propósito da tua choraminguice, na sala ao lado, sobre os copiosos insultos que te dedico, convém lembrar apenas alguns dos carinhosos epítetos que não há muito, generosamente, aqui me dedicaste. Eizi-os:
poema a camacho
16 DE JUNHO DE 2021 ÀS 21:33
camacho idiota feliz.
camacho vergonha alheia.
camacho cloaca dos excrementos dos outros.
camacho corno manso.
camacho pederasta de esquina.
camacho puta gulosa dos rublos.
camacho mula ranhosa e de lágrima fingida.
camacho capacho dos americanos.
camacho de gatas e cú ao léu.
camacho de boca à espera de ser cheia.
camacho rabeta e coxo no nome.
poema a camacho
16 DE JUNHO DE 2021 ÀS 23:16
camacho CABRÃO com maiúsculas
camacho rameira de putin
camacho porca cobrida e engordada a boleta
camacho hipócrita nos princípios
camacho aldrabão da História
camacho nazi e racista mal disfarçado
camacho esterco das democracias
camacho vergonha de aljustrel
Lindos, não são? Ritmo perfeito! Métrica impecável! Camões não hesitaria em dar-te o Prémio Pessoa.
Respeitando todas as sensibilidades sobre o assunto (e desde que o Costa não se lembre de criar mais um imposto, o revolucionário) quero chamar atenção para o facto do merchandising ideológico ter regras bem claras. Otelo só poderá ser considerado um ícone Pop se passar o teste do algodão, ie, ultrapassar o número de t-shirts vendidas pelo Che na Festa do Avante. Depois sim, falamos.
Se Otelo tivesse emenda ( a 2a.) teria vendido guilhotinas, tinha mais êxito e um álibi perfeito, tipo NRA.
Que camacho deixe de verter lágrimas de crocodilo e de protestos de indignação hipócrita.
Responda às perguntas que lhe foram colocadas. Tenha a coragem de fazê-lo. Mas responder a sério e não com lérias.
“e o que é que pensas das famílias dos mortos pelas fp25?
Respondo qundo me responderes à pergunta sobre o que pensas das centenas (ou milhares) de perseguidos, torturados e mortos, do antigo regime ( mormente, do PC ).
“ e dos assaltos? e das bombas? e de 10 anos terrorismo?
Quando me responderes o que pensas dos assaltos do estado, dos bancos, do futebol, e da edp .
“andavas no jardim escola arnaldo matos, aprendias a matar cães comunistas, assaltavas a lojas dos chupas fácistas, rebentavas bombas de carnaval e cagavas as paredes dos condomínios burgueses dos outros.”
Bingo!
Acertastes em cheio!
No 16 de Março, estava na parada, no velhíssimo RAL 4, em Leiria, confortavelmente instalado numa poltrona, isto é, à frente e ao comando de uma bateria de artilharia, pronta a sair para se reunir às tropas que já começavam a cercar o RI 6 nas Calda da Raínha .
Situação de angústia que um biltre como tu, nunca teve nem terá merecimento para vivenciar
No período de Junho a Agosto de 1973, tive efectivamente um encontro com os grafitti, durante a recruta, mas foi quando em parelha e com a manta pelas costas, era designado de faxina para patrulhar de noite e ao redor da caserna, porque já começavam a aparecer grafittis nas paredes dizendo “abaixo a guerra colonial” .
Quanto ao jardim-escola arnaldo matos, estás completamente enganado . é cena que não me assiste. Fala com a Morgado e a Candida ( a ver a corrupção por um canudo ) a Ana Gomes, o Barroso, e o Garcia . Gente formada na escola do Catano, que dizia que as universidades eram os locais onde se formava a elite que iria dirigir o País . Assim foi …
“… que vai ser ser o de tentar reescrever a história e apagar os militares e todos os outros do processo histórico, e inserir e consagrar os socialistas, e apenas estes, como os únicos obreiros do 25 de Abril .”
se estão com medo façam como o pcp, quando assaltou os arquivos da pide para preservar a memória dos seus heróis, evitar divulgação de segredos que entretanto efabularam, tirar dividendos políticos ou mesmo chantagear adversários.
já não têm muito tempo, os arquivos secretos da revolução devem ser libertados em 2024. aparentemente o otelo será vedeta destas revelações com rasteiras ao um-por-todos-todos-por-um, cobardias vão-lá-vocês-que-eu-estou-cansado, traições a pactos de silêncio e umas javardices em ambiente de caserna.”
Não é possível . E de mais-a-mais, o adão vai fazer a manipulação ( até rima ) .
Pastar bem!
“Respondo qundo me responderes à pergunta sobre o que pensas das centenas (ou milhares) de perseguidos, torturados e mortos, do antigo regime ( mormente, do PC )”
já respondi em comentários anteriores e não diverge muito da opinião que o pcp expressou em comunicado de 4 1/2″ linhas:
“De Otelo Saraiva de Carvalho deve registar-se no essencial o seu papel no levantamento militar do 25 de Abril. O momento do seu falecimento não é a ocasião para registar atitudes e posicionamentos que marcam o seu percurso político. O PCP endereça as suas condolências à família e à Associação 25 de Abril.”
https://www.pcp.pt/sobre-falecimento-de-otelo-saraiva-de-carvalho
aproveito para manifestar a minha concordância a outro comunicado do pcp sobre a morte de olga prats, este de 13 linhas:
“No momento do falecimento de Olga Prats, o PCP endereça à sua família as suas condolências. Olga Prats, pianista, professora, figura de referência no âmbito da Música de Câmara em Portugal, leccionou no Conservatório Nacional e na Escola Superior de Música de Lisboa. Foi fundadora de um dos mais prestigiados grupos musicais portugueses, o Opus Ensemble, tendo igualmente estado na origem do Grupo Experimental de Teatro Musical Contemporâneo. Foi ainda colaboradora de F. Lopes-Graça, com quem manteve profunda relação de amizade, tendo gravado grande parte da sua obra pianística e as primeiras edições discográficas das «Canções Heróicas”. Participou, entre outros momentos, no concerto de homenagem ao compositor pelo seu centenário, realizado em 2006, na Festa do «Avante!», repetindo nesse ano a sua presença ocorrida na primeira edição da Festa em 1976.
https://www.pcp.pt/faleceu-olga-prats
O que eu não percebo é a oposição da maior parte dos apoiantes de Otelo aos EUA, quando seria o único país cuja constituição legalizaria as suas ações. Otelo nos EUA poderia ter a sua memória esculpida na estatuária como o general Lee, ter canções e hinos especialmente dedicados e até direito a eternas teorias da conspiração. O direito à dissencão e à secessão é o direito mais sagrado da democracia. Eu sei que é difícil de aceitar mas Otelo foi porventura o mais americano dos “heróis” da revolution, excessivo, fanfarrão, divertido e totalmente inconsciente das suas próprias ações como todos os grandes narcisistas. Merecia um país maior que soubesse diluir e enquadrar todas as nuances e patetices.
Ò Strummer!
Vai chamar pateta a quem te pariu !
48 anos com um país a engonhar, a sofrer e a ser sodomizado, o que se levanta, luta e vence a praga maldita é o pateta ?
Pateta serás tu e todos os que, encabados, sempre estavam à espera de um milagre que os salvasse !
Há cada um , que nos tira do sério…
Pateta é um adjectivo fofo para o que fez, o caso Otelo analisa-se com o mais vulgar dos clichês “se quiseres por à prova o carácter de alguém dá-lhe poder”. Acho que a frase é de Lincoln e foi cunhada logo após Otelo ter assassinado Liberty Valance num duelo, só uma beca antes de fazer o 25 de Abril todo sozinho.
Se queres ver o vilão, mete-lhe a vara na mão….good , era tipo zézito , então.
diz o aldrabão não identificado ( ou identificado como “a olga prats foi mais importante que o otelo” ), hehehe, e “respondeste”, identificado como ?
Hehehe, bem diz a zazie que o gajo tem panca grande .