Aviso aos pacientes: este blogue é antianalgésico, pirético e inflamatório. Em caso de agravamento dos sintomas, escreva aos enfermeiros de plantão. Apenas para administração interna; o fabricante não se responsabiliza por usos incorrectos deste fármaco.
O 25 de abril,,,…terra de valupis,enxames de moscas felizes eternamente!
O dia dos Capitães e dos discursos dos iluminados cinzentões a dizer que aquilo ainda é dos cravos, como se tivesse sido alguma vez outra coisa além dos cravos…
Amen
Os provocadores não serão capazes de melhor ?
Que decadência…
os provocadores, são uns merdas, coisa que sempre foram. Por isso, puta que os pariu…
o dia a seguir ao 24 de abril e o anterior ao 26 de abril.
Valupi foi um dia em que os anormais de direita deviam ter desaparecido , evaporados nas manhãs dos seus nevoeiros. Mas não continuam por cá a tentar emporcalhar o que os outros fizeram. E sim fico tremendamente feliz se for achincalhada e escarnecida por vocês significa que vos atingi. Viva o 25 de Abril abaixo os desordeiros.
O que é e o que foi. Foi o dia mais odiado por alguns fascistoides de meia tigela que escrevem nesta caixa de comentários. Sim, já têm a desfaçatez de erguer de novo a voz em provocações miseráveis, tal como faziam os pides e bufos do dia anterior a esse dia glorioso.
Mas a democracia vai resistindo e irá resistir, e estes seus comentários mais não são do que o resultado da sua raiva e desespero.
Os PIDES já esfregam as mãos de contentes porque em breve a bufaria estará de volta.
Agora vai chama-se “delação premiada” e vai voltar a servir para meter na choldra os adversários políticos e outros (no fundo, quem calhar, quem estiver a atrapalhar alguém…).
Enriquecimento injustificado será o nome da corda aonde a esquerda vai meter o pescoço.
Primeiro – alguém (quem? ) definirá segundo o seu critério o que é enriquecer.
A seguir – alguém (quem ?) se encarregará de, e mais uma vez segundo o seu critério, decidir se os rendimentos auferidos permitiam ou não que fulano ou sicrano conseguisse poupar o suficiente para adquirir determinado património.
Ou seja, a porta escancarada para a arbitrariedade.
E além disso, como se todos tivéssemos de fazer as mesmas escolhas e viver do mesmo modo.
E garantias de defesa ? Nenhumas! Inversão do ónus da prova e marchar para a fogueira.
E foi este o Estado ao qual chegamos neste dia 25 de Abril.
Uma vergonha.
Nasci em 1928 ano próximo do ano em que nasceu o dito Estado Novo/Ditadura malfadado(a). Apesar disso, desde que tive consciência, desde que comecei a conhecer o país em que nascera, a conhecer a história do meu país, de Portugal, comecei a ter orgulho de ser português. O glorioso 25 de abril veio tarde, mas muito a tempo de me dar razão. A mesma razão que, certamente, tiveram aqueles que aspiraram e lutaram, sem desistir, que tal dia acontecesse. E convicto dessa certeza, recordo, deles, os três mais importantes políticos dos três mais importantes partidos políticos do nosso país: Álvaro Cunhal, Mário Soares, Sá Carneiro. Viva o 25 de Abril! Viva Portugal!
“Foi o dia mais odiado por alguns fascistoides de meia tigela que escrevem nesta caixa de comentários.”
faltou acrescentar que são os mesmos que ficaram indignados por não terem recebido convite para descer a avenida com a fotografia do salazar ao peito.
afinal podem vir, agora já não queremos vamos fazer uma contramanifestação para abrir os telejornais.
Nos dias que se seguiram ao 25 de abril, quando acordava perguntava-me se tinha acontecido mesmo, ou seria sonho. É difícil calcular o que foi àqueles que não viveram tamanha felicidade.
Apesar do poder de encache, já me falta a paciência para aturar as palermices que saem da boca dos alarves.
O 25 de abril trouxe democracia, liberdade. Os atrevidos abusam.
O 25 de Abril de 1974 foi e continua a ser o dia em que foi restituída a liberdade aos portugueses. Naquele dia, graças aos militares revoltosos, foi derrubado um regime cujo ideário político anacrónico e retrógrado se encontrava alicerçado, por um lado, na menorização coerciva dos portugueses, julgados incapazes da maturidade cívica de terem opinião própria e livre e de poderem exprimi-la na pluralidade da vida política e social democráticas e, por outro, no propaganda da vocação imperial do nosso País, vocação que, à luz de uma interpretação histórica politicamente conotada, se entendia como a expressão perene e irrenunciável da nossa essência nacional.
Hoje, a democracia portuguesa acusa os sinais de uma erosão, a meu ver, principalmente decorrente do sentimento de frustração gerado por expectativas não concretizadas de desenvolvimento social e económico, com a conexa desqualificação da elite política que, aos olhos de muitos dos nossos concidadãos, é corrupta ou cúmplice de corruptos.
sá carneiro não rima com “Viva o 25 de Abril! Viva Portugal! cantava tão bem o hino da revolução como o relvas e quando chegava à “morena” virava para a sueca nascida na dinamarca.
O 25 de Abril, para mim e para outros da minha geração, foi o fim de um regime odioso e o princípio do estabelecimento em Portugal da democracia e da liberdade actuais, grandes conquistas históricas, ainda que às vezes nos pareçam imperfeitas. Para outros, o 25 de Abril terá sido uma catástrofe. Para ainda outros, uma desilusão. E para muitos dos mais novos pouco significará, além de um feriado não religioso. É a lei da vida. Mas o facto de ainda o comemorarmos, 47 anos depois, fala por si.
Ponho aqui a seguir o post do José Ferreira Marques do Blogue “A Forma e o Conteúdo”, com que concordo completa e absolutamente:
“Há distância de 47 anos, já podemos afirmar que o 25 de Abril vai ficar na história.
Um regime ditatorial de quase 50 anos cria hábitos e culturas subjacentes que não acabam de um dia para o outro.
Ainda hoje tropeçamos a cada passo em saudosistas desse passado e com novos fascistas travestidos de democratas.
A defesa da democracia é um combate permanente, pois os seus inimigos também não desistem.”
Um dia que já foi mais de união e que alguns, hoje, tentam transformar em provocação e divisão.
O discurso do Presidente da República foi fabuloso.
“O discurso do Presidente da República foi fabuloso.”
um aldrabão simpático mestre em efabulações ao gosto portugês suave sem filtro.
É a festa, pá!
Um aldrabão simpático, dizes tu…
Não te iludas, é o melhor elemento de toda a direita portuguesa : sabe como falar,sabe como convencer, como atrair. Para a esquerda é muito mais perigoso um homem civilizado e simpático, que fala de um modo razoável que um caceteiro como o Ventura e quejandos…..O fácies de salazarista não agrada a ninguém, salvo a meia duzia de marginais. Os cabeça rapadas quem chamarão para o seu grupo? São residuais,insignificantes.
Os homens do dinheiro e do poder não querem pancadaria: querem convencer-nos !
Sorrisos,abraços, boas palavras ; saiba a esquerda responder com fraternidade,camaradagem,igualdade,liberdade e a vitória irá sendo nossa.
Deixem-se lá com isso da esquerda e da direita. E do fascismo. Este nunca existiu em Portugal, o que tivemos foi um regime de ditadura que não aceitava oposição.
O 25 de Abril foi uma data em que uns tantos capitães de carreira resolveram reagir contra o Estado, por este querer integrar no quadro oficiais milicianos que lhes iam fazer concorrência. Esta oficiais milicianos, muitos deles graduados em capitães e comandando companhias operacionais, eram os que nos teatros de operações, isto é, no mato davam o corpo às balas. Os do quadro, salvo raras excepções, protegiam-se. Os milicianos que se lixassem. Rendendo-se à evidência os altos comandos militares dispunham-se a aceitá-los no quadro os que assim pretendiam. Os do quadro militar opunham-se pois não queriam concorrência. Eram, portanto, reivindicações laborais. Isto não significa que o regime não passasse por dificuldades designadamente com o problema das províncias ultramarinas e a pressão internacional contra Portugal.
Com a queda do regime os oficiais revoltosos ficaram sem saber o que fazer com o poder que lhes tinha caído nas mãos. Não tinham preparação política nem tinham ideais para a sociedade. Logo as formações políticas que já tinham organização conseguiram infiltrar-se naquele movimento e tomar conta dele. Impondo (ou tentando impor) o seu modelo de sociedade. Por exemplo o PCP.
Não se pode comparar momentos da sociedade que distam entre si 50 anos. A sociedade de 1974 há muito que desapareceu, tivesse havido ou não o 25 de Abril.
Eu mesmo :
Volta lá para Sta. Comba, já deste o recado.
Diz lá ao António Deitado que, por cá, as saudades são poucas dos velhos tempos.
Bom sono e bons sonhos, caruncho amável e pouca bicharada.
Todos nos vamos encontrar um dia.já que o destino é comum, e esperamos que então já vos tenham deixado essas ideias peregrinas.
Se vires por aí o Dante Alighieri diz-lhe que eu quero um círculo que não o vosso.
Samuel Clemens:
Não dou recados a ninguém. Mas há que dê. Procura e encontrarás.
Apenas apontei a origem dos acontecimentos. Sem floreados. Não comas tudo o que te põe no prato.
Voltar para Sta. Comba? Não, não sou de lá.
A pergunta é: “O que é o 25 de Abril para ti?”
Ainda não vi a tua resposta.
Crescido num meio católico e reaccionário, preso pela PIDE quando estudante universitário, mandado para a Guerra Colonial como combatente, ferido em combate, supervisionado pelo informador político em todas as unidades que passei, com uma folha de serviço limpa e dois Louvores pelo Comandante da RMA, o 25 de Abril, para mim, é o dia da Liberdade !
E espero bem morrer antes que ela morra !!!
Samuel:
A tua situação anterior ou à data do 25 de Abril é comum a muitos outros jovens portugueses. Não foste o único a passar por isso. Estranho é não reconheceres a tensão que existia entre os oficiais milicianos e os do quadro.
Claro que para aqueles que à data do 25 de Abril estavam na guerra ou se preparavam para serem deslocados para tais teatros esse dia foi saboroso. Mas deixa-me recordar o seguinte: já depois de ter ocorrido o 25 de Abril de 1974 houve militares que morreram ou ficaram feridos em operações militares. Para esses, aquele dia foi como um outro qualquer.
Repito o que já disse: A generalidade dos militares que fizeram o 25 de Abril não sabiam o que fazer com o poder que lhes caiu nas mãos (a nossa incapacidade de planear). Esta circunstância levou a que forças políticas organizadas, se infiltrassem ou activassem células no movimento militar passando eles a mandar. A ditadura anterior esteve para ser substituída por outra que seria bem pior se tivesse triunfado. Então verias o que é falta de liberdade. Claro que os do politburo e correligionários esses têm sempre tudo, esses ficam bem. Não é essa a ideia que tenho da liberdade. Vive e deixa viver.
Sobre a supervisão dos informadores políticos pensas que ela desapareceu com o 25 de Abril? Oh! Oh! Oh! Nem vou falar do ano de 1975, tais eram as evidências, mas olha que o escrutínio continua em muitas situações. Claro que agora não se chama “informadores”, mudaram-se os termos, não fossemos nós um país de poetas. Não tenhas o cartão certo, não reconheças os sinais dos irmãos, ou não pertenças àquelas famílias e vais ver o que te calha. Restos.
De todo o modo obrigado por teres respondido “O que é o 25 de Abril para ti?”.
Esperas morrer antes que a liberdade morra? Tem calma, desejo-te uma longa vida em liberdade.
Mas, que interessa a liberdade se não temos o que por na mesa?
Quer queiramos quer não a economia é que comanda a qualidade as nossas vidas. Nunca te esqueças, não é possível distribuir o que não se produziu, a não ser dívida. Dívida e mais dívida, que é o que hoje temos. Ficas a dever, o que é muito chato. Os nossos políticos actuais que tenham juízo, muito juízo.
“A ditadura anterior esteve para ser substituída por outra que seria bem pior se tivesse triunfado. ”
o antónio bernardo aranha com 15 anos de idade tinha sido sequestrado no palácio de cristal e o professor marcelo com 27 aninhos andava fugido pelos telhados de beja, o que nos safou foi o mário soares ido à fonte luminosa enquanto os petizes bancavam de quéque facho & beto beato. a revolução foi uma curtição.
O 25 de abril,,,…terra de valupis,enxames de moscas felizes eternamente!
O dia dos Capitães e dos discursos dos iluminados cinzentões a dizer que aquilo ainda é dos cravos, como se tivesse sido alguma vez outra coisa além dos cravos…
Amen
Os provocadores não serão capazes de melhor ?
Que decadência…
os provocadores, são uns merdas, coisa que sempre foram. Por isso, puta que os pariu…
o dia a seguir ao 24 de abril e o anterior ao 26 de abril.
Valupi foi um dia em que os anormais de direita deviam ter desaparecido , evaporados nas manhãs dos seus nevoeiros. Mas não continuam por cá a tentar emporcalhar o que os outros fizeram. E sim fico tremendamente feliz se for achincalhada e escarnecida por vocês significa que vos atingi. Viva o 25 de Abril abaixo os desordeiros.
mariana fiel com ilustrações de joão fazenda
https://wepresent.wetransfer.com/story/marianne-faithfull-she-walks-in-beauty/
O que é e o que foi. Foi o dia mais odiado por alguns fascistoides de meia tigela que escrevem nesta caixa de comentários. Sim, já têm a desfaçatez de erguer de novo a voz em provocações miseráveis, tal como faziam os pides e bufos do dia anterior a esse dia glorioso.
Mas a democracia vai resistindo e irá resistir, e estes seus comentários mais não são do que o resultado da sua raiva e desespero.
Os PIDES já esfregam as mãos de contentes porque em breve a bufaria estará de volta.
Agora vai chama-se “delação premiada” e vai voltar a servir para meter na choldra os adversários políticos e outros (no fundo, quem calhar, quem estiver a atrapalhar alguém…).
Enriquecimento injustificado será o nome da corda aonde a esquerda vai meter o pescoço.
Primeiro – alguém (quem? ) definirá segundo o seu critério o que é enriquecer.
A seguir – alguém (quem ?) se encarregará de, e mais uma vez segundo o seu critério, decidir se os rendimentos auferidos permitiam ou não que fulano ou sicrano conseguisse poupar o suficiente para adquirir determinado património.
Ou seja, a porta escancarada para a arbitrariedade.
E além disso, como se todos tivéssemos de fazer as mesmas escolhas e viver do mesmo modo.
E garantias de defesa ? Nenhumas! Inversão do ónus da prova e marchar para a fogueira.
E foi este o Estado ao qual chegamos neste dia 25 de Abril.
Uma vergonha.
Nasci em 1928 ano próximo do ano em que nasceu o dito Estado Novo/Ditadura malfadado(a). Apesar disso, desde que tive consciência, desde que comecei a conhecer o país em que nascera, a conhecer a história do meu país, de Portugal, comecei a ter orgulho de ser português. O glorioso 25 de abril veio tarde, mas muito a tempo de me dar razão. A mesma razão que, certamente, tiveram aqueles que aspiraram e lutaram, sem desistir, que tal dia acontecesse. E convicto dessa certeza, recordo, deles, os três mais importantes políticos dos três mais importantes partidos políticos do nosso país: Álvaro Cunhal, Mário Soares, Sá Carneiro. Viva o 25 de Abril! Viva Portugal!
“Foi o dia mais odiado por alguns fascistoides de meia tigela que escrevem nesta caixa de comentários.”
faltou acrescentar que são os mesmos que ficaram indignados por não terem recebido convite para descer a avenida com a fotografia do salazar ao peito.
afinal podem vir, agora já não queremos vamos fazer uma contramanifestação para abrir os telejornais.
Nos dias que se seguiram ao 25 de abril, quando acordava perguntava-me se tinha acontecido mesmo, ou seria sonho. É difícil calcular o que foi àqueles que não viveram tamanha felicidade.
Apesar do poder de encache, já me falta a paciência para aturar as palermices que saem da boca dos alarves.
O 25 de abril trouxe democracia, liberdade. Os atrevidos abusam.
O 25 de Abril de 1974 foi e continua a ser o dia em que foi restituída a liberdade aos portugueses. Naquele dia, graças aos militares revoltosos, foi derrubado um regime cujo ideário político anacrónico e retrógrado se encontrava alicerçado, por um lado, na menorização coerciva dos portugueses, julgados incapazes da maturidade cívica de terem opinião própria e livre e de poderem exprimi-la na pluralidade da vida política e social democráticas e, por outro, no propaganda da vocação imperial do nosso País, vocação que, à luz de uma interpretação histórica politicamente conotada, se entendia como a expressão perene e irrenunciável da nossa essência nacional.
Hoje, a democracia portuguesa acusa os sinais de uma erosão, a meu ver, principalmente decorrente do sentimento de frustração gerado por expectativas não concretizadas de desenvolvimento social e económico, com a conexa desqualificação da elite política que, aos olhos de muitos dos nossos concidadãos, é corrupta ou cúmplice de corruptos.
sá carneiro não rima com “Viva o 25 de Abril! Viva Portugal! cantava tão bem o hino da revolução como o relvas e quando chegava à “morena” virava para a sueca nascida na dinamarca.
O 25 de Abril, para mim e para outros da minha geração, foi o fim de um regime odioso e o princípio do estabelecimento em Portugal da democracia e da liberdade actuais, grandes conquistas históricas, ainda que às vezes nos pareçam imperfeitas. Para outros, o 25 de Abril terá sido uma catástrofe. Para ainda outros, uma desilusão. E para muitos dos mais novos pouco significará, além de um feriado não religioso. É a lei da vida. Mas o facto de ainda o comemorarmos, 47 anos depois, fala por si.
Ponho aqui a seguir o post do José Ferreira Marques do Blogue “A Forma e o Conteúdo”, com que concordo completa e absolutamente:
“Há distância de 47 anos, já podemos afirmar que o 25 de Abril vai ficar na história.
Um regime ditatorial de quase 50 anos cria hábitos e culturas subjacentes que não acabam de um dia para o outro.
Ainda hoje tropeçamos a cada passo em saudosistas desse passado e com novos fascistas travestidos de democratas.
A defesa da democracia é um combate permanente, pois os seus inimigos também não desistem.”
Um dia que já foi mais de união e que alguns, hoje, tentam transformar em provocação e divisão.
O discurso do Presidente da República foi fabuloso.
“O discurso do Presidente da República foi fabuloso.”
um aldrabão simpático mestre em efabulações ao gosto portugês suave sem filtro.
É a festa, pá!
Um aldrabão simpático, dizes tu…
Não te iludas, é o melhor elemento de toda a direita portuguesa : sabe como falar,sabe como convencer, como atrair. Para a esquerda é muito mais perigoso um homem civilizado e simpático, que fala de um modo razoável que um caceteiro como o Ventura e quejandos…..O fácies de salazarista não agrada a ninguém, salvo a meia duzia de marginais. Os cabeça rapadas quem chamarão para o seu grupo? São residuais,insignificantes.
Os homens do dinheiro e do poder não querem pancadaria: querem convencer-nos !
Sorrisos,abraços, boas palavras ; saiba a esquerda responder com fraternidade,camaradagem,igualdade,liberdade e a vitória irá sendo nossa.
Deixem-se lá com isso da esquerda e da direita. E do fascismo. Este nunca existiu em Portugal, o que tivemos foi um regime de ditadura que não aceitava oposição.
O 25 de Abril foi uma data em que uns tantos capitães de carreira resolveram reagir contra o Estado, por este querer integrar no quadro oficiais milicianos que lhes iam fazer concorrência. Esta oficiais milicianos, muitos deles graduados em capitães e comandando companhias operacionais, eram os que nos teatros de operações, isto é, no mato davam o corpo às balas. Os do quadro, salvo raras excepções, protegiam-se. Os milicianos que se lixassem. Rendendo-se à evidência os altos comandos militares dispunham-se a aceitá-los no quadro os que assim pretendiam. Os do quadro militar opunham-se pois não queriam concorrência. Eram, portanto, reivindicações laborais. Isto não significa que o regime não passasse por dificuldades designadamente com o problema das províncias ultramarinas e a pressão internacional contra Portugal.
Com a queda do regime os oficiais revoltosos ficaram sem saber o que fazer com o poder que lhes tinha caído nas mãos. Não tinham preparação política nem tinham ideais para a sociedade. Logo as formações políticas que já tinham organização conseguiram infiltrar-se naquele movimento e tomar conta dele. Impondo (ou tentando impor) o seu modelo de sociedade. Por exemplo o PCP.
Não se pode comparar momentos da sociedade que distam entre si 50 anos. A sociedade de 1974 há muito que desapareceu, tivesse havido ou não o 25 de Abril.
Eu mesmo :
Volta lá para Sta. Comba, já deste o recado.
Diz lá ao António Deitado que, por cá, as saudades são poucas dos velhos tempos.
Bom sono e bons sonhos, caruncho amável e pouca bicharada.
Todos nos vamos encontrar um dia.já que o destino é comum, e esperamos que então já vos tenham deixado essas ideias peregrinas.
Se vires por aí o Dante Alighieri diz-lhe que eu quero um círculo que não o vosso.
Samuel Clemens:
Não dou recados a ninguém. Mas há que dê. Procura e encontrarás.
Apenas apontei a origem dos acontecimentos. Sem floreados. Não comas tudo o que te põe no prato.
Voltar para Sta. Comba? Não, não sou de lá.
A pergunta é: “O que é o 25 de Abril para ti?”
Ainda não vi a tua resposta.
Crescido num meio católico e reaccionário, preso pela PIDE quando estudante universitário, mandado para a Guerra Colonial como combatente, ferido em combate, supervisionado pelo informador político em todas as unidades que passei, com uma folha de serviço limpa e dois Louvores pelo Comandante da RMA, o 25 de Abril, para mim, é o dia da Liberdade !
E espero bem morrer antes que ela morra !!!
Samuel:
A tua situação anterior ou à data do 25 de Abril é comum a muitos outros jovens portugueses. Não foste o único a passar por isso. Estranho é não reconheceres a tensão que existia entre os oficiais milicianos e os do quadro.
Claro que para aqueles que à data do 25 de Abril estavam na guerra ou se preparavam para serem deslocados para tais teatros esse dia foi saboroso. Mas deixa-me recordar o seguinte: já depois de ter ocorrido o 25 de Abril de 1974 houve militares que morreram ou ficaram feridos em operações militares. Para esses, aquele dia foi como um outro qualquer.
Repito o que já disse: A generalidade dos militares que fizeram o 25 de Abril não sabiam o que fazer com o poder que lhes caiu nas mãos (a nossa incapacidade de planear). Esta circunstância levou a que forças políticas organizadas, se infiltrassem ou activassem células no movimento militar passando eles a mandar. A ditadura anterior esteve para ser substituída por outra que seria bem pior se tivesse triunfado. Então verias o que é falta de liberdade. Claro que os do politburo e correligionários esses têm sempre tudo, esses ficam bem. Não é essa a ideia que tenho da liberdade. Vive e deixa viver.
Sobre a supervisão dos informadores políticos pensas que ela desapareceu com o 25 de Abril? Oh! Oh! Oh! Nem vou falar do ano de 1975, tais eram as evidências, mas olha que o escrutínio continua em muitas situações. Claro que agora não se chama “informadores”, mudaram-se os termos, não fossemos nós um país de poetas. Não tenhas o cartão certo, não reconheças os sinais dos irmãos, ou não pertenças àquelas famílias e vais ver o que te calha. Restos.
De todo o modo obrigado por teres respondido “O que é o 25 de Abril para ti?”.
Esperas morrer antes que a liberdade morra? Tem calma, desejo-te uma longa vida em liberdade.
Mas, que interessa a liberdade se não temos o que por na mesa?
Quer queiramos quer não a economia é que comanda a qualidade as nossas vidas. Nunca te esqueças, não é possível distribuir o que não se produziu, a não ser dívida. Dívida e mais dívida, que é o que hoje temos. Ficas a dever, o que é muito chato. Os nossos políticos actuais que tenham juízo, muito juízo.
“A ditadura anterior esteve para ser substituída por outra que seria bem pior se tivesse triunfado. ”
o antónio bernardo aranha com 15 anos de idade tinha sido sequestrado no palácio de cristal e o professor marcelo com 27 aninhos andava fugido pelos telhados de beja, o que nos safou foi o mário soares ido à fonte luminosa enquanto os petizes bancavam de quéque facho & beto beato. a revolução foi uma curtição.