Vamos lá a saber

Faz sentido continuar a dizer que a matriz cristã caracteriza a cultura e sociedade portuguesas quando uma montaria causa muito mais comoção nacional do que a morte de uma pessoa após abuso de poder e tortura por agentes de uma polícia?

21 thoughts on “Vamos lá a saber”

  1. Chamar montaria a uma barbárie é a mesma coisa que dizer que o holocausto nazi foi a forma mais humana de matar a fome aos judeus.

  2. Claro que, não faz qualquer sentido manter ou afirmar essa matriz pois, tem sido
    ao longo dos tempos uma matriz de conveniência para os poderes instituídos, como
    aconteceu com a ditadura que conduziu o “rebanho” durante 48 anos!
    No meu entender, o bom Povo é muito mais pagão do que cristão, quantos batizados
    existem que nunca puseram os pés numa igreja ou aprenderam a rezar sim, nas aldeias
    o cura lá ensinava as avés marias mas, evitava que aprendessem a ler como muito bem
    mostravam as estatísticas dos anos 74/75 do século passado!!!

  3. e quem continua a dizer que a matriz cristã caracteriza a cultura e sociedade portuguesas? o Valupi pois claro, porque agora veio a calhar… será caçador?

  4. não me parece que a morte dos animais tenha causado mais comoção do que a morte no aeroporto: andamos à meses a falar dessa morte; já houve demissões; há arguidos que irão a julgamento; decorrem investigações sobre os procedimentos do sef; discute-se a reestruturação/fusão/remodelação desse organismo. o pedido de demissão do ministro, não conta, de tão habitual esse pedido.
    daqui a uns dias a ‘montaria’ deixará o espaço mediático.
    experimentem ocupar esse espaço com um dia só sobre a ‘vida’ num matadouro, e a vida daqueles que lá trabalham (estes nem prazer têm em matar), para no prato estar a proteína.
    só para vermos quantos se preocupam com os animais, ou com o animal que têm dentro de si.

    (( tem algum sentido dizer ‘faz sentido’?) sempre e por qualquer motivo? é insuportável. apetece virar costas a uma conversa que assim comece, como no fórum do sr manuel acácio, onde o outro chavão é o ‘estado falhou’))

  5. Desde que apareceu a notícia que previa a conclusão: Culpa do governo e demissão do ministro.
    Dá para perceber que os grandes “empreendedores” privados já estão de olho nos apoios ao “digital” e ao “verde”. Aposto que a empresa que gere a herdade é bué de viável aos olhos da Ursula da Comissão Europeia.
    Apoio, integralmente e sem reservas, o comentário do “desfaz sentado” porque faz todo o sentido, lóle!

  6. acho que sim , posto que a palavra nunca coincidiu com os actos… por outro lado , nos inquéritos sobre a composição da família devem começar a incluir a resposta , entre os tradicionais pai , mãe etc , “cães , gatos , periquito e bicharada avulsa” , pq o que está a acontecer é a substituição dos antigos laços entre humanos saudáveis por relações entre bichos e “tutores” alienados. nunca pensei ver tanta gente maluca ., mas maluca a sério.

  7. Desde que a família do ex presidente da República Popular de Angola entrou em desgraça, tem sido um vê-se-te-avias…
    A Quinta do Massacre pertence à irmã da senhora que viu suas ações na Efacec serem arrestadas pelo Estado Português.
    É provável, que o tratamento que vai ser dado à quinta seja o mesmo que foi dado à empresa.

  8. Quem, numa penada, contradiz o sentido de uma proposição, começe ela ou não por “Faz sentido” ou outra maneira literária é o próprio “desfaz sentado” quando remata o seu comentário dizendo:
    “só para vermos quantos se preocupam com os animais, ou com o animal que têm dentro de si.”
    Ora esta frase representa, integralmente, o sentido moral da proposição de Valupi que podemos resumir em; “faz sentido uma comoção humana maior com a matança de animais que a de uma morte bárbara de um homem indefeso?” Pergunta-se se faz sentido tal comparação.
    O sentido de uma proposição é o mais que tudo que ela contém na transmissão de uma ideia e a prova é que o desfaz sentado, querendo desqualificar o “sentido” da ideia de Valupi cai, exactamente, na mesma situação quando julga que a desfaz.
    O “só para vermos…” no início do seu último parágrafo tem o mesmo sentido de “faz sentido…” do início de conversa da proposição à discussão de Valupi; este faz uma comparação moral entre comoções de dois actos cometido e desfaz sentado faz uma comparação entre preocupações dos mesmos actos.
    O caso do “forum do Snr. Acácio” não sei a que se refere (desconheço o sentido) mas indicia ratar-se de coisa diferente.
    Penso eu.

  9. Quando uma coisa aparentemente não faz sentido, e menos sentido faz ainda que sentido não faça, a coisa a fazer é tentar perceber que coisa fará com que a coisa que sentido não faz sentido faça.

    Joaquim Camacho
    (filósofo da treta)

  10. O filósofo Harry G. Frankfurt que se debruçou sobre a chamada “conversa da treta” (bullshit) concluiu das suas investigações sobre o assunto, entre outras coisas, que ” a essência da conversa da treta consiste na falta de ligação a uma preocupação com a verdade”.
    E que “conversa da treta” é algo que apesar de ser intensa e com significado a discussão não é, de um certo modo, para ser “levada a sério”.

  11. Eh! Pá. Deixem-se de tretas e foquem-se no tema apresentado.
    Fala-se no texto de Valupi em comoção provocada por dois acontecimentos. Será que houve mesmo especial comoção alargada na sociedade portuguesa? Penso que não. O que temos é uma comunicação social que, por motivos pouco saudáveis, inchou em larga escala as ocorrências, o que é óptimo para encher telejornais. E uns tantos, consciente ou inconscientemente, a provocarem reverberação, para agrado do poder político. Pois o que é preciso é entreter o pagode, que os temas sérios são outros.

    Claro que no domínio dos valores não podemos desvalorar o assassinato do cidadão ucraniano, pelo contrário devíamos reflectir sobre que raio de princípios éticos e culturais nos norteiam e fizeram cair sobre nós, durante tempo de mais, um manto de silêncio comprometido que nos devia envergonhar. Mas para isso nem é preciso trazer à colação a matança dos animais para nos questionar o que somos e para onde vamos.

  12. Pergunto a mim próprio se não é também uma vergonha que um partido racista e xenófobo seja já a terceira força política no nosso país? É o que as sondagens nos têm alertado, não é? E isso, dito mal e depressa, explica muito do que se está passar. Ou não?

  13. Último de uma longa linhagem de ateus, graças a Deus, em verdade vos digo que a meretriz cristã não deixa por isso de meretriz ser, e portantes especialista na arte de foder. Foder os indígenas, aliada ao poder, foder quem fora do penico se atrever.

  14. as coisas têm ou não têm sentido. não faz sentido bem como não desfaz sentido.
    isto é uma questão lateral ao tema e uma embirração pessoal – e de gramática/lógica. prontos.
    no momento em que teclo, passou a ser tema dos média, a imagem a primeira vacinação do primeiro português… em directo (que está contente por estar feliz, e/ou o inverso).

    josé neves, o srº acácio é do fórum (fossa) da tsf.

  15. e valupi, podes dizer ‘larga o tinto’: estive estes dias, entretido, a beber dona graça tinto cão e muxagat tinta francisca, experimenta, vais ver que não tem sentido largar o vinho.

  16. Faz sentido dizer que tem preocupações ambientais um Governo que planeia destruir 16000 hectares de árvores, flora e fauna (área do Concelho de Loures) para instalar painéis fotovoltaicos de alumínio, cobre, fibra e vidro?

  17. Há mais sofrimento animal no caso de um veado que vive 15 anos em liberdade e cuja vida termina num segundo ou no caso de um cão que, graças à legislação proposta pelo PAN e acatada pelo PS, vive durante 15 anos numa jaula?

  18. desfaz sentado,
    Obrigado pelo esclarecimento acerca do Snr. Acácio mas continuo sem saber de quem se trata e quem é.
    Precisamente quando apareceu a TSF do Rangel e do futeboleiro do martelo (actualmente na “sic”), e me dizia a propaganda que finalmente havia uma estação de rádio com informação comecei a ouvir no carro. Contudo constatei que tinha de gramar 5-10 minutos de publicidade entre cada notícia, desliguei da rádio até hoje.
    Mais ou menos na mesma altura surgiram os leitores de cd para carros e adaptei-me.

  19. Nem mais, ó Sentado.
    Parece paradoxal porque, não fazendo sentido largar o vinho, podemos perder os sentidos se não o largarmos a tempo (temporariamente, claro), lóle!
    Agora a sério:
    Tenho compaixão por qualquer animal e acho que só se deveria caçar por necessidade.
    Posto isto, acho que esta estória só serve para nos distrair das movimentações dos empresários enebriados com a possibilidade de sacar dinheiro aos contribuintes para a “Ecologia digital”, como referi anteriormente.
    Vejam a Galp, a Navigator, o grupo Sonae…
    Cheira a massa fresca!
    Ah, grandes capitalistas! Sempre de mão estendida…!

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