Vamos lá a saber

Ricardo Robles, para além do fartote de gozo que ofereceu aos direitolas, fica com o futuro político comprometido por causa das histórias relativas ao seu património imobiliário?

7 thoughts on “Vamos lá a saber”

  1. Sim, fica. Pior do que a divisão do imóvel em apartamentos minúsculos para alojamento local nítido e a contratação da Christie’s como promotora foi a sua dor de consciência tardia. É um bocado ridículo.

  2. não é nada que eu não tenha já visto….um processo igualinho ao que levou as pessoas a afastarem-se da igreja. dissonância a mais, esta cena do faz o que eu digo e não o que faço .
    claro que não está comprometido, são escolhidos entre eles e são todos iguais. a catarina também tem turismo de habitação no sabugal que não está cheio de refugiados , como devia, está lotado de malta que dá lucro, não tanto lucro como antes da brincadeira privada dos cidadãos normais “alojamento local<" ,claro , mas vá lá que a geringonça já tratou de os por na ordem, a esses concorrentes desleais .

  3. Claro que entre os bloquistas não fica com o futuro comprometido.
    É mais um, entre outros, da esquerda do caviar. Dinheiro ali não falta. E como sabemos só se faz dinheiro com outro dinheiro, não com trabalho.
    E, como é mais do que óbvio, o homem estava mesmo na especulação. Só não vê quem não quer.
    E também penso que entre os seus eleitores (os que vivem nas cidades) o B.E. vai perder alguns votos , os daqueles que ainda tem uma visão pura da política.

  4. A questão não é de ilegalidade ou legitimidade que Robles tem para fazer o negócio que quer ou queria fazer e que está implícito desde logo com a ideia de compra do imóvel.
    O “caso” está em que, normalmente, o Bloco e os bloquistas são duros, lestos e desbragados na fundamentação crítica a procedimentos de casos como o em questão.
    Lembro que foi da intelectualidade da área bloquista que nasceu ou se ampliou ao mundo do pagode o argumento do “ele pôs-se a jeito” contra Sócrates por este ter pedido dinheiro ao amigo.
    Pois se no caso Sócrates considero de somenos importância o argumento até porque eu próprio já pedi e emprestei dinheiro, e relativamente em maior escala, sem condições a amigos de confiança, neste caso Robles, considero-o como o exemplo modelo do que é mesmo o “pôr-se a jeito”.

  5. Legalmente poderá vir a ser apurada (e obviamente morrerá por falta de indícios suficientes, blá blá, blá) a existência de influências entre vereadores pois, no mínimo, é estranho que de 2014 a 2017 não só a máquina administrativa tenha autorizado as obras como ainda que tenha autorizado o acrescento de mais um andar num prédio em Alfama. No mínimo é estranho; no médio é óbvio que houve essa influência, que é ilegal e que é óbvia aos olhos de um catraio de 13 anos. Mas tudo bem, juridicamente impera o ás de trunfo: a presunção de inocência.
    O problema é no plano político, Este rapaz era o rosto da luta contra a especulação. Precisamente contra isto que ele, por trás do palco, fazia em grande. Eu não critico a procura do lucro, a aposta no turismo nem a reabilitação urbana para estes fins. Se há procura que haja oferta. Também não vivo assustado com o “excesso de turistas”. Que venham e venham em abundância (há 20 anos as queixas eram que os museus estavam vazios; agora estão demasiado cheios? Ah, mas tinham de se encher com portugueses de pura raça). O que acho asquerosa é esta hipocrisia. E, pior ainda, estas tentativas de justificação. Se ele foi ridículo a ler o papel (a espontaneidade com que fez aquele discurso a aplaudir as ocupações no 25 de abril fugiu-lhe para os pés?) mais ridícula foi a líder do partido. Patético.
    Mas isto foi bom para os portugueses perceberem que a ganância não se vê pelo cartão de militância partidária. Assim talvez façam as escolhas pela ideologia que os partidos defendem e não por estas falsas ideias de imaculados na política. E, de uma vez por todas, rejeitem os partidos cujas matrizes advêm de ideias macabras como o socialismo e o comunismo.

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