Um tijolo no Bloco

Perto de 130 militantes bloquistas tentaram salvar o partido do buraco negro de sectarismo em que se voltou a afundar a partir de 2019 – Mais de 100 aderentes do BE pedem antecipação da convenção nacional do partido, mas só houve um voto a favor. Apelavam a uma mudança de estratégia face ao desastre consumado: depois de terem posto as fichas todas no assassinato de carácter de António Costa e no apelo ao ódio contra os socialistas, saiu uma completamente improvável maioria absoluta para o inimigo. Vai na volta, algo não estava certo nos planos do marechal Louçã e seus tenentes no terreno.

Pois tal intento foi sumariamente estraçalhado e os seus autores receberam o carimbo de colaboracionistas com os malvados socialistas. Para lá deste folclore do fanatismo, a única questão que me interessa em relação ao Bloco é esta: no dia em que deixassem de querer a cabeça do PS numa bandeja, de que falariam?

4 thoughts on “Um tijolo no Bloco”

  1. de nada, são carraças e precisam do sangue dos outros. o que eu me farto de rir à custa da banhada neles acabadinhos e, assim espero, resignados e a engolir em seco. carraças traidoras.

  2. Na estratégia de Louçã é tudo à grande mas, como em todas as utopias, remete toda a grandeza para um futuro de amanhã, imaginário ; ele era o sonho do Bloco Grande, do Grande Partido e tudo à custa de tomar por dentro a massa “anónima e amorfa” do PS.
    Um sonho de quase todos os partidos da esquerda radical desde o 25A, incluindo o revolucionarista de Isabel do Carmo passando pelo PCP, UDP e outros grupos(m-l) da altura. É, provavelmente, herança do obreirismo básico da UDP a postura que ainda hoje prevalece no interior do Bloco transposto para um radicalismo juvenil adequado a quem facilmente adere a uma ideologia que propagandeia mas não pratica.
    Já bateram duas vezes contra a parede da massa “anónima e amorfa” que lhes parecia tão amorfa como fácil de conquistar pela promessa de troca da dura realidade do presente pela promessa dum ideal de felicidade no futuro.
    As meninas que nem imaginam sequer de que é feita a vida de quem trabalha e sua pelo pão do dia a dia querem dirigir ideologicamente um mundo de trabalhadores servos do diktat do seu bloco de notas ideológico.

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