Trump e Melania lançaram cada um a sua criptomoeda dias antes da posse presidencial. Se formos à rua perguntar a quem passa que bicharoco é esse, mesmo aqueles que expliquem correctamente o conceito não fazem ideia do que realmente explica o seu valor. Porque se até em actividades tão regulamentadas e controladas como a banca e bolsa há demasiada complexidade a impossibilitar que seja plenamente apreendida por mecanismos de transparência, num Oeste selvagem como o do mercado das criptomoedas essa impossibilidade multiplica-se a si mesma – visto que, apesar de serem baseadas numa tecnologia transparente (blockchain), são frequentemente associadas a atividades ilícitas devido ao anonimato que proporcionam. A facilidade de transferência de valores através de fronteiras sem a necessidade de instituições financeiras tradicionais pode tornar o suborno mais acessível e menos rastreável, para além de permitir financiar terrorismo e tráfegos de droga, armas e seres humanos.
O lançamento destas moedas em cima da cerimónia de inauguração para o segundo e último mandato de Trump na Casa Branca é uma exploração comercial a outrage do cargo presidencial e das instituições democráticas dos EUA. Trata-se de um convite aberto à corrupção, pois cada um deles detém de 80% para cima das unidades de cada moeda. O valor vai depender da oferta e da procura, mas também de decisões do próprio Trump que afectem o mercado das criptomoedas. Por cima disto, ele (portanto, também a sua mulher) terá acesso a informação privilegiada sobre a evolução e peripécias desse mercado que lhes permitirão tomarem decisões estratégicas para fazerem transações lucrativas e evitarem potenciais perdas. Finalmente, os próprios podem inflacionar fraudatoriamente o valor das suas moedas.
Trump prometeu ir secar o pântano da corrupção em Washington. Com esta operação críptica, atinge plenamente esse objectivo. É que deixa de ser necessário ir a Washington corromper este e aquele. Basta um telemóvel, em qualquer parte do mundo, e começar a comprar $TRUMP. Retorno garantido.
Ahah e a saudação nazi o que te pareceu? Por favor responde
só cai quem quer e acredita no pai natal.
e se a judiaria pode defraudara vontade porque não a cristandade ?
O “são todos iguais” é o grande problema da humanidade em geral, dos americanos em particular e todos os que querem ser americanos, como os portugueses e ocidente em geral.
Olhar para Trump e Kamala, para as posturas, propostas, currículos, etc. e tal, e dizer “hum, eles até que são parecidos, escolher um ou outro vai dar ao mesmo” é passar carta branca a esta e outras estratégias dos fascistas do séc. XXI. Kamala poderia muito bem vir a ser a pior presidente da história, mas seria sempre melhor que o Trump, e isto tem que ser dito de forma clara.
Assim de repente, posso estar a dizer um disparate, mas Paulo Raimundo e Hugo Soares, tão diferentes mas tão iguais, quanto questionados sobre que candidato escolhiam, ofereceram-nos esta lengalenga.
Eduardo Ricardo, pareceu-me exactamente o mesmo que te pareceu a ti.
E o que te parece a chacina/genocidio em Gaza, Valupi?
Ou não podes comentar porque ainda não tens permissão.
O racional de um monstro:
https://x.com/olgarodriguezfr/status/1880269310851248413?t=Kelx1lwZOc8KkDXc7w2muw&s=19
JStrummer, parece-me exactamente o mesmo que te parece a ti. Isto, se autorizares, claro. Comigo é assim, respeitinho pela autoridade.
Com isso não disseste nada, como de costume.Mera retórica sofistica, logo não tens permissão.
alguém sabe se o grunho americano já autografou todas as ementas do great american disaster.
As criptomoedas são como os offshores: existem porque vivemos num mundo controlado por mamões. Num mundo só levemente justo e racional há muito que teriam sido banidos.
Mesmo num mundo assim, preso no ‘late-stage capitalism’ de que tanto se fala, esta trampa do Trampa é realmente extraordinária. Apetece dizer que passámos todos os limites, mas os mamões especializam-se em inventar novos. Não vejo é como alguém decente pode defender o Trampa.
Nada pode justificar a defesa do Trampa e da canalha que o rodeia. Até o 44 – atente-se na enormidade do que estou a dizer – até o 44 é menos nocivo e repugnante. O 44, caramba!
«O “são todos iguais” é o grande problema da humanidade em geral»…
Acha? Parece-me bem menor que a desigualdade, a perpétua pobreza da vasta maioria da humanidade, o capitalismo, a falta de democracia, a riqueza e o poder sem limites, a banca, a indústria do armamento, a big tech, a big pharma, a destruição do meio ambiente, … diria que o “são todos iguais” fica muito lá trás. Sobretudo porque no essencial são realmente – quase – todos iguais.
A Kamala seria menos má que o Trampa em algumas coisas, igual ou parecida noutras, mas numa coisa seria certamente pior: tal como o Obama, iludia melhor a carneirada que julga estar a eleger ‘mudança’. Nenhuma mudança é possível num país criminoso cujo sistema é totalmente controlado por mamões. Nisso o Trampa não engana: vê-se logo ao que vem e o que ali está.
Pode dizer-se que X é ainda pior que Y – o Trampa consegue ser ainda pior que a Kamala, o pulha Ventura ainda pior que o Centrão Podre PS-PSD. Mas isso isso não implica que defendamos ou nos contentemos com Y. Nem a Kamala nem o Centrão são aceitáveis. A regra de ouro, Felisberto, sempre a regra de ouro: uma trampa não invalida a outra. Nenhuma delas presta, nenhuma serve.
Na ditadura do lucro tanto dá quem esteja de marionete das corporações,nenhum presta, lá como cá.