Toma cuidado, Amado

A Universidade de Verão do PSD é uma iniciativa promovida pela JSD, pelo PSD, pelo Instituto Francisco Sá Carneiro e pelo Partido Popular Europeu e tem como director o eurodeputado Carlos Coelho. Fiquemo-nos pela JSD. A JSD é uma organização política subsidiária do PSD. O que ela faz, adentro da sua autonomia, representa por inerência o partido de que é a juventude institucional. Logo, se a JSD quer levar o Governo anterior, ou pelo menos Sócrates, a um tribunal criminal, esse propósito manifesta concomitantemente o juízo político feito pelo PSD. Muito para além das bocas no mesmo sentido de Ferreira Leite, Paula Teixeira da Cruz e Marques Mendes, entre tantos outros barões do laranjal, ver o presidente da JSD deslocar-se à Procuradoria-Geral da República entregar provas a Pinto Monteiro para que este abra processos-crime contra governantes socialistas só é concebível com a anuência prévia da própria liderança do PSD.

Eis o que Duarte Marques se considera no direito de afirmar publicamente:

O líder da Juventude Social Democrata, Duarte Marques, defende que “é tempo de responsabilizar criminalmente quem levou o país a esta situação”, entendendo que “José Sócrates e os restantes membros do seu Governo devem ser julgados”.

O também deputado social-democrata à Assembleia da República insistiu, ainda, que “doa a quem doer a má gestão não pode passar impune”, sublinhando que “neste momento milhares de portugueses vão perder qualidade de vida graças ao desvario que ocorreu em Portugal nos últimos seis anos”.

Duarte Marques diz que a má gestão e a má governação já foram confirmadas pelo Tribunal Constitucional e “é tempo de as pessoas serem sentadas no banco dos réus, é tempo do anterior primeiro-ministro José Sócrates e toda a sua equipa ser co-responsabilizada por esta situação”.

“Deve acabar o tempo em Portugal em que as pessoas passam impunes, gerem mal a coisa pública e vão para casa descansados e outros vão para Paris estudar Filosofia.”

Para Duarte Marques, está na altura do procurador-geral da República, Pinto Monteiro, “não andar apenas preocupado em julgar o Hulk ou o Sapunaru por agressões no futebol e preocupar-se claramente com o que aconteceu no país nos últimos anos”.

Não é uma beleza de rapaz? Trata-se da nata da nata da JSD, o exemplo cívico supremo para a juventude da gente séria ou para a gente séria cheia de juventude, um futuro primeiro-ministro de altíssimo potencial. Tão depressa se confessa fiel zelador das considerações do Tribunal Constitucional como tem excelentes e oportunos conselhos para dar a um Procurador-Geral da República que não mostra o respeitinho devido ao Futebol Clube do Porto. Está destinado a dar grandes alegrias à política nacional, como o seu pedido de responsabilização de Mariano Gago pelo fulminante percurso académico de Relvas já confirma para além de qualquer dúvida.

Pois esta luminária vai receber em Castelo de Vide um desses criminosos que pretende castigar: Luís Amado vai à Universidade de Verão do PSD

O facto de Amado se prestar à participação numa iniciativa de um partido que gostaria de vê-lo no tribunal pela única razão de ter servido o Estado, a República e a Democracia dá que pensar. Por exemplo, fica-se a pensar que o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros considera normal, quiçá irrelevante, a perseguição de que é alvo, juntamente com todos os seus companheiros de Executivo. E isso é bizarro, no mínimo incómodo. Mas que pensar desses trastes que convidam para sua casa alguém que ofenderam e continuam a ofender de forma canalha?

Não se pensa nada, obviamente, porque já não estamos no plano da lógica. Luís Amado manteve-se ao lado de Sócrates de 2006 até ao último dia do XVIII Governo Constitucional, mesmo para além do último dia. Consta, embora não haja certezas, que terá sido informado das difamações, insultos, calúnias e campanhas de assassinato de carácter que PSD e JSD lançaram ininterruptamente contra os seus colegas de Governo e de partido. Que terão dito uns aos outros aqueles que decidiram convidar este pilar do odiado socratismo para ir doutrinar as tenras mentes dos filhos-família alaranjados? Como é que terão racionalizado as antinomias, a escabrosa contradição entre o que dizem e o que fazem? Ou não terão sequer discutido o assunto, tendo esse nome sido atirado para cima da mesa por chalaça de um bêbado e acabando aprovado num silêncio cúmplice e envergonhado?

O PSD exibe-se assim como um partido orgulhosamente desmiolado, no que não será propriamente uma novidade. A menos que a ideia seja outra, ardilosa: apanharem o Amado, atarem-lhe as mãos e os pés e julgarem-no num tribunal popular. Enfim, sempre era um socrático a menos e tem de se começar por algum lado.

108 thoughts on “Toma cuidado, Amado”

  1. Porque é que não estou nem um pouco espantado com esta atitude de Luis Amado? Pela mesma razão porque já não me surpreendeu a presença de Mário Soares nas mesmas “jornadas” de 2011. Os xuxas são assim! Quase todos. Tal como os comunistas de Cunhal ou Jerónimo, basta que a Direita salazarenta lhes acene com uma qualquer migalha do seu imenso e notório poderio para que corram a venerá-la, sem um pingo de vergonha na cara. Mário Soares é um verdadeiro “pai” destes “vende-alma” da esquerda. Melhor que ninguém ele sempre soube das golpadas contra o que diz ser o seu partido nos últimos seis anos da governação PS. Amado terá tido conhecimento disso como poucos, segundo o Valupi, e eu também penso o mesmo. Pois vejam a atitude destes dois lambe-botas da Direita!
    Este Portugal mete nojo: pela direita e pela esquerda política. Parece que todos se habituaram ao cheiro da fossa, numa república de merda.

  2. Eles não convidaram nenhum “pilar do odiado socratismo” já que o Luís esteve no governo sim senhor mas sempre com um olho no burro e outro no cigano. Na recta final e antes das eleições insistiu muito em levar o PS para a grande coligação, a da salvação da pátria. Foi um dos críticos de Sócrates, de entre os membros do governo e do PS. As falinhas vão ser mansas, lá para Castelo de Vide.

  3. Pois, Eduardo J, todos soubemos disso. E olha que a ideia de um governo de salvaçâo era a coisa certa, caso não tivessemos um Cavaco apostado em destruir o PS-Sócrates para colocar no poder um governo talvez encobridor de buracos BPN.s e madeirenses.
    Por outro lado, L Amado é capaz de ter pensado que poderia substituir Sócrates nesse governo de salvação. Sei lá. Seja como for, ao aceitar o convite da JSD, depois do ataque vil ao anterior elenco governativo PS, este miserável xuxa mostrou a merda de que é feita a sua politica.

  4. Eu, se fosse o Valupi, estaria bem mais preocupado com o Amado do que com o “J” do PSD. Nada que espante, de quem sempre defendeu publicamente a formação de um governo do “bloco central”, para já não falar de outras pérolas, como a negação do transporte de prisioneiros para Guantanamo, como viria a ser revelado pela sua colega de partido, Ana Gomes e pelos documentos da WikiLeaks. Um vendido, na linha do ex-marxista Manuel Villaverde Cabral. Tudo boa gente…

  5. Eu sou um cidadão comum sem filiação politica. E acho que fazem muito bem em levar o Sócrates a tribunal. Ele foi o responsável máximo durante os últimos 6 anos e chegamos a esta situação, tem de ser julgado. Como fizeram na islândia. E se ele tiver inocente daquilo que o acusam, o tribunal estará lá para avaliar e decidir isso mesmo.

  6. O “Anormal ” velhinho da JSD ( Duarte) e o acima “cidadão sem filiação partidário” JOÃO!!!!! Julgar Sócrates (?!) pois…teriam que meter na cadeia metade do PSD e outra metade do CDS os outros ? o povo os vai julgando democraticamente.
    « Amanhã, há outro amanhã…..»

  7. O facto de Amado estar mais ao centro ainda do que Sócrates, ou inclusive poder ser considerado como pertencendo à ala direita do PS, em nada se confunde com a sua lealdade aos Governos a que pertenceu. Ele foi um dos pilares da equipa de Sócrates, por isso alinhou até ao fim apesar da tormenta e dos ataques vis que a oposição, Presidente da República e imprensa faziam contra os seus colegas – logo, contra si.

    Mesmo depois das eleições, Amado sempre se referiu a Sócrates com admiração e sentido de justiça. Assim, é ridículo estar a castigá-lo por ser um homem livre e expressar as suas opiniões livremente, as quais não carecem de ser iguais às nossas ou às de seja quem for.

  8. Qual a admiração…. entre o PS e o PSD , ideologicamente não existe assim tanta diferença, Sá Carneiro e Mario Soares chegaram a encarar a hipotese, de formarem um só partido.

    E Luís Amado apoiante da invasão do Iraque contra a esmagadora maioria do PS, o colaborador da CIA , no vergonhoso transporte de prisioneiros SEM CULPA FORMADA, para Guantanamo, o ministro dos negócios estrangeiros ( com letra pequena de propósito) , mais preocupado com os interesses dos americanos, do que com o interesse da politica externa de Porugal, ir a uma conferência do PSD….. não admira.

    Admiração e noticia , seria ele colaborar no Congresso das Esquerdas de Outubro….

  9. Augusto, é verdade: entre o PS e o PSD não existe assim tanta diferença ideologicamente, até nenhuma, se a ideologia de que estivermos a falar for a democracia. Já tu preferes a ideologia da calúnia, o que faz de ti um borrego prontinho para servires uma qualquer ditadura. Azar, ó pá.

  10. val, o que o augusto disse: é que economicamrnte , em termos ideologicos o ps e o psd são relativamente semelhantes

  11. Entendo que Valupi pretendeu por Amado de sobreaviso, não vão os jotas meter-lhe mão no uso da prerrogativa de detenção, ainda que fora de flagrante delito.

    As histórias da entente amado-gringalhada, não passam, de facto, de histórias não corroboradas por qualquer prova.

    É verdade que a posição dele em relação à invasão & ocupação sangrenta do iraque pode ser tão só consequência de opção intelecto-ideológica, e o tráfico de presuntos uma sujeira de que não foi informado nem se apercebeu. Em relação ao primeiro aspecto, a história já o julgou. Em relação ao segundo… nunca se queixou. “Cocu et fier de l’être!”

  12. Val, ir palestrar com a gente que o culpa de vigarizar o país e por isso querer levá-lo à barra dos tribunais, é de um homem decente ou de um merdas?! A não ser que assuma ser um criminoso face à coisa pública e se vá penitenciar perante os jotinhas.
    Val, nâo se trata aqui de “ter opinião”; trata-se de ser acusado de criminoso e ir à mesa com o acusador.
    Sinceramente, às vezes nâo o entendo, Valupi. Parece que, quando lhe dá na veneta, se põe a desconversar. Veja os factos! Ou será que o Luis Amado se julga se o único que não foi criminosos no elenco governativo de Sócrates e a JSD já lhe confidenciou isso mesmo, ou seja, que criminosos são apenas os seus colegas de governo: a Lurdes, o Correia de campos, o Mariano Gago, O Silva Pereira, o Vieira da Silva, o Teixeira, o Alberto Martins… e, claro, o Sócrates?!!!
    Porra, Valupi! Vai para o caralho!

  13. Fernando, se acaso leste o que escrevi, leste que aponto precisamente essa evidência: ele vai participar numa iniciativa de um partido que chegou ao ponto de mandar um seu dirigente e deputado ao Ministério Público entregar provas contra Governos onde Amado foi ministro. Foi sobre isso que escrevi, foi por isso que escrevi o que escrevi.

    Mas desconfio que não leste, que és rápido de mais para a minha escrita.

  14. oh fernando! é mais condenável colaborar no plano de derrube do governo de socrates orquestrado pelo cavacóide e executado pela direita com o apoio da comunada que ir a uma festa da concorrência. até parece que os louceiros & geróminos não vão aos congressos da direita mamar uns croquetes que costumam retribuir com falta de educação. haverá algum acontecimento político onde o emplastro loução de censura não se pendure, atão funerais de esquerda e direita é um ver se te avias.

  15. fernando! se têm medo do contágio, deixem de frequentar lugares promíscuos, por exemplo a assembleia. cada vez que vejo um bernardino mudo de carruagem, nunca se sabe se a próxima paragem é na coreia.

  16. “Cada vez que vejo um Bernardino mudo de carruagem, nunca se sabe se a próxima paragem é na Coreia.” – Ignatz (5 estrelas).

  17. Para o “Fernando e Fernandos”…. Eu sei que é dificil entender e muito mais praticar a democracia e a liberdade!!!!!…. AMADO, é confesso Social democrata inscrito no PS..( diz ele…) ” Afrontar” o adversário/inimigo, na sua própria casa, a convite deles, demonstra a fraqueza dos direitolas…..( digo eu…)
    Se os democratas e os praticantes da liberdade, não fossem como são, como estariam nesta época do “campeonato” o ditos radicais das asneiras, desde o 25 de Abril ?
    Ah o “congresso das Esquerdas”!!!!….o sonho comanda a vida…..será que vamos voltar ……..frase feita… “Os verdadeiros socialistas” ?? Como eu entendo aqueles que viram falhado o ” COMPROMISSO HISTóRICO PORTUGUÊS”

    Bom domingo.

  18. Valupi: o teu argumneto é falacioso: Desde quando é que alguém que não acredita no liberalismo economico é logo comunista? Não me digas que também acreditas nos pobres mas honrados ehehehehe

  19. rr, partilha connosco o teu saber. O que entendes que seja o “liberalismo económico”? E o que é para ti o “comunismo”?

  20. João,interpreto o seu silêncio sobre o meu ultimo texto,com um acordo. Quanto à sua saga acusatoria contra socrates,lembro-lhe que ele foi a votos duas vezes e o povo deu-lhe a vitoria para um novo mandato, que foi interrompido pelos apaixonados pelo pote… eque sem pedirem autorização ao povo que juram defender, o estão a sujeitar a um penoso interregno da democracia com decencia e dignidade que se vai prolongar por varios e penosos anos.Vai-me desculpar,mas não reconheço autoridade moral e politica a todos que apoiam partidos politicos que no poder não fazem eleiçoes,matam, assassinam e prendem opositores… e volvidos alguns anos se tornam Presidentes,P.Ministros,novamente Pministros e depois novamente presidentes. Tenha um pouco de decoro .O ódio,não é bom conselheiro e por vezes torna-nos nuns monstros.Por favor não aproveitem a boleia da direita,mais uma vez.

    ouvir

  21. espero que amado,já que aceitou o convite dos securitarios do psd,não vá para lá debitar discurso para agradadar aos direitolas.as agendas politicas que temos para o futuro,não nos devem fazer perder de vista a dignidade de quem esteve no governo seis anos.

  22. Sou um keynesiano,e social-democrata classico valupi.Não acredito na desregulação, no fecho de serviços publicos e desregulação das relações laborais, como forma de resolver as crises, nerm no abatimento do poder de compra das pessoas.Por isso descordo dos memorandos da troika, e tá ai o nosso exemplo e o da grécia.Mas o comunismo também é inviável, ou seja é inconcebivel uma sociedade em que so existe sector publico.Sou por uma economia social de mercado, em que o sector publico e o privado coexistem entre .O que aconteceu na europa,e o alfredo barroso falou disso no livro dele, é que em muitos paises os partidos socialistas roubaram o espaço politico a muitos partidos de direita.Estávamos na tal terceira via de blair, schroeder clinton e alguns mais.Mas valupi, andar na politica é como nadar no mar: uma onda leva-nos áo altar dos deuses, mas há outra onda que no momento seguinte pode mudar tudo.A crise de 2008 teve essa vantagem: ajudou a clarificar as posições ideológicas.Tanto que hoje em dia o psoe perdeu o poder e continua a perder votantes para a iu.O syriza alimentou-se dos votantes desiludidos do pasok, que é uma grande sombra do partido que foi.Só ganhou na frança, onde o hollande fez uma desmaracação clara das politicas liberais do sarkozy.

  23. uma nota valupi: O facto de luis amado ser convidado para esse certamente diz muito da pessoa: Luis Amado, ainda no governo propos um bloco central entre o ps e o psd.Convenhamos, é uma pessoa que se sentiria bem confortável no dito partido.A divergencia de socrates e amado face ao psd é mais de forma do que de conteudo,e isso explica porque é que tu és tão simpatizante deles e és tão áspero perante a restante esquerda, e não falo só do pcp e do be, como também da ala esquerda do ps.Mas isso para mim é compreensivel, tu na verdade partilha grande parte das coisas com o psd.E não é só o facto de acreditares no capitalismo, porque eu também acredito.Porque de resto isso não chega para definir as diferenças.Acontece que tu acreditas em principios conservadores que nem o ps acredita:
    Valupi: quero deixar aqui um link, com um post do joão vasco do esquerda republicana:
    http://esquerda-republicana.blogspot.pt/2012/06/deriva-de-direita-em-caras.html

  24. Devia ter explicitado que nâo foi o seu post que pretendi visar mas este seu comentário expresso na “caixa”. Que havia de pensar, Valupi? Releia o que escreveu:

    “Mesmo depois das eleições, Amado sempre se referiu a Sócrates com admiração e sentido de justiça. Assim, é ridículo estar a castigá-lo por ser um homem livre e expressar as suas opiniões livremente, as quais não carecem de ser iguais às nossas ou às de seja quem for”.

    Com que entâo é ridiculo criticar a atitude de um homem que revela uma tamanha falta de dignidade, quando se vê acusado de graves crimes e não só assobia para o lado como “vai a banhos” com os acusadores?
    Como fiz notar, Valupi, não se trata de respeitar ideias diferentes e expressas livremente. Trata-se da miséria das atitudes que conduziram este país a um verdadeiro esgoto a céu aberto, onde ladrões, caluniadores e assassinos se confundem com magistrados, políticos, jornalistas, governantes, polícias e empresários.
    Puseram a república na merda. Este Luis Amado é exemplo dessa decadência. Suporta bem o cheiro da fossa. Pois que se afunde nela até ao pescoço.
    Repito, Valupi e outros que me criticaram: neste caso não se trata de defender ideias diferentes; trata-se de conviver alegremente com o crime, porque é criminosa a acusaçâo da JSD.

  25. rr, fiquei esclarecido. Mas tenho ainda uma dúvida: o que é que tu achas que eu tenho a ver com o PS? É que não sou militante, simpatizante ou votante do PS (à excepção das últimas eleições legislativas, e apenas para defesa da democracia), portanto porque insistes em me falar do PS?
    __

    Fernando, tu és mesmo mais rápido do que a própria sombra, por isso ganhas todos os duelos de pistola. Ora pára um bocadinho para pensar: se esse comentário não tem lá o teu nome em nenhuma parte do seu texto, por que raio devia estar exclusivamente dirigido ao que tu escreveste?

    Antes desse comentário estão vários que fazem ataques ridículos, na minha humilde e nada modesta opinião, a Amado. Mas posso acrescentar que tu te inscreves directamente na lista de ridículos ao considerares Amado um exemplo da decadência. É que se pode ser considerada polémica a sua participação numa acção do PSD, e por isso dei conta da notícia e elaborei uma reflexão sobre ela, jamais em tempo algum Amado pode ser considerado decadente. Para tal, só alguém ceguinho de raiva é que o pode fazer. E fazê-lo é supinamente ridículo.

  26. “Sou um keynesiano,e social-democrata classico…”
    … e o tijolo de esquerda tem o franchising disso para portugal ou importas e fazes venda directa na feira do relógio? diz lá em quem votas e deixa-te de paleRRmices.

  27. Valupi: mas é o partido ao qual te aproximaste nos ultimos tempos.Não podes fingir que os vossos destinos não estão cruzados quando tens aqui uma deputada do ps,e já tiveste outras vozes de esquerda aqui.
    Mas faço-te outras perguntas: Qual é a tua posição ideológica na verdade, keynesiano, liberal? Concordas por exemplo com as ideias economicas da merkel, ou do romney ?

  28. mas ó ignatz: eu que nao sou de intrigas, tens um discurso assim um bocado conservadorzeco.Acho que já meteste a cruz no portas ou nos laranjas

  29. rr, não só é o partido de que estou mais próximo como o único que vejo a cumprir o ideal democrático do 25 de Abril. Mas isso não me faz representante desse partido, pelo que se tens interesse em enviar mensagens para esse partido, ou para pessoas desse partido, perdes o teu tempo comigo. Quanto a ter aqui no blogue uma colega de escrita que actualmente é também deputada independente do PS, isso é um motivo de orgulho igual ao que teria se algum outro companheiro de escrita no blogue fosse deputado do BE ou do CDS, do PCP ou do PSD. As pessoas não são só, nem essencialmente, os seus vínculos partidários perenes ou efémeros.

    A minha posição ideológica é o sportinguismo.

  30. Ó meu, sabes pq o Amado não pode, nem nunca será julgado? Pq tem o apoio da USA e CIA SA & Lta. Andas muito desatento, meu!

  31. val, preferes keynes ou hayek? João ferreira do Amaral ou Vitor Bento? Era isto que eu te estava a perguntar

  32. Foram as atitudes como esta de Luis Amado e as atitudes de justificação das mesmas, como a sua, que trouxe a nossa sociedade a este apodrecimento da ética. Os políticos como Luis Amado e as personalidades opinativas como o Valupi estão preparados para aceitar que sejam lançadas suspeições graves contra um candidato a PR e tais suspeições não mereçam um mínimo de atençâo por parte dos agentes da justiça. Nem os candidatos opositores, Moura, Alegre ou Nobre exigiram cabal esclarecimento! Divulgou-se uma carta anónima denunciando a pretensa pedofilia do presidente Sampaio e a coisa ficou por isso mesmo! A suspeição no ar! Sampaio tem vivido muito bem com isso, em vez de ele próprio e a sociedade terem exigido o esclarecimento cabal e punição dos infractores. Já não falo de seis anos de suspeições gravissimas sobre um PM em exercício.
    Chegamos a isto por causa de muitos Amados e muitos Valupis.
    Luis Amado não é decadente: limita-se a conviver muito bem com a decadência. E os Valupis aplaudem tão nobre espírito democrático!
    Ainda não perceberam que é esta “brandura” com a torpeza que nos está a destruir moralmente?
    Diga aí, Valupi, afinal donde vem a gritante falta de ética que minou as instituições da república? Foi disto, Valupi, das críticas brandas como a sua e de ex-governante que pouco se importa de abraçar quem o denuncia como cirminoso na acçâo governativa.
    Esta é a decadência profunda, tolerada, aceite, apaludida mesmo. A decadência de Luis Amado e do Valupi.

  33. oh espeRRteza saloia! a deputada é independente como tu, é uma técnica para estar com um pé dentro e outro fora, enjeitar responsabilidades e fazer pela vida. já te disse uma vez que voto ps e não tenho vergonha do afirmar porque não sou cobaRRde como tu que passas a vida a insinuar e a fugir às respostas.

  34. oh meRRdas! deixa-te de preferências musicais e explica aí ao people em quem votas, se é que tens idade para isso. não respondes, não levas mais conversa.

  35. oh fernando! decadência é o pcp estar ao serviço da presidência, fazer o jogo da direita e enganar o eleitorado. a liberdade faz-se com democratas e não com sectarismo social fascista.

  36. Valupi: o que é preferir o sporting?
    Ignatz: Nas ultimas eleições, não fui votar.Votei ps em 2005 e em 2009.Mas Mas se tivesse ido era capaz de votar no be.Satisfecho?

  37. val, para o sporting também é o meu clube. para conseguir o terceiro lugar,fui este sabado a santiago pedir-lhe esse favor.Ele não me prometeu nada como é costume,mas o seu silêncio foi ensurdecedor, o que não augura nada de bom.

  38. Venho aqui só para dizer, apesar do tardio ou por isso mesmo, que os comentários do rr e do Fernando, me obrigaram a ler toda a caixa, já o Val do pouco que prometeu comprometeu, atão com aquela do Sporting, é de quem já deita os bofes pela boca.

  39. Fernando, creio que resumiste muito bem a questão:

    “Foram as atitudes como esta de Luis Amado e as atitudes de justificação das mesmas, como a sua, que trouxe a nossa sociedade a este apodrecimento da ética.

    […]

    Esta é a decadência profunda, tolerada, aceite, apaludida mesmo. A decadência de Luis Amado e do Valupi.”

    É isso mesmo, pá. Tu é que devias mandar nesta merda toda para acabar com as poucas vergonhas que estes dois malandros, o Amado e o Valupi, andam a espalhar impunemente.
    __

    rr, preferir o Sporting é não preferir o Benfica (entre outras coisas).

    Aqui nesta conversa, é uma forma de assinalar que estás a falar de teorias económicas e de políticas como quem discute futebol. Repara: tu tanto te reclamas keynesiano como dizes que não há diferenças entre o PSD e o PS. As duas opiniões não podem conviver, pelo menos com este PSD dos últimos anos, pois a acusação que a direita fez a Sócrates foi precisamente a de ser keynesiano numa altura em que devia travar o investimento público. Uma explicação para a tua contradição, porém, poderá estar no facto de não teres acesso às notícias desde 2008, embora continues a ter abundantes opiniões acerca do PSD e do PS.

  40. Não desconverse, Valupi. O senhor sabe e ambos sabemos distinguir o acto de corrupção económica e moral, do acto complacente de com eles conviver e pactuar, como se nada estivesse a acontecer ou, como agora soe dizer-se, “desvalorizando-os”. Temo-nos fartado de “desvalorizar” ou, como diz o povo, “fechar os olhos”.
    Se o Valupi não entende até que ponto esta atitude por parte daqueles que foram tendo responsablidades na administração e na governação fez apoderecer a moral do país, não sei onde vai arranjar justificações para a presente falta de ética republicana.
    Claro que ao referir os “Valupis” estou a pensar na multidâo de opinadores que branqueaim com toda a facilidade os Amados lusos que aqui se beijam e abraçam e ali se caluniam e insultam como putas desavindas.
    Repare na ligeireza com que aborda o assunto no seu post, face à gravidade das acusações lançadas sobre Amado e os seus colegas de governo! Ele, Amado, ficou-se borrifando e você, Valupi, faz-lhe uma suave advertência.
    E assim chegamos a este lamaçal.
    Era só isto, porra, o que estava a tentar fazer-lhe ver! Não podemos continuar com “blandicias”.

  41. Valupi, são lúcidas as críticas que fazes ao Seguro e seu papel não só na castração da oposição PS como também no comportamento colaboracionista que teve no derrube do Sócrates, que ele sabia bem ser a única maneira de ganhar o penacho que agora exibe.

    Por isso não percebo que, criticando embora o Amado por ir à parvoeira de Verão dos do pote, que teoricamente o pretenderiam meter na pildra, não reconheças o papel que também ele teve no derrube do Governo ao qual pertencia. A moral não deve ser incompatível com a política e o comportamento dele foi moralmente muito discutível. Aparentemente calado e solidário com o Governo, esteve a partir de determinada altura sempre com os dois pés dentro e a boca (com a mão à frente, a tapá-la) soprando para fora, a ajudar a cavar a areia debaixo dos pés do Sócrates. Não me esqueço das “notícias” estrategicamente colocadas sobre a possibilidade de ser ele o chefe de um Governo PS sem o Sócrates (raiz de todos os males), “notícias” de que ele nunca se demarcou. E outras que nos informavam que Luís Amado era o único ministro do Governo PS que falava com o de Boliqueime e tinha uma boa relação com ele, o que mais uma vez facilitaria a sua indigitação para primeiro-ministro se o Sócrates saísse “voluntariamente”. E de declarações públicas em que ele contradiz de forma aparentemente ingénua declarações que o Sócrates acabava de fazer (ver http://www1.ionline.pt/interior/index.php?p=news-print&idNota=98847 ), fazendo-o passar por mentiroso e reforçando assim a campanha da direita. E por certo sabes tão bem como eu que os dois praticamente deixaram de se falar nos últimos tempos do Governo precisamente pelos motivos que atrás refiro, e que foram o culminar de muita manobrinha “à la Seguro” em que o Amado foi exímio. A diferença entre um e o outro reside, aliás, apenas no maior grau de sofisticação e capacidade de dissimulação do Amado. E quanto aos voos da CIA, ficou também clara a sua atlantista colaboração no seu branqueamento, por mais que isso custe a engolir.

    Não vejo mal nenhum em que o homem seja ambicioso, mas a deslealdade, e ainda por cima cinicamente camuflada, é uma coisa completamente diferente. Parece-me que ficou bem patente que o Amado não se importa de surfar uma coisa e a outra.

    Tal como tu, também eu não sou nem nunca fui PS e a primeira vez que votei PS em eleições legislativas foi em Junho de 2011, com uma ligeira nuance na motivação: enquanto tu votaste como votaste “apenas para defesa da democracia”, eu fi-lo também para defesa da decência e da moral em política, contra o vale-tudo das máfias e dos idiotas úteis coligados.

  42. Estou de acordo, com este comentario do joaquim camacho baseado em factos. Amado, na minha opinão, tem uma agenda politica pessoal que passa por ser o substituto do acabado silva.O Ps não quer só ganhar eleiçoes,quer essencialmente um presidente que esteja ao lado da maioria dos portugueses.

  43. “Aqui nesta conversa, é uma forma de assinalar que estás a falar de teorias económicas e de políticas como quem discute futebol. Repara: tu tanto te reclamas keynesiano como dizes que não há diferenças entre o PSD e o PS. As duas opiniões não podem conviver, pelo menos com este PSD dos últimos anos, pois a acusação que a direita fez a Sócrates foi precisamente a de ser keynesiano numa altura em que devia travar o investimento público”

    Fácil de rebateu este teu argumento valupi: o psd tem a sua opinião, e eu tenho a minha.Mas de qualquer forma, referes-te a uma curta fase keynesiana do ps, que durou pouco mais que um ano.De 2005 até ao ano da crise,politicas de inspiuração liberal, e de 2010 até ao fim, foi a politica austeritária que se sabe.A credibilidade que dás a um partido que durante anos foi o pára-raios do ps…

  44. acho um piadão a estes facciosos e intolerantes do caralho que por terem votado uma vez na vida no ps acham-se com autoridade moral para cagar lérias sobre o luís amado, para não falar da concorrência disfarçada que aproveita qualquer oportunidade para fazer coro com este idiotas. inscrevam-se, paguem cotas e digam essa merda na cara dos gajos quando passarem pelo rato. entretanto desamparem e discutam futebol que é mais acessível à formatação dos v/ miolos. atão o escalrracho é um tudólogo que não resiste a dizer asneira e inventar estórias sobre tudo o que mexa, parece a ana gomes a esticar-se para ver se apanha.

  45. Fernando, as fichas de atenção que tinha para gastar contigo acabaram. Sugiro que levantes o cu da cadeira e vás dar exemplos de ética para o meio da rua ou, no mínimo, que não percas o teu tempo a ler textos de corruptores.
    __

    Joaquim Camacho, não temos a mesma interpretação acerca desses episódios que recordas. Mas há um ponto onde muito estranho o teu raciocínio: estás a declarar que Sócrates era incapaz de se ver livre de traidores que tão obscenamente o tramavam a torto e a direito. Isso revela mais do que tu pensas de Sócrates do que da realidade onde só conheces o lado exterior, fragmentado e distorcido. Ou tu achas que aqueles dois não passam de fantoches sem história, dignidade, privacidade, respeito mútuo, decência, lealdade e liberdade?
    __

    Maria Rita, idem supra.
    __

    rr, as tuas noções de keynesianismo e de liberalismo têm a densidade e resistência de uma folha de papel manteiga. Vai estudar, homem. Vai consultar os gráficos do investimento público dos Governos PS e constata como a qualidade do sistema público, desde a Saúde à Educação, passando pelos Transportes e Vias, só foi possível graças a uma consistência em políticas de desenvolvimento. É precisamente esse legado que PSD e CDS querem desmantelar, para o que contaram com o voto cúmplice, absurdo e cobarde do BE e do PCP.

  46. Val, é mais consistente do que dizer que a esquerda e a direita não existem,e que só existe o tal centrismo, ou dizer que a ideologia é um sportinguismo.Esta do sportinguismo então foi um autentico chutar para canto, como aliás já é habitual em ti valupi,desconversares quando és encostado á parede.
    Quanto ao pec IV, porque é que o pec IV aumentava impostos e descia despesas sociais?

  47. rr, vejo que és um estudioso da minha vasta obra. E constato com agrado que te consideras um valente não-anónimo que encosta adversários políticos à parede com o teu keynesianismo musculado.

    Vamos então ficar por aqui. Acabou a brincadeira, compadre.

  48. Val,apenas referi que quem diz que a sua ideologia é o sportinguismo, não pode nem tem moral para falar da pouca consistencia do pensamento dos outros.Isso e a tua habilidade para desconversares quando sentes que a converrsa nao te agrada

  49. Valupi, penso que os episódios que recordei não têm duas interpretações possíveis, tal como não tinham duas interpretações possíveis as atitudes política e moralmente repelentes do Seguro que interpretaste aqui, com grande lucidez, classificando-o como aquilo que é: um molusco.

    As capelinhas das máfias merdiáticas (e seus mandantes e financiadores) que nos transmitiam os importantíssimos estados de alma e honradíssimas reservas do Seguro e do Amado à política do Governo Sócrates eram exactamente as mesmas. As reservas e estados de alma também eram semelhantes, sabendo-se apenas que um queria o Sócrates fora do caminho para chegar a secretário-geral e o outro tentou aproveitar a conjuntura esquizóide em que o ambiente político se encontrava para ir directamente a primeiro-ministro. Outra diferença era que o Seguro já vinha marcando território havia muito tempo e o Amado só começou as manobras de demarcação, e de forma mais ambígua, mais dissimulada, quando viu que o barco se ia afundar antes de chegar ao porto. Era fácil ao Amado, se quisesse, demarcar-se das mefistofelices que lhe atribuíam e o que é certo é que nunca o fez. Além do que disse antes, são também conhecidas as simpatias que tem pela ideia de um conúbio governamental entre PS e PSD, que, aliás, já verbalizou sem ambiguidades. Foi dos poucos assuntos em que foi claro.

    Quanto à dificuldade que pareces ter em acreditar que o Sócrates foi “incapaz de se ver livre de traidores que tão obscenamente o tramavam a torto e a direito”, custa-me a crer que sejas ingénuo a esse ponto. O que o Seguro fez, e tu aqui analisaste mais de uma vez, enquadra-se claramente nessa situação e ele não se livrou do homem. Não é uma questão de ser incapaz, é uma questão de política intrapartidária, de equilíbrios internos, de tácticas, de compromissos, de pesar prós e contras, em suma, de política. Política partidária, mas política na mesma. E é irrelevante o facto de o Amado, ao que julgo saber, nem ser filiado no PS.

    Quanto ao que eu penso do Sócrates, é mais ou menos o seguinte: estava genuinamente empenhado em levar a cabo políticas de compromisso que levassem este país a singrar com sucesso na economia global. Por mais erros que tenha cometido, acabava por ser um mal menor. Empalado por empalado, o Sócrates oferecia-me, ao menos, a garantia de o fazer apenas de vez em quando e com o mínimo de dor possível, dando-nos, quando percebia que a dor era forte, algumas doses de anestesia. Da máfia do pote, sempre soube (e alertei muitos anti-socratistas primários para isso) que nos iam empalar furiosamente não uma vez por outra mas sim 24 horas por dia e que, não satisfeitos com isso, ainda iam forrar sadicamente o pau com arame farpado.

    Caro Valupi, neste caso, como aconteceu aqui há uns tempos, penso que só podemos concordar em discordar.

  50. “E é irrelevante o facto de o Amado, ao que julgo saber, nem ser filiado no PS.”

    sabes pouco e por ser irrelevante aí vai link para a wikipédia, sítio onde os pleubeus tiram dúvidas

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Lu%C3%ADs_Amado

    foda-se escalrracho! poupa-nos os teus estados de alma, frustrações & complexos turístico-rurais. tanta linha para dizeres nada, sustentado por nada e sobre nada que não seja a tua visão umbiguista do mundo. não vais com a cara do amado e depois o que é que isso encurta ou diminui o valor do homem. temos novo parolo da benedita armado em politólogo.

  51. Joaquim Camacho, sou muito mais ingénuo do que possas conceber. E vamos lá:

    – Não estavas a ver Sócrates a obrigar Seguro a sair do PS, pois não? Assim, Seguro foi afastado das escolhas de Sócrates para cargos governativos e directivos – há quem defenda que essa é a fonte da raiva de Seguro contra Sócrates – mas era impossível retirar-lhe o estatuto que tinha no partido. Aliás, em várias ocasiões vimos Sócrates a mostrar uma bonomia complacente para as figuras que Seguro fazia como tácito líder da oposição interna.

    – As declarações de Amado que te servem para entrares em registo calunioso prestam-se a muitas e desvairadas interpretações. Só naqueles países com alergia à democracia é que se declara a vigência da interpretação única. O que, de facto, não se presta a uma dupla interpretação é o facto ele mesmo de Amado ter sido uma escolha de Sócrates para os seus dois Governos e de ter ficado até ao fim.

    – O teu problema com as opiniões de Amado, desconfio, pode ser um problema com as ideias que divirjam das tuas. É que a sua defesa de um eventual Bloco Central faz todo o sentido a partir da posição onde ele se encontrava: contemplando uma tempestade gigante para a qual toda a unidade nacional seria pouca.

    Deixo-te um conselho: pesa as consequências para a inteligência do uso da calúnia, e trata desse problema o mais rapidamente possível.

  52. oh escalrraxito, aí vai uma lista dos negócios estrangeiros em democracia. na qualidade de tudólogo, com méritos reconhecidos aqui na tasca, qual destes gajos é que desempenhou
    verdadeiramente a função de ministro dos negócios estrangeiros e qual escolhias novamente para o cargo? nota que o cargo é: negócios estrangeiros, não tem puto a ver com a qualidade da neve em aspen, abafar mantas ou andar a mamar croquetes nas embaixadas para aparecer na hola.

    1974-1975, Mário Soares (1ª X)
    1975-1975, Melo Antunes (1ª X)
    1975-1975, Mário Ruivo
    1975-1976, Melo Antunes (2ª X)
    1976-1977, Medeiros Ferreira (1ª X)
    1977-1978, Mário Soares (2ª X)
    1978-1978, Vítor de Sá Machado
    1978-1978, Carlos Correia Gago
    1978-1978, Medeiros Ferreira (2ª X)
    1978-1980, João Carlos Lopes Cardoso de Freitas
    1980-1981, Diogo Freitas do Amaral (1ª X)
    1981-1982, André Gonçalves Pereira
    1982-1983, Vasco Futscher Pereira
    1983-1985, Jaime Gama (1ª X)
    1985-1987, Pedro Pires de Miranda
    1987-1992, João de Deus Pinheiro
    1992-1995, José Manuel Durão Barroso
    1995-2002, Jaime Gama (2ª X)
    2002-2003, António Martins da Cruz
    2003-2004, Teresa Patrício de Gouveia
    2004-2005, António Monteiro
    2005-2006, Diogo Freitas do Amaral (2ª X)
    2006-2011, Luís Amado
    Desde 2011, Paulo Portas

  53. oh aboRRto, ninguém te perguntou nada, mas já que respondes, vê lá se gostas. estamos a falar de negócios estrangeiros e não de cozido à portuguesa e seguido de sessão de peidos & larachas. deves ter emigrado para o séc. xix, o mundo mudou muito com a ascensão e queda do comunismo.

  54. já respondi acima, mas não percebeste porque és ortoRRômbico e confundes estrangeiros com estranhos. já ouviste falar em diplomacia económica ò achas que o ministro dos negócios estrangeiros serve para declarar guerra a outro país, desembrulhar umas estrangeirinhas e pouco mais, isso foi com o petróleo barato.

  55. Valupi dixit: “O teu problema com as opiniões de Amado, desconfio, pode ser um problema com as ideias que divirjam das tuas.”

    Não tenho qualquer problema com “ideias que divirjam” das minhas, excepto ideias racistas, xenófobas, nazis e aparentadas, mas tenho o direito de as elogiar ou criticar. Chama-se democracia e espero dos outros o mesmo em relação a mim. Precisamente por isso também não tenho problema “com as opiniões de Amado”, mas não dou a ninguém o direito de me impedir de manifestar a minha opinião sobre elas. Mais do que as ideias ou opiniões de Amado, critico algumas das suas atitudes e timings das mesmas, como te expliquei. Concretamente, as que descrevi nos comentários anteriores, no que respeita ao governo a que pertencia, e na história dos voos da CIA.

    Valupi dixit: “Deixo-te um conselho: pesa as consequências para a inteligência do uso da calúnia, e trata desse problema o mais rapidamente possível.”

    Estás a falar de quê? Crítica e livre expressão de opinião agora são sinónimos de calúnia?

    P.S. – Mudando de assunto, o quadro da SIC de que te falei há dias foi de novo mostrado há bocadinho (mais ou menos ao minuto 13 ou 14 do “Jornal da Noite”), desta vez com o José Gomes Ferreira em directo, entusiasmadíssimo, a explicar como aquilo ilustrava os “sinais muito positivos” da economia e das finanças lusas.

  56. Ignatz,concordo, concordo e concordo.e tu perguntaste quem é que seria o ideal para novo ministro.E eu disse-te quem era.Este pelo menos, nem colaborou com a cia, nem papou dinheiro de submarinos, e andou disfarçado de catherine deneuve á noite no eduardo VII

  57. Joaquim Camacho, estás mesmo à espera que te explique a diferença entre liberdade de expressão e calúnias? E quem é que te está a impedir de manifestar seja o que for? Estás a falar do quê e de quem?

  58. A generalidade dos visitantes e anfitriões do Aspirina pensa, expõe, conversa, discorda, concorda, critica, argumenta.

    Parvalhatz, o chihuahua bully, coliforme hiperactivo e bilioso, continua a peidar-se.
    Eizi-o, em todo o seu esplendor (em americano, “espeidador”; em americano erudito, “javardão-de-merda-gaseia-civis-inocentes-dot-com”):

    http://www.youtube.com/watch?v=0myd6r1uv_k

  59. oh escalrraxito, deixa de encher xóriços com desconversa da treta e responde às acusaçóes que te fazem. tens lá em cima uma lista de ex-ministros dos negócios estrangeiros para dares a opinião sobre qual foi o melhor. argumentas com mentiras, coisas vagas e a despropósito e quando confrontado com a merda que produzes desatinas a entubar palermices que nem os malucos do riso se atreveriam a pôr no ar. só chatices, agora que estavas quase a mandar aqui na tasca tiveste o azar de marrar com o accionista principal, bem podes limpar o cu aos gráficos.

  60. oh abeRRação! atão concordas e discordas ao mesmo tempo, vê lá se te decides que o taxímetro está a contar e o fogareiro a estorvar o trânsito.
    o luís amado, sem margem para dúvidas, foi o único que fez diplomacia económica a sério e se hoje todos gabam as exportações portuguesas ninguém se lembra quem foi o motor da coisa, vê lá bem que até o sô àlvaro acha que foi por ele ter apanhado o avião para a horta seca. já viste o amado queixar-se da vida ou gabar-se do que fez? quem é que diz mal do gajo? anas gomes, escalrrachos e um numero reduzido de parvos que não sabe do que fala.

  61. Valupi, não espero que me expliques a diferença entre liberdade de expressão e calúnias, mas apenas que me digas quando e como caluniei o Luís Amado.

    Também não quis de modo nenhum dizer que me estás a impedir, formalmente, de manifestar seja o que for, pois a liberdade de expressão no Aspirina é total e toda a galáxia sabe disso. Depois de reler o meu comentário, admito alguma ambiguidade na maneira como me exprimi nesse ponto, mas não tenho qualquer problema em reconhecer que acusar o Aspirina disso seria tão injusto como acusar-me a mim de ter problemas com ideias diferentes das minhas ou acusar-me de caluniar quando, criticando e fundamentando, apenas exerço o legítimo direito de liberdade de opinião e expressão.

  62. oh escalrracho! por mim estás à vontade, o direito à asneira e a umbiguidade de expressão são livres e de bruços.

  63. Joaquim Camacho, difamaste Amado com as seguintes afirmações:

    – “Aparentemente calado e solidário com o Governo, esteve a partir de determinada altura sempre com os dois pés dentro e a boca (com a mão à frente, a tapá-la) soprando para fora, a ajudar a cavar a areia debaixo dos pés do Sócrates.”

    – “E por certo sabes tão bem como eu que os dois praticamente deixaram de se falar nos últimos tempos do Governo precisamente pelos motivos que atrás refiro, e que foram o culminar de muita manobrinha “à la Seguro” em que o Amado foi exímio. A diferença entre um e o outro reside, aliás, apenas no maior grau de sofisticação e capacidade de dissimulação do Amado.”

    – “E quanto aos voos da CIA, ficou também clara a sua atlantista colaboração no seu branqueamento, por mais que isso custe a engolir.”

    – “Não vejo mal nenhum em que o homem seja ambicioso, mas a deslealdade, e ainda por cima cinicamente camuflada, é uma coisa completamente diferente. Parece-me que ficou bem patente que o Amado não se importa de surfar uma coisa e a outra.”

    – “As capelinhas das máfias merdiáticas (e seus mandantes e financiadores) que nos transmitiam os importantíssimos estados de alma e honradíssimas reservas do Seguro e do Amado à política do Governo Sócrates eram exactamente as mesmas. As reservas e estados de alma também eram semelhantes, sabendo-se apenas que um queria o Sócrates fora do caminho para chegar a secretário-geral e o outro tentou aproveitar a conjuntura esquizóide em que o ambiente político se encontrava para ir directamente a primeiro-ministro.”

    Estas chegam e sobram. Trata-se da tua opinião, pois claro, mas constituem-se como um processo de intenções que choca com outras informações igualmente públicas. A principal de todas é a de que jamais em tempo algum Amado alimentou a campanha que o tentou utilizar para criar, ou aparentar, cisões no Governo. Ele e Sócrates não deram a mínima resposta a esses golpes de baixa política pois isso era precisamente o que se pretendia, para assim fazer crescer a suspeita e manter as atoardas na agenda da comunicação social. Cada um fez o que tinha a fazer e tu manifestas claro desconhecimento das declarações de Amado a respeito de Sócrates e desse período, só essa branca justifica os teus tão injustos ataques.

    Acontece que Amado tinha e tem todo o direito a expressar uma visão da realidade política distinta da do líder do seu Governo e do seu partido. Isso ficou manifesto em certas declarações onde Amado dava conta da extrema dificuldade de se governar em minoria precisamente numa altura em que o Mundo e a Europa estavam numa convulsão económica e financeira assustadora. Segundo ele, o melhor para o interesse nacional estava em algo que o próprio igualmente reconhecia como altamente improvável: a pacificação interna. É sobre isso que escrevo aqui, datado de Dezembro de 2011:

    https://aspirinab.com/valupi/quem-e-que-ganhou-com-o-chumbo-do-pec-iv/

    Quanto à liberdade de expressão, creio que estamos em plano de absoluta igualdade: tu dizes o que pensas, eu digo o que penso daquilo que tu dizes, tu dizes o que pensas daquilo que penso que tu dizes, e por aí fora até que o Inferno gele.

  64. Trata-se da minha opinião, como dizes, mas baseada na análise que faço da informação que vou colhendo nas fontes da dita que existem na sociedade em que vivo. Exactamente o mesmo que fazes e que te levou a chamar molusco ao Seguro, mesmo não tendo ele feito frontalmente ao governo anterior ou ao Sócrates aquilo que agora consideras condição necessária para depreciar o comportamento do Luís Amado. “Jamais em tempo algum” o Seguro alimentou FORMALMENTE a campanha que o tentou utilizar para cavar a areia debaixo dos pés do Sócrates, mas isso não impediu que toda a gente soubesse, a todo o momento, das suas reservas e discordâncias e não acredito que alguém lhe tivesse feito, com um berbequim, um buraco na moleirinha para aceder aos seus importantíssimos estados de alma.

  65. Joaquim Camacho, uma calúnia não se define pela sua origem mas pela sua tipologia infundada e ofensiva. Assim, pouco importa se passaste 100 anos a analisar os discursos do Amado ou se foi um anjo que te soprou algumas verdades a seu respeito durante o sono. A questão remete para as intenções que lhe atribuis, as quais o pintam como uma pessoa traiçoeira, indigna de confiança. Ora, para além das tuas difusas e distorcidas percepções, onde estão essas evidências? Por exemplo, justifica com informação objectiva, documentável, que ele branqueou seja o que for no caso dos voos da CIA ou que pretendia ser primeiro-ministro de um Governo de bloco-central. Traz algo mais do que a tua interpretação, se queres sair do domínio da calúnia.

    Quanto ao Seguro, chamar-lhe “molusco” não é uma calúnia, é um insulto. Não é uma calúnia porque esse adjectivo apenas diz de mim que o utilizo, não diz do Seguro nem pode dizer. Mas se disser que Seguro anda a roubar na estrada, então essa declaração diz de mim e diz dele, eventualmente lesando a sua reputação e direito ao bom nome.

    Quanto a dizeres que Seguro “jamais em tempo algum” alimentou a campanha contra Sócrates é já entrar no reino do disparate por pirraça. Seguro era publicamente apontado como o opositor interno de Sócrates, o único candidato assumido à sucessão precisamente por causa de variados episódios em que manifestou – explícita e implicitamente – a sua discordância política da liderança do partido e o seu conflito pessoal com Sócrates. Seguro chegou a afirmar que o PS era conivente com a corrupção. Seguro chegou ao ponto de nem esperar um dia para anunciar a sua candidatura a secretário-geral, fê-lo logo em cima da demissão de Sócrates e fê-lo de forma debochada, quase que explodindo de alegria. Aliás, basta lembrar que Seguro foi o único deputado do PS, creio que de toda a esquerda, que aplaudiu o comício de Cavaco na tomada de posse.

  66. ignatz, vou-te explicar devagarinho: eu acho muito bem que se faça diplomacia económica.Mas para um gajo de esquerda como eu sou, não gostei de ele ter autorizados os prisioneiros do guantanamo a aterrarem nas lajes, não aprecio o tu cá tu lá que ele tem com os tipos do psd.Até foi ao programa do medina carreira e tudo pá

  67. Valupi, no que respeita às fontes onde bebemos a informação que depois nos forma a opinião, não vejo que as minhas possam ou devam ser consideradas qualitativamente inferiores às tuas. Quando dizes que “Seguro era publicamente apontado” confirmas essa minha percepção. A Luís Amado eram publicamente apontadas intenções e motivações de que ele nunca teve a mínima preocupação em demarcar-se. Não se trata de processos de intenções, mas de a publicitação das intenções que lhe eram atribuídas prejudicar a trincheira que teoricamente era a sua e ele não ter mexido uma palha para as desmentir. Se calhar foi distracção minha, mas escaparam-me as notícias sobre o tsunami que o impediu de adoptar, publicamente, a clareza de posições e a atitude solidária com o Sócrates de um Augusto Santos Silva, de um Vieira da Silva ou de um Francisco Assis, entre outros.

    Quanto a dizeres, em relação ao Seguro, que «chamar-lhe “molusco” não é uma calúnia, é um insulto», tudo bem, mas eu lembro-me que o insulto foi apenas a conclusão lógica da análise que fizeste ao comportamento do homenzinho num programa de televisão. E nessa análise estava uma apreciação do seu comportamento que, tanto quanto me lembro, tinha implícito um processo de intenções. De acordo com a lógica que pretendes aplicável, isso entraria no campo da difamação e calúnia, mas essa não é a minha lógica e penso, até, que “molusco” foi um qualificativo benigno, pois mais apropriado teria sido chamar-lhe “verme”. Já agora, eu não disse «que Seguro “jamais em tempo algum” alimentou a campanha contra Sócrates», mas sim que jamais o fez FORMALMENTE. E com o “jamais em tempo algum” entre aspas estava a citar-te, com ironia, quando escreveste que “jamais em tempo algum Amado alimentou a campanha que o tentou utilizar para criar, ou aparentar, cisões no Governo”.

    Continuo a não considerar infundada a apreciação que faço do comportamento de Luís Amado, mas acredita que, se algum dia tiver elementos que me convençam de que estou errado, darei a mão à palmatória enquanto o Diabo esfrega um olho. Enquanto isso não acontecer, só posso continuar a ser fiel à minha consciência e a opinar de acordo com ela.

  68. Joaquim Camacho, constato que não trouxeste nenhuma das tuas fontes para que possamos aferir da qualidade das tuas interpretações. Isso difere radicalmente do caso de Seguro, do qual já te dei exemplos de inquestionável oposição a Sócrates e temos o Google mortinho por nos dar dezenas de fontes que o nomeiam ao longo de vários anos como um candidato à sucessão de Sócrates. Não há aqui lugar a interpretações, apenas a constatações. Seguro comportava-se como um opositor de Sócrates e do seu Governo, como os seus votos e declarações de voto no Parlamento atestam.

    O caso de Amado é particularmente triste porque insistes em vestir a camisola daqueles que pretendiam precisamente esse efeito: sugerir que havia cisões no Governo e que Sócrates estava a ser abandonado até pelos mais próximos. É por isso, desconfio, que te limitas a repetir calúnias que nascem dos teus estados de alma, mas nada de concreto apresentas para as fundamentar. A imagem que deixas dessas duas pessoas, Amado e Sócrates, é moral e intelectualmente degradante.

    Se eu fiz uma análise a um programa de televisão onde Seguro apareceu, onde está a calúnia? Em ter comentado o programa? Ou o programa não existiu e eu inventei que ele lá esteve e que disse isto e aquilo? Cá para mim, estás com algumas dificuldades com a semântica de “calúnia”.
    __

    rr, se ainda não leste, aproveita e vai ver o que te escrevi no dia 30, às 14:17. É só o que tenho para te dizer e não to voltarei a explicar.

  69. valupi, introduzindo-me agora nesse tema do amado, dizes que ele está a ser manipulado pela direita, então parece que ele gosta de se-lo.Sabes em que programa é que ele esteve na tvi24 ha umas semanas atrás?

  70. Perguntas tu, Valupi: “Se eu fiz uma análise a um programa de televisão onde Seguro apareceu, onde está a calúnia?”

    Essa é fácil: em lado nenhum, quanto a mim não houve qualquer calúnia. Mas a tua pergunta, pasme-se, parece ter implícito que eu afirmei tal coisa. Ora o que eu escrevi ainda aqui está, 30 ou 40 centímetros acima destas linhas: “De acordo com a lógica que pretendes aplicável, isso entraria no campo da difamação e calúnia, mas essa não é a minha lógica.” Tu analisaste o comportamento do Seguro, eu analisei o do Luís Amado. Se um é calúnia, a aplicação da tua lógica classificaria o outro do mesmo modo, forçosamente, mas tal raciocínio, quanto a mim, não é correcto. Foi isso que eu disse. Qual a parte de “essa não é a minha lógica” que não percebeste?

    Dizes ainda: “Constato que não trouxeste nenhuma das tuas fontes para que possamos aferir da qualidade das tuas interpretações.” E o link que disponibilizei no primeiro comentário é o quê? Um ornitorrinco?

    E também não preciso de confirmar no Google as “dezenas de fontes que o nomeiam [ao Seguro] ao longo de vários anos como um candidato à sucessão de Sócrates”. Aí estamos de acordo. Não pode tal coisa ser dita do Amado “ao longo de vários anos”, mas pode sê-lo, apenas quanto à sucessão como primeiro-ministro e não para secretário-geral, ao longo de algumas semanas de 2011.

    “Insistes em vestir a camisola daqueles que pretendiam precisamente esse efeito: sugerir que havia cisões no Governo e que Sócrates estava a ser abandonado até pelos mais próximos”, afirmas tu, Valupi. Como poderia dizê-lo, se não tenho essa convicção? No segundo Governo Sócrates, só me lembro de duas cartas um pouco fora do baralho, e apenas na fase final: o Luís Amado e o Teixeira dos Santos. E este por razões meramente “técnicas”, digamos assim (subida dos juros no mercado secundário e posição concertada dos banqueiros para não dar mais crédito ao Estado, por exemplo), e não por lhe ambicionar o lugar.

  71. Joaquim Camacho, o que é que entraria no campo da difamação e calúnia? Ter chamado “molusco” a Seguro, no contexto de declarações suas num programa de televisão, o exemplo que trouxeste? Tu nem te dás conta da contradição, precisamente porque estás baralhado quanto ao significado de calúnia (e de difamação também, já agora). Repara: a calúnia não consiste na análise, esse acto cognitivo que agitas como comum às nossas duas pessoas nos casos em discussão, mas na imputação de intenções infundadas e lesivas para a honra do sujeito em causa. Assim, a parte de “essa não é a minha lógica” que não percebi é a parte que vai do princípio ao fim.

    O link que trouxeste não se refere nem aos voos da CIA nem à sua pretensa intenção de liderar um Governo de bloco central, declarações tuas para que te pedi explicitamente fundamento concreto. A notícia que trouxeste apenas apresenta uma leitura possível de declarações várias para efeitos de exploração de suspeitas de conflito entre Sócrates e Amado, no caso. A notícia começa por se referir a uma afirmação de Sócrates que se pode explicar pelo contexto, o facto de ele poder estar justificadamente a negar que a viagem se destinava exclusivamente à venda de dívida, e termina com outra afirmação que se pode igualmente explicar pelo contexto, o facto de Amado poder estar a reconhecer que a viagem também incluía na sua agenda a tentativa de vender dívida. Cortando aqui e ali, colando como convém, aí tens uma notícia onde se lança veneno para cima de governantes. Mas tu, de camisola conspiracionista vestida, alinhas na festa.

    Voltas a carregar na tecla, por pura embirração, que Amado foi cúmplice de uma qualquer campanha para ser primeiro-ministro. Para o fazeres tens de apagar toda a estratégia da direita que consistia em criar casos atrás de casos para manter o Governo de Sócrates fragilizado e na iminência de cair assim que desse jeito. Não te invejo a sorte.

  72. Val, …Seguro foi o único deputado do PS e creio que de toda a esquerda, que aplaudiu Cavaco na posse. Isso foi porque não o percebeu, e, além disso, era o senhor presidente.

  73. Valupi, repito o que já escrevi duas vezes: “De acordo com a lógica que pretendes aplicável, isso entraria no campo da difamação e calúnia, mas essa não é a minha lógica.” Ou seja, chamar molusco ao Seguro não é, quanto a mim, uma calúnia, e, sendo ainda por cima verdade, também não é apesar disso uma difamação, mas antes uma crítica política legítima ao seu comportamento usando a imagem de um animal que, não tendo esqueleto, não tem coluna vertebral. Podias ter-lhe chamado invertebrado, vinha a dar no mesmo.

    Mais claro do que isto não consigo. É verdade que estou a ficar baralhado, sim senhor, mas apenas com a necessidade de ter de dizer três vezes a mesma coisa.

    Quanto à “imputação de intenções infundadas e lesivas para a honra do sujeito em causa”, que pensas ter eu feito em relação ao Amado, penso ao contrário. A análise que faço do comportamento do sujeito leva-me a concluir o que já te disse e as “fontes” onde bebi são as mesmas que me levaram a formar a opinião que tenho sobre o Seguro.

    Quando referes, e bem, a “estratégia da direita que consistia em criar casos atrás de casos para manter o Governo de Sócrates fragilizado e na iminência de cair assim que desse jeito”, eu acrescento que episódios como o referido no link beneficiaram essa estratégia. Tu acreditas que o homem asneirou por acidente, ao afirmar que acontecera aquilo que o Sócrates dissera que não, estás no teu direito. A ser verdade, isso transformaria um diplomata experimentado, um político com enorme tarimba, que conhece bem o peso das palavras e está profundamente ciente da necessidade de coordenar declarações, ainda para mais numa época de brasa como aquela, num perfeito incompetente, num idiota chapado, no pai de todos os estúpidos. Considerar que ele é tudo isso é que é, quanto a mim, uma calúnia.

    E como isto não é um tribunal, o gajo não cometeu qualquer crime e eu não sou o Ministério Público, dispenso-me de perder algumas horas a coligir (como prova formal) jornais, revistas e noticiários televisivos para recuperar a informação bebida na época dos acontecimentos e que me levou a formar a opinião que expus.

  74. Joaquim Camacho, mas donde vem a necessidade de dizeres que chamar molusco a alguém não é calúnia? Acaso esse é o tópico da nossa conversa ou tal afirmação levanta alguma objecção? Tu é que trouxeste esse exemplo, e para o equiparares ao que estava em causa:

    “Trata-se da minha opinião, como dizes, mas baseada na análise que faço da informação que vou colhendo nas fontes da dita que existem na sociedade em que vivo. Exactamente o mesmo que fazes e que te levou a chamar molusco ao Seguro, mesmo não tendo ele feito frontalmente ao governo anterior ou ao Sócrates aquilo que agora consideras condição necessária para depreciar o comportamento do Luís Amado.” – Ago 1st, 2012 at 0:05

    Estás a dizer que ao atacares Amado (e Sócrates!) com intenções que não consegues fundamentar, e as quais remetem para questões de honra, mais não fazes do que aquilo que eu fiz ao chamar a Seguro molusco. Ora, esse raciocínio só se explica por má-fé ou por não estares a entender o que seja uma calúnia.

    Continuas a insistir, numa pulsão casmurra que desconfio já não seja passível de remissão, que existem fontes (quais? onde?) que te permitem tirar as conclusões a respeito de Amado com que nos brindaste ao longo desta conversa e as quais até já resumi a teu pedido.

    Em relação ao episódio da viagem ao Qatar, tomo como altamente provável que não foste convidado para ir na comitiva. Também desconfio que não estavas presente como repórter, sequer turista acidental. Assim, a forma como constróis o sentido desse acontecimento depende exclusivamente das notícias que leste. Acontece que as notícias não são neutras, antes nascem de um certo ponto de vista. Neste caso em causa, as notícias procuravam exibir sinais de conflito entre Sócrates e Amado, porque tal correspondia à lógica desses mesmos órgãos. Mas o conflito que o registo das palavras permite apresentar como factual pode ter várias explicações benignas. Por exemplo, bastaria que Amado não tivesse sabido do que Sócrates tinha dito a um repórter (não sei se foi o caso, estou só a especular) ou bastaria que a coordenação de comunicação do Governo não tivesse transmitido o imperativo de se alinharem declarações a respeito da venda da dívida, ou bastaria, como já propus, que os contextos respectivos em que as declarações são feitas permitisse a resposta diferente, embora, vista num outro plano, complementar. Finalmente, é ainda possível que Amado soubesse das declarações de Sócrates e ainda assim tivesse o à-vontade para publicitar a sua versão dos acontecimentos. Neste último caso, porém, continua a ser uma calúnia ver nisso uma intenção opositora e conspiracionista, pois poderia ter sido tão-somente a expressão do seu carácter, personalidade e liberdade.

    Não precisas de horas nem de minutos para encontrar notícias que te fundamentassem a acusação. Olha aqui esta, por exemplo:

    http://sol.sapo.pt/inicio/Politica/Interior.aspx?content_id=23097

    Só te faço notar que ela aparece no “Sol”, um jornal que explorou de forma difamente e caluniosa a violação do segredo de justiça contra Sócrates e todos que pudessem estar com ele relacionados. Também te faço notar o modo como a notícia está construída, não passando de um básico exercício de intriga. E, finalmente, recordo-te algo que Sócrates repetiu muitas e muitas vezes: “não devemos acreditar em tudo o que aparece nos jornais”.

  75. só agora verifiquei, que foi mencionado o meu nome pelo val na resposta que ele deu a Camacho. val tudo bem,mas mantenho o meu apoio à tese de camacho sobre amado depois de ler o seu texto .podemos ou não ter opinião? então lá vai:este homem nada tem a ver com o Ps que eu penso que existe. o exemplo do camacho com nomes como santos silva,F.Assis esqueceu-se do silva pereira, e outros, é gente que vestiu a camisola que pos a cabeça no cepo, coisa que amado nunca fez.não sei se amado é ou não do ps, o que sei é que há muita gente que não sabe o que é.o tempo dirá.quanto a seguro eu não gostava de falar,mas tenho que dizer que é extremamente calculista para o meu gosto. portou-se muito mal ao não assumir o legado que o ps de deixou.socrates com a sua liderança forte e carismatica,pos a fasquia muito alta para quem o viesse substituir.josé seguro, não está à altura em termos de capacidade de luta.já há tempos disse que mario soares , foi duas vezes pm.por favor não enterremos socrates,porque alem de jovem,tem muito para dar ao pais mesmo como pm..A verdade está a vir à superficie. portugal e os trabalhadores portugueses precisam dele, mesmo com austeridade forçada pelas circunstancias e não por motivos ideologicos.por ultimo um apelo:não percamos a compostura nos nossos debates em familia.

  76. Maria Rita, e por que razão não poderíamos ter opinião? Qual é o sentido dessa pergunta? E o que é isso de “perder a compostura em debates em família”? De que falas?

    Quanto ao que dizes de Amado, não estamos a discutir quem é que é mais socialista do que quem, nem as preferências de cada um, mas sim a questão das calúnias.

  77. mais uma para o coro dos irracionais que vêm a democracia a preto e branco porque o sistema operativo não aguenta cores e nem se dão pela triste figura que fazem ao aplaudir as estratégias de direita. o escalrracho faz copy/paste do que lê nos blogues de referência, baralha e debita opinião com fidelidade canina de um rottweiler com cérebro de crustácio e a outra nem repara que está a morder a própria cauda. fónix tanta burrice junta e depois põem-se com apelos à serenidade, inteligência, boas maneiras e similares para dar um ar de condescendência e tolerância.

  78. val, a compostura nada tem a ver consigo.quanto a amado depois do tipo de comentario do ignatz fiquei esclarecida… e mudei de opinião. amado é um individuo da esquerda do Ps,pôs a cabeça no cepo na defesa do governo anterior e no programa da TSF que vai para o ar todas as semanas,as suas posiçoes tambem estão á esquerda das de maria de lurdes rodrigues,que tambem foi crucificada e teve todo o apoio do amado.resumindo amado ia a todas.ponto final.por não ter perfil para fidelidades caninas, a minha militancia terminou há muitos anos.

  79. Valupi, perguntas agora (Ago 2nd, 2012 at 11:33): “Joaquim Camacho, mas donde vem a necessidade de dizeres que chamar molusco a alguém não é calúnia?”

    Respondo eu que da necessidade de responder a esta tua pergunta (Ago 1st, 2012 at 13:15): “Joaquim Camacho, o que é que entraria no campo da difamação e calúnia? Ter chamado “molusco” a Seguro, no contexto de declarações suas num programa de televisão, o exemplo que trouxeste?”

    E também de concordar com esta também tua afirmação anterior (Ago 1st, 2012 at 0:27): “Quanto ao Seguro, chamar-lhe “molusco” não é uma calúnia, é um insulto. Não é uma calúnia porque esse adjectivo apenas diz de mim que o utilizo, não diz do Seguro nem pode dizer.”

    Quanto à possibilidade de “o conflito que o registo das palavras permite apresentar como factual pode[r] ter várias explicações benignas” (no caso das declarações contraditórias sobre a compra da dívida), reitero o que escrevi ontem: “A ser verdade, isso transformaria um diplomata experimentado, um político com enorme tarimba, que conhece bem o peso das palavras e está profundamente ciente da necessidade de coordenar declarações, ainda para mais numa época de brasa como aquela, num perfeito incompetente, num idiota chapado, no pai de todos os estúpidos. Considerar que ele é tudo isso é que é, quanto a mim, uma calúnia.”

    E quando sugeres hipóteses implausíveis, à luz do que acabei de repetir, e temperas a coisa, num dos casos, com a afirmação de que “não sei se foi o caso, estou só a especular”, seria interessante que reparasses que estás a cometer, em dose ultra-reforçada, o pecado de que me acusas. Para eu mudar de opinião sobre o Amado (o que não é impossível), seria necessário muito mais do que especulações que contradizem toda a minha observação.

    E já agora, em que regulamento ou lei da República está escrito que só se pode ter opinião sobre factos políticos concretos quem acompanhe presencialmente os intervenientes directos, “como repórter” ou como “turista acidental”?

    Quanto à evidência de que “as notícias não são neutras, antes nascem de um certo ponto de vista”, caro Valupi, só posso dizer-te que acompanhei a feitura de notícias durante 35 anos e sei como a coisa funciona. Pela parte que me toca, sei que, dentro das minhas naturais limitações, contribuí para que muitas delas fossem pelo menos um bocado mais objectivas. Completamente neutras é impossível e entraria quase no domínio da castração, mas nem tudo entra nos jogos manipulatórios de rabo escondido com o gato todo de fora de muito pasquim que para aí anda.

    Quanto ao Sócrates propriamente dito, já me apercebi muito bem das qualidades e defeitos. E, apesar de estes serem muitos, estou convencido de que, no momento que atravessávamos quando ele era primeiro-ministro (e ainda no presente), era o melhor piloto disponível. Como a realidade se encarregou implacavelmente de provar, mais nenhum tinha as qualidades necessárias para levar o barco a bom porto e a prova é que a merda da chalupa está em risco de ir ao fundo. Mas não te iludas em relação ao Joaquim Camacho: o meu apoio ao Sócrates era, e é, condicional e atentamente crítico.

    Há um ponto em que penso que tens toda a razão, que é quando dizes: “Continuas a insistir, numa pulsão casmurra que desconfio já não seja passível de remissão”. Chama-se coerência e, no meu caso concreto, tornou-se crónica, sem cura possível.

  80. Maria Rita, concordo inteiramente quando dizes, referindo o Amado, que “há muita gente que não sabe o que é”.

    Já não estou muito de acordo quanto aos “nossos debates em família”. Primeiro, porque não é bem uma família. Será talvez mais adequado dizer que se trata de troca de ideias e argumentos entre pessoas que, pelo que já leram umas das outras, se respeitam o suficiente para entender, apesar das normais divergências, que vale a pena fazê-lo. E depois porque há demasiadas famílias equiparáveis a sacos de gatos, ou pelo menos com divergências insanáveis, pelo que “família” como exemplo de harmonia não se adequa frequentemente à realidade.

    De qualquer modo, sendo eu, apesar de ateu impenitente, um adepto convicto, e frequentemente comovido, da máxima cristã “paz na Terra aos homens de boa vontade” (não é ironia), a tua boa vontade é um bálsamo em qualquer lado onde se manifeste, nomeadamente aqui.

    Mas em verdade te digo: se acaso nas fileiras de um exército em batalha marchasse um caramelo que passasse a vida a esguichar mijadelas e a dar caneladas nos que tivessem a desdita de marchar ao lado dele, em vez de afinar a pontaria para o exército inimigo, o gajo levava uma coronhada nos cornos e era atirado aos cães em menos tempo do que o Speedy González demora a peidar-se, pardon my french.

    Em condições de fogo real, posso garantir-te que era isso que aconteceria, fatalmente, ao parvalhatz, o chihuahua bully, coliforme hiperactivo, bilioso, invejoso e intriguista cujo papel é apenas empestar os ares e provocar mal-estar, como por certo já percebeste. O “coiso” não anda aqui para discutir, argumentar ou esclarecer seja o que for, mas apenas para aliviar a bexiga e o intestino, como método de guerra biológica que favorece, obviamente, o inimigo. O meu conselho é que tapes o nariz, nada mais há a fazer.

  81. oh escalrracho! se calhar o luís amado até era comestível não fôra o problema do meu filho intriguista que armou aqui um cu-de-boi para dividir as tropas socialistas e baralhar as almas mais voláteis com mentiras e juízos de intenções ao ex-ministro dos negócios estrangeiros.

  82. ignatz.,é intruzo intrometido,que não conhece a fundo as teorias que professa;que não tem por motores na vida nem a independencia,nem a simplicidade,nem a verdade,,nem a refletida convicção a respeito das grandes e pequenas coisas. é sempre aquele que figura ou pretende figurar num meio que não é o seu meio natural.Ignatz é finalmente um impostor.

  83. o diagnóstico está errado mas a conclusão está certa. ignatz é um impostor e o luís amado voltou a ser um gajo porreiro, vítima da falta de respeito de um ignorante que manipula a verdade e as convições dos leitores mais distraídos que por momentos puseram a sua integridade moral em dúvida. se isto fosse uma república popular à maneira nada disso aconteceria, ia de cana a bem da liberdade de expressão.

  84. oh maria amalia, não gastes o espelho e não puxes tanto pelo motor senão ele rebenta em cima da carpete e lá se vai a virtude pró maneta.

  85. Joaquim Camacho, a nossa saborosa e proveitosa conversa nasceu de teres feito um comentário a um texto meu. Nesse comentário, fizeste declarações que para mim são caluniosas, daí ter tido interesse em discuti-las contigo, pois das duas uma: ou eras capaz de as provar, e, portanto, deixariam de ser caluniosas e eu aprenderia algo; ou não eras capaz de as provar, e elas confirmavam-se como caluniosas, levando-te a deixar de repeti-las. Acontece que tu preferes a terceira via, a de nada provares e a de reclamares o teu direito à calúnia. Muito bem, assunto encerrado, então.

    As falácias a que te agarras, só para manteres a face nesta caixa perdida de um perdido blogue, podem ser benéficas, todavia. Basta que releias o que escreveste, os tortuosos raciocínios, as petições de princípio, os argumentos “ad hominem” e tens aí muito material para análise e reflexão. Quando se chega ao ponto de dizer que colocar hipóteses benignas para a explicação de acontecimentos de que só conhecemos o lado público e não privado – o que eu fiz ao elencar cenários para a notícia que trouxeste – é equivalente a lançar acusações de falhas no carácter e na honra – o que tu fizeste ao acusar Amado disto e daquilo – algo de poderosamente valioso está aí à disposição para ser descoberto.

  86. Ignatz,és um grande ordinario. Tens direito a replica,por uma vez. Quando intervir noutros assuntos que nada tenham a ver contigo ignora-me pois eu vou fazêr o mesmo . É bom que o faças.

  87. Valupi, desde que há algum tempo encalhei no Aspirina B que ganhei apreço pela lúcida capacidade de análise evidenciada, a maioria das vezes, por alguns dos membros da equipa. O facto de encontrar aqui, reduzidas a escrito, muitas reflexões com que a realidade, política e não só, me inflama frequentemente o bestunto tornou-se um consolo. No teu caso concreto, aprecio sobremaneira, além da lucidez da análise, a capacidade de síntese, a forma apurada, o estilo vivo e a ironia que condimenta os cozinhados que nos ofereces, estimulando a salivação e, assim, facilitando a digestão.

    Mas, na discussão à volta do Amado, até parece que a “máquina” não é a mesma. Ou então que te meteram areia na engrenagem e gripaste a cambota da lucidez. Isto penso eu de que. Concordo inteiramente em encerrar o assunto e cá fico à espera de mais doses do Valupi de bisturi afiado a que me habituei.

  88. Valupi, é bom que tenham encerrado este debate.Amado não merece tanto.so´um ultimo comentario. em tribunal, um reu pode ser absolvido por falta de prova,mas isto não é a mesma coisa do que ser considerado inocente.

  89. agora qu’isto estava a ficar bom, com polícia municipal a velar pelos costumes e os mirones em desinibição participativa, é que resolvem acabar com a festa. o escalrracho tocou sinos arrebate para mobilizar apoios para levar uma monumental tareia, agora queixa-se de areia na engrenagem e levanta suspeitas sobre a identidade do agressor. vai ser complicado para o agente nuno resolver este conflito e fazer cumprir a ordem municipal.

    “… em tribunal, um reu pode ser absolvido por falta de prova,mas isto não é a mesma coisa do que ser considerado inocente.”

    o socrates, não foi a tribunal, nem era réu e continua a ser considerado culpado pela justiça. as palas podem ser boas para conduzir na charneca das pedras rubras, mas já não funceminam na rotunda do relógio que têm mais trânsito e em todas as direcções. problemas rústicos de quem amarra o burro ao gradeamento da casa da música para ir bater palmas à deolinda bacalhau.

  90. O Val faz juízos de intenção sobre o convite dos laranjinhas ao Amado, mas não aprecia que qualquer um de nós se pronuncie livremente sobre a coluna vertebral do ex-ministro de Sócrates. Amado não é ingénuo e parece ter uma estratégia pessoal e política, pelo que não acredito que o homem seja comido pelos imberbes jotinhas.
    Descansa, Val, não vai acontecer nada ao homem, até porque os “moluscos” têm a facilidade de escapar ao perigo por qualquer buraco.

  91. Joaquim Camacho, só me resta lamentar que não me ajudes a desgripar a combota da lucidez. E ocasiões não te faltaram, nem me fiz rogado nos apelos a que o fizesses, nem pagas nada por usar os espaços e serviços da casa.
    __

    Ignatzia, dá-me lá um exemplo (basta um, não te canses) de um juízo de intenção que tenha feito a respeito do convite a Amado, que é para ver se percebo alguma coisa do que disseste.

  92. Val,gostava que me dissesse algo sobre o teor da minha intervenção,que vem na sequência da sua resposta a joaquim camacho.cito-o: ou eras capaz de as provar,e, portanto deixariam de ser caluniosas e eu aprenderia algo; ou não eras capaz de as provar,e elas confirmavam-se como caluniosas fim de citação.a acusação pode não ser provada, mas não passam por essa razão a ser consideradas caluniosas. Agradeço o seu comentario,para aprender mais alguma coisa vindo de si. com resposta ou sem resposta este assunto para mim acabou.

  93. Triste Sporting.infelizmente ainda há quem acredite em milagres.Gostava de me enganar,mas o 4 lugar é o nosso destino.Chamem o Lierson, é mais novo que o Acosta.Fora de casa, não temos futebol suficiente, para ganhar a ninguem.Não é por nada mas o central americano no ano passado deu 9 pontos ao Sporting.

  94. Maria Rita, quem está a precisar de aprender sou eu. Neste momento, preciso que me ensines a entender a questão que me colocaste.
    __

    Nuno da camara municipal, há coisas piores do que o 4º lugar; por exemplo, o 5º, mas não só.

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