António Guerreiro será – provavelmente ou dentro dos meus limites como leitor distraído – o mais erudito, ecléctico e acutilante crítico português em Portugal. Crítico nesse sentido filosófico, e político, onde o aparato intelectual é usado intencionalmente para introduzir inteligência no espaço público. É ele que escolho para falar da onda de provincianismo que assola neste Agosto a opinião profissionalizada, onde as “redes sociais” aparecem diabolizadas ou fantasiadas. Eis os disparates que este sábio escreveu:
Mas é necessário dizer que todos os partidos e movimentos, não apenas o PS, estão hoje expostos à dimensão anacrónica e quase sempre patética da propaganda política através de cartazes de rua. E a prova está nesse exercício de paródia e carnavalização a que eles estão a ser submetidos nas chamadas “redes sociais” (muito especialmente no facebook). Os cartazes são de um tempo anterior às redes e apresentam-se com uma dimensão ridícula nesta nova ordem cibernética, exibem uma debilidade flagrante perante a nova configuração do espaço público e as formas tecnológicas e digitais de circulação da informação. Ao olharmos hoje para um cartaz, o que vemos irreversivelmente é um cartoon. Os políticos tornaram-se assim personagens de cartoon, ainda que essa condição não os impeça de ganhar eleições. A paródia é a nova política como obra de arte total e os cartazes não são mais do que um vestígio conspícuo da vasta operação paródica. Os partidos que se alternam no poder contratam profissionais da comunicação, esquecendo que os seus belos artefactos vão ser atacados por amadores da comunicação, por um vasto exército de hackers, que é a figura que adquiriu o “povo da rede”. A comunidade de hackers contra os engenheiros dos programas políticos: eis a feição da nova guerra civil em curso. A política está hoje confrontada com novas formas de entropia, já não a entropia como lei natural do sistema, mas uma entropia infernal. As formas tradicionais de crítica, como aquelas que os jornais praticam, começam a parecer inócuas quando comparadas com os efeitos da nova ordem cibernética. Por isso, o jornalismo mais não pode fazer do que recorrer à citação: “A personagem X e o acontecimento Y estão a causar um enorme furor nas redes sociais”. E esta maneira de citar é quase uma confissão de que, tal como os políticos, os jornais não sabem ainda muito bem qual o lugar que ocupam nesta nova ordem.
O título resume a atrevida tese: há uma nova ordem a condicionar tanto a política como a comunicação social. Qual é o problema com este fogacho? A chatice de o autor apenas conseguir dar uma solitária e inútil informação objectiva acerca das tais “redes sociais”, isso de ter nomeado uma delas como “facebook”. Nada mais nos diz a respeito do seu conhecimento do que se passa por lá, nessas poderosíssimas redes que conseguiram pôr em fanicos dois paradigmas centenários, o dos cartazes e o das notícias. O seu argumento, portanto, sustenta-se em pressupostos que não se oferecem à validação.
Começando pelo princípio, estava com a ideia de que os políticos foram invariavelmente personagens de cartoon. Desde que há políticos. Ou seja, ao longo de todo o século XX. E ao longo de todo o século XIX. E começando logo pelas comédias gregas, aparecidas um bocadinho antes da descoberta da electricidade. Pelo que estar a anunciar o advento da era da paródia talvez seja excesso de cafeína. E atalhando já para o fim, estar a descrever a livre escolha do jornalismo pela criação de um conteúdo que rotula de “redes sociais” como sintoma de um abalo nas redacções é caso para dizer ao António que deve largar o vinho. Quando nos blocos informativos se apresentam citações cuja fonte é o Facebook, ou o Twitter, não existe qualquer avaliação do alcance mediático dessas peças no seu ecossistema de origem. E há boas razões para tal, é que os números são irrelevantes. Pelo que são os jornalistas quem decide o que merece ser catalogado como “furor”, consagrando com a sua exposição nos meios de comunicação profissionais o que de outra forma não teria qualquer influência mensurável em termos demográficos. Os jornalistas, pois, imitam o Guerreiro naquilo que fica como uma construção fantasiosa para daí se obterem pretextos, contextos e subtextos ao serviço das agendas próprias.
Acima de tudo, e este ponto revela a completa inexperiência do autor acerca do assunto que pretensamente estaria a analisar, uma das principais características do consumo de informação nas “redes sociais” reporta aos mecanismos de conformismo e esquecimento. A gozação com os políticos não equivale sequer à sátira, pois esta implica um mínimo de sofisticação intelectual, quanto mais a um protesto político. Precisamente ao contrário, o que os parodiantes digitais estão a expressar é a sua passividade e impotência perante os poderes fácticos – seja fruto da imaturidade, da iliteracia ou da frustração. O que eles pretendem é apenas a recompensa de se imaginarem parte da política-espectáculo. O prémio é aparecerem nos espaços de informação tradicionais, devidamente domesticados. A contínua e opressiva circulação de conteúdos, por sua vez, implica ser capaz de os esquecer cada vez mais rapidamente. O resultado é o esgotamento da atenção e o atrofiamento cognitivo. E a inevitável fuga.
Dizer que os cartazes políticos são anacrónicos do ponto de vista mediático e tecnológico é o equivalente a dizer-se que os sinais de trânsito deviam ser substituídos por avisos no telemóvel. Só porque todos temos telemóvel, seria a lógica. Ora, o que está em causa num cartaz, seja qual for o seu tamanho ou suporte físico, é o conteúdo, a mensagem, o grito. Os cartazes são bandeiras. E as bandeira simbolizam quem é o líder e o que quer. Acaso alguma vez se fará política sem líderes, sem bandeiras e sem mensagens? Se não, então o cartaz terá sempre o mesmo poder da liderança política que representa. Se transmitir o que interessar, as “redes sociais” serão o seu melhor aliado. Tal como na Ágora, sem tirar nem pôr.
Se o “PSD-CDS” ganhar as eleições – algo cada vez mais inevitável -, vai perceber como é que as “redes sociais” (e a propaganda blogosférica totalmente nas mãos do “Coelhismo”) trabalha e obtém resultados… Eles jogam na sombra uma estratégia (cripto-maquiavélica) em que cruzam orgãos de informação com blogues de referência, e “despejos” no Facebook, tudo coordenado, alinhado e concertado entre gins junto ao Tejo. Do outro lado no PS, é o desespero da “defesa”. O grande paradigma desta campanha é ter um governo que ataca (direta e indiretamente) a oposição como mais vigor e “assertividade” do esta o faz ao “poder” após quatro anos de “esfrega”…
Até parece que PS – coitadinho – ou se deixou comprar nos bastidores ou anda perdido da cabeça e com um discurso mole e reativo…. Enfim, mete dó…
Leitura complementar aqui… http://www.publico.pt/sociedade/noticia/uma-campanha-toxica-1705707
Está muito mais certo António Guerreiro que Valupi e, a médio prazo, é a tese defendida por AG que terá muito mais passibilidade que a tese regressionista de Valupi. Neste texto são mais os disparates de Valupi que de AG.
E digo a prazo porque basta constatar que hoje em dia a juventude letrada e iletrada passa o dia a olhar para a net através do telemóvel e se alguma vez repara num cartaz de rua é apenas para ver como o pode “parodiar e carnavalizar”.
E parodiar e carnavalizar para destruir, precisamente, “o conteúdo, a mensagem, o grito” e sobrepor outro conteúdo, outra mensagem e outro grito de acordo com o seu ser político, a sua manha , oprtunismo e interesses pessoais ou até com a sua mente de parvalheira ou boçalidade. O próprio “Aspirina” é, actualmente, um exemplo típico do assalto feito ao blog por parodiantes.
Tal como na Ágora! Nesse tempo a Cidade era uma aldeia e o único meio de informar o povo letrado e elite, e que grande e sábia elite foi aquela gente, era colocar na Ágora, que todos frequentavam, a informação em placards de madeira rotativos, à semelhança dos expositores actuais de livros e cd; a Ágora era, no seu tempo, o ponto de encontro de todo o povo ateniense e hoje é, cada vez mais evidente, que são as redes sociais que trazemos no bolso o ponto de encontro dos povos todos do mundo.
Neste naco dana prosa valupinana o autor tem total razão;
“A gozação com os políticos não equivale sequer à sátira, pois esta implica um mínimo de sofisticação intelectual, quanto mais a um protesto político. Precisamente ao contrário, o que os parodiantes digitais estão a expressar é a sua passividade e impotência perante os poderes fácticos – seja fruto da imaturidade, da iliteracia ou da frustração. O que eles pretendem é apenas a recompensa de se imaginarem parte da política-espectáculo. O prémio é aparecerem nos espaços de informação tradicionais, devidamente domesticados. A contínua e opressiva circulação de conteúdos, por sua vez, implica ser capaz de os esquecer cada vez mais rapidamente. O resultado é o esgotamento da atenção e o atrofiamento cognitivo. E a inevitável fuga.”
Também penso assim e é por isso que não concordo com o comentário acima, “Se o “PSD-CDS” ganhar as eleições – algo cada vez mais inevitável” nem concordo com o artigo do Manuel Carvalho, outro contributivo para o actaul estado de coisas. Este de que toma apenas como meio de intoxicação da informação, usado pela direita mais direita já vista, o uso das redes sociais para armadilhar as campanhas.
Deve-se perguntar aos jornalistas, especialmente aos dos jornais de “referência”, o que fazem para desmontar tal situação de mentiras e propaganda. E se o sabem tão bem, como prova este artigo, como são montadas a mentira, propaganda informação falsa e contrainformação, porque carga de água não investigam as notícias, origem delas e lhes dão o tratamento justo merecido.
Apesar da verdade de tudo que é dito e feito neste artigo continuo confiante que o povo está à espera do dia 4Out. para, precisamente, lhes dizer que não é parvo e não papa tanta patranha; já ninguém papa as baboseiras de cavaco, nem os camponeses iletrados das aldeias, e penso que se começam a convencer que uns e outro “são farinha do mesmo saco”.
Ninguém, com o mesmo ardil, a mesma mentira, o mesmo gozo de pensar e tratar os outros como tolos e idiotas, consegue enganar sempre.
Adenda,
Diz Valupi com razão que,
“A gozação com os políticos não equivale sequer à sátira, pois esta implica um mínimo de sofisticação intelectual…”
Parece mesmo estar a referir-se directamente a Aristófanes, uma vez ter pensado primeiro na Ágora,
Mas caro, lembre-se que a gozação sátira de Aristófanes, também ele um valentão regressista aristocrata- oligarca, foi a principal causa da condenação à morte de Sócrates.
Jose Neves, quanto ao seu comentário das 3.30, IMO, qual o interesse no paralelismo entre o que se poderá ter passado naquele tempo e o que se passa agora ?
Não dizem que a história não se repete ?
E depois, nem o Sócrates antigo, o grego, era o político actual, nem as redes sociais são representadas por Aristófanes. Muito menos representantes.
Quanto ao hipotético papel da obra de Aristófanes, As Nuvens, na queda de Sócrates, se há alguma verdade na descrição das relações entre Sócrates e Aristófanes no Symposium de Platão, então os dois na realidade parecem ter-se dado muito bem. Isto sugere que Socrates não obectou muito quanto Às Núvens .
Quanto ao texto original, pois talvez exista alguma influência mas não consigo quantificar os efeitos.
Duma coisa tenho a certeza, não são nem os marqueteiros nem os publicitários nem as agências de sondagens que irão dar algum contributo para a credibilização dos políticos, pelo contrário.
Promover e procurar vender um político é uma coisa, defenir políticas, é outra, e avaliação final duma actividade política, ainda outra.
No demais, penso que o Povo não será assim tão burro como se poderá pensar.
Apenas está limitado e confrontado com uma inevitabilidade, que é o alterne, o alterne dos partidos do chamado arco da governação. E diga-se a esse título, que uma massa importante de eleitores que não cede e se encontra acantonada no reduto dos abstencionista, deveria ter algum género de representação democrática. Não, não só os votos considerados pelo sistema como válidos, deveriam contar, os outros também são válidos e expressivos, representam um repúdio e como tal deveriam ter uma representação, expressa assim no Parlamento, lugares para não
eleitos, e cadeiras vazias .
É impossível quantificar o papel de cada coisa e quem se influencia ou deixa influenciar pelo quê.
A Igreja Católica já teve o seu papel, que perdeu aliás há muito. Em meu pobre entender, o papel principal actualmente, é a televisão. É o de mais fácil e geral acesso, e é também o mas simples.
Já o acesso à internet não é assim tão disseminado, e nem se sabe quem acede ao quê. Essa história dum hipotético exito ou insucesso fundado no acesso às redes sociais e à sua manipulação, parece-me história da carochinha e tentativa dos marqueteiros e publicitários de se auto imporem comercialmente, alardeando, na minha opinião, uma influência que não detêm.
Vão plantar batatas.
Apenas uma rectificação ao meu comentário anterior : sendo certo que uma parte significativa dos eleitores, gosta de como soe dizer-se ” votar no cavalo certo “, o cavalo ganhador, então aíe nesse concreto aspecto, as agências de sondagens podem dar um empurrão.
Quanto á Ágora e à Pólis, nunca tanto como agora, se falou de política.
O problema é outro.
É falta de informação.
Informação, credível .
Real, precisa, e impassível de manipulação.
Infelizmente, há informação e contra-informação. Pelo meio, também existe desinformação.
um destes dias li qualquer coisa sobre isso – ou, pelo menos, que disso se aproximava em forte crítica: que os cartazes andavam a ser transformados em cartoons. depois pensei, sem valorizar grande coisa, que um cartoon é um humural da história que se vive. daí até pensar também que só há cartoon se a bandeira e a mensagem não criar emoção positiva no transeunte, quer na estrada quer em ambiente digital. vai daí que se por dentro de mecanismos de conformismo e esquecimento a criatividade nasce e cresce e se multiplica já é um excelente indicador de que estamos vivos no pior e a esperar o melhor. venham coisas boas, portanto.
essa converseta é como as sondagens au pif, sem números é tudo verdade, com números passa a ser relativo. em vez de perderem tempo com lençóis masturbatórios ponham aí os números dos catequisados pela net e pelo método tradicional.
Estava a ler umas transcrições de umas edições antigas de LE FIGARO, quando abri o Aspirina.
Estava a seguir um episódio através de várias notícias, crónicas e comentários. Era o seguinte.
Um belo dia a pintora Mary Cassatt, ainda não se entendeu porquê mas vai entender, convidou para um chá em sua casa, em Paris, Clemenceau e o embaixador da Holanda em Paris, este em representação do Núncio e da Santa Sé, para tentarem encontrar as bases de um acordo acerca da concordata.
Passados uns dias, LE FIGARO noticiou o encontro, atribuindo-lhe o perfil de uma conspiração e sugerindo que Clemenceau negociava, por intermédio de uma mulher de má reputação, nas costas dos franceses, com o inimigo.
A polémica fez correr rios de tinta, mas o tema passou de súbito a ser uma espécie de ”enquete” para apurar quem revelara o encontro e o seu teor, que se presumia secreto e confidencial.
Três semanas depois, um jornalista de LE FIGARO conseguiu recolher de Mary Cassat um depoimento breve durante a inauguração de uma exposição.
Com um ar atrevido, na expressão do jornalista, a pintora teria declarado, para usar o condicional jurídico, de forma a que Clemenceau, que se encontrava próximo, a ouvisse. ”Os políticos precisam da propaganda para sobreviver. E eu também.”
É bem possível que eu esteja a tresler e a atribuir um sentido abusivo ao episódio, que talvez tivesse sido urdido para que a pintora pudesse fazer ironia e sarcasmo. Provavelmente nem houvera encontro algum e o primeiro ministro, o embaixador, a santa sé e a pintora acordaram tudo com o jornalista de LE FIGARO para todos proporem uma doutrina sociológica acerca da propaganda.
Mas o que é certo é que o Valupi vai atrás do António Guerreiro despenhar-se numa armadilha ou precipício metodológico, o de fragmentar a comunicação social em três aparentes incomunicáveis. A comunicação social, ela própria e em si, os cartazes e as redes sociais. Uma espécie de tabela de classificação dos monos pela altura, pelo peso, pelos padrões da frenologia e pela cor.
Mas talvez eu esteja também a tresler e a atribuir um sentido abusivo ao texto do Valupi.
Talvez a propaganda precise da propaganda para sobreviver. E o Valupi também.
E eu também.
Nunes,
Boa malha ! :)
:)
O que eu queria dizer era que a propaganda vive por si e para si, acantonada no seu território de exclusividade, murado, sem acesso aos partidos políticos.
Desde que haja forças produtivas, meios de produção e consumidores, a propaganda não precisa os partidos políticos para nada. Cria-os.
E isso é extensivo à comunicação social, à comunicação social e à comunicação social, ou seja, à comunicação social, aos bonecos e às redes sociais.
Sem a concorrência entre os três géneros, dando de barato a nomenclatura do estagirita, passado pelo crivo da alegoria da caverna e das nuvens, a propaganda estenuar-se-ia.
É por isso que a propaganda é um domínio de comunicabilidade ou um encontro secreto violado entre a comunicação social, os hackers e os bonecos, todos regidos por uma mulher de má reputação mas que tem a solução do enigma.
Neste passo, haveria que citar Borges segundo Michel Foucault. Que, confesso à Filomena Mónica, só li uma vez, em brasileiro.
e, prontos.
ele esqueceu-se de mencionar a floribela e o djaló.
«Desde que haja forças produtivas, meios de produção e consumidores, a propaganda não precisa os partidos políticos para nada. Cria-os«.
Portantos, Sócrates está no bom caminho. Os xuxas e comunas não…
Mas para que criar o que não se precisa? è o precipicio metodológico. do Método do tipo.
Boa tarde, senhor cegueta.
Então e o Ferreira?
Vou almoçar.
Já mereço. Escrevi tudo isso, aí em cima, na esperança de que o senhor cegueta acordasse e viesse bater as palmas.
Estou também no bom caminho.
Pois … estimulante a prosa. Cultura é outra coisa e antes isso do que a porcaria que grassa solta por aí, apelidada de comentários. E como diz o outro, alguma coisa sempre fica. Mas não nos iludamos. Tal como os números torturados, o que já todos aprendemos caro, também as palavras torturadas ou, para quem prefere, bajuladas, dizem tudo o que queremos, uma coisa e o seu contrário, depende do fim em vista.
Assim sendo, o que a minha intuição/sensibilidade/experiência me dizem, é que nem os jornais arregimentados, nem os blogues de figurinhas carimbadas nem, muito menos, os mega anacrónicos cartazes, são factores determinantes para “convencer” do que quer que seja o povo não militante, o povo que, de uma forma muito simples, quer trabalhar, criar os filhos, viver em segurança, ter uma vida minimamente digna e feliz. E que quer na política gente confiável, normal, que trabalhe para todos e apresente resultados. Com pouca “enrolação”, por favor, aos diversos níveis. Pelo menos nestes tempos difíceis de crise. E se e quando as coisas estabelizarem e o perigo passar, poder-se-ão rever critérios e explorar uma outra fase. Por isso, o factor determinante, no momento em que “tudo arde”, porque arde ainda, é o conhecimento que cada um de nós tem das governações anteriores dos partidos, das suas práticas, competência, honestidade, exemplos que deixaram, legado que deixaram, enfim, credebilidade. E como os partidos da governação vêm mostrando o que valem há longos 40 anos, insistindo nas mesmas caras e nas mesmas políticas, de que valem cartazes, de que vale folclore, para quê “enrolação”? Confiemos, pois, no instinto de sobrevivência (porque é só disso que agora se trata) dos portugueses.
fatima,
Gostei do exercicio. Particularmente na parte em que arrasou 40 anos numa sintese excelente: “nada presta”!No mais, excelente de wishful thinking. Mas lá está: a ilusão tb produz realidade! Só não percebi qual a pdr que recomenda como manual se sobrevivência.
Meu caro,
O tal que V. Ex.ª menciona assim que viu a Igreja, fugiu a sete pés e com ele tudo o que o envolvia.
V. Ex.ª. vá dar uma curva, apanhe ar e pinte-se. Disface-se um pouco, que a época judicial aproxima-se. Não tem V. Ex.ª assuntos para tratar em identificados patamares da Comunidade, por alegadamente ter ofendido esta? Inicie o retiro, pois precisará de toda a concentração.
Ora, Cara Fátima, a síntese deve-lhe vénias e agradecimentos.
40 anos de PRODUÇÃO NEFASTA, REGRESSIVA e DESTRUIDORA. Um naco de história que nos diz da MISÉRIA INTELETUAL dita política que DESGOVERNA o País. O abstencionismo a court terme é um meio de fazer valer a SATURAÇÃO e a REVOLTA contra estes LADRÕES idolatrados no verbo e na cegueira de muitos.
Assim que venham aqueles que chamam canalhas e cobardes a OUTROS, como se eles fossem a coragem, expôr a solução para o País. Não creio que o consigam pois vivem da serventia e mais interessados estão na crítica a quem deles difere.
Tratado de Lisboa, AGRAVADO agora com a derrota grega, nada lhes diz. Eles que criticam a Merkel, esquecem-se de comentar quem abriu as portas àquela sujeita. Estavam cansados de estar sós, quiseram companhia e os gregos só SUBLINHARAM que não se trata de companheiros europeus, mas de lapas e/ou sanguessugas.
A reflexão destes CAMARADAS que andam por aqui, com faróis potentíssimos, começa por uma ponta de uma ponta de nada e acaba em nada.
O senhor cegueta está de novo a desafiar-me para falar e discorrer longamente acerca do ”meu caso”.
Vou corresponder, mais logo, ao seu repto, sem deixar de referir que, com receio do ”meu caso” e da forma como ”o meu caso” poderá afectar a credibilidade do caso do tal 44, um magistrado que se dá pelo nome de cegueta e como cegueta se dá pelo nome de magistrado, iniciou um itinerário de ameaça velada de usar abusivamente os poderes que lhe foram conferidos etcetera e tal para retaliar, em nome dos promotores do caso 44, sobre os meus delitos de opinião.
O senhor cegueta insiste e, em breve, três ou quatro comentários abaixo, virão os comentadores do costume alegar que o meu caso não interessa para nada.
Mas eu acho que interessa e que interessa à comunidade e a prova disso é o senhor cegueta.
E foi, de novo, o senhor cegueta, que me lançou o repto.
Todos sabemos que ele não foi muito dotado de inteligência, pelo que o senhor procurador Rosário Teixeira, que de certo lê o aspirina ou tem quem leia, devia mandá-lo calar.
Mas eu sou pai do senhor cegueta, não sou pai do procurador Rosário Teixeira.
Enfim… Tenho aqui um post para comentar… Mas logo ainda lhe vou, sem falta, responder.
O Valupi deve andar a dormir.
Ora, então, Caríssima Fátima, se, como propõe, depositássemos a nossa confiança nos portugueses afligidos pela nossa tragédia colectiva, a propaganda teria que reflectir seriamente sobre o facto de metade ou mais dos portugueses votarem às eleições o desprezo sarcástico da abstenção, que todos sabemos que no regime eleitoral vigente, um senhor cegueta chamado método de Hondt, cai sempre a favor dos mesmos, mas não deixa de ser uma atitude, embora sem validação.
É certo que a abstenção é também um efeito colateral ou preciso da propaganda, imponderável, até apurados os resultados do voto útil.
Não há volta a dar, Caríssima Fátima. A propaganda como o instinto beneficia sempre os mesmos, a propaganda. E, no dilema de saber o que nasceu primeiro, o ovo ou a galinha, a propaganda antecede o instinto.
Por isso reitero sempre em que todas as guerras são étnicas e os generais apátridas.
V. Ex.ª. deverá guardar o seu caso onde o sol não brilha. Recorra ao seu MÉTODO para desmistificar o precipício do mesmo, na premissa aristotélica manuelina de acordo com o que vai fazer logo, para agora nad dizer. Est.
Esqueceste-te dos soldados, ó fascista de moçambique.
Os soldados estão bem, bem alimentados e dormidos no aquartelemento da Gâmbia, senhor cegueta.
Não é moçambique, senhor cegueta, é angola.
Até logo.
Vou dar de comer aos soldados.
Caro Valupi,
Li o seu texto, tão pertinente como é habitual, li os links, muito interessantes, passei a vista pelos comentários, menos interessantes, fim lembrei-me da preocupação que há dias partilhava com base em texto do prof AMoreira sobre a ameça Islâmica, e não evitei sorrir.
É que, comparado com os atentados diários que sofremos á nossa liberdade de pensar e decidir, a alegada ameaça do estado islâmico é uma brincadeira de crianças, como diria o outro. Estes pelo menos têm estandarte e dão o peito às balas. Os outros que por aqui andam em blogues e faces , são anónimos cobardes.Escondem-se no meio de nós e promovem uma guerrilha sem ética. Comparados com eles, até os daesh passam por gente de bem.
Cada vez mais desesperado o senhor que numbenada. Deixe lá que logo passa. Tem sempre uma vantagem, a de ser anónimo, ninguém lhe pode atirar nada à cara. A propósito, quando voltar a dizer que vai à missa vá antes à confissão, desses dedos só sai asneira. O insulto é pecado.
Levá-la-ei comigo para aprender a conversão…
Não épreciso. Sou do Céu.
O nome, de facto, é. Aquela que o enverga não, de tal modo que podia ser objeto de um rap de rua.
«Os outros que por aqui andam em blogues e faces , são anónimos cobardes.Escondem-se no meio de nós e promovem uma guerrilha sem ética.»
A propósito da «Ágora», hoje, «Junta de Freguesia com os propósitos da Ágora», ou paredes de tribunais, conservatórias, etce e tal, eu pergunto-me se os comentadores que aqui se passeiam e ALARDEIAM com toda a (pseudo) moralidade que envergam, se eles SABEM que este espaço ( eu chamo-lhe dispensário, há quem lhe chame tasco), é gerido por um tal VALUPI que, aparentemente, NINGUÉM conhece. Será «anónimo cobarde» por isso?
Ora se o espaço PERMITE a entrada do ANÓNIMO, com toda a carga a tanto inerente, porque razão os que não querem IDENTIFICAR-SE, ao abrigo de um DIREITO que lhes é permitido pelo dono do blogue, são confrontados com semelhantes epítetos, tais como «cobarde anónimo», etc, etce e mais etc.
E ética, o que é isso de ética? Qual? A kantiana? É que aplicarmos esta, os que se assumem como moralizadores do espaço, perdem na partida, sobretudo quando se defende « liberdade de pensar e decidir». Um hilário que «amostra» o que se passa em Portugal. Só me lembro do epitáfio de Ms. Hédois…
merdisissimo,
O meu problema não é com o estatuto de anonimato. É com a cobardia sob anonimato. Por exemplo, o ilustre merdissimo seria capaz de me dirigir os mimos com que já me presenteou cara a cara ? Não sabemos. Por varias vezes autorizei o administrador do blogue a facultar-lhe o meu endereço para promovermos uma ágora onde nos fosse possivel derimir tais questões. Mas até agora nada consta na inbox. Portanto, que devo concluir ? Que vossa ilustrissima merdissima é um honorável e corajoso cavaleiro defensor das cores da dama Cidadania ? Não posso, pois até ver tudo corrobora esta trsite realidade: vexa não passa de uma cobarde virose.
Com devolução à procedência, onde a elevação prima. Sim, com toda a certeza. Desafios que não posso controlar, só os de futebol na «Ágora de Alvalade». Não gosto de reposteiros…
Nunca se prescindindo, evidentemente do começo nos tempos da participação neste espaço. Ele os há de curta memória e visão oblíqua. Quem começa com o «quê» e «como». Quanto ao ilustre epíteto, o seu segundo elemento cai-lhe na perfeição, até pelo conteúdo e forma que utiliza.
Já agora sempre aqui compareço com a mesma identidade, sem recurso a qualquer outro, como, d eresto, bem pode ser confirmado pelo dono do blogue. Alguma dúvida mais?
Sim, uma ultima dúvida : sabe bordar merda?
Vinha dizer precisamente o que o MRocha disso.O problema do anonimato não é o anónimo, é o insulto, ameaça e cenas que tais a coberto dele. Nem vale a pena vir com tretas numbejonada. E sabe-o muito bem. Por mim, pode por esse nome no seu jazigo, continua a ser mais um. Agora, ganhe tino e tomates que não tem para dizer o que tem dito neste blogue, a coberto do seu nome anónimo. Nem lhe digo mais nada.
Caro MRocha
Eu lido com limpeza, por isso, nunca o contrataria para tal desiderato. Nem o posso ensinar, evidentemente, nessa matéria.
Também, por isso, na Ágora, como em tudo na vida, só se abre as portas a quem é digno de entrar. Aposto que bate com a cara na porta em muitas situações. Um pouco à semelhança do que se passou com os cartazes do PS…procure-os que eles podem ensiná-lo a respeito do que me questiona.
Minha cara, a burrice nunca foi nem será ciência, porém, a mesma não pode ser controlada. Veja a questão da democracia. No que deu. não projete nos outros. Não se deve amofinar por não a secundarem em opiniões que seriam dignas de uma rima de António Aleixo….e olhe que este atentava DEVERAs em personagens como a sua. Conhece?
MRocha
24 DE AGOSTO DE 2015 ÀS 17:55
Sim, uma ultima dúvida : sabe bordar merda?
…..etc, etc…