1. O presidente da RTP encontrou-se em Luanda com representantes dos interesses angolanos que têm conquistado posições acionistas em empresas portuguesas de comunicação social, através de testas de ferro cuja identidade não é total e transparentemente conhecida.
2. O projeto do PS, cujo efeito útil seria obrigar à divulgação da titularidade de todas as empresas de comunicação social, cumprindo aliás uma normal constitucional expressa, foi mais uma vez chumbado pela maioria PSD-CDS.
3. A administração da RTP instaurou um processo disciplinar tendente ao despedimento do jornalista Nuno Santos, na sequência das declarações que ele proferiu numa comissão parlamentar.
4. O consultor do Governo para as privatizações anuncia que o Governo quer vender 49% do capital da RTP e ao mesmo entregar a gestão da empresa ao acionista privado (minoritário).
5. Que mais esperamos para nos levantarmos contra o ataque político em curso à liberdade de imprensa e ao direito à informação?
http://youtu.be/s2_6fdXC8O0
No mínimo dos mínimos, esperava-se que os partidos da oposição, por uma vez unidos, exigissem a demissão imediata do doutor Relvas. Caso não fosse escutada por Passos, pedir uma audiência conjunta ao presidente Cavaco. Se este continuasse a fazer silêncio como até aqui, apelar ao Tribunal Constitucional. Se este protelar qualquer pronuncia sobre o assunto, apelar à revolta dos jornalistas. Se nada disto resultar, convoque-se o povo para a rua.
Há uma alternativa: deixar que o Relvas faça deste país o que muito bem entender.
E ele, Relvas, sabe que o pode fazer por dois motivos. 1 -A oposição é um bananal 2- Tem o PR e o PM na palma das mãos; e sabe-se lá como e porquê.