Se o Aspirina B fosse teu

Para quem passa parte dos seus dias a olhar para comentários – e isto intensamente ao longo de 10 anos, fora o resto como mero espectador desde que comecei a frequentar locais de interacção digital nos finais dos anos 90 – assistir ao que aconteceu ao Aspirina B quanto à qualidade e tipologia do que aparece nas caixas de comentários não tem qualquer surpresa. Como por várias vezes aqui fui recordando no tempo longo, logo quando este blogue foi criado na sequência do fim do BdE, em 2005, havia um sentimento de fim de ciclo. A novidade mediática dos blogues, surgida em 1999 em Portugal e com impacto a partir de 2001, tinha-se esgotado. E estava quase a chegar o Facebook, algo que iria enterrar de vez a blogosfera como rede sociologicamente relevante. Claro, muitos outros blogues que persistem apareceram por essa altura, e em 2006, mas foram cantos do cisne. Muita gente se cansou, outros cresceram, outros adoeceram, outros morreram, e quase todos das primeiras e segundas levas deram por si a ter muito mais e melhor para fazer. Porém, os blogues resistentes, e com caixas de comentários abertas, continuaram a oferecer um poiso para o diálogo, a galhofa e o disparate.

Entretanto, o contínuo alargamento do acesso à Internet prosseguiu e trouxe cada vez mais participantes com menos estudos e literacia. Portanto, mais susceptíveis a usarem os espaços de interacção disfuncionalmente. O facto de também se registar uma mudança demográfica, acabando os actuais blogues por congregaram participantes de uma faixa etária acima dos 50 e já não conseguindo interessar a quem tenha menos de 40, igualmente explica algumas das características patológicas comuns a blogues e órgãos de comunicação social com canais digitais. A degradação e desinteresse do que lá fica é evidente, apenas tendo eventual valor de um ponto de vista científico, como sintoma e espelho de outras dimensões que transcendem aqueles contextos que enformam os comentários.

Vem esta conversa a propósito de vários comentários de protesto que têm sido feitos nas últimas semanas, quiçá meses, a respeito da actual circunstância de termos por cá um grupo de taralhoucos que passa horas a despejar inanidades só porque se sente em casa e entre compinchas. Por mim, tudo bem, desde que não violem alguns mandamentos. Mas para outros tal poluição é incomodativa e gostariam que eles fossem babar-se e mudar as fraldas para outra freguesia. Creio que esta preferência pela salubridade das caixas é tão legítima como a deles pelas macacadas, daí convidar à seguinte experiência:

– Na caixa de comentários deste texto vamos falar a respeito do que cada participante gostaria que fossem as próprias caixas de comentários quanto ao modo da participação e, opcionalmente, também a respeito do próprio Aspirina B no seu conjunto, seja quanto a autores e/ou conteúdos.

– Quem aparecer a fugir ao tópico, ou para abandalhar o tópico (reservando-me o critério para definir o que seja tal), verá o seu comentário excluído. Se persistir, ficará com os comentários moderados.

Bute lá.

57 thoughts on “Se o Aspirina B fosse teu”

  1. Meu caro,

    Eu acho que deviam acabar as ofensas verbalizadas em palavrões, epítetos e ameaças. Inexistindo estas, inexiste reação. O que vale para autores e comentadores, evidentemente.

  2. pois eu acho que deviam acabar os comentários gratuitos, sem conteúdo, sem base de sustentação. Tipo, o Sócrates é culpado porque sim, então ??? não há fumo sem fogo, certo ?? ou, a culpa é do governo anterior, como toda a gente sabe…ou, como se dizia em 2009 “crise internacional ?? isso são falácias do (então) Primeiro Ministro …é tudo culpa da falta de credibilidade do governo”! ou ainda, o desemprego baixou, pois se o governo o diz (e que se lixem os dados do INE e toda a realidade que nos salta à vista). O que eu quero dizer numbejonada é que basta de demagogia, basta de construir raciocínios ou de tirar conclusões baseadas em “suponhamos”; Penso que vivemos uma época particular em que é muito difícil discernir a verdade da mentira especialmente quando esta última é quotidianamente promovida pelos jornais e televisões do regime…é no entanto fácil, para quem tentar alguma isenção, aperceber-se da manipulação de dados que para aí vai assim como dos 2 pesos e 2 medidas utilizados permanentemente nos julgamentos (públicos ou oficiais) – basta comparar os casos Socrates / Ricardo Salgado ( para não falar de marco antonio costa, de passos coelho, de marcelo rebelo de sousa, de ricciardi (que lá se vai safando entre os pingos da chuva)…por acaso sei do que falo porque durante anos limitei-me a votar psd e a “papar” uma data de discursos de que hoje me envergonho…

  3. pois eu penso que o “moderador” deverá ser tolerante; por aqui se perpassam diversas realidades, se destilam ódios e venenos, a par de aplausos incondicionais, mas sobretudo e principalmente, o que destaco é a qualidade de muitos comentários com argumentos de contraditório e de aplauso. ser-se inteligente é independente da ideologia. insultos pessoais devem ser excluídos. a divagação, tolerada. e sobretudo que não faltem posts neste espaço de liberdade….

  4. se o Aspirina fosse meu não gostaria mais dele do que gosto. não obstante, queria ver um leque mais variado de assuntos – como era antes, daquelas coisas que fazem bem à alma: política, literatura, filmes, música, culinária, excursos(…). neste momento estão a faltar (mais) contributos joviais nestes tempos com tantas nuvens pretas por cima das nossas cabeças. aquelas lufadas de ar fresquinho que às vezes nos dás, sabes? gostava de ter mais.

    em relação aos comentadores, já fui imensamente perseguida aqui e daqui para o meu blogue. se houve alturas em que me senti incomodada, agora já não. mas gostava muito, obviamente, de poder conversar e trocar ideias sem as vãs tentativas de insulto e de emporcalhamento do que sou. entendo bem que a censura não seja uma preocupação, até porque acaba com a espontaneidade, é assim quando vivemos em liberdade – e em relação aos limites, que têm de haver, confio nos que definirem.

    no que concerne aos autores, gostava muito que interagissem mais com os comentadores de acordo com a justiça geométrica de aristóteles. :-)

  5. Embora pense diferente do “corrente deste blog” gosto de aqui vir e comentar. De forma civilizada e respeitando sempre o outro, sem ser massacrada com ordinarices.

  6. esqueci de dizer que gostava muito de receber notificação de comentários como já não recebo há muito tempo para o caso de gostar da conversa e querer intervir impulsivamente. apesar de ser uma falha que já tentaram resolver, agradeço que não deixem de tentar. :-)

  7. Por mim está bem assim, toda a liberdade para quem quiser fazer contínua figura de parvo.
    Talvez mudasse a minha própria atitude perante a tolice e a estupidez e passasse a ignorar a ignorância, sequer a comentar.

  8. Tendo sido um que, não me queixando – mandei uma boca ali uns posts abaixo, e só porque fui o primeiro a chegar – mas ainda assim abstendo-me da discussão de surdos em que isto se tornou, pego já no malho e cá vai disto.

    Há alguns anos (e na blogosfera, 5 anos é uma eternidade) escrevi isto no meu blog – incrivelmente, inspirado por um comentário aqui no Aspirina de uma comentadora então muito regular por cá, a mdsol:

    (…) um blog é como a casa de uma pessoa ou, nalguns casos, de um colectivo. Há lá quem mande. Eventualmente, se o blog estiver alojado numa plataforma, como o Blogs do SAPO, o WordPress.com ou o Blogger, os gestores da plataforma poderão impor algumas regras genéricas, como temas xenófobos, pornografia, etc. Aí, o blog continua a ser como uma casa, mas que tem de obedecer às regras do condomínio. No entanto, isso não confere mais nenhum direito aos comentadores, senão aqueles dados pelo “dono da casa”. Se não gostam do que lá se diz, discutam com elevação e educação. Se não conseguem, vão arrotar postas de pescada para outro lado ou passem adiante.

    Por isso, sim, os moderadores deviam… moderar. Há aqui posts com caixas de comentários que não ficam nada a dever a canos de esgoto. Val, se a casa é tua e permites que isto aconteça cá dentro, é legítimo pensar-se que gostas mesmo da esterqueira. Eu sei – ou quero acreditar – que não é o caso; mas é o que parece.

  9. Valupi: É evidente, desde de há muito tempo, que o Aspirina B carece de um filtro para purificar os comentários, e evitar, assim, que este blogue se torne num contentor de lixo. O Valupi não é obrigado a publicar tudo, nem dar voz aos ressabiados. Não se trata de fazer censura. Trata-se de um ato de respeito pelas mais elementares normas de seriedade e respeito por todos.

  10. “Se o Aspirina B fosse teu”

    a) deixava ficar tudo como está e quem se sentir mal que se mude;

    b) publicava o regulamento desta porra e expulsava quem não cumprisse as regras. penso que em tempos havia uma norma que proibia incitamentos à violência, homofobia, publicidade ideário nazi e cenas do estilo;

    c) o leitor decide, referendava a censura, os comentários denúnciados por x leitores diferentes iam à vida;

    d) votação dos comentários pelos leitores e a máquina ordenava o seu posicionamento, em princípio a merda ia para o fim e só lia quem queria ler merda.

    e) dar umas pilhas para o electrodoméstico da bimba e correr com o cegueta resolveriam parte da javardice que acontece nas caixas de comentários.

  11. Val,
    é sempre complicado cercear a liberdade em nome de um qualquer princípio, mas creio que o insulto reles e malcriado sem justificação alguma, deveria ser excluído sem lamentos.
    Debater um tema, discordar duma opinião, emitir um parecer, não necessita de insultos à mistura. Do mesmo modo, atafulhar uma caixa de comentários com lixo que não serve para nada, para além de perturbar e incomodar quem por aqui anda, deveria ter o destino da trituradora.
    Continuarei a vir por aqui, pois desde o BdE o faço, do mesmo modo que vou a outros lados de passagem diária obrigatória.
    Por vezes, por mais que custe, a barrela é salutar. Obriga a mais trabalho, canseira, desconforto, mas seria salutar, por muito que me custe.
    Quem não se dá ao respeito, deverá ser respeitado?

  12. “Se o Aspirina B fosse teu”
    Ó Val, basta aplicar o que estás a fazer neste “post”.
    “– Quem aparecer a fugir ao tópico, ou para abandalhar o tópico (reservando-me o critério para definir o que seja tal), verá o seu comentário excluído. Se persistir, ficará com os comentários moderados.”

  13. eu sou a favor da maior liberdade possível neste aspecto. mas sublinho o possível, porque neste momento também julgo ser necessária alguma etiqueta na comentação.
    já tive aqui conversas e teimas que deram pra cento e muitos comentários mas a discussão ficou restrita a um post. convidava os comentadores que têm disputas “laterais” aos temas dos posts a fazer o mesmo (histórias da guerra em áfrica, etc).
    por outro lado, também não podemos fechar os olhos ao que se está a passar aqui no aspirina. vou recorrer a outro post porque sou adepto da preguiça:

    “O problema é quando se discute com anti-intelectuais. Aí, na grande maioria dos casos acabamos por ficar a fazer o trabalho deles para além do nosso. Percebemos ao fim de algum tempo que estamos a discutir com a nossa ideia do ponto de vista deles, com as coisas que projectamos neles. Se num momento de lucidez fazemos as contas, concluímos que o (interlocutor) não tem um argumento que se aproveite e só estamos a responder ao que pensamos que ele disse.”
    daqui: https://ressabiator.wordpress.com/2015/07/17/jiu-jitsu/

    onde se lê anti-intelectuais podia e se calhar devia ler-se trolls. trolls no sentido de “comentadores que inflamam polémicas sem qualquer real interesse na questão propriamente dita ou nos argumentos esgrimidos”. (desculpem se pareço chato, provavelmente sou, mas acho que este sentido “original” de troll se perdeu algures na tradução nos últimos anos)
    evidentemente, a isto não é alheia a proximidade das eleições ou a influência que um blog como este tem na discussão política em portugal (chato e graxista)
    mas tirando estes casos, que com o passar do tempo se vão tornando cada vez mais notórios, acho que se devia dar largas.

  14. ” cada participante gostaria que fossem as próprias caixas de comentários quanto ao modo da participação e, opcionalmente, também a respeito do próprio Aspirina B no seu conjunto, seja quanto a autores e/ou conteúdos ”

    Não tenho opinião formada.
    O meu computador tem uma tecla que diz Ignore e eu esforço-me por lhe dar uso.
    Vou tentando ser selectivo mas confesso que por vezes não consigo.

    O que eu fundamentalmente gostaria de dizer, e prende-se até com um dos meus 2 posts que não aparece aqui, ou seja, o direito fundamental, e até constitucional, a meter água, é que deveria o autor dos posts, ter a possiblidade de os apagar.
    Coisa que actualmente não existe.

    Em segundo lugar, a caixa de comentários poderia ter um tamanho bem maior .

    Em terceiro lugar, poderia haver uma funcionalidade tipo PM private message channel para quem quizesse trocar mensagens mais intimistas e que não têm interesse geral . Para algo mais reservado, tipo treta de bastidor.

    Em quarto lugar, está-se-me a acabar a bateria e já não vou ter tempo de refazer um dos meus comentários que enviei e não aparece aqui.

    Era sobre o direito a meter água, seja por erro honesto ( água doce e potável ) seja por galhofa inofensiva, seja por asnice.
    Depois há o direito a meter água ( salgada ) por comentário disruptivo, que não veja como se pune. Manda-se a banhos temporários ? Para onde, para o mar ?
    O delicto e a punição do acima descrito, não se confundem até, se a forma, for, a interrupção temporária do fornecimento d’água ?
    Mas a água é um líquido precioso …

  15. Gosto do Aspirina B e todos os dias não dispenso de ler os textos do Valupi porque acho um dos melhores escritores portugueses. Neste blogue aprendi muito. O Valupi sabe ao que me refiro – com esta frase não quero imitar o Octávio. Mas foi numa fase em que a maioria dos comentadores era de excelência. Lembro o Z, Vega 9000, Guida, José do Carmo Francisco, Maria Abril, Júlio e outros mais que davam como disse excelência a este blogue. De há uns tempos para cá apareceram uns comentadores que para mim a intenção deles é desvirtuar o Aspirina B. Como estamos em época de campanha eleitoral parece ser essa a razão. Depois são muitos desbocados. Sei que o Valupi é contra a censura aqui no Aspirina B. Tem a sua razão e o Aspirina B é seu. O meu blogue tem poucos comentários e prefiro assim porque não me sujeitava a esse tipo de coisas. Punha-os logo no olho da rua. De qualquer forma, com ou sem censura, vou continuar a vir aqui para ler os seus textos. Aquele abraço.

  16. Não me consigo recordar quando foi – já lá vão uns anos -, mas desde que descobri o Aspirina B é muito difícil estar um dia sem passar por aqui umas três ou quatro vezes. A razão é simples é a ânsia de poder deliciar-me com aqueles que considero ser os mais brilhantes textos que se podem encontrar na blogosfera portuguesa.
    Durante algum tempo, gostava de interagir, debater, evoluir com aqueles que procuram contrariar as minhas ideias. Deixei de o fazer, literalmente, quando aquilo que se vê nos comentários só dá é vontade de clicar nas restantes janelas abertas no meu pc, em busca de algo que me liberte do fedor que por aqui tresanda!
    Acho lamentável que tópicos bastante importantes para a Cidade acabem, sempre, por cair em conversa de tasca. Gostava de compreender as motivações de tais pessoas, mas não me dou a esse trabalho.
    Dito isto, concordo com aqueles que defendem que deveria existir alguma moderação nos comentários publicados. Não quero criar problemas aos que necessitam de expelir vómito diário. Só não acho piada que o façam à minha frente!

  17. Caro Valupi.
    Eu não leio exclusivamente aquilo de que gosto. Melhor dizendo, aquilo com que concordo, pois o gostar é muito relativo e, na verdade, gosto amiúde de ler aquilo com que não concordo, se for expresso com inteligência, rigor e o mínimo de qualidade na exposição e na escrita.
    Quando cheguei ao Aspirina b como comentador, o Aspirina já era assim. Já há muito que conhecia o Aspirina e o Valupi através de citações e referências.
    Mas quando aqui entrei o Aspirina já era assim.
    Eu entrei manifestando, com clareza e sem rodeios, as posições que penso oportunas. Sem ofender ninguém, respondendo ao que entendi que devia responder.
    De imediato sairam no meu encalço os comentadores esquizofrénicos que já aqui andavam, insultando gratuitamente. O mais notório deles foi o cegueta. Eu respondi, como todos os que aqui andavam, na mesma moeda.
    Ao ler este teu post, confesso que, de novo, continua a haver na tua escrita alguma ambiguidade, uma espécie de insinuar mais do que se diz.
    Referes-te a uns ”taralhocos”. Devias nomeá-los, se não pelos nomes pelo anexins. Não o fazendo, dás azo a que alguns comentadores, como o ”timberlake”, sugira que o motivo da degenerescência do Aspirina sou eu, que vim aqui contar a minha história de África. Ora, eu referi, muito sucintamente, a minha ”história de África” em resposta a um repto, de alguém que não tendo já mais argumentos, foi recorrer ao tema como recorrera ao tema da ”colecção egípcia”. E recorreu ao tema de África com referências vagas, insinuantes, maliciosas, primariamente maliciosas, que recolheu das antologias.
    Bem… Caro Valupi, eu leio-te com gosto porque, na maioria dos casos não concordo contigo, pelo que me obrigas a esmerar-me na argumentação. Na verdade, mesmo que me excluas aqui, continuarei a ler-te para argumentar contigo nem que seja com os meus botões.
    Para ser franco, não gostei da única resposta que deste a um comentário meu. Cito: ”se realmente tens alguma coisa a dizer.” Eu acabara de te colocar questões mais do que prementes relativamente a um tema aristotélico do Rui Tavares. Tinha muito a dizer sobre a matéria.
    Ora, se o Aspirina fosse meu. Não achas que essa questão subverte tudo? O Aspirina nunca poderia ser meu, desde logo porque eu não promoveria um blog para acolher anónimos. Poderemos debater essa questão, mas eu sei porque razão nunca gostei de gente anónima. Com toda a franqueza, gostaria de ler o Valupi com conhecimento de causa, ou seja, de identidade.
    Por último, nota uma coisa.
    Tu nunca me impedirás de comentar-te, conquanto te leia. O blog é teu e podes excluir quem quiseres. Mas a cabeça é minha. E, quanto às minhas ideias e ao que penso, nem preciso de escrevê-lo, basta-me pensá-lo.
    Penso que um dia darás contigo a pensar: Que pensará o Castro Nunes sobre o que estou a escrever?
    Já tens o meu número de telefone. Podes telefonar-me a perguntar.
    Abraço! Não desistas. Nem permitas que os outros administrem o teu blog. Porque essa de um blog sufragado não pega.

  18. Eu, ao contrário de muitos que por aqui andam, sou uma recém chegada ao mundo dos blogues, e a minha estreia foi o Aspirina B. Daqui passei para outros blogues deste universo paralelo, o que me tem agradado!

    Entro aqui diáriamente porque o que me interessa é ler os textos do “dono” disto, que acho que são de uma lucidez e clareza na exposição dos assuntos, que é dificil de encontrar em muitos comentadores da vida política e cívica portuguesa. Acho que tem um tom de conversa de café, que o Valupi já referiu, e isso dá uma sensação de igualdade e não de superioridade do autor.

    As caixas de comentários abertas, penso, que refletem esse estar, tendo a vantagem para quem as possa ler, não as ler se assim o achar.
    Que continuem abertas e livres, respeitando a liberdade do autor e este a liberdade dos comentadores.

    Devemos ter capacidade para filtrar o que se lê ou houve, o bom e o mau, e isso é que é da nossa responsabilidade e deriva da nossa inteligência, os comentários são da responsabilidade de quem os faz e serão fruto da pouca ou alguma inteligência de quem os publica…

    As regras devem ser impostas pelo autor, e do que tenho lido, não vejo no firmamento um substituto para o Sr.Valupi – o meu conselho – não desistas…

  19. Valupi

    Veja bem quem faz o primeiro comentário a este seu texto.
    Analise bem o conteúdo e o autor.

    Em relação ao seu texto serei breve. Basta-me responder-lhe: execute-se o que lhe sugere o primeiro comentário a este texto.

    Quanto ao primeiro comentarista serei ainda mais breve: é preciso ter uma Suprema Lata l

  20. oh castro juro que não era nesse sentido. quis apenas ilustrar o que seria uma conversa lateral que se prolonga ad infinitum através de vários posts. e só. de resto se leres o esto do meu comentário vês que até estou contigo versus cegueta. mas sinceramente já não tenho pachorra. é que por muito que um gajo tente evitar ler, passar à frente 47 comentários em 55 é chato e desmotiva.

  21. sendo que, na questão dos trolls, como também dizes e bem: quando cá chegaste já o aspirina era assim.
    e eu sou testemunha.

  22. Boa noite, Timberlake.
    Agradeço o esclarecimento, mas já não posso corrigir o comentário.

  23. Viva,

    Não são raras as vezes com que me deparo com cenários apocalípticos nestas caixas de comentários, os últimos dias são um de muitos exemplos disso.

    A primeira coisa que tenho a dizer é que tenho pena. Tenho pena do que se perdeu. O aspirina fez e faz parte da minha formação como pessoa – da construção do meu pensamento sobre a actualidade.
    Houve sempre muita qualidade nos posts e, em tempos, nos comentários. Alguns comentadores até deram o salto e revelaram-se portentosos autores, como é o caso do grande Vega9000.

    O Valupi é das pessoas que mais gosto de ler neste país, mesmo quando acontece não concordar com ele. Às vezes apetece-me opinar ou fazer uma interpolação, mas o ruído lateral à discussão acaba por me dissuadir. Tenho pena que isso aconteça.

    Não concordo que a solução seja deixar tudo como está – acho imperativo reconhecer que existe um problema e julgo que este post o confirma.

    Posto isto, a solução que me ocorre (e que me parece mais no espírito das expectativas de todos) é implementar um sistema de comentários ‘threaded’ – ou seja, a possibilidade de responder a um comentário em vez de comentar o post principal.
    Isto poderia ajudar a limpar muito do ruído (discussões laterais) destas caixinhas. Num esquema em ‘threads’, as sub-discussões ficam colapsadas e podem ser expandidas se se pretender.
    Existem vários plugins, fáceis de instalar para as principais plataformas de blogues. Se for preciso eu posso ajudar. Também posso programar um plugin customizado com mais funcionalidades, se quiserem ir por aí.
    A beleza disto é que pode ser testado durante uns tempos – se chegamos à conclusão que não faz sentido, volta-se facilmente ao modelo anterior (só muda o front-end, na base de dados e no back-end não se mexe).

    Era isto que tinha para dizer. Boa continuação a todos e long live Aspirina B.

  24. ‘Se o Aspirina fosse teu’
    Promovia o Ignatz a autor principal, colocava o cegueta de castigo, como aconteceu ao Básico, e deixava o resto como está. Já é excelente.

  25. quem não se sente não é filho de boa gente diz o povo.quando se diz: socrates roubou,ou que os xuxas,comunas e outros saõ todos uns vigaristas,pergunto o que fazer com isto? só pode levar o rótulo de canalha ou até fdp .no primeiro exp. até pode vir a ser verdade,mas no presente momento só um individuo mal formado pode tecer este tipo de afirmaçoes.se estes tipos armados em bruxos acabarem com este tipo de insultos ou afirmaçoes sem sustentaçao os insultos deixam de ter terreno para pousar.

  26. Por principio sou contra qualquer tipo de limitação à liberdade de expressão. Onde tenho dúvidas é sobre outra coisa: podemos considerar o insulto gratuito uma forma de liberdade de expressão ? Haverá quem diga que o insulto gratuito é apenas uma manifestação da falta de carácter de quem o produz. Se além de gratuito fôr anónimo, é também manifestação de cobardia. Embora haja quem defenda a liberdade do insulto gratuito como forma de ajudar os ingénuos a perceber em que mundo vivem, também é verdade que a sua manifestação em espaços de comentários é desmotivante porque polui qualquer tentativa de debate de ideias.
    Portanto, penso que compete ao dono da casa defenir a sua politica sem que dela tenha de prestar contas publicas. Mas uma coisa é certa: ler o primeiro comentário desta série , é um excelente exemplo da hipocrisia de certa direita que tudo tem feito para desmobilizar com os seus comentários caceteiros a participação neste espaço de discussão.

  27. Valupi;

    Sou novato por aqui e vim cá parar por via de outro Blogue que sigo, e sou muito mais leitor (assíduo) do que comentador do Aspirina B
    Pois se o Aspirina B fosse meu, penso que não faria muito diferente do que os seus proprietários estão a fazer, ou seja: Colocaria acima de todas as tentações e embirrações os ideais democráticos de liberdade de pensamento e de expressão, ainda que alguns dos pensamentos aqui expressos por alguns comentadores, sejam meras e ordinárias ofensas ao urbanismo que deve presidir a quem se considera livre de pensamento e de expressão.
    Aprecio no Aspirina B os comentários de quem comenta com elevação, com fundamentação, com objetividade, com algum subtil e gracioso sarcasmo até, ainda que não comungue das ideias que alguns desses comentadores perfilham, mas que as expressam e defendem com convicção.
    Não aprecio aqueles que, esgotados os argumentos para defenderem as suas ideias, partem para a ofensa fácil e ordinária sem se darem conta do ridículo e balofo conteúdo daquilo que aqui escrevem.

  28. Pela parte que me respeita, se o Aspirina fosse meu irradiava os comentadores que se monstram sistematicamente incapazes de debater as diferenças de opinião com o minimo de civilidade , nomeadamente os que recorrem ao insulto e aos argumentos ah hominem.

  29. Valupi , não sei se se recorda de mim, quando comecei a comentar assiduamente no aspirina fi-lo com educação, cortesia e conforme o conteúdo. Fui sempre insultada por um senhor numbejo nada e os comentários atingiram mesmo a ordinarice. Se quiser refrescar a memória posso perder o meu tempo para os procurar mas não vale a pena, o Valupi nada fez para travar, nem um aviso ao comentador em causa. O Aspirina é a cara do Valupi porque deixou. Tenhopena, eu gostava de aqui comentar. Faça o que tiver de fazer agora, sem hipocrisias. Cumprimentos.

  30. Muito obrigado pela vossa presença e ideias. Estou surpreendido pela quantidade e qualidade dos contributos.

    Vou fazer um primeiro resumo, e veremos se a conversa continua. Será um resumo a partir do meu ponto de vista, o de gestor com poderes para alterar as regras da interacção no blogue entre os utilizadores.

    Como se pode constatar, nesta experiência só estão visíveis comentários que se relacionam directa e/ou bondosamente com o tópico – de acordo como o meu arbitrário e despótico critério. Para obter tal situação, dado o actual grupo de participantes no blogue e suas idiossincrasias, foi preciso (e continuará a ser assim) excluir vários comentários. Fossem de quem fossem, sem qualquer distinção. Obviamente, ninguém gosta de ter comentários apagados ou a baterem na trave. E ligada com essa questão está outra, bem mais importante para se chegar a uma resposta ao desafio lançado: não é possível continuar a aplicar este critério em todas as caixas, mesmo que ele fosse a melhor solução, pois a minha vida não é isto. Aliás, seria preciso ter uma equipa de 3 ou 4 pessoas diariamente para essa tarefa, caso ela fosse levada com zelo. Isto porque basta um taralhouco para despachar dezenas de comentários em poucos minutos. Evidentemente, não pode ser esse o caminho por razões meramente logísticas ainda antes das razões identitárias, psicossociológicas ou morais.

    Num segundo plano de ponderação, estão as vossas opiniões. Não há consenso, como seria previsível. Há o 8 e o 80, mais os números pelo meio. Mas mesmo que chegássemos a um consenso genérico – por exemplo, acordarmos numa conjunto de regras mínimas para controlar a participação – de imediato teríamos uma discussão potencialmente infindável sobre a definição exacta de cada uma dessas regras e modos de aplicação. É por isso que o princípio libertário, o do meu agrado, oferece a vantagem de não ser necessário estar a perder tempo com regulamentos, mecanismos de defesa e retaliações. Num contexto libertário, cada participante decide livremente o que escrever e com quem tentar interagir. Logo, não está obrigado a responder a pedidos de interacção, nem a provocações por mais escabrosas que elas sejam. Porém, decidindo responder, anuncia que reconhece esse modo como válido. Foi assim que se fez, ao longo dos últimos 4 anos, a transição de uma situação onde as caixas eram espaços de convivência adulta para espaços onde os modos da socialização são maioritariamente infantilóides e acéfalos.

    Esse ponto liga-se com outro de indiscutível relevância: isto dos blogues não passar, no fundo, de reinação, entretenimento. Do ponto de vista sociológico ou político, o Aspirina B é uma gota no oceano, nada influenciando. As pessoas que por aqui passaram, algumas que continuam a passar ao longo de vários anos, fazem-no para consumir um passatempo. Neste espírito, as caixas de comentários, para aqueles que têm o gosto de as frequentar, são muitas vezes valorizadas pelos momentos de humor que proporcionam. Haver vários comentadores que assumem “personas” pícaras e apalhaçadas, servindo-se do vernáculo, da boçalidade e da agressividade verbal, é matéria da diversão para vários que interagem com eles inocentemente ou dentro do jogo proposto, e também para muitos que se limitam a assistir ao circo. Este factor relaciona-se harmoniosamente com uma cultura sem qualquer tipo de restrições a condicionar as interacções. E foi por isso que sempre me pareceu natural que as caixas fossem ficando ocupadas por clones do “ignatz”, o mais antigo, talentoso, sistemático e coerente exemplo por cá deste tipo de fenómenos à maneira de um baile de máscaras que o mundo digital permite desfrutar.

    Saltando para matérias mais técnicas, e de design, reconheço a vantagem da sugestão do ephemerol, onde os comentários seriam apresentados como acontece nos blogues do Sapo e no Expresso, por exemplo, mas anuncio a minha recusa por achar que nesse modelo há perda de narrativa e introdução de ruído. Cada comentário dá origem a uma ilha isolada, ou a uma reserva para as feras, com o preço de levar a que se tenha esforço cognitivo acrescido para nos organizarmos nesse espaço. Tal como ocorre por aqui, mas não só, basta percorrer a página com o olhar para cada leitor perceber o conjunto das interacções e tomar decisões a respeito do que escrever e dirigido a quem.

    Esta questão da imposição de regras de convívio é sempre polémica. Mas é igualmente uma questão essencialmente política. Daí ser, para mim, fascinante estar a debatê-la desse ponto de vista onde podemos ser os legisladores das regras que livremente escolhemos seguir. Veremos se uma eventual segunda ronda de contributos fará avançar o problema para algum tipo de desfecho.

  31. Val,
    também sou adepto do ‘É proibido, proibir’ no entanto não entendo como ‘proibição’ o corte do comentário soez, sórdido, pestilento, atirado à cabeça dum qualquer opinador à laia de resposta, nem tampouco a diatribes sem nexo provocatórias atiradas a quem exibe determinada corrente de pensamento ou opção ideológica.
    Ignatz temos um, o original, o nosso, verrinoso q.b. e sempre pronto para uma refrega dentro dos limites estabelecidos pelo arguente. De vez em quando, temos a sorte de aparecer um humorista ou outra figura interessante, mas infelizmente vão sendo raros.
    Só quando a clonagem se abateu cá pela mansarda é que a mostarda me começou a chegar ao nariz. Nota-se à légua a intenção deliberada de estragar, de conspurcar ad nauseam toda a discussão, seja qual for o tópico, por isso trata-se não de proibir mas higienizar, limpar, manter decente.
    Nunca será o vernáculo a incomodar-me, a não ser que seja utilizado com acinte contra o próximo como argumento tido como válido.

  32. de acordo em quase tudo. se há vários clones do ignatz, não faço ideia qual seja o meu perseguidor mas relembro que até há bem pouco tempo um desses disse explicitamente – com ponte directa para o meu blogue – que eu fui violada pelo meu pai e pela minha madrasta. julgo que a este talento se chama ser crápula nojento e cabrão.

    mas então a música, uma espécie de hino à diversão – a diversão tem imensas dimensões – que é, para mim, o Aspirina, assim como o refrão italiano, não pôde ficar porquê? quero entender. e o questionar a alvorada por um desafio que tem tudo que ver com o contexto de opinião sobre os comentadores em jeito de crítica também não porquê? se parte da resposta está na tua explicação acima mencionada a minha pergunta vai no sentido de não fazer ideia se ela viu o desafio em outra caixa – como eu não recebo notificações também não faço ideia se outros verão.

  33. Quando referi os clones do ignatz referia-me a essa tipologia de participação onde alguém resolve armar-se em palhaço. Não estava a tomar clone como usurpador da identidade. No caso do ignatz, de resto uma máscara bem pensada, tal trouxe-lhe alguns fãs. No caso dos seus clones, neste sentido de lhe imitarem a lógica da interacção, nem por isso, ou nenhuns.

  34. Meu caro,
    É muito simples.
    Se o blog fosse meu, hipótese muito pouco provável, fechava-o.
    É que já vi de tudo um pouco.
    Blogs e forums com regras simples, género, proibido religião, política, sexo/pornografia, e disrupção. Quanto a tudo o resto, política de hands off.
    Mas até mesmo nesses acaba-se por falar de política e religião e disrupção tem contornos muito difíceis de precisar.
    Pornografia nunca vi.
    Neste, há quem utilize um vernáculo muito rasca e a raiar o pornográfico.
    É quase sempre o mesmo, e nada lhe sucederá.
    Porque será ?
    Depois é também perito em disrupção, na forma exposta ou explícita de imediata destruição de tudo o que não convenha e/ou possa ser inoportuno para a agenda. Isto tem um nome próprio em inglês mas já me esqueci. Quando ele estudou eu já tinha deitei os livros fora.
    Mas eu digresso.

    Depois há aqueles fórums com regras bem apertadas e consequências bem pesadas. Reina aí o conformismo, isto é, a paz dos cemitérios.

    Mas o que eu acho piada é àqueles que dizem que um blog é uma casa e o dono pode fazer o que quizer.
    Ora, claro que um blog não é uma casa.
    É sim, um espaço virtual.

    Pois que coisa estranha seria, um ser físico, viver no espaço virtual.

    Esqueci-me de referir lá mais acima, que a violação das regras, por mais simples que sejam, é sempre inevitável. Um pouco à semelhança das leis. E como disse aquele palerma espanhol, ” as leis e as mulheres, nasceram para serem violadas “.

    Já voltarei para abordar o espaço virtual, e as criaturas que o habitam.
    Isto, se tiver ensejo e tempo .

  35. Valupi, tanto quanto percebi em comentários anteriores de outros posts, baniste há dias desta caixa de comentários um dos bullies anónimos porque difamava sem apresentação de provas da difamação, aliás calúnia, uma das poucas jornalistas ainda dignas desse nome neste país, a Fernanda Câncio. Aplaudo sem reservas, já que, além de crime punível pelo Art.º 180.º do Código Penal, se trata, no meu não menos importante código, de sacanice nojenta só praticada graças ao anonimato cobarde que a Internet permitia ao caluniador. Espanta-me, porém, que, recusando ser cúmplice no crime de difamação, continues a consentir a prática diária, pelo ceguinho analfabeto e outros cobardolas anónimos, do crime de injúria, previsto no Art.º 181.º do mesmíssimo Código Penal (com as agravantes previstas nos Art.ºs 182.º e 183.º).

    É possível que argumentes que a Fernanda Câncio era um alvo identificado, mas acontece que o Manuel de Castro Nunes e outros comentadores, como eu próprio, também se identificam pelo nome verdadeiro e são constantemente insultados, injuriados, por cobardes anónimos que ninguém sabe quem são. É fácil de entender que só perseveram no crime sem medo de que lhes partam o focinho ou de serem acionados judicialmente porque, ao que parece, para o Aspirina, todos os artigos do Código Penal são iguais, mas alguns são mais iguais do que outros.

    Pela parte que me toca, e por respeito por mim próprio, adoptei desde que comecei a participar na blogosfera o princípio de usar sempre o meu nome verdadeiro e recuso terminantemente escrever numa caixa de comentários seja lá o que for que não seja capaz de dizer na cara de eventuais alvos daquilo que escrevo.

  36. Valupi, em 12 de Junho de 2012 publicaste no Aspirina B o post “Obrigado, José do Carmo Francisco”, que me dei ao trabalho de procurar e encontrar, graças ao Google (ver aqui: https://aspirinab.com/valupi/obrigado-jose-do-carmo-francisco/ ). Certamente não esqueceste que a desistência de participação no Aspirina por parte do José do Carmo Francisco, como autor, se ficou a dever ao bullying sistemático de que era alvo na caixa de comentários por dois ou três precursores do bully ceguinho e outros cretinos que nos trouxeram à discussão presente. O ceguinho, nessa altura, assinava VOLTAREN, como poderão verificar lendo o comentário de 14 de Junho de 2012 às 23.05 do link acima.

    A diferença dessa época para a de hoje é que os alvos preferenciais dos bullies passaram a ser não o autor do post mas sim os outros comentadores, esforçando-se por levá-los à desistência e ao abandono e assim empobrecendo a discussão, que é o seu objectivo primeiro. É um esforço que aprimoram até à náusea e que, diga-se, tem tido algum sucesso, como admitem alguns comentadores anteriores. O que não deixa de ser irónico é que um dos bullies de então (o ignatz) seja um dos alvos preferenciais dos bullies de agora. E que nessa época o chafurda ceguinho, então assinando VOLTAREN, bolçasse, no referido comentário de 14 de Junho de 2012 às 23.05, esta magnífica pérola: “O ignatz é um gajo INTELIGENTE” (sic). As voltas que o mundo dá!

    Como o que escrevi em comentário a esse teu post de 2012 (há mais de três anos, vê bem!) se aplica praticamente na íntegra à actualidade, vou participar na discussão com alguns excertos copy pastados:

    ————————————————-
    «Consideremos o Aspirina uma rua com várias pastelarias. Em todas os bolos são à borla, entra e come quem quer, quem não gosta é livre de criticar o excesso ou falta de açúcar, canela ou seja o que for. Se num dos estaminés os bolos lhe provocam sistematicamente azia, porém, e se tiver no mínimo dois neurónios, o que provavelmente fará é passar a comer apenas nas chafaricas da sua predilecção.
    Só um idiota come todos os dias bolos que sabe antecipadamente que detesta e lhe provocam caganeira, apenas porque são à borla e para ter o fraco consolo de uma desculpa para insultar o pasteleiro. Haverá quem considere um mistério os motivos que levavam o parvalhatz e o outro idiota fugido da prateleira de uma botica a não resistir a uma borla na pastelaria do José do Carmo Francisco, nem que fosse à custa de diarreias em cadeia que os punham em risco de desidratação crónica e em frenesim de diarreia verbal. Mas o mistério, para mim, não existe. Em verdade vos digo que só um completo burro, um perfeito estúpido, um idiota chapado, o pai de todos os cretinos, a matriz (ou meretriz) de todos os filhos da puta, é capaz de tal comportamento. (…)

    E ainda se fossem só os bolos. Mas não. Os desgraçados execravam a cor das paredes, o mobiliário, a decoração e até os azulejos do cagatório. Mas todos os dias entravam, comiam, cuspiam, vomitavam, diarreiavam, cagavam paredes, mesas e prateleiras, salpicavam outros clientes e insultavam o dono. “O pasteleiro é criatura completamente desprovida de jeito para a culinária”, guinchavam até à exaustão os miseráveis gourmets de auto-apregoada excelência. E vá de lhe comer os bolos. “São uma merda!”, berravam, arrepelando os cabelos… e no dia seguinte lá estavam de novo a comê-los, e mais uma vez os vomitavam e cuspiam, e voavam para a retrete a desfazer-se em caganeira, e de novo berravam, salpicavam paredes e comensais.

    Na maior parte das vezes, aliás, já nem havia outros clientes, tal a relutância que se apoderou das pessoas de bem, que fugiam de partilhar a sala com eles e os deixavam a ganir sozinhos, massacrando os ouvidos do atónito pasteleiro.
    Podíamos ao menos ter tido a sorte de a Rua Aspirina ter também uma drogaria, além das pastelarias, a ver se o parvalhatz e o fugido da botica se empanturravam por engano com um pudim de raticida, mas o deus dos coliformes não o permitiu. (…)

    Que diferença existe entre a intolerância obscena do bullying sistemático destes energúmenos, na pastelaria do José do Carmo Francisco, e a dos bandos que na Alemanha nazi pintavam insultos e vandalizavam lojas de judeus, afugentando os clientes, aterrorizando os donos e acabando muitas vezes, finalmente, por as incendiar?»
    ————————————————-

  37. tocaste em um aspecto muito importante, Joaquim Camacho – o de uma minoria, neste caso de comentadores, se apresentar tal e qual como vive na Cidade. e isso faz toda a diferença por mais argumentos plausíveis, e saudáveis, que pululem. e, de facto, a haver critérios de NÃO que sejam iguais para todos porque a dignidade das pessoas não se mede consoante o nível público de exposição. aliás, essa senhora F. que terá sido caluniada e (devidamente) defendida também já cá veio insultar-me por não gostar da minha opinião relativamente ao seu ridículo, prepotência e convencimento. mas enfim, sou maior e mais alto – e digo o que tenho a dizer sem excluir elites. e quilho-me, claro. :-)

  38. o escalrachito foi pescar no livro de condolências do funeral do poeta da benedita umas tretas para justificar umas cenas pessoais que teve comigo e que nunca conseguiu resolver. bem, vamos ao que interessa:

    pelos vistos, no entender do valupi e na cabeça de alguns caralhos, eu é que sou o verdadeiro talentoso palhaço deste ajuntamento de freguesia e pai da clownagem que vai merdando pelos caixotes de comentários. a armadilha “talentoso” ignatz fez feridos e as vítimas reagiram: a bécula acha-se perseguida por escrever disparates, o cegueta porque ele é que é elevado e agora escalracho que combate o nazismo na minha pessoa. entretanto o valupi já veio corrigir o tiro e reparar as indignações, para evitar o ridículo de uma frente do bafio reaccionário católico, do bolor salazarento e do mofo comuna conspirativo num blogue prá frentex, arejado e aristóla. prontes, nem sei o que dizer mais, já disseram tudo e nem se deram conta do ridículo do que escreveram. leiam os comentários que o escalrracho lincou, está lá tudo, hipocrisia é a palavra chave.

  39. Gostava muito de ler as postagens de José do Carmo Francisco. O Ignatz deve um pedido de desculpas à malta, e em especial a JCF, por essa fase estúpida da sua participação no Aspirina B. Acho que tudo isto remete para o que deve ser uma das primeiras regras de interacção no espaço público: Anónimos não devem falar para pessoas que dão a cara, pessoas que dão a cara não devem falar para anónimos, a anónimos não devem ser permitidas considerações pessoais sobre quem está exposto. Os fundadores do facebook perceberam isto muito bem.

  40. galuxo,

    1 – as pastagens da benedita eram só palha, mas não censuro quem comia, especialmente esfomeados e pobres de espírito.

    2 – não tenho que pedir desculpas daquilo que fiz conscientemente e lamento que o poeta da treta tenha dado de frosques, só pelo gozo e animação que dava nas caixas de comentários. hoje, por lembrança do escalracho, reli uma dessas caixas e parti o carolo a rir.

    3 – valupi, galuxo, ignatz, timberlake ou pimpampolhas, tamos conversados é tudo anónimos. os únicos que aparentemente revelam identidade verificável são a bimba, nunes e camacho, lá terão os seus motivos, que entre outros será tornarem-se conhecidos. diria que é o preço da fama

  41. Joaquim Camacho, não tomo nenhum dos dados que aparecem nas identidades digitais como sendo equivalentes à identidade biográfica ou civil. Por esta razão: não tenho forma de confirmar as eventuais associações. Nem sequer sei se os emails são verdadeiros ou realmente do próprio que os inclui, pelo que tais informações deixam de contar.

    Para mim, és tão pseudónimo como outra identidade qualquer que por aqui apareça.

  42. Vinha comentar mas o Joaquim Camacho disse tudo. Depois, Valupi… a sua última resposta.. Meu Deus! Sem comentários. …
    Escreva para os ditos mails e confirme as identidades pois então.
    Desilude-me completamente. Eu achava que conhecia a pessoa atrás do nome.
    acontece. De facto, o Aspirina é a sua cara.

    Pelo menos respeite quem se identica sim?

  43. Maria, farei esse trabalho de confirmação de emails se me pagares. Manda-me para o email do blogue a tua proposta de remuneração. Como o blogue tem neste momento mais de 150 mil comentários em exibição, peço-te que sejas generosa com o carcanhol.

    Mas mesmo que andasse a confirmar se os emails existem, tal não garantiria que os pseudónimos usados correspondiam a nomes de baptismo. Tens de pensar melhor neste aspecto da questão.

  44. Maria, o sr. Camacho tem foto na net e um blog. É de Freamunde. Qualquer um pode ver, isto é, se quizer.
    O meu comentário a seguir ao do Camacho evaporou-se ao fim de meia-hora.
    Depois apareceram dois do Inácio com 1 segundo de intervalo.
    Portanto e quanto a comentários/comentador Inäcio : ou tem 2 computadores e envia de rajada, ou então há concertação e estão duas pessoas a postar com o mesmo nome Inacio.
    Estão a gozar conosco.

  45. PIMPAMPUM, como escrevi no texto, e repeti no primeiro comentário que aqui fiz, esta caixa está sujeita a moderação. Essa moderação apenas respeita o meu critério subjectivo do que é apropriado à conversa. Se esta regra não te agrada, tens bom remédio, é não participares.

    A presente discussão é uma experiência. Enquanto durar, é esse o modo da interacção.

  46. Então meninos e meninas, que é isso? Então falamos de anonimato na Net?! Mas quem é que não é anónimo na Net? Aí se eu escarrapachar aqui que sou o José Passos Dias Aguiar Mota, deixo de ser anónimo para ser a pessoa que dorme diariamente na minha rica caminha?! Querem o nr. do BI? Aí vai 976548! O nr. de telefone? Tomem nota 212026454. Fotografia? Vou já tirar ou serve esta? ??
    Porque é que tantos de nós usam pseudónimos? Será para copiar o Pessoa? Ou será que não se querem ver incomodados por pessoas que não têm a noção do que é efucação? Quantos líricos deram o seu e-mail para o verem encher-se de mensagens ultrajantes, malcriadas e até incompreensíveis? E os telefones a tocar, a tocar, para serem insultados por um qualquer Jacinto Leite Capelo Rego?
    Andar na Net é como andar à chuva. Só que a chuva na Net são palavras, e por vezes, o interlocutor desilude-nos. Paciência! O remédio é simples…
    Acredito que o Val se encontre num dilema. Ele acha, de facto, que o ambiente precisa de Brise, mas sabe que o Brise perturba alguns asmáticos, daí não querer atingir os gregos, mas desejar que os troianos sorriam, pois… Mas isso é a quadratura do círculo, a insolubilidade salina, a materalização da alma.
    Falemos uns com os outros, dialoguemos, troquemos pontos de vista, sejamos rudes até, mas dentro dos limites, sem ofender a família que não é para aqui chamada, sem nos armamos em deuses e mudarmos o género e a espécie do interlocutor ou interlocutores.

  47. Ignatz,
    Coincidências. Estava agora a folhear um jornal regional e descobri que o JCF é da minha terra. Podes achar do que ele escreve o que quiseres mas não podes armar-te em cegueta a tentar fazer barulho para impedir que outros escutem música. És mais inteligente que isso. Pede desculpa ao auditório e segue a malhar em quem merece e precisa.

  48. considerar que a minha identidade é duvidosa na exacta medida de quem usa pseudónimos é tão legítima como outra consideração qualquer – cada um é livre para pensar como quiser. só por dizer que a responsabilidade do que eu digo e que me relaciona com o meu rosto e perfil de uma rede profissional, por exemplo, é completamente diferente das de um outro qualquer que diz o que quer sem se relacionar com nada nem ninguém. se o valupi apresentasse, não um qualquer, o seu rosto e o seu nome de cidadão quando escreve tenho a certeza de que muitas esperas à porta de casa e na rua já tinham sido levadas a cabo – tanto por amor como por ódio. vejamos o exemplo da censura de quem calunia figuras públicas. se fossem anónimas valeria a pena censurar? o pseudónimo é sempre uma protecção e o nome de cidadão é o que é – uma exposição absolutamente normal do que se é. apenas por curiosidade relembro que no campo da psicologia, por exemplo, quando alguém se relaciona à distância em termos emocionais com outro alguém que esconde a sua identidade enquanto cidadão é considerado disfuncional – está estudado. porque será?

  49. Valupi: “Nem sequer sei se os emails são verdadeiros ou realmente do próprio que os inclui”

    Meu caro, estás farto de saber que o e-mail é meu, já que por mais de uma vez contactámos através dele. A última, tanto quanto me lembro, foi quando, com autorização da própria, me mandaste o e-mail da edie, para eu lhe enviar alguns dados relacionados com uma discussão que aqui houve sobre Israel. Dados, aliás, que te enviara antes, respondendo ao teu repto para que apresentasse provas do que escrevia. Fi-lo com documentos insuspeitos que digitalizei, produzidos pelo próprio Estado sionista, que não quiseste publicar mas em que a edie mostrou interesse.

    Quanto à questão da minha “identidade biográfica ou civil” e de não teres “forma de confirmar as eventuais associações”, vou enviar-te através do e-mail do blogue, “for your eyes only” apenas pelos motivos expostos pelo Tatas, elementos que te permitirão tirar todas as dúvidas.

    Diga-se de passagem que os dados que em diversas ocasiões já aqui disponibilizei facilmente permitiriam lá chegar. Pois se até já disse onde trabalhei quase toda a vida! Mas isso, é claro, exigiria um pouco mais do que os dois neurónios gripados do Pampum, brilhante investigadeiro que descobriu ter eu um blogue, com foto e tudo, e espetou comigo em Freamunde, que nem sei onde é. Até já andei por aí googlando para ver se o gajo de Freamunde é mais bonito do que eu, mas só encalho em sites de bola, coisa de que também não pesco ponta de corno.

    Sendo o Pampum uma das estraligências que aqui nos esfregam no focinho brilhantes raciocínios (?) dedutivos, indutivos e laxativos sobre factos, indícios e provas do imenso cardume de crimes dos esquerdelhos que lhes assombram noites e dias, mais não seria necessário para mostrar o que valem aquelas tolas, mas enfim, se certeza podemos ter é a de que muita gente continuará a ir de cana à conta da burrice sectária destas luminárias. Oremos.

  50. Joaquim Camacho, referia-me à questão geral das identidades digitais neste ambiente onde qualquer um pode enviar as informações que lhe der na gana.

    Pareces-me focado apenas na tua pessoa. Ora, não é a tua pessoa que está em discussão, mas todos e qualquer um que queira participar nas caixas de comentários.

  51. Olha, olha, olha.
    Obrigadinho, snr. Camacho.
    Então não viu e não leu o meu comentário em que fazia mea culpa por uma referência indevida a V. Ex.a ?
    Olhe mas vi eu e tenho testemunhas, que é quem o retirou.
    E não leu também o outro em que eu rectificava a confusão entre vossa senhoria e o Manuel Pacheco, este sim de Freamunde e com blog ?
    Pois… Pois…

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