Sabemos que este país ainda tem salvação quando

Quando o Tino de Rans tem mais votos do que o Paulo Morais e o Henrique Neto, por pouco não apanhando o padre vermelho e a rosa em choque, podemos adormecer tranquilos nesta terra onde viemos parar.

33 thoughts on “Sabemos que este país ainda tem salvação quando”

  1. É o voto de protesto, vendo bem, dos 10, venha o diabo e escolha! ah,ah,ah,ah! Pobreza franciscana. Nem candidatos de jeito temos.

  2. A votaçâo do Tino de Rans prova que o povo gosta de um presidente à sua medida. Tudo nos conformes, portanto. Ganhou Marcelo porque é muito mais conhecido e muito melhor e maior charlatão. O povo adora charlatães de feira. Paulo Portas era a segunda figura ploítica na escala da popularidade. O povo gosta mesmo, pá!

  3. “Ganhou Marcelo porque é muito mais conhecido e muito melhor e maior charlatão.”

    A solução é simples: nas próximas eleições basta convencer a Cristina Ferreira a candidatar-se.
    Com a popularidade que tem, está eleita de certeza.

  4. “Ganhou Marcelo porque é muito mais conhecido …”

    Segundo o PCP, o povo (de esquerda) adora mesmo é “candidatas engraçadinhas”, aliás na senda das “nossas meninas magníficas” de Fernando Rosas. Resumindo: o BE ganhou (à esquerda) porque apresentou meninas bonitas.

  5. Ver desaparecer de cena Cavaco Silva é o melhor desta noite eleitoral, a derrota da ala ASSIS segurista do PS é também uma nota que me agrada imenso, E não é que os comunistas votaram em Marcelo? Só pode! Quanto a Marisa gostei do resultado, estou mesmo a ver uma coligação Bloco/Ps nas próximas legislativas. Temos futuro

  6. Quem diz isto, merece toda a sorte;

    “Fui à tropa e gostei muito. Além de ser Comandante Supremo das Forças Armadas também quero ser Comandante Supremos das Forças Desarmadas. Os que não têm armas também têm de ter defesa, que são os mais humildes”
    Tino the Bull Vino

  7. “… estou mesmo a ver uma coligação Bloco/Ps nas próximas legislativas. Temos futuro.”

    eheheheh… eu estou mesmo a ver uma coligação pcp/ppd/cds/marmitas de sousa para mandar o governo do costa às urtigas e eleger um governo patriótico da esquerda da direita que una as 5ªs da atalaia à da marinha, eixo seixal/cascais em beneteau/transtejo.

  8. do que ouvi de silva pereira cheguei à conclusão de que ele em termos politicos é o mais bem preparado do ps. tem todos os atributos para liderar o partido,numa proxima eleição na familia socialista.

  9. Marcelo penteou, comeu bolos, foi ao engraxate, mudou Portugal, honrou a memória de seu pai e do seu padrinho.

  10. Valupi:
    – os votos prometidos ao Paulo de Morais foram para onde? Surprise, surprise.
    – Henrique Neto não captou os votos de ninguém.
    – Tino de Rans não foi um voto de protesto, dever-se-á analisar os mapas eleitorais do P. porque me pareceu que não teve expressão “cosmopolita” nos concelhos urbanos de Lisboa, Porto, Setúbal, Faro; mas é algo que vem das berças, das freguesias do interior e dos eleitores originalmente “bimbos”… isto é um elogio, note-se.

    Ignatz:
    Eu acho que essa é uma explicação para o azedume constante de Vera Jardim que é um dos socialistas que, ao que me lembro, vive num castelo e guarda a sete chaves o cofre forte familiar.
    Maria de Belém deve pedir a pensão vitalícia, um monte do papelucho vai para a sopa dos pobres (que é a da pobre candidata, agora) até porque, depois de ontem, só tem mais uma coisa a perder.

  11. Prontos! Não foi desta que conseguimos o Tempo Novo, ficámo-nos
    pela chamada Evolução na Continuidade mas, sem os tiques cavacais!
    Não esquecer o papel da Santa Madre a Igreja que, muito ajudou na
    vitória do eleito para lá da muito conhecida notoriedade televisiva !!!

  12. A salvação a caminho, cortesia da classe inimputável, aqui com intervenção parlamentar da querida Ana Gomes, enquanto na Alemanha continuam a arrastar moribundos quasi-centenários até à barra dos tribunais para pôr cobro à ameaça fascista:

    Factos e números

    Continuem a brincar…

  13. Joe Strummer: Quem diz isto, merece toda a sorte; “Fui à tropa e gostei muito. Além de ser Comandante Supremo das Forças Armadas também quero ser Comandante Supremos das Forças Desarmadas. Os que não têm armas também têm de ter defesa, que são os mais humildes” Tino the Bull Vinoz

    É verdade, e vou mesmo mais longe. O Tino no poder podia ser o início de uma boa revolução: ver no Lucky Luke, «Ruée sur l’Oklahoma», o episódio hilariante da eleição do candidato Beastly Blubbler (um dos meus favoritos de toda a saga do cowboy do Morris & Goscinny, que aí pelos meus doze aninhos — já então politicamente conscientes — me fez rir até às lágrimas)…

  14. Oops, não era a personagem Beastly Blubbler… era o Dopey, mas não era o anão. Aqui fica a correcção, à intenção dos espíritos eruditos.

  15. Gungunhana, de memória não consigo lembrar e esse não tenho comigo.Tenho q ver na net. Li imensa BD porque tive a sorte de ter um amigo cujo familiar trabalhava na Meriberica/Liber.De Herge a Moebius, de tudo um pouco.

    O Tino merece melhor analise do q a estereotipada e apoucante que muitos lhe fazem.

  16. Joe Strummer, de acordo e ontem tentei fazer isso sobre a votação do Tino de Rans.

    Ontem voltei a olhar para os mapas eleitorais do P., faço-o agora novamente, e os que eles me dizem é o seguinte:

    Em Lisboa, as maiores votações do Tino são em Arruda dos Vinhos, Sobral de Monte Agraço, Cadaval, Mafra, Alenquer e Lourinhã (3,54%, 3,07%, 2,96%, 3,03% e 2,69%, respectivamente; no concelho de Lisboa tem 1,63%). A minha tese parece ir no sentido justo, portanto.

    Idem, o mesmo padrão acontece no Porto, em que se destaca Lousada com 11,32%, Paredes com 11,66%, o concelho natal de Penafiel com 22,71%; por oposição, no concelho do Porto e em Vila Nova de Gaia obteve 2,46% e 3,83%, respectivamente).

    Ibidem, destacam-se ainda Cinfães, São João da Pesqueira e Penedono com 8,59%, 8,54% e 7,67%; no concelho de Viseu a que ambos os três (!) pertencem obteve apenas 3,39%).

    E pronto, não há tempo nem vontade nem sabedoria para mais, mas o Valupi ou outro notável dos aspirinos bem poderia/m presentear-nos com uma explicação acutilante vinda dos gurus na análise dos números eleitorais. Sim, esse, estou a pensar no Pedro Magalhães que há dias andou por aqui a vaguear…

  17. os sondageiros só acertaram na vitória do marcelo e mesmo assim foi à tangente. a católica foi a que andou mais perto, quase todos apostaram na belém e no edgar à frente do nóvoa e na marisa respectivamente. nenhuma acertou no tino, que incluiam na categoria outros e todos provaram estar ao serviço de quem encomendou o trabalho. o caso belém e edgar são escandaloso, demonstram bem a vigarice e o profissionalismo da treta, foram sondagens encomendadas para desencorajar o trabalho do nóvoa.

  18. Eric, boa pesquisa. Não tenho grandes dotes de análise de sondagens, mas a partir dos números que referiste, diria que a Norte a votação compreende-se, e em geral o seu voto é suburbano/rural. O voto a sul, na zona a norte de Lisboa, a capacidade de penetração na chamada zona saloia/Oeste, é um pouco surpreendente, ou talvez não ;)No entanto as percentagens dependem da base, ie, os 1,63% em Lx não deixa de ser um bom resultado, nem em V.N Gaia que julgo ser o maior concelho do país. Se igualares o total do Tino a 100 e vires a percentagem ventilada por concelhos, talvez esses 1,63% signifiquem algo mais no seu perfil de voto .

    Mas a análise a que eu me referia não era a quantitativa mas sim a qualitativa, embora essa ajude, e de que maneira, a traçar um perfil mais objectivo.

  19. Pois, esse é um dos pontos em que pensava quando estava a escrever. No entanto, consideremos um distrito, um concelho ou uma freguesia qualquer como uma unidade (chamemos-lhe um “habitat”, para facilitar) em que o total os seus eleitores representam sempre 100% que se vão distribuindo diversamente pelos candidatos. Assim sendo, não me parece importante olhar logo para os habitantes (sendo que o resultado de 3% num universo de 100 mil será, obviamente, diferente de 3% perante universo de 10 mil ou de um milhar). Ou seja, se considerarmos que todos têm o mesmo “peso”, nesse caso, podetão analisar-se coisas que sendo à partida diferentes não deixam de ser “habitats” potencialmente iguais.

    Pedro Magalhães, o homem sabe disto.

  20. OK. então aqui vai um exemplo.

    Imagina que existem só dois candidatos o A e o B.
    Em Lisboa o A consegue 50% e o B 50%, e no Porto o A consegue 50% e o B 50%. Estes candidatos são semelhantes, mas quem ganha as eleições?

  21. Sim, mas é preciso quebrar as amarras senão andaremos sempre entretidos num jogo de cabra-cega. O que é importante, para mim, é pensar que poderás sempre fazer uma análise (uma análise qualitativa, no caso) se souberes, e saberás seguramente, uma série de informações suplementares sobre um “habitat” (o distrito ou o concelho era Faro, ou seria a freguesia do Sado, em Setúbal, que inclui uma aldeia chamada Faralhão, por exemplo). Aliás, parece-me que a análise de dados quantitativos serve para isso: para os interpretar, e há quem o faça bem.

  22. Precisamente, isso é o q estou a dizer desde inicio. Os concelhos não se poden igualar, são diferentes a vários níveis, rendimento, escolaridade, etc…so usei a dimensão populacional porque esse e o critério mais evidente quando se trata de quantificar votantes. Existem dados suplementares ha muito tempo no Pordata, portanto penso que não será difícil fazer esse cruzamento.

  23. As análises de «vontades colectivas» — a menos de possibilidade de entrevista directa a cada elemento individual do colectivo em questão — são fantasias ociosas, como as discussões sobre o sexo dos anjos ou sobre quantas dessas adoráveis criaturas se podem acotovelar sobre uma cabeça de alfinete.

  24. Gungunhana, estas a falar de dados psicograficos, valores crenças, atitudes, comportamentos, motivaçoes etc..já não vou tao longe.Ainda assim os demograficos com alguns filtros dao um retrato mais ou menos fiel de como são não dao e o porquê. Nem sei se existe “uma vontade colectiva” existem várias motivaçoes para várias opções de voto que se concentram maioritariamente num receptaculo/
    candidato de projecções. Sei lá….

  25. Mas não confundir, por falar disto e saber que certas cenas existem, nao percebo peva desta dis to, mesmo nada. Sou so um curioso q tem q por vezes ler dados por dever de oficio. I rest my case.

  26. Meirelles,
    comentas o post ou os comentários?

    Olha que essas certezas, as tuas possíveis certezas (utilizar a palavra possibilidade e 100% de certezas na mesma frase é uma cena que mereceria uma outra discussão, a propósito), se revelam muitas vezes “enganosas” no trabalho de campo.

    Seria mais fácil discutir o jargão do que é uma “memória colectiva” de que existe bibliografia de referência, que a interroga e destroi, mas a «vontade colectiva» tem óbvias conotações de actualidade política e não foi trazida por ninguém ao que me lembro.

  27. Joe Strummer: «Gungunhana, estas a falar de dados psicograficos, valores crenças, atitudes, comportamentos, motivaçoes etc.. (…) Nem sei se existe “uma vontade colectiva” existem várias motivaçoes para várias opções de voto que se concentram maioritariamente num receptaculo/
    candidato de projecções. Sei lá…»

    Claro. E é tudo o que se pode dizer.

    Imagina por exemplo que tens dois partidos P1 e P2 e dois tópicos independentes A e B no debate eleitoral (por exemplo, intervenção na Síria e aborto) para cada um dos quais existem duas posições possíveis. E que as posições são:

    P1: A1 e B1
    P2: A2 e B2
    Tu: A1 e B2 (ou A2 e B1)

    Obviamente que o sentido do teu voto não vai ser automático e vai depender da importância relativa que dás a A e a B. Multipliquem-se agora os tópicos e posições de tal modo que nem o alfabeto inteiro chegue para tudo, e começa-se a perceber a dificuldade de ler «vontades colectivas» de maneira única através dos resultados de uma eleição em que o tópico em debate não seja do tipo «referendo com pergunta bem definida».

  28. Eric: «Meirelles, comentas o post ou os comentários?»

    Uma coisa, a outra, ou as duas, consoante o caso, como toda a gente. Porquê a pergunta retórica? Alguma objecção?

    Eric: «Olha que essas certezas, as tuas possíveis certezas (utilizar a palavra possibilidade e 100% de certezas na mesma frase é uma cena que mereceria uma outra discussão, a propósito), se revelam muitas vezes “enganosas” no trabalho de campo.«

    Estás a referir dificuldades de ordem técnica-estatística e processual. Essa é outra questão. A que eu referia é a da «adivinhação», e não a da «recolha». O meu comentário anterior a este explica melhor. Se tiveres a possibilidade de formular uma pergunta a todos, um por um, sob a forma «sr. Fulano, você quer ou não quer isto ou aquilo?») ficas com uma hipótese aceitável de aquisição de alguma coisa a que se pode chamar (por comodidade) «vontade colectiva» em relação à questão da pergunta, apenas com os problemas técnicos inerentes a toda e qualquer votação. Se disseres simplesmente «a vontade colectiva sobre este ou aquele assunto é assim ou assado porque foi eleito este ou aquele, estás a fantasiar».

    A democracia representativa é uma convenção útil e moral de governo, não é uma teologia.

  29. No comentário anterior a este o meu identificativo «que s epsosa» foi acidental, como é óbvio.

    Já agora: escrevi mais acima «A salvação a caminho, cortesia da classe inimputável, aqui com intervenção parlamentar da querida Ana Gomes, enquanto na Alemanha continuam a arrastar moribundos quasi-centenários até à barra dos tribunais para pôr cobro à ameaça fascista: Factos e números. Continuem a brincar…»

    Mais sobre este tópico aqui: Londres, uma cidade estrangeira

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