Passos ao lado de André Ventura: “Não podemos ter medo dos demagogos e dos populistas que permitem que situações injustas perdurem”
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Igual a Trump quando carimba a imprensa livre como geradora de “notícias falsas”, ele que será provavelmente o político no Mundo que mais mente, Passos passou a incluir no seu reportório de líder da oposição a retórica do ataque aos “populistas” e “demagogos” quando se dirige à maioria legítima no Parlamento, ele que seria o principal protagonista de uma qualquer história do populismo e da demagogia em Portugal nos últimos 10 anos. Em 2010, andou a pedir prisão para políticos que se tinham limitado a cumprir o seu programa e ideário. Em 2011, jurava de manhã em Lisboa que não haveria cortes em salários e pensões nem despedimentos, para no mesmo dia à tarde em Berlim jurar que faria tudo o que fosse preciso fazer aos portugueses se ficasse a governar sujeito a um resgate de emergência draconiano – o tal que tornou num desastre inevitável com a aliança negativa do PCP e BE. Após tomar o poder, continuou a mentir. Negociava ainda mais empobrecimento com a Troika, garantindo-lhes que seriam medidas estruturantes, e depois vinha dizer publicamente que eram medidas provisórias, que tinha de ser por causa do “buraco colossal”, que no próximo ano é que era, vinha aí a retoma e a glória. À sua volta, no período em que afundaram Portugal e foram para eleições, a demagogia foi desvairada e ubíqua. Relvas garantia que o PSD tinha estudado todos os dossiers, feito todas as contas, e que não seria preciso subir impostos. Moedas anunciava que as agências de notação financeira subiriam o “rating” em seis meses assim que lhes chegasse a notícia de Passos estar a mandar nisto. O “corte nas gorduras do Estado” era uma promessa esfuziante de riqueza para todos ao virar da esquina, bastando desmantelar o Estado que só servia para encher o bolso dos socialistas corruptos e para dar dinheiro aos madraços que se rebolavam na sua zona de conforto sem quererem pegar na enxada ou darem o salto para a estranja. Cavaco apelava ao derrube do Governo socialista pela rua e declarava que não queria mais “sacrifícios”, ao mesmo tempo que tudo fazia para que o País fosse obrigado a seguir um plano do FMI criado por fanáticos do castigo moral sobre a população da estirpe de António Borges. O resultado foi uma devastação económica e social que apenas serviu para colocar uma direita traidora e decadente no poder. Há quem relacione a abertura do PCP para finalmente viabilizar uma governação do PS ao sentimento de culpa dos comunistas pelo que permitiram acontecer a milhões de pessoas por causa do chumbo do PEC 4; tese que merecia investigação ou que ficará como abandonada sugestão romântica para os apaixonados pela política e pela extraordinária complexidade sociológica da democracia.
Nesta citação, retirada de uma entrevista de Passos na CMTV, lemos a cifra da estratégia secreta seguida pelo Ventura: “Não podemos ter medo”. Também em Loures há cartazes onde o Ventura aparece com uma legenda onde declara não ter medo. Já em entrevistas, diz que tem medo. Das duas formas, e elas completam-se sem contradição, o terreno que explora é o do medo por ser aquele que está na origem das patologias do racismo, da xenofobia e de qualquer forma de estigmatização que se queira promover. Estamos face a mecanismos psicológicos, mesmo antropológicos, universais. É difícil, para qualquer um de nós, resistir aos apelos do medo pois o nosso instinto de sobrevivência fica estimulado num ambiente onde haja informações alarmantes a circular. O processo comunicacional é simples de explicar: ao declarar que não tem medo, a sua mensagem igualmente estabelece que há razões para ter medo – assim despertando uma reacção de validação do próprio medo que cada um calhe sentir, ou despertando a dúvida naqueles que até então não se tivessem definido em relação a qualquer experiência subjectiva de medo. Medo do quê? Tanto faz, é escolher. Ciganos, pretos, muçulmanos, paquistaneses, paneleiros, romenos, pobres, desempregados, bêbados, gajos com turbantes, velhos, novos, pessoas esquisitas, estranhos, os outros. Quão mais isolados, mais fechados, mais fragilizados, mais estupidificados, mais medo teremos. Trump apostou tudo nessa dinâmica, o tendem Ventura-Passos limita-se a repetir a fórmula, agora com o líder partidário que pela primeira vez na História de Portugal utilizou pseudo-suicídios como matéria para ataques políticos de braço dado com o candidato autárquico que promete um exército na rua e o regresso ao cordame para tratar da malandragem nas árvores do concelho.
Passos não se cola ao Ventura por acaso. O único acaso nesta original situação, contemplando o que tem sido a axiologia do nosso sistema partidário, diz respeito ao PSD. O acaso de estarem entregues a uma desgraça ambulante que não se importa de conspurcar a memória e missão do partido.
Val, o que dizes sobre o passado de Passos está correcto. Mas acho insensato tentar abafar a discussão que Ventura leva a votos com rótulação apressada de racismo e xenofobia. Racista e xonófobo é o Estado que discrimina os seus cidadãos segundo a sua etnia, atribuindo a alguns quotas de vagas nas universidades ou sendo com eles displicente na aplicação da lei, ou admitindo o impedimento da progressão escolar às raparigas.
ontem estive à conversa com um rapaz que vive num sítio giro , central , gosta muito , mas vai ter de mudar , anda cheio de medo , ele e a namorada , agora até são ameaçados. ( é a 3º pessoa que conheço que vai mudar de casa ali ) . e isto porque , apesar de ser central , na zona nobre da cidade , é uma ruela com dois bares/tabernas frequentados por ciganos , cujas mulheres ou mães vendem na praça , e há constantes zaragatas , conversas e canticos até de madrugada , à mistura com tráfico de droga. está farto de chamar a polícia , de fazer queixas , mas a polícia diz que não pode fazer nada , para ele se mudar. têm medo , os polícias , são ciganos. efectivamente há pessoas acima da lei e acho isto incrível.
YO, se não disser a que zona nobre da cidade se refere, se não disser o nome da ruela gira, se não disser como se chamam os dois bares/tabernas, se não disser a que esquadra pertencem os tais policias que têm medo dos ciganos, a sua denúncia não vale nada, e até pode ser mal interpretada. Ó o tal rapaz pediu-lhe segredo?
Calar é o pior que se pode fazer ou então esta será a falha no muro que os pafiosos ( e outros) andam procurando. O caso é mais sério do que se imagina e em outubro veremos se vai haver ou não indícios, mesmo que locais. Por isso PPC não se demarca …. e a estória das bolsas ainda não vieram à tona (então e os outros ???), mas não tarda, vão surgir.
a discriminação positiva de certa escumalhada, dessa ciganada suja e conspurcada, desse lixo, é a mais evidente prova que os valericos desta vida são merda.
lojas do cidadão, reuniões de pais em escolas públicas, urgências de hospitais públicos, audiências de julgamento, são consabidamente locais onde podemos ver o que essa escumalhada, essa súcia nojenta, agir como os criminosos impunes que são. um presídio especial para essa escumalha em vez de casas de borla e que o bom cidadão tem de não ter e de pagar para que essa putaria piolhosa procrie como ratos, era a justiça mínima que lhe poderia ser feita.
Nunca pensei que os gestores deste blog deixassem passar um comentário tão odiosamente racista e xenófobo como este atrás deste nojento enapa (a escumalhada, lixo, súcia nojenta, são seres humanos com adn igual ao de todos nós, não são animais. Linguagem como esta era a utilizada por Hitler e seus sequazes)
Eles só não deixam passar nada é contra o Sócrates, o resto que se foda.
Anónimo, neste caso, o deste comentador que assina “enapa”, não estamos perante um racista. Estamos é perante alguém que se vai enfiar numa caixa de comentários de um blogue perdido no cu da Internet, lido por meia dúzia de gatos pingados, para mostrar a quem estiver interessado que a pessoa que tecla está em sofrimento. É só isso que consegue expressar, tudo o resto é irrelevante.
Com a censura que pedes, evitarias confrontar-te com este tipo de doentes. E isso não seria bom para ninguém, nem para eles nem para ti. Ou para nós.
seu invertidos, é indiferente a raça ou a etnia em causa, distinguem-se genuinamente pelo mau cheiro. porém, o que os torna um bando de escumalhas também não é a sua semelhança curiosa com as ratazanas, antes se trata de serem uma comunidade que vive contra a lei em crime e incivilidade organizados. em bairros negros,a polícia espanca, humilha e mata por muito menos, mas a escumalhada cigana é temida como justiceiros deste mundo. denúncia e repúdio dessa comunidade escumalha não é um apelo racista ou insano, mas ele há valericos para tudo nesta vida.
e falava eu de progresso ainda há pouco. que tristeza. que miséria.
olha o enaparvo voltou, estás pior rapaz, será por causa do teu ídolo?
o teu ídolo ferrolho o escumalhada obama nobel da paz…. quantos milhões morreram sob a sua paz ? quantos mortes apelidadas de primaveras e color revolutions escondem os sorrisos imbecis e cool daquele escumalheco? o nixon tinha pelo menos a decência de rir pouco enquanto o genocídio prosseguia no vietname. o que seria melhor neste mundo com o vómito e a baba imunda do crime e da corrupção dessa hillary espalhados por aí, senão para servirem para as olindas desta vida xafurdarem ufanas e orgulhosas na sua causa de feminismo delirante?
a democracia tornou-se numa escandalosa fraude quando os valericos desta vida começaram a discriminar positivamente, desgraçando a ética, a lei e a ordem.
ó enaparvo, que eu saiba, o único que andava iludido eras tu, ou havia mais como tu?
ferrolho, os americanos antes de trump é que eram bons. antes de trump, a américa era um país da paz e do amor. depois de trump, tens visto guerras que não acabam. antes de trump, o mundo era verde e limpo e toda a gente respeitava quioto e paris. antes de trump quioto e paris resolviam efetiva e cientificamente os problemas do aquecimento global. antes de trump a amazónia não andava a ser destruída a ritmos genocidas. antes de trump não estavam permanentemente cerca de 15.000 jatos no ar a vomitar querosene queimada. antes de trump a ciganada não te passava à frente no santa maria enquanto esperavas há 9 horas por uma consulta e bico calado se não ainda fazem com que fiques mesmo internado ou vás direto para a morgue. antes de trump o capitalismo financeiro não levou à miséria milhões. antes de trump, não havia isis. antes de trump não havia austeridade. antes de trump, o mundo não era maniqueísta…. e assim sucessivamente como dizia o outro, que não andava por aqui como tu a sabujar-se, mamando a pilinha do valerico.
pois enaparvo ja resvalas para o insulto gratuito. A desilusão foi assim tão grande?
Valupi, mas então não estas a fazer o mesmo que criticas ao Coelho?
Isto não é uma questão de dimensão mas de principio.
Quanto ao Sá Carneiro …O Coelho só “matou” o pai, aos 43 anos um partido é maior e a(ssa)ssinado. Pena só do caixão.
Joe Strummer, não entendi o que escreveste mas gostava de entender. Que mesmo é esse que estarei a fazer ao Coelho?
Ao Coelho não estás a fazer nada, estás a fazer “como”. É isso que esta escrito. Desvalorizas o comentario em causa chamando-lhe outra coisa e tornas uma questão de valores e principios numa questão de escala.
Joe Strummer, continuo baralhado, pois agora não sei qual é o comentário que terei desvalorizado, embora já saiba que nada fiz ao Coelho.
Qual é a questão de valores e princípios? Qual princípio? Qual dimensão e escala? Pergunto na mais completa ignorância pois não entendo o que estás a dizer.
Valupi, é simples, no post criticas o Coelho em relação ao Ventura e apelas ao santo Sa Carneiro, logo a seguir perante um comentário no blog em tudo idêntico ao que criticas e perante ao apelo do anónimo ao teu eventual “sa carneirismo” reduzes tudo a uma questão escala – “blogue perdido no cu da Internet, lido por meia dúzia de gatos pingados” e que o comentador, coitado, é ,ainda que ironicamente, um sofredor. Aqui não há micro nem macro mas sim valores que num caso criticas e bem e noutro desvalorizas e mal, tornando na pratica “ineficaz” todo o post que escreveste.
Joe Strummer, como não tinhas sido explícito, pensei que o teu primeiro comentário se referia ao texto e não a um qualquer comentário.
Quanto ao assunto, é a tal história da estrada da Beira e da beira da estrada, do cu e da calças. Estás a pretender que um comentário, e logo aqui neste pardieiro, equivalha a uma campanha autárquica, e logo uma em nome do PSD e com o apoio intenso do presidente do partido e ex-primeiro-ministro. Diria, então, que tens de largar o vinho.
Mas o ponto principal nem é essa falta de senso, antes a tua incapacidade para reconheceres que o comentário desse alguém que assinou “enapa” não é algo que transmita “racismo” ou qualquer outra patologia social e política, apesar de ter essa aparência. O que ali lemos, e já lemos inúmeras vezes com a mesma assinatura, é perturbação mental ou jogo infantilóide (o que volta a ser perturbação mental pela obsessão e efeitos).
No que escreves, apelas a “princípios” e “valores”, sem gastares uma caloria a identificar um qualquer de qualquer dessas duas categorias. Aproveito para te lembrar que princípios e valores há às carradas, há paletes deles para dar e vender. E isso é bom, porque nos torna menos censores e mais empáticos.
Valupi, eu não estou a pretender comparar nada, tu é que o fazes constantemente, o que eu digo é que a resposta a estímulos iguais não devem ser diferentes, podem é variar no grau.
O racismo e xenofobia do Coelho alimentam-se precisamente do lixo emanado das redes sociais, não ver a ligação é não perceber nada, ele não está a liderar nada ele é liderado pela vaga. Quer ser um espelho de uma nova maioria “silenciosa”.
Pois há principios e valores às carradas e paletes, como não saber, já o Grouxo Marx o dizia.
Everything but the wine.
Joe Strummer, foi disso mesmo que falei, do que consideras “estímulos iguais”. E dá-se o caso de considerares igual o que se está a passar com Ventura e Passos numa campanha autárquica com o que se passa numa caixa de comentários de um blogue perdido no cu da Internet. Lá está, não se deve teclar depois de beber.
Se tu não pretendes comparar nada, diria que começa por estar aí o teu problema. É que nem na parte do “lixo emanado das redes sociais” acertas, pois um comentário neste blogue não emana para lado nenhum, fica retido numa caixa de segurança e desaparece no nada em poucas horas depois de ter sido observado por 10 ou 20 maduros. Nem sequer se tivesses lido algum autor do Aspirina B a repetir o que o enapa veio aqui bolçar poderias ter razão, posto que este blogue não alimenta as redes sociais nessa lógica, tal seria uma aberração sem qualquer projecção nem efeito fosse sobre o que fosse.
É muito mais fácil excluir uma manifestação patológica como aquela que o enapa e outros aqui vêm exibir regularmente, dado ser fácil e seguro representarem esses papéis no isolamento deste tipo de comunicação não presencial e anónima, do que tentar entrar em diálogo com a pessoa por detrás da barbaridade. Entendo-te, mas não vou por aí. Prefiro avaliar caso a caso. Neste caso, a sua manifestação aí está para despertar em quem quiser uma resposta. De certeza que as eventuais respostas irão, ou iriam, superar o alcance da inane provocação.
Valupi, o estimulo é igual porque se trata do mesmo conteudo xenofobo e racista , as respostas podem e devem ser de grau diferente mediante quem as profere, mas nunca diferentes entre si. Grau.
Mas eu não pretendi comparar o blog com o q quer q seja, limitei-me a constatar o óbvio e o reach para mim é irrelevante em relação ao tema.
Nem apelo a qualquer tipo de censura, gosto é de chamar as coisas pelo nome.
In vino veritas.
Joe Strummer, estás agarrado a uma coerência meramente abstracta, uma estrita atenção à literalidade e não ao contexto e significados.
Repara, o problema que importa não remete para a descoberta de “racismo” ou “xenofobia” no Ventura e no Passos. É facílimo eles fazerem com que essas acusações façam ricochete e não os atinjam, pois, e de facto, nada do que eles disseram permite anunciar que foi descoberta a prova do crime. O problema que importa é outro, o facto de eles estarem a explorar um caldo sociológico e cultural onde é possível atiçar uma ambiguidade que vai buscar combustível a esses instintos para tentativa de obtenção de poder político. Este é o tópico do texto que escrevi acima onde invoco Sá Carneiro.
Perante isto, tu ligaste um comentário estouvado, de um maluco bem conhecido destas caixas de comentários, à temática da política autárquica e nacional acima em debate. Ora, o enapa está a concorrer a alguma autarquia? Se está, apresenta-se como enapa e repete mensagens deste teor na berlinda? Acaso conseguiu o apoio de um partido com representação parlamentar e do seu líder para fazer uma campanha autárquica com uma lógica populista e de extrema-direita? Se sim, então podes falar de grau. Se não, tens de largar a vinhaça.
de acordo com a teoria valerica, é lógica de extrema-direita pugnar pelo cumprimento da lei pela comunidade ciganóide no contexto da pública e evidente anarquia em que essa súcia vive. costuma dizer-se que em todas as comunidades, profissões, grupos, etc.. que as exceções à regra são as maçãs podres, o que o que verificamos nessa comunidade é que as maçãs podres são a regra e pior do que podres é que são organizadamente podres e malfeitoras. a discriminação positiva num estado de direito democrático não foi pensada para proteger escumalhada insurreta e incivilizada. os valericos desta vida destroem o escopo da discriminação positiva e com isso quem fica a perder são as restantes minorias que realmente querem e precisam de integração ou de proteção dos seus legítimos interesses. legítimo interesse em lançar o pânicos em lojas do cidadão e nos hospitais para não esperar? vão para a puta que os pariu…