Se em Janeiro a posição de princípio de Passos Coelho sobre o TGV era a de que a obra deveria ser suspensa, então não se compreende que logo após a entrevista à RTP em que Manuela Ferreira Leite defendeu essa mesma suspensão, ele tivesse contribuído para a circulação do sound-byte “Passos Coelho defende o TGV, em nova divergência com a líder do PSD”. Ao mesmo tempo que silenciava por completo a questão da suspensão do investimento, o ponto nuclear da posição de Ferreira Leite.
Os objectivos de Pedro Passos Coelho eram óbvios: publicitar uma divergência com Manuela Ferreira acerca da recalendarização do TGV e dos compromissos já assumidos. Uma divergência que, vemo-lo agora, nem sequer existia. Mas foi assim que em Janeiro a notícia circulou pelos jornais, numa estratégia destinada a enfraquecer a liderança do PSD.
É evidente que, nestas circunstâncias, qualquer pessoa politicamente decente e leal teria sustentado com clareza a necessidade de suspender o TGV. Esse mesmo aspecto teria escorrido normalmente para a imprensa. Mas Pedro Passos Coelho entendeu que deveria fazer política de segunda categoria. E foi esta ambiguidade política impostora que eu critiquei no meu artigo e que outros na blogosfera até já tinham criticado em Janeiro, com os mesmos fundamentos.
Essa impostura atingiu o cúmulo na entrevista de domingo, no momento em que Passos Coelho apareceu a defender as mesmas ideias económicas de Manuela Ferreira Leite e, em particular, a suspensão do TGV. Ficámos todos a perceber que a maior e mais insanável divergência não é entre Pedro Passos Coelho e Manuela Ferreira Leite. É entre Passos Coelho e ele mesmo.
Afinal, a estória dos briefs do Lomba, com a falta de jeito do dito, cá para mim, deverão ter sido uma vingançazita do PPC
o lomba entrou por cunha cavacal e o resto foi exorbitar de incompetência. seria interessante saber o que é que o moço faz desde que foi arredado da pantalha.
Que faz ?
Deve estar no mesmo armário do espião !
a propósito de comentadores…o Passos pede aos comentadores, faxavor de dizer bem do orçamento 2014, ou pelo menos não dizer mal, para não acentuar no “choque de expectativas” (???)
http://www.publico.pt/economia/noticia/execucao-de-medidas-de-austeridade-pode-gerar-novo-choque-de-expectativas-diz-passos-1608405
O lomba como comentador vale o que vale … práticamente nada !
Como promotor dos “briefs” deu no buraco que deu, safa-se como “toupeira”!
Nos dias que correm deve estar a escrever um “calhamaço” sobre a sua grande
experiência pela política dura e pura!!!