Putinistas e cagarolas

O que se passa nesta fuga do concreto para o abstracto, a que os putinistas se entregam febrilmente, não tem nada de novo. Vimos o mesmo fenómeno no Brexit, no Trump, no Bolsonaro e no Ventura. Em comum, um fascínio pelo pensamento mágico e, especialmente, pela violência.

A ideia de que o Reino Unido ficaria melhor fora da União Europeia era mais repelente para quem tivesse mais estudos e melhor informação e mais atraente para quem fosse mais ignorante e mais estúpido. Os broncos foram votar não porque entendessem o que estava em causa mas precisamente por não perceberem patavina da complexidade política, económica e social que se oferecia como potencial de realização aos cidadãos de um Reino Unido pertencente à União Europeia.

Quando Trump se assumiu como racista, tiranete, machista, xenófobo e apelou a que se prendesse Hillary Clinton isso não lhe tirou votos dos afro-americanos, dos latinos e das mulheres, mesmo dos Democratas que foram votar nele para castigar os Clinton. Trump fez da encenação da violência um número de hipnotismo colectivo, foi levado ao colo pela voracidade da indústria mediática.

Por cá, a sua imitação de fancaria já ameaçou segregar ciganos, prender políticos, expulsar deputados e refugiados, castrar presos e até decapitar Eduardo Cabrita. Tudo na reinação, certo? Dá para lhe continuar a apertar a mão nos restaurantes ou a convidá-lo para lançar mais ameaças na “imprensa de referência”, né? Pois, porque a coisa resulta. Ventura usa a violência como isco para arrebanhar os borregos mais rapaces e mais alienados.

Com Putin, repete-se a matriz, agora concretamente e numa escala criminosa que não se imaginava possível ocorrer na Europa. Os putinistas fecham os olhos para não verem as vítimas e a destruição, preferindo correr e saltar no prado da sua imaginação. Nela montam um palco com a NATO, os americanos, a União Europeia, os nazis ucranianos, os massacres de russos em Donbass de que não há evidências, as armas químicas que o Zelensky está a desenvolver secretamente numa cave de um centro comercial, e até as armas atómicas que o mesmo Zelensky quer um dia ter à mão e apontadas à Santa Rússia. Vale tudo para se manterem entretidos e invencíveis no torreão do solipsismo.

Trata-se do instinto de sobrevivência a funcionar. Os putinistas, no fundo, sabem bem que Putin é um criminoso a uma escala planetária, tão merdoso que tem de ameaçar com o apocalipse nuclear para se sentir homenzinho. Daí o pavor que sentem e que se volta contra as vítimas ucranianas na tentativa de comprar a clemência e apaziguamento do ogre.

Não foi com cagarolas deste calibre que se fez a civilização onde queremos viver.

59 thoughts on “Putinistas e cagarolas”

  1. bolas , hoje temos sermão.
    enquanto lavava a cara pensava que temos de voltar aos nacionalismo e deixar-nos de globalização e bla bla bla porque essas instituições supranacionais servem apenas quem lá trabalha e entretanto , andamos nós , o mexilhão a levar com as ondas da vontade de lucro de quem lhes paga. sistematicamente somos mandados ao chaão. desde 2000 que vivemos em crise. mete a ue no lixo. acorda, pá.

  2. “… andamos nós , o mexilhão a levar com as ondas da vontade de lucro de quem lhes paga…”

    andaste a ler o preambulo do projecto de remodulação constitucional do ventrix. tá lá tudo.

  3. li nada. estamos a assistir ao vivo à morte de uma civilização , é só isso . quem tudo quer , tudo perde : os capitalistas deviam ter uma associação que os organizasse em fila de espera para devorar , assim , todos a abocanhar ao mesmo tempo , matam a galinha.

  4. obrigada por este texto. eu já não sei o que fazer com o clima de terror que me assombra, esta nuvem preta que me ronda os dias e as noites, a consumição em querer ajudar e combater os pulhas, o ter de ouvir – um pouco por todo o lado por onde passo -, aqui, coisas infames e vergonhosas, o ter de ler aberrações e monstruosidades. sinto-me sufocada e impotente perante gente merdosa e, sim, cagarola. porque só quem tem medo, medíocres ignorantes, é que está disposto a acariciar a pança à custa do sangue. eu não quero viver neste mundo, faz-me mal e entristece-me. também me revolta e enoja – e uma mulher com revolta e com nojo não sossega.

  5. confesso que queria muito fazer justiça com as minhas próprias mãos a estes mutantes de ser humano que só servem para aniquilar a evolução. de mil e uma formas, a cada minuto me surge uma, fazer justiça com as minhas mãos.

  6. OK, Valupi. Concordo no essencial.

    No entanto, neste texto, como no artigo da F. Câncio citado ontem pelo Joe Strummer, ha uma dimensão que me parece faltar. Posso perceber que sejamos movidos pela repulsa do Putin, que de facto é um autocrata da pior espécie. Mas, antes disso, julgo eu, devemos guardar um pequeno espaço, essencial, para reagirmos porque estamos perante uma obvia, clara, assumida e inquestionavel violação do direito internacional, e mesmo uma violação do primeiro principio sobre o qual assenta o direito internacional de hoje, tal como foi arquitectado a seguir à guerra com a Carta das Nações Unidas, ou seja o principio da intangibilidade da soberania do Estado. Não sei se deram por isso, mas o Tribunal Internacional de Justiça, a pedido da Ucrânia, ordenou à Russia para cessar a agressão. E’ certo que a Russia disse imediatamente que não cumpriria. Lembre-se que, entre os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, o Reino Unido é o unico a ter aceite totalmente a competência do TIJ, os outros apenas a aceitam caso a caso. Esta preocupação devia (também) levar-nos a reflectir e a considerar que, se calhar, os que condenaram as intervenções no Afganistão e no Iraque (e também na Siria), lembrando que é perigoso brincar com o respeito da soberania, ainda que com as melhores intenções, se calhar tinham alguma razão…

    Em meu entender, devia haver mais espaço para criticar Putin, não principalmente porque ele seja um filho-da-puta (que é), mas principalmente porque cometeu uma filha-da-putice, no caso, um obvio ilicito internacional, um atentado à ordem imperfeita, muitas vezes criticada, mas ainda assim indispensavel, pela qual devemos todos velar se não quisermos ir a correr para a destruição irremediavel do planeta. Uma perocupação importante, que me parece valer, ainda que o planeta seja em parte povoado por filhos da puta, como infelizmente é provavel que continue a sê-lo mais uns anos.

    Boas

  7. chama-se nova ordem mundial liderada pelo putinório, apalhaçada pelo trumpalhadas e abençoada pelo 4º. pastorinho. parecem falcões , mas cacarejam como tu comunismo de direita, tendência primavera/verão das tias putinettes.

    * encomenda já a tua z-shirt temática antes que esgote e vai arrasar nas esplanadas da comporta

  8. é só irem espreitar a 1º página do publicuzinho para verem o mundo que vos criaram : especulação financeira agrava crise alimentar . até o pão da boca vos tiram e cobardolas , no pasa nada. tenham vergonha , gatinhos criados a wiskhas.

  9. portanto o viegas acha que o putin é um filho da puta e que se está cagando para os tribunais que não lhe podem fazer nada, mas que devemos render-nos à russia para o gajo não accionar o botão vermelho por ver a sua integridade nacional ameaçada com as sanções económicas internacionais, afinal a única coisa resulta e o chateia.
    cá pra mim só não carregou ainda no botão do nuclear por dois motivos:

    1 – não acredita muito na tecnologia bélica russa, tem medo que aquilo rebente sem sair do buraco.
    2 – caso funcione e destrua o ocidente, onde é que vai gastar o dinheiro do petróleo. só se for em mercadoria luis vuitão fabricada em xungai.

    mas há malucos para o apoiar e cobardes para se renderem.

  10. Querido Inacio,

    Onde é que viste no meu comentario que eu defendo “que devemos render-nos à russia para o gajo não accionar o botão vermelho por ver a sua integridade nacional ameaçada com as sanções económicas internacionais, afinal a única coisa resulta e o chateia”. Não digo absolutamente nada disso. As sanções economicas não podem de maneira nenhuma ser equiparadas a uma violação da soberania. São uma das respostas, graduadas, proporcionais, perfeiitamente admissiveis juridicamente, para reagir contra uma agressão. Não ha rigorosamente nada no meu comentario que va contra as reacções tomadas contra Putin. O que digo apenas é que elas devem ser motivadas pelo ilicito internacional, ou seja pela agressão à Ucrania, mais do que pelo caracter autocratico de Putin, que também existe e que é criticavel mas, neste caso, isto parece-me dever ser deixado para segundo plano.

    Boas

  11. fui ver, a inflação subia
    no azul cinzento do céu,
    branca e leve, branca e fria…
    – Há quanto tempo a não via!
    E que saudades, Deus meu!

    afinal não era o augusto gil, era o sérgio aníbal que diz, no pasquim do continente, pode subir e que às vezes tamém desce. deve ser manobra gasolineira para o novo ministro da economia.

    “Portugal pode assistir em Março a subida drástica da inação. Mas a história mostra que, quando os custos descem, a descida dos preços não costuma ser igual…”

  12. “Não digo absolutamente nada disso.”

    fui reler, tens razão, afinal não dizes absolutamente nada disso, nem de nada.
    desculpa lá, mas ainda pensei estavas a tentar sugerir qualquer coisa quando referiste “se não quisermos ir a correr para a destruição irremediavel do planeta”.
    já deveria estar habituado a essas concordâncias, das quais discordas não dizendo nada.

  13. psicopatas a arranjarem justificações para a psicopatia. pelo mais importante, que são as vidas perdidas e arruinadas, não se interessam. não é na vossa casa, não se interessam. e se fosse na vossa rua também não se interessariam. e mesmo na vossa casa, se não vos tocar individualmente também, às tantas, não querem saber. é o reino do umbigo, da mentira, da encenação, da plastificação de ser. ide fazer-vos gente. havia de ser assim: não é gente, não entra para viver neste mundo e recambiados seriam para um prado amniótico de feijões inconformados sem cabeças. e eu seria a porteira de serviço.

  14. Viegas, não por acaso as minhas posições foram sempre contra essas guerras (Iraque, Afeganistão) não pela questão pertinente do Direito Internacional (o qual não domino mas consigo compreender) mas por não haver uma razão justificável, tal como com esta guerra.
    Mas essa perspectiva puxa outra questão: mas então em caso de ilicitude o que se faz? O não intervencionismo? por exemplo a Doutrina Monroe impediu a América de entrar logo de início na II Guerra Mundial (e é a razão da NATO ser uma organização defensiva). Ou o intervencionismo? a Doutrina Bush foi intervencionista com grandes danos externos e internos (Patriot act) e uma das causas da crescente perda de influência americana.
    Ou sancionar economicamente (homo economicus goes to war) enquanto se assiste ao terror?
    Uma ordem internacional fundada na lei e global ou por esferas de influência e blocos nacionalistas?
    De uma coisa tenho a certeza, a fractura agradecer-lhe não está hoje nos interesses dos estados mas atravessa ideológicamente os próprios estados. Hoje as “forças do eixo” não são países mas coexistem em vários estados, a luta é interna e externa.

  15. Europeus-do-sistema:
    – “DEVEM DUAS MENSAGENS DE PAZ:
    —> NÃO SÓ AO POVO RUSSO,
    …MAS TAMBÉM….
    —> A TODOS OS POVOS QUE NÃO ESTÃO INTERESSADOS EM VENDER AS SUAS RIQUEZAS A MULTINACIONAIS”.
    .
    .
    Mensagem de paz 1:
    -> O MAIS ELEMENTAR DOS TRATADOS DE PAZ
    .
    Isto é:
    —> um tratado de paz que recuse o MAIS VELHO DISCURSO DE ÓDIO DA HISTÓRIA -> o ódio tiques-dos-impérios: o ódio a povos autóctones dotados da Liberdade de ter o seu espaço e prosperar ao seu ritmo.
    .
    .
    .Mensagem de paz 2:
    -> A TAXA TOBIN
    .
    Uma outra mensagem (para o povo da Russia, e não só):
    – “URGE A IMPLEMENTAÇÃO DA TAXA TOBIN!”
    .
    A implementação da Taxa Tobin vai permitir o desenvolvimento dos mais variados povos
    … nomeadamente…
    vai permitir que os mais variados povos possam desenvolver as suas mais variadas empresas, consequência:
    – vão ser empresas autóctones a explorar as suas riquezas naturais… e não… multinacionais Ocidentais.
    [é UMA MUDANÇA DE PARADIGMA CIVILIZACIONAL NA QUAL O HIPÓCRITA OCIDENTAL NÃO ESTÁ INTERESSADO]
    .
    .
    .
    .
    .
    O bando de hipócritas (vulgo europeus-do-sistema) não dizem:
    – «NÓS NÃO ESTAMOS INTERESSADOS EM ROUBAR/SAQUEAR AS VOSSAS RIQUEZAS: tal como temos feito a povos autóctones da América do Norte, Sul, etc».
    .
    Ora, pois é: o bando de hipócritas (vulgo europeus-do-sistema) não está interessado na segurança de ambas as partes… o seu ‘business’ é fazer ameaças:
    – «a Russia vai ter cada vez mais NATO nas suas fronteiras».
    .
    [falar em Putin é desviar as atenções]
    .
    Pois é:
    – a NATO, ao serviço do seu cidadão de Roma, pretende cercar a Russia (um território imenso no planeta, com apenas 140 milhões de habitantes) com países da NATO.
    [o Ocidente anda a aguçar o dente às riquezas da Russia]
    .
    .
    .
    .
    .
    É a filosofia dos europeus-do-sistema;
    – «OU VENDEM AS VOSSAS RIQUEZAS ÀS NOSSAS MULTINACIONAIS, OU A GENTE PARTE ISSO TUDO»
    .
    Sim sim sim:
    – toda a gente sabe (e os russos, também, como é óbvio) qual é a filosofia do cidadão de Roma da NATO.
    .
    Sim:
    – Nas mais variadas regiões do planeta, sempre que não está instalado um «governo amigo»… o hipócrita Ocidental fomenta guerras/revoluções para que… a exploração de riquezas caia nas mãos de multinacionais Ocidentais.
    .
    Mais:
    – o hipócrita Ocidental bloqueia a investigação à forma como chegam armas a ‘grupos rebeldes’, que não possuem fábricas de armamento… e cujas guerras/revoluções são usadas para destituir «governos não-amigos»: isto é, não interessados em vender as suas riquezas a multinacionais.
    Mais:
    -> O hipócrita Ocidental está preocupado é em acusar/ silenciar (com a acusação de serem racistas/xenófobos) os Identitários que dizem o óbvio:
    – «os países que fazem chegar armas a ‘grupos rebeldes’ é que têm de pagar a ajuda aos refugiados».
    .
    [em conluio com as negociatas da máfia do armamento, o hipócrita Ocidental tem provocado milhares/milhões de vítimas mortais]
    .
    .
    .
    .
    .
    RUSSIA LÍDER DO MUNDO LIVRE.
    A Russia pode vir a ser a líder do MUNDO LIVRE:
    – povos que não estão interessados em vender as suas riquezas a multinacionais!
    .
    O hipócrita Ocidental, pois, esse pessoal, possui um largo historial (de séculos) de roubos/saques a povos autóctones…
    .
    .
    .
    .
    .
    P.S.
    SEPARATISMO IDENTITÁRIO; sim, óbvio!!!
    .
    A Europa dos vendidos a interesses económicos de índole esclavagista/colonialista…
    versus…
    a Europa do Ideal de Liberdade que esteve na origem da nacionalidade.
    .
    –>> NA ORIGEM DA NACIONALIDADE ESTEVE O IDEAL DE LIBERDADE IDENTITÁRIO (“ter o seu espaço, prosperar ao seu ritmo”), não foi, o ódio tiques-dos-impérios dos europeus-do-sistema.
    .
    .
    SEPARATISMO 50-50:
    -> os globalization-lovers, UE-lovers, etc, que fiquem na sua… desde que respeitem os Direitos dos outros… e vice-versa.

  16. Inacio,

    Estas de ma fé, como sempre. O que digo é que as reacções contra a Russia de Putin deviam ter como tonica dominante o repudio contra um grave atentado à ordem internacional e ao sistema juridico herdado do pos-guerra (carta das NU etc.), sistema imperfeito mas indispensavel com que deveriamos se calhar preocupar-nos um pouco mais. Não vejo este aspecto, que nada tem de covarde nem de derrotista, no post do Valupi nem no artigo da Fernanda Câncio, e tenho pena. So isso.

    Mais uma vez, houve uma decisão interessante do Tribunal internacional de justiça (cuja competência era posta em causa pela Russia, isto esta discutido na decisão, vejam https://www.icj-cij.org/public/files/case-related/182/182-20220316-ORD-01-00-EN.pdf ). Não me lembro que ela tenha sido aqui comentada, ou sequer mencionada, apesar de conter uma analise relativamente aprofundada de muitos dos argumentos trocados neste blogue.

    Tu entendes que estas preocupações são irrisorias e que elas equivalem a capitular em frente do Putin. Suponho que pugnas também pela invasão da Russia e que as tuas criticas se aplicam às decisões tomadas até agora pelo Biden, e por todos os responsaveis dos paises ocidentais… Digo apenas que num mundo a preto e branco como o teu, os Putins têm bastante mais espaço. O que é pena…

    Boas

  17. Joe Strummer,

    Claro que o não intervencionismo é inaceitavel. Como sabemos, houve casos em que a Carta permitiu uma resposta armada e eficaz (cf. 1a guerra do Iraque a seguir à invasão do Koweit). Como é obvio, isto é mais complicado quando, como hoje, o agressor dispõe de direito de veto no Conselho de Segurança das NU. Ninguém ignora que o sistema é imperfeito. No entanto, mesmo quando as sanções eficazes são problematicas, a violação do direito internacional deve ser denunciada e devemos recorrer às outras formas de sanção, por muito que sejam insatisfatorias. Entre elas, esta por exemplo o isolamento diplomatico. Por isso é que digo :

    1/ A distinção Putin agressor de um Estado soberano vs. Putin autocrata no seu proprio pais, não é despicienda e as duas coisas não deviam ser amalgamadas nos protestos e nos artigos de opinião, sob pena de passarem a ser muito menos audiveis.
    2/ Precisamente porque as sanções eficazes podem ser de dificil alcance, o que implica que possamos estar como hoje reduzidos a contar com a batalha diplomatica, que também se faz em parte junto das opiniões publicas, importa sermos pedagogicos e coerentes. Vejo que, como eu, fizeste parte dos criticos das invasões que mencionei acima. O que estamos a ver é que, num mundo de Inacios onde o respeito do direito internacional é considerado uma ninharia, afinal quem impera são os Putins. Fa-lo-iam mais dificilmente se a comunidade internacional tivesse sido menos complacente com as deploraveis facadas no sistema toleradas em nome duma problematica e discutivel “moral”. Doi um bocado, mas convém lembra-lo.

    Boas

  18. “Tu entendes que estas preocupações são irrisorias e que elas equivalem a capitular em frente do Putin.”

    é mais ou menos isso, são alegações finais para justificar honorários, preparar o cliente para pagar o recurso e empolgar a claque familiar.
    eu quando concordo com tudo ou quase tudo, não me ponho a inventar cenas que não valem um caralho para desviar atenções do que é importante.

    “Suponho que pugnas também pela invasão da Russia e que as tuas criticas se aplicam às decisões tomadas até agora pelo Biden, e por todos os responsáveis dos paises ocidentais… ”

    supões mal. já expliquei acima que o que chateia o putin não é a opinião pública ocidental, direitos do homem, tribunais de guerra e outras cenas do género. o que lhe faz mossa é o engarrafamento militar militar na ucrania, falta de munições e comida, sanções económicas e bloqueio comercial, é por isso que ele reage com chantagem nuclear. da primeira vez disse que is tirar o pó aos misséis, na segunda mandou um hipersónico, agora disse que as sanções são um “ataque à integridade da russia” e mandou um empregado dizer que só utilizaria o nuclear no caso de “ataque à integridade da russia”.

  19. Putin já ganhou. Fez descobrir que em matéria de belicismo, respeito por direitos humanos, liberdade de expressão, respeito pela propriedade privada, xenofobia, em que as pessoas são julgadas e castigadas pelo lugar onde nasceram e não por aquilo que fizeram, as democracias ocidentais são menos distintas do seu regime do que se pensava. Nem falta a rotulação de putinista a todo e qualquer divergência da opinião oficial. Logo, logo, passam a ser considerados traidores, cancelados e enviados para uma qualquer Sibéria, como os outros.

  20. ” O que estamos a ver é que, num mundo de Inacios onde o respeito do direito internacional é considerado uma ninharia, afinal quem impera são os Putins.”

    o gajo invadiu um país, bombardeia e mata todos os dias, goza com o tribunal internacional e tu achas que se resolve o problema com notificações e sentenças judiciais de convenções mundiais que ele não subscreveu e com as quais goza.
    a k7 é conhecida. concordavas com tudo, mas… o que querias dizer e disseste era que os americanos não tinham assinado aquela coisa do julgamento militar, o afeganistão, o iraque, a síria e mais aquelas cenas que o clube dos amiguinhos do donalde & putinhas disparam de rajada quando lhes apontam a ucrania à cabeça.

  21. Inacio, deixa ver se percebo. Afinal de contas, não defendes a invasão da Russia, mas apenas a ameaça de uma guerra nuclear… E achas que o que conta, e pode ser eficaz, é a pressão da opinião publica, mas pelos vistos consideras que a vais por do teu lado mais facilmente dizendo que a violação do direito internacional, ou a invasão de um pais soberano, são ninharias desculpaveis que até se poderiam aceitar facilmente, não se desse o caso de elas terem sido cometidas por um tirano sanguinario como o Putin, que devia ser combatido mesmo que tivesse ficado quietinho em casa. E’ isto, não é ?

    Eu devia ser beatificado por estar aqui a aturar-te…

    Boas

  22. belo resumo daquilo que eu não disse e que te incentivei a arranjar coragem para dizer.
    vai lá ler aquilo que o gajo disse do tribunal internacional e da condenação e pergunta ao zélensque se ficou satisfeito ou se trocava o
    valor do custo do processo por balas.

  23. OK, li mal e rectifico : apenas disseste que as sanções economicas é que doiam mesmo e que a prova disso é que Putin reagiu com chantagem nuclear.

    Mais uma vez, não ha rigorosamente nada nos meus comentarios contra as sanções economicas. Nem explicita nem implicitamente. Apenas falo da justificação. Para ti, a questão do direito internacional é negligenciavel. Isso ao menos percebi e não poderas negar. Ora ai esta uma bela asneira. E Zelenski, que foi quem moveu a acção perante o Tribunal, esta com certeza de acordo comigo neste ponto.

    Boas

  24. lembrei-me, entretanto, de que poderíamos fazer uma corrente: se todos, todos os que estão com a Ucrânia incondicionalmente, como estava a dizer, se todos imaginarmos o Putin quando está a fazer caca sentado na retrete, isso é algo de que não pode fugir o cagarolas, como estava a dizer, se o imaginarmos a fazer caca e a ser puxado por braços com mãos sujas e com garras, muitos braços, até se diluir na retrete e só ficar a caca, um monte cinzento a fugir para o verde musgo, um monte viscoso e de gosma, pode ser que resulte. quem me quiser acompanhar não precisa de pôr o dedo no ar, é só imaginar. até rimou. !ai! que riso

  25. tenho a impressão que este blog foi pirateado…
    aconselho vivamente um filme que vi ontem. “Vice” com Cristian Bale no papel de vice presidente dos eua….não deve andar longe da verdade…

  26. joão viegas, a problemática do direito internacional é inquestionavelmente relevante, porém não decisiva. Quando os EUA invadiram o Afeganistão e o Iraque o direito internacional pulverizou-se perante a factualidade de existirem nações que se consideravam atacadas por um inimigo que se encontrava nesses territórios, a que se juntaram aliados.

    É como na racionalidade jurídica da “legítima defesa”, onde a moral se transforma em direito (ou onde o direito cede à moral). No caso da Ucrânia, a invasão é ilegal e imoral porque não existiu um evento prévio de ataque à Rússia, sequer de ameaça.

  27. o que é extraordinário é que as pessoas do século xxi ,da sociedade da ciência e tecnologia , do discurso da igualdade , admitam que as suas vidas fiquem viradas ao contrário por causa de outros humanos , seja por guerras , seja por especulações e burlas e truques e ganância. não compreendo , não me entra na cabeça.
    as catástrofes naturais inevitáveis deveriam ser os únicos acontecimentos a temer , jamais as outras pessoas.

  28. “Para ti, a questão do direito internacional é negligenciavel. Isso ao menos percebi e não poderas negar. Ora ai esta uma bela asneira. E Zelenski, que foi quem moveu a acção perante o Tribunal, esta com certeza de acordo comigo neste ponto.”

    eu não disse que era negligenciável, só disse que para o momento concreto não adianta nada à resolução do conflito. só o zélensque poderia pôr a acção em nome da ucrania e foram os americanos que o aconselharam a fazê-lo, bem como outras acções de crimes de guerra russos, tais como as maternidades, jardins de infância, teatro e outras porras que os gajos destruíram, o que já motivou reacções russas com desculpas de escudos humanos, anti-aéreas nos telhados, paióis em garagens de centros comerciais e outras cenas para fugirem à responsabilidade das futuras indemnizações de guerra que lhes vão ser atribuídas e que se encontram caucionadas com os congelamentos de contas russas no estrangeiro. isto só serve para justificar o confisco que já foi feito, o resto da conta só será pago caso a russia perca a guerra e será descontado em fornecimentos de matérias primas no futuro caso queiram o levantamento gradual das sanções. mas volto a repetir, isto é outra guerra, a assinatura do tratado de paz que ainda não se vislumbra.
    agora não te esqueças de dizer que era isto que tinhas dito e que eu entendi o contrário.

  29. Valupi,

    Discordo em absoluto do que dizes.

    A legitima defesa é direito (o que não é incompativel com ser moral) e é também direito internacional. Neste caso, os requisitos da legitima defesa (causa justa, adequação, proporcionalidade, etc.) não se encontram reunidos, nem de longe nem de perto. Também é impossivel socorrer-se da figura de um pretenso (e problematico) estado de necessidade para justificar a agressão da Russia. A acção da Ucrânia perante o TIJ tinha como objectivo demonstrar isto mesmo.

    O respeito da soberania também é direito e continua a ser a principal razão pela qual a invasão da Ucrânia deve merecer o nosso repudio, justificando as sanções economicas e as outras acções que visam isolar a Russia no plan internacional. Um mundo em que a soberania passaria a ser negligenciavel, ou a ceder facilmente perante de considerações de oportunidade politica, mesmo que elas se pretendam apoiar na moral, é um mundo inseguro onde estamos todos muito mais à mercê de pequenos ditadores. Com efeito, arranjar uma desculpa esfarrapada para revestir de considerações morais uma agressão armada é um exercicio muito facil. Se ha uma lição a tirar desta guerra, é precisamente esta. Putin continua a reclamar-se do direito internacional. O que ele diz é que a soberania pode ser espezinhada desde que seja para repelir uma ameaça, neste caso o fantasmagorico perigo que ele pretende ver nos “nazis” ucranianos. O que dizes no teu comentario apenas o conforta na sua logica…

    Portanto lembrar que o respeito da soberania é a base do direito internacional não é uma minudência, como também não o é referir-se à ordem internacional que temos, que é imperfeita, mas ainda assim melhor que o caos. Isto implica comportamo-nos de acordo com os principios que invocamos. E’ lamentavel, que o Putin se possa prevalecer hoje de precedentes como os das pretensas “guerras justas” desencadeadas contra o Afeganistão, ou contra o Iraque, que sabemos hoje baseadas em puras mentiras. Isto devia levar-nos a reflectir um bocado.

    O que digo não tira um milimetro à legitimidade do protesto contra Putin e contra a agressão ilicita à Ucrânia. Nem retira nenhum fundamento às reacções que estão a ser postas em pratica, sanções economicas, etc., com as quais concordo plenamente sem qualquer hesitação. Mas repara que estas reacções precisam de se apoiar no direito. Mais uma razão para afirmar que o direito não é secundario, nem despiciendo. Não que ele seja oposto à moral. Pelo contrario. Porque o direito é uma parte, importante, imprescindivel mesmo, da moral : a parte que nos obriga a encarar que a nossa consciência ética, por muito bonita que pareça vista por dentro, nem sempre chega…

    Boas

  30. disto ninguém fala. só tiros nos pés.
    bora lá meter um requerimento a tirar legitimidade representativa a quem impugnou o primeiro resultado.

    “na sequência de reclamação apresentada pelo PSD”, acabou por levar os sociais-democratas a “perder o eleito que as primeiras eleições lhe davam e o PS acaba de eleger os dois lugares que estavam em disputa”.

    https://onovo.pt/politica/repeticao-de-eleicoes-no-circulo-da-europa-da-mais-dois-deputados-ao-ps-BI10186351

  31. Embora lá sem medo, pressionar os governos ocidentais a apoiar efetivamente a Ucrânia em termos militares efetivos.
    O medo, o terror e a ameaça nuclear, não nós pode parar.
    O genocídio em Mariopol e em toda a Ucrânia por parte do exército russo tem que ser suficiente para mobilizar os povos democratas do mundo e impedir que a atrocidade continue.
    Sejamos corajosos, os ursos combatem-se olhos nos olhos e sem medo, quanto antes melhor.
    Pois a intervenção de todos os que estão do lado certo é inevitável.
    Questão de dias ….

  32. O que é isto? Quem é esta Ana Neto? Recitou o seu poema original e no final dei comigo a verter umas tantas lágrimas. Estou tão envergonhado.

  33. Valupi e joão viegas, o​ TIJ apenas oferece soluções pacíficas – jurídicas e técnicas – pelos quais uma controvérsia internacional​, entre estados,​ pode ser solucionada​ e é, por essa razão, um organismo principalmente de cariz moral que não obriga ninguém no âmbito da ONU a cumprir o que quer que seja – contrariamente ao TPI ligado ao julgamento de indivíduos​. caberá ao país vencedor, o que será vencer uma guerra em termos humanos?, recorrer ao conselho de segurança que impõe medidas políticas e militares. nesta descentralização e anarquia internacional, inerente a estas questões do TIJ perante o injusto e despropositado e desnecessário e horrendo e inesperado combate, resta-nos que o monstro páre. mas como pará-lo? só tirando-lhe a tosse venenosa. eu estou disponível para lhe tirar a tosse.

  34. Bom, estou relativamente habituado às confusões relativas à distinção entre moral e direito, mas o comentario da Olinda excede todas as expectativas. Vamos por partes :

    1. O TIJ é o Tribunal previsto na Carta das Nações Unidas para dirimir conflitos entre Estados soberanos (artigos 36 e 92, entre outros).

    2. O TIJ é um verdadeiro tribunal, e não uma instância “moral” (como o Tribunal Russel). As suas decisões são obrigatorias e impoem-se juridicamente a quem tenha reconhecido a sua competência, muito embora as sanções no caso de incumprimento sejam problematicas numa ordem juridica imperfeita como é a ordem internacional. Note-se que os julgamentos do Tribunal foram acatados por quase todos os Estados que aceitaram a sua competência, mesmo que a aceitação se tenha limitado a casos particulares (ex. os EUA e o Irão no caso dos reféns, a França no caso dos ensaios nucleares, etc.).

    3. A Russia contestou a competência do TIJ no caso da Ucrânia, que defendia que esta competência se podia basear num tratado sobre prevenção do genocidio assinado por ambos os Estados (Ucrânia e Russia). E’ um dos pontos analisados na decisão, talvez o mais importante. O Tribunal deu razão à Ucrânia e considerou-se competente para se pronunciar sobre o pedido de medida cautelar da Ucrânia. Vale a pena ler. O raciocinio do Tribunal não esta ao abrigo de criticas, mas não é estupido.

    3. O Tribunal penal internacional é outra instituição, muito mais recente, com uma competência diferente e, até hoje, aceite apenas por poucos Estados (a Russia assinou o tratado, mas não o ratificou). O TPI é competente para julgar os 4 crimes definidos nos seus estatutos (genocidio, crime contra a humanidade, crime de guerra, crime de agressão) mas julga apenas pessoas singulares. Também levanta dificuldades relativas à sua competência (como disse, não é aceite pela Russia), mas talvez venha a ser chamado a julgar os crimes cometidos durante o conflito. A ver vamos.

    5. Estranhamente, ou talvez não, as pessoas que, como o Valupi neste ultimo comentario, pretendem opor moral e direito como se se tratasse de realidades totalmente diferentes separadas de forma estanque, em vez de ver que uma se justifica pela outra e vice versa, utilizam quase sempre a distinção para se furtarem a analisar as coisas com rigor. Não procuram saber até que ponto o respeito do direito é, também, e talvez antes de tudo, uma exigência moral, nem compreender que pode ser também uma exigência moral procurar dar a algumas regras éticas um apoio mais largo e mais seguro do que o primeiro grito da nossa consciência, transformando-as assim em regras juridicas… O resultado desta confusão é geralmente o de não serem capazes, nem de justificar as suas convicções éticas, nem de fundamentar as suas asserções juridicas…

    Boas

  35. joão viegas, está absolutamente correcto: a Olinda exede todas as expectativas.

    toda a gente sabe o que é e quando foi criado e quais são os crimes e quem o chamou. perceber a moralidade enquanto motivador da acção e da reacção, pelo contrário é um excelente fundamento real à medida da análise, é que está difícil para si. não há confusão nenhuma da minha parte – mas há redundância aos molhos da sua.

  36. jp,

    Não vejo nada no texto que citas que permita justificar a agressão da Ucrânia. Pelo contrario, esta agressão tem como consequência tornar muito menos audiveis as reservas que se possam ter sobre a renovação da NATO (que, por muito criticavel que seja, continua a ser uma organização defensiva, pelo que a sua expansão pode ser criticada de um ponto de vista diplomatico, mas não apresentada como uma violação do direito internacional…). Agora, não é menos verdade que a agressão da Ucrânia também não nos deve levar a relativizar as criticas fundadas dirigidas contra as iniciativas erraticas no Afeganistão, no Iraque, etc.. Pelo contrario, se essas criticas tivessem sido ouvidas, estariamos hoje numa posição mais forte para reagir contra a agressão Russa, que é uma violação evidente do direito internacional…

    Boas

  37. manter a funcionar o pelotão de fuzilamento enquanto dizemos ao futuro ex fuzilado que está tudo bem , que ninguém vai disparar é uma mensagem altamente contraditória , é porem-se no lugar do alvo , que percebem logo a necessidade que este sente de se manter seguro.

  38. Joao Viegas não tento justificar nada.

    As guerras nunca são justificáveis, pois deveria fazer-se tudo para as evitar, que neste caso acho que não se fez.

  39. Joao Viegas

    Sim, concordo contigo, se este clamor fosse igual em todas as guerras provavelmente algumas teriam sido evitadas.

  40. jp,

    OK. Pessoalmente, parece-me muito dificil, infelizmente, afirmar que em absoluto todas as guerras são injustificaveis. Mas estou completamente contigo para dizer que muitas guerras injustifivaveis teriam sido evitadas se os nossos protestos fossem mais constantes e mais coerentes. E também para dizer que as guerras injustificaveis são, de muito longe, a esmagadora maioria das guerras. De resto, ha varias em curso actualmente, enquanto a nossa atenção esta focada na Ucrânia…

    Boas

  41. o afeganistão e o iraque foram guerras começadas pelos falcões e neo-conservadores americanos, os mesmos republicanos que agora na sombra apoiam o putin. vão ver quem foram os políticos que começaram todas as guerras do século passado até hoje e qual o posicionamento político dessa rapaziada.
    hoje quem apoia e relativiza o conflito na ucrania são as extremas direita e esquerda, com mais ou menos intensidade conforme as necessidades eleitorais futuras e dependências económicas, depois ainda há os pacifistas dos mas… e o afeganistão… e a nato… e os americanos, que apoiam a guerra mas (lá está) gostariam que o resultado fosse um empate em que a ucrania sai destruída e a russia ficava lá.
    peçam responsabilidades aos agressores e apoiem a legítima defesa.

  42. Não ha paciência para aturar este Inacio. Vamos la responder à maneira dele, pode ser que resulte, quem sabe :

    “o afeganistão e o iraque foram guerras começadas pelos falcões e neo-conservadores americanos, os mesmos republicanos que agora na sombra apoiam o putin”

    ninguém diz o contrario…

    “hoje quem apoia e relativiza o conflito na ucrania são as extremas direita e esquerda”

    pode ser que sim, mas nenhum dos meus comentarios “apoia ou relativiza o conflito” na ucrânia, seja la o que isso for.

    “apoiam a guerra mas (lá está) gostariam que o resultado fosse um empate em que a ucrania sai destruída e a russia ficava lá”

    Idem : onde é que viste isso nos meus comentarios ? ou mesmo alguma coisa que se pareça um pouco com isso vista de longe ? Nunca és tão forte como quando lutas contra adversarios imaginarios… Ja experimentaste os jogos de computador, para relaxares um pouco ?

    “peçam responsabilidades aos agressores e apoiem a legítima defesa”

    Estou contigo a 100 %. A 110 % ja agora : responsabilidades por uma agressão ilicita, que viola o direiito internacional (e não apenas porque o agressor é intrinsecamente mau) e legitima defesa perante uma agressão ilicita, qui viola o direito internacional (e não apenas uma ameaça fantasiada).

    boas

  43. 1 – não me referi a ti em lado nenhum

    2 – estás de acordo com tudo o que escrevi

    3 – não percebo a necessidade de te justificares

    moral da fábula: para concordar é necessário discórdia

  44. Pois :

    “1 – não me referi a ti em lado nenhum”

    Nem eu falei com nenhuma lili caneças das caldas.

    “2 – estás de acordo com tudo o que escrevi”

    De facto, apenas tenho reservas em relação ao que nem tu, nem o Valupi, nem a Fernanda Câncio, escreveram, ou seja que a agressão da Russia é chocante antes de mais por ser uma violação do direito internacional, o que continuas a considerar, tanto quanto percebo, uma ninharia desprezivel ou uma esquisitice para meninos finos.

    “3 – não percebo a necessidade de te justificares”.

    Eu nunca me justifico, quanto muito justifico os meus comentarios. Se os lêsses antes de os comentar, talvez acabasses por compreender isso.

    “moral da fábula: para concordar é necessário discórdia”

    OK

  45. esquisitice de menino fino:

    . 1 – tribunal de haia determinou em 16/03/2022 que a rússia suspenda “imediatamente” suas operações militares na Ucrânia….

    https://static.poder360.com.br/2022/03/corte-internacional-decisao-ucrania-russia.pdf

    a) cij não fala em guerra, usa os termos oficiais russos “operação militar”
    b) já passou uma semana e os capacetes azuis ainda não estão no terreno
    c) russos dizem que se estão cagando para o direito internacional e vetam decisões da onu
    d) russos ameaçam com nuclear se onu entrar na ucrania

    . 2 – quem ganhar a guerra é que redige o tratado de paz

    e) se for a russia, aquilo fica ocupado temporáriamente até haver condições para uma espécie de referendo que legitime a anexação.

    f) caso seja a ucrania, pode beneficiar do confisco dos congelados russos como compensação dos prejuízos de guerra e impor rendas sobre os combustíveis a troco de eliminação gradual das sanções comerciais para pagamento das indemnizações.

    .3 – “… a agressão da Russia é chocante antes de mais por ser uma violação do direito internacional”

    g) poizé e como é que se resolve? não creio que seja com sentenças para emoldurar e com boas maneiras

    h) se fiscalizarem o rigoroso cumprimento das sanções económicas e boicote comercial, talvez consigam asfixiar o urso. enquanto houver pitróliodependentes e bojos a furar os boicotes por oportunismo e necessidade de se manterem no poder a coisa não funcemina.

    i) preparem-se para viver pior e pagar mais caro, é o preço da liberdade. claro que há quem abdique de ser livre para viver melhor. em caso de dúvida façam referendo de braço no ar como nos gloriosos tempos em que o conselho de ministros reunia na lisnave e anunciava as resoluções nos comícios de almada.

  46. Tens razão, Inacio, isto resolve-se à porrada, legitima defesa sem legitimidade e responsabilização dos outros porque eu sou o melhor. Falas a lingua do Putin, que é a unica que ele entende. E’ de homem !

    So não se percebe porque ainda não se ganhou esta guerra, quando temos guerreiros como tu. Nem porque é que o Biden, o Johnson, e os responsaveis europeus ainda não se renderam aos teus argumentos. Uns frouxos… Para que queremos nações unidas e estas merdas, quando te temos a ti para velar pela paz, o progresso e a prosperidade !!!

    Boas

  47. ” … isto resolve-se à porrada, legitima defesa sem legitimidade e responsabilização dos outros porque eu sou o melhor.”

    . onde é que eu escrevi isso? só escrevi que não é com sentenças judiciais e burocracia de secretaria que paras a russia.
    . só para a russia quando a asfixiares com sanções económicas e boicotes comerciais rigorosamente cumpridos.
    . ainda não ganharam a guerra porque não têm aviões nem zona de exclusão, uns patriots tamém ajudavam.
    . o bojo é um traidor, os outros por muitos defeitos que tenham não são equiparáveis.
    . “Para que queremos nações unidas” boa pergunta, enquanto o conselho de segurança necessitar de unanimidade para aprovar resoluções.

  48. A data do Armagedão são as próximas eleições americanas, se ganhar o Partido Republicano tal como está, adeus Europa.
    Vai valer tudo.
    Até lá Biden tem q desenvolver uma estratégia q possa aguentar esse cenário.
    Tic, tac, tic, tac

  49. Não será a necessidade de projeção constante em figuras de autoridade e ditadores a manifestação de um problema grave de saúde pública, nomeadamente, a falta de bons urologistas?
    Ou será que é a crise e o preço da gasolina que empurram para essa escolha e impedem a manifestação mais benigna do substituto clássico, o automóvel de grande cilindrada, grande poluidor?
    Apoiar uma guerra ou agravar as alterações climáticas ? Não é uma escolha eticamente fácil.

  50. “se ganhar o Partido Republicano tal como está, adeus Europa.”

    Concerteza. A única safa da Europa é Trump ser reeleito. Com a vitória dos Democratas ou de qualquer outro republicano, tipo Cruz, Rubio ou Romney, a Europa se transformará num campo de batalha.

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