23 thoughts on “Plexus”

  1. anda com a The Rosy Crucifixion na cabeça, seu porco. esta notícia da dilma é puramente fabulosa, acabei de a ler no site d’A Bola; não tenho duvidas de que tenha organizado assaltos a bancos. aliás, já está no meu wall of fame. lembram-se da LUAR?não vos recorda nada…figueira da foz…palma carlos… (eu nem era nascido). Louvável. Baader Meinhof…? não, não, não…calma, não te estiques.

  2. pois. essa é uma das questões. percebo a oportunidade de cabeçalho, mas se fores ver o telegrama, a informação aparece numa nota biográfica genérica. isto não informa nada. noutros apontamentos biográficos por aí, diz que ela foi interrogada por isso. seria bem diferente se o texto contivesse uma mensagem do gabinete de dilma a dar instruções para o encobrimento, certo? o cuidado que tenho visto nos redactores sérios daria qualquer coisa como “embaixada dos eua diz que dilma organizou assaltos a bancos”.

  3. susana, tu assumes que qualquer informação presente nos documentos publicados pela Wikileaks corresponde à verdade, mas só quando o alvo é o adversário (seja lá quem for que definas como adversário). Neste caso da Dilma, tens o cuidado de apontar a precaridade, até irrelevância, da informação. Pois bem, e quem te garante que os diplomatas estão imunes ao erro, ou à difamação, nos restantes documentos que ergues como prova das mentiras dos Governos ao bom povo? Não estarás embriagada de populismo, pronta para enforcar governantes a partir dos papéis que alguém diz ter apanhado? Isto é o equivalente a invadir a privacidade de terceiros e usar pedaços de conversas para fazer um assassinato de carácter.

    É bizarro que concebas essa esquizofrenia onde um sistema montado para iludir, deformar, mentir, seja entregue a indivíduos que não resistem a só escreverem verdades absolutas nas suas comunicações por escrito. Se calhar, podemos abdicar dos cidadãos, das polícias e dos tribunais e esperar que o sr. Assenge nos aponte todos os podres deste mundo.

  4. Plutocracia.
    Sou pelo direito aos outros personagens Disney de tambem exercerem a sua influencia na politica americana. Pelo direito a Mickeycracia, à patocracia, etc…
    Abaixo o animal farm!

  5. E a contra-informação, Valupi? Ainda falta referir essa joia da espionagem entre as nações. O relatório de uma embaixada pode muito bem ser feito de modo a iludir quem ande a vasculhar ou para outros fins inconfessáveis. Um relatorio pode ser uma perfeita pulhice de um qualquer membro da embaixada.
    Mesmo assim, esta história da divulgação de documentos classificados contando histórias de manobras de toda a espécie para «levar a melhor» sobre o competidor (uma empresa ou um país) não deixa de ser um aviso sério àqueles que pensam que se pode perpetuar a politica do manobrismo, como se estivessemos condenados a viver numa eterna desconfiança uns dos outros. Saber que há tecnologias que mais cedo ou mais tarde acabam por desmascarar os crimes que vão ficando na sombra do «politicamente correcto» deve ser encarado na perspectiva do avanço civilizacional. Afinal, estas «conspirações dos relatórios secretos» relevam de uma verdadeira «guerra fria» entre os povos. E penso que ninguém se deve conformar com tal situação. Não queria, Valupi, em casos como este, chamar-te situacionista. Nem mereces.

  6. O Mário acredita no Pai Natal!
    Também acredita que a Mónica guardou durante anos um vestido com um broche de esperma oferecido pelo Presidente dos EUs, porque era coleccionadora desse tipo de objectos.
    Também acredita que a informação sensível roubada do carro de um homem da Secreta foi parar aos jornais, porque os ladrões de automóveis são geralmente bem relacionados com a imprensa.
    Também acredita que há australianos marados que, para além de gostarem de ter sexo com mulheres adormecidas (sem que elas se apercebam), também gostam de roubar informações sensíveis, na Net, para depois serem divulgados nos jornais mais importantes do mundo.
    Assim vai o Mundo…

  7. valupi, leste o telegrama?

    seja como for, mesmo que ficasse comprovado que dilma assaltou bancos, é bem diferente um acto de guerrilha contra uma ditadura, para implantação dum regime democrático, do abuso de poder dum regime democrático, não te parece?

    e mais ainda – e sobretudo – grandes governantes que, apesar da possibilidade de nela surgirem informações negativas a seu respeito, continua a defender a liberdade de expressão.

  8. manolo herédia, como é que uma mulher tem relações sexuais, adormecida, e sem se apreceber disso? deve pensar que andamos todas a dormir…

  9. Susana, é precisamente isso que eu estava a dizer: acreditar nisso ou acreditar que o Wikileaks é um acto isolado é coisa de tótós!

  10. claro que não é um acto isolado. hackers independentes e contratados estão por todo o lado, incluindo o staff americano. é previsível que todas estas informações, tão disponíveis pela alargada acessibilidade, constem há muito de todos os serviços secretos pelo mundo fora. daí a enorme falácia de se falar no perigo de elas AGORA irem parar a ‘mãos mal-intencionadas’…

  11. Bill, só LUAR? E as PRP-BR? (Aliás, consta, só consta que eu disso nem sei nada, que um soldado da GNR, num assalto lá para os lados do Mondego, identificou uma assaltante pelas pernas porque a cara estava tapada e com ela estava um outro que, dizia-se também, tinha um sorriso glamouroso, acho que Pepsodente, e que depois disso andou muito por algures…)

  12. E agora, Wikileaks.
    Não percebo tanta preocupação com o Assange e com as fugas de informações e menos percebo as acusações ranhosas que lhe estão a ser feitas. Os americanos querem calar o Assange? Encomendem um filme sobre ele ao Oliver Stone.

  13. susana, li os excertos do telegrama que foram publicados na imprensa, se é a isso que te referes. Todavia, o cu não tem a ver com as calças. A questão remete é para a discrepância entre a informação que é produzida num contexto, o diplomático, e o seu tratamento noutro, o mediático.

    Tomo a tua reiterada necessidade de “explicares” a irrelevância do telegrama como evidência do que está precisamente em causa.

  14. Mário, chama-me o que quiseres, não te inibas. Todavia, não há só duas posições possíveis acerca da Wikilieaks. Também podemos estar a favor e contra, ao mesmo tempo. Basta haver razões diferentes acerca de aspectos diferentes da sua actividade.
    _

    Teresa, também me sinto ansioso a esse respeito. Já somos dois.

  15. valupi, tu insistes que eu pretendo que os conteúdos da wikileaks correspondem à verdade quando eu tenho continuado a dizer que eles podem constituir-se como dados importantes e complementares para investigação, pelo que vejo vantagens na sua publicação. a questão inicial era a sua difusão, cuja bondade tu apareceste no início a recusar.

    um dos artigos que li no início deste episódio, e que já aqui recomendei desde essa altura, enfatiza precisamente essa necessidade de contextualização. o autor, jornalista de investigação, salienta a necessidade de interpretação e traz à análise um fundo entendimento da história da diplomacia ocidental, das relações históricas entre os países, contextualizando incidentes previamente divulgados (alguns pouco mediatizados) e contextualizando os telegramas. uma das menções positivas aos documentos divulgados que me suscitaram mais entusiasmo foi o facto de agora se poder fazer história quase em tempo real e não com um hiato que nos afasta sempre do entendimento do presente. entendimento esse que pode ser decisivo na correcção das acções. não me interessou tanto a história contada como a atitude recomendada face ao episódio.

    refiro-me a este texto:
    http://www.globalresearch.ca/index.php?context=viewArticle&code=MAR20101206&articleId=22278

    (quanto ao telegrama, a razão do meu comentário prende-se com a sua leitura, precisamente: contextualização. só comentei casos após leitura dos telegramas a que se referem, assim como de comentários externos, incluindo o contraditório.)

  16. Dilma foi tão vilipendiada na campanha presidencial e agora ainda tem de levar com este nojo…
    Acreditem, a direita, controleira da comunicação social, não desiste.

  17. Bill, não sendo eu The Kid mas mais Calamity Jane, o assalto da LUAR já faz parte das minhas memórias, muito ténues, mas faz. Ficaram-me gravados alguns pormenores, primeiro porque a Figueira era a minha segunda cidade e o interesse redobrou, depois porque tendo o meu pai costela de esquerda foi bastante comentado lá por casa e, mesmo sendo eu miúda, retive a parte romântica da coisa. As PRP-BR já são de um outro tempo mas como tive oportunidade de, muitos anos depois, ter acesso a toda a documentação sobre os assaltos fiquei encantada com o quase amadorismo das histórias que têm pormenores absolutamente deliciosos.

  18. delicioso…mais do que delicioso, é de um humor inglês, pegar fogo a um carro para afastar as atenções da bófia do assalto ao banco (Figueira), e os chuis paparem todos em barda a traquinice, e o assalto precipitar-se e concretizar-se com toda, mas toda, a serenidade. Também tive em casa uma costela de esquerda, outrora operacional da LUAR; claro que também retive a fatia romântica do amoroso caos do género de movimentos em causa. As BR, eram cómicas, só lhes sei da actividade depois do 25.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *