Aviso aos pacientes: este blogue é antianalgésico, pirético e inflamatório. Em caso de agravamento dos sintomas, escreva aos enfermeiros de plantão. Apenas para administração interna; o fabricante não se responsabiliza por usos incorrectos deste fármaco.
Se Passos Coelho nem fazia ideia de que devia pagar os seus impostos na totalidade, por que raio se exige que ele saiba alguma coisa a respeito do que se passa na Autoridade Tributária?
70 thoughts on “Perguntas simples”
ora essa, também digo, que quesito ambicioso. :-)
lole. lole. ó balupi. lole, lole. o gajo precisa de uns bons alcubiteirus por pertu dele, pá. ó iGNORANTEZES ignÓBEIS, binde, binde, interrómpeie o requerimemto e ponde o paços fedelho a pare de tudo. bá. oqueei.
Desculpe lá, Valupi, vir agora com isto, mas a mim não me sai da cabeça a perseguição kafkiana a Sócrates. A cada nova notícia vinda a público sem ser através dos pasquins da Cofina, mais claro fica que se prendeu um ex-PM por meras suposições. E isto significa ódio dos magistrados ao homem. Eles sabem que podem agir como agem, à margem da lei, como asseguram os advogados de defesa, ´porque o podem fazer impune elivremente, e pelo tempo que muito bem entenderem, garantida que está a cobertura pelo poder político e económico. O homem e o seu amigo estão a ser queimados na praça pública. E que oportuno é este espectaculo para distrair o zé povinho dos desastres da governação e da escandaleira que por lá vai. Enquanto o amigo de Sócrates apodrece na prisão, nem os banqueiros nem os seus numerosos amigos do PSD/ CDS são incomodados e se riem de nós todos (cambada de pategos murmuram ). Que sorte a deles, dominarem a comunnicação social e terem a justiça na palma da mão.
Maria Abril, tens de juntar na tua argumentação o facto de Sócrates já ter admitido um comportamento que suscita dúvidas legais, e morais, por diferentes razões. Acontece que Sócrates não é um cidadão vulgar, antes um ex-primeiro-ministro, pelo que havendo por onde pegar o resultado seria muito provavelmente este.
Sim, Sócrates pode estar inocente face à Lei, logo se verá, mas por agora não parece que Santos Silva venha a conseguir sair impoluto deste processo, e tal é quanto basta ao olhos da opinião pública para atingir Sócrates e justificar todos os abusos da Justiça.
“… o facto de Sócrates já ter admitido um comportamento que suscita dúvidas legais, e morais, por diferentes razões.”
conta lá quais são as ilegalidades e as imoralidades admitiu. pedir dinheiro emprestado ou vender património a um amigo é crime ou moralmente reprovável, em que país?
ignatz, se o dinheiro do amigo tiver sido obtido através de algum tipo de ilegalidade, é. Mas tão-só no campo da percepção moral pública, um ex-primeiro-ministro que aparece exposto como tendo este padrão de financiamento próprio é também uma inevitável fonte de desconfiança.
Obviamente, Sócrates nada tem a temer porque conta com a tua inteligência, pelo que esta história está condenada a acabar bem.
Um comportamento que suscita dúvidas legais e morais?
Qual? Respeitar o resultado de eleições com a elevação do discurso da noite eleitoral, retirar-se e recusar agitações oportunistas irresponsáveis do género das que atiraram o país ao charco, prescindir do vencimento de deputado, vender o que tem e pedir dinheiro emprestado para o próprio estudar e dar oportunidade aos seus filhos de estudar nas melhores universidades do mundo, publicar o resultado dos seus estudos, regressar para defender as suas convicções e o seu legado político sem receio de se expôr e até sem receber o que os seus detractores recebem para dele zurzir? Não conheço nobreza nem desprendimento igual na vida pública portuguesa dos últimos 40 anos. E nunca votei nele.
Lucas Galuxo, estás a confundir diferentes planos da mesma pessoa. O que está em causa não é o seu legado político nem a sua postura cívica, mas factos da vida privada que a Justiça considerou merecerem investigação. Este é que é o único ponto na berlinda. E que dizes quantos aos factos que se conhecem, nomeadamente isso de já 3 tribunais diferentes terem mantido a prisão preventiva?
Eu também gostava de saber que «comportamento que suscita dúvidas legais, e morais, por diferentes razões» foi admitido por Sócrates. E quando. E por que palavras. E ficaria muito grato se Valupi me esclarecesse. E também gostava de saber se Sócrates admitiu «um comportamento» que admite (ele, Sócrates) «suscitar dúvidas legas, e morais, por diferentes razões», ou se — coisa bem diversa — Sócrates admitiu «um comportamento» que Valupi considera «suscitar dúvidas legais, e morais, por diferentes razões». (Ouvi, num programa da RTP, uma jornalista classificar várias situações respeitantes a pessoas das relações de José Sócrates como «consideradas supeitas», mas nunca disse por quem nem porquê. É deste tipo de efeitos discursivos que falo.)
Val, esta história não acaba bem porque Sócrates, e nós, descobrimos, agora, ter nascido numa terra de invejosos que onde vêm dinheiro insinuam um criminoso. Com uma teia infinita de lei à sua disposição, sempre a sair do tear, não acaba bem para Sócrates, para Salgado, nem para os infelizes que, à vez, vão sendo empurrados à praça, para saciar o desejo de sangue e expiação de uma turba de fanáticos de barba cortada. Não vai acabar bem para ninguém. (porque, entretanto, nesta distracção, chegam os de barba por fazer).
«E que dizes quantos aos factos que se conhecem, nomeadamente isso de já 3 tribunais diferentes terem mantido a prisão preventiva?» (Valupi)
Por mim, diria que esses factos tanto me podem levar a mudar de opinião sobre o comportamente de José Sócrates como sobre a atuação dos tribunais. Cada um põe na berlinda o que quiser. Cabem lá dois pontos, ou mesmo mais.
dsm, Sócrates admitiu que pedia com regularidade empréstimos a Santos Silva e que não conseguia precisar o montante já atingido. Por outro lado, saíram notícias acerca da aquisição de imóveis pertencentes à família de Sócrates pelo mesmo Santos Silva, o que foi não foi desmentido por Sócrates. Donde, este padrão, em que alguém entrega verbas avultuadas a outrem, começa por suscitar dúvidas no plano do senso comum. Se te contassem esta mesma história a propósito de alguém que te fosse indiferente, irias achá-la muito estranha, no mínimo. Se fosse a respeito de alguém que não gramasses, irias achar que havia esturro, de certeza.
Então, estando em causa um ex-primeiro-ministro e um empresário que teve negócios com o Estado, é óbvio que a estranheza inerente à história é o combustível, e a pólvora, que chegam para um fogaréu infernal caso se queira fazer dela uma investigação judicial. Não há, nem pode haver, surpresa alguma.
Esta percepção, contudo, poderá acabar por se revelar infundada. Só o saberemos no fim da investigação e, calhando haver julgamento, no final deste. Por agora, Sócrates é inocente. Mas a sua história é mesmo estranha e poderá, só por si, influenciar grande parte da opinião pública contra si e para sempre. Caso Santos Silva venha a ser acusado do que quer que seja, Sócrates apanha por tabela.
“E que dizes quantos aos factos que se conhecem, nomeadamente isso de já 3 tribunais diferentes terem mantido a prisão preventiva?”
Val, Digo-te que tenho muita curiosidade em ler esses acordãos na íntegra e os respectivos contraditórios. Só vi publicados, até agora, processos de intenção e má fé. Tudo o que li reforça a ideia de estar perante um processo mostruoso. Estou à espera de ser confrontado com algo que indique o contrário.
Não estou a entender este “volte face” do Valupi em relação à prisão de Sócrates. Apareceram dados novos? Provas? Ou apenas porque 3 Tribunais não deram providência a outros tantos requerimentos? (sem apresentação de provas e de contraditório são requerimentos com nomes pomposos). É exatamente esse pensamento que os justiceiros do MP/TCIC pretendem incutir na opinião pública.
Val, essa história dos imóveis é das mais descabidas. Sócrates estava a comprar os seus próprios imóveis com o seu próprio dinheiro? Como é que voltariam à sua titularidade? E se o amigo morresse? Deixava-lhos em testamento? Não percebo como uma fantasia de crianças dessas chegou tão longe.
Lucas Galuxo, também tenho grande curiosidade em ler o acórdão da Relação. Pelo que o i conta, o registo é assustador pelo primarismo mental e preconceitos morais. Aliás, algo positivo que pode nascer deste caso é ficarmos a conhecer melhor alguns dos déspotas que ocupam posições de tanto poder em Portugal, os juízes. É um poder que, pelos vistos, ninguém controla, fiscaliza, sequer sabe o que lá acontece ao nível da qualidade humana desses soberanos.
Corvo Negro, qual volta-face? Onde foi que eu alguma vez disse algo que contradiga o que afirmo a respeito de factos?
és capaz de ter razão, ainda agora ouvi o matos correia na sicn dizer que o antónio costa se deve demitir do cargo de secretário-geral do ps caso não se prove documentalmente que o governo, passos e núncio incluídos, sabia da lista vip e de manhã li um acordão sobre a prisão do sócras que parecia escrito peço dâmaso. portanto já estou à espera de tudo, no aspecto legal vai depender do grau de contaminação de quem o julgar. o julgamento político já foi feito, independentemente do que acontecer na justiça, haverá quem goste, quem deteste e uns parvos como tu que resolvem ir à procura do graal quando a coisa aquece. tou danadinho para ver resultados das escavações no grupo lena e a quantidade de esqueletos psd que a investigação vai desenterrar.
Lucas Galuxo, a questão dos imóveis tem sido explorada, no plano da suspeição, a partir dos valores por que foram comercializados.
ignatz, larga o tinto.
Valupi
É justamente isso que recuso: deslizar das circunstâncias que se estranham para as suspeitas que se entranham (para parafrasear Fernando Pessoa).
Por isso me recuso a sequer tomar conhecimento do que vem nos jornais sobre a vida privada de José Sócrates, Santos Silva e outros. Não tenho esse direito, e não leio os artigos que, pelo título, adivinho abordarem essas matérias.
Ainda há uns «líricos» assim, é verdade, e suponho que não serão tão poucos como isso.
dsm, farás o que bem entenderes, mas tal não altera o tema sobre o qual quiseste vir aqui botar faladura. Quando me refiro às dúvidas que a história contada por Sócrates levanta não estou a tomar partido pela acusação – estou é a reconhecer que a investigação não nasceu do nada. E todos os magistrados que até agora se pronunciaram por dever profissional sobre este caso confirmam que há matéria a justificar as medidas tomadas.
Ora, toda esta gente poderá estar enganada ou a querer enganar-nos, é uma possibilidade. Mas será a possibilidade mais provável? Compete à defesa de Sócrates desmontar as eventuais injustiças que estejam a ser cometidas contra o seu cliente. Até agora, tem sido um fracasso (quase) completo nesse sentido.
Valores comercializados? Vejo nisso prova irrefutável de má fé. Se Sócrates tinha facilidade de receber o “seu” dinheiro em envelopes e malas porque raio iria transferir a titularidade das suas propriedades? Para que é que iria fazer um empréstimo a um banco? Para disfarçar? E se não estivesse de consciência tranquila iria expôr-se a um terceiro (motorista)? Só fantasias.
Lucas Galuxo, não tenho qualquer dificuldade em alinhar com a tua opinião. Contudo, não acredito que o Rosário Teixeira avançasse para um caso com este peso público e político sem estar convencido de poder sair dele como vencedor. Por exemplo, não sabes o que estará nas escutas, as quais se arrastaram por meses e meses, fora o resto que poderá apanhar o período governamental. Por outro lado, a história criminal está cheia de figuras que pareciam incapazes de fazer mal a uma mosca ou que cometeram actos estúpidos e muito estúpidos.
O que quero frisar com esta pose de pseudo-advogado do Diabo é o seguinte: não se deve colocar Sócrates acima do Estado de direito. Pelo contrário, querer o melhor para Sócrates passa por defender com tolerância zero o Estado de direito.
Valupi
Sinto-me autorizado a concluir que Sócrates nunca admitiu «um comportamento» que admite (ele, Sócrates) «suscitar dúvidas legas, e morais, por diferentes razões». Admitiu sim «um comportamento» que Valupi considera «suscitar dúvidas legais, e morais, por diferentes razões». Era essa a minha dúvida. Obrigado pelas suas respostas.
dsm, tens toda a razão. Se te levei a esse equívoco foi por responsabilidade da minha expressão.
“a investigação não nasceu do nada”.
Até agora, pelo que foi publicado, sim, nasceu do nada e da arbitrariedade. Ou da vontade de perseguir uma pessoa para arranjar qualquer coisa que sirva a contar uma história. Como é que começa a investigação? Como é que se começa a fazer escutas a um vulgar cidadão? São coisas que queremos avaliar com muito pormenor quando o processo fôr público.
Lucas Galuxo, mesmo que se admita a tese da conspiração política na origem da investigação, o que até agora sabemos do caso revela que havia material para alimentar suspeitas. As quais não desapareceram com os primeiros interrogatórios e as quais têm justificado as medidas mais extremas para a condição de arguido.
Sócrates, logo numa das primeiras declarações, afirmou que a suspeita sobre ele era “absurda”. Pois bem, tal ainda não foi demonstrado, pois a acusação, logo na noite da sua detenção, tratou de inundar o espaço público com versões onde o que aparecia como absurda era a inocência de Sócrates.
A verdade é a de que Sócrates ainda não conseguiu apresentar qualquer resposta eficaz contra o caudal das suspeições.
“… a questão dos imóveis tem sido explorada, no plano da suspeição, a partir dos valores por que foram comercializados.”
o problema é que tu comes qualquer merda que a pasquinada te mete no prato. os valores da comercialização dos imóveis da mãe do sócras foram € 600.000 heron, € 100.000 t3 cacém e € 75.000 t3 cacém, depois disso os preços baixaram. tens aí 2 links para comparares com os preços actuais e deixares de dizer asneiras.
ignatz, larga a vinhaça e vai explicar isso à pasquinada.
“A verdade é a de que, até agora, Sócrates ainda não conseguiu apresentar qualquer resposta eficaz contra o caudal das suspeições.”
claro que não, a relação diz que não há fumo sem fogo e o supremo diz que não tem nada a ver com isso. o que o gajo deveria ter feito era pirar-se, como fez a felgueiras, e regressar para o julgamento.
cadê o novesforanada? se calhar substabeleceu no valupi.
“algo positivo que pode nascer deste caso é ficarmos a conhecer melhor alguns dos déspotas que ocupam posições de tanto poder em Portugal, os juízes. É um poder que, pelos vistos, ninguém controla, fiscaliza, sequer sabe o que lá acontece ao nível da qualidade humana desses soberanos.”
A narrativa do MP sendo homologada pelos juízes da relação e do supremo não deixa de ser uma narrativa baseada em suposições e julgamentos morais em detrimento do Direito. Nem todos os homens que chegam à magistratura possuem cultura democrática e qualidades humanas para a exercerem. Alguns serão delinquentes? Não sei, mas que os há noutras classes profissionais, há!
Já agora, podem dar um espreitadela no Camara Corporativa e ler aí como a corporaçâo dos magistrados estará a servir, bem fria, a vingança, por Sócrates ter beliscado alguns dos seus privilégios. Escreve o Abrantes que, no acórdão da Relação, se faz chalaça com o perseguido e preso!!! A este nível da Justiça! Já agora, Val, qual o motivo para fabricar a história do Freeport, a não ser o facto de calhar ser Sócrates o ministro da tutela e a história ser possivel de ser inventada? E as escutas no Face Oculta, ao Vara para apanhar Sócrates? Sei que lhe custa admitir tanta filhadaputice, mas estamos perante a escumalha dos agentes da justiça. Bastou verem-se livres de Pinto Monteiro e de Noronha de Nascimento para tomarem o freio nos dentes e darem largas à sua vingança. Sócrates está perdido, a não ser que aconteça, neste país de pasmaceira, um sobressalto cívico, que ponha freio às bestas.
Mais uma nota 20 (na escala de 0 a 20) para a Maria Abril às 8:49. Quem escreve assim, não tem artrose nos dedos para teclar. Muito bem.
grande, imenso, Val – que me pica, excita e incita ao conhecimento. viva o Val! viva a Primavera! :-)
Pergunta simples: Se Sócras enriqueceu de forma ilicita, como consegue ter um clube de fãs tão vasto?
Outra pergunta simples: Porque é que Sócras tem um amigo que lhe empresta tanto dinheiro (a fundo perdido) e … mais ninguem consegue ter assim um amigo?
Valupi,
Se tudo é tão claro como defende no seu papel de advogado do Diabo, que raios espera o MP para acusar ?!
OK, ainda terá umas quantas pontas soltas! Mas então acusa-se um ex PM de corrupção e prende-se preventivamente o gajo com tantas pontas soltas que nem sequer se consegue produzir uma acusação sólida ?! Leu o acordão da relação? Se leu, diga-me: o que encontra naquele texto que lhe pareça “sólido”?
A teoria dos três tribunias é uma falácia. Mesmo que não tivessem agido corporativamente, pronunciam-se me planos distintos. Qualquer tribunal que liberte Sócrates põe em causa a credibilidade das instituições basilares da justiça. Parafrazeando o outro, poder-se-á dizer que os meritissimos serão tolos, porque não ?! Mas assim tanto, tb não! E se sim, porque razão?
Maria Abril, não entendo as tuas questões. Sempre denunciei o que me pareceram conspirações políticas nos casos Freeport e Face Oculta. E não só, como também a propósito dos ataques a Pinto Monteiro e Noronha do Nascimento. E ainda a respeito da Operação Marquês.
Só que há aqui uma novidade neste último caso: Sócrates foi mesmo constituído arguido. Ou seja, o Ministério Público, com o aval do juiz de instrução, considerou haver matéria de facto para tal. É esta a questão, e mais nenhuma outra, que nos deixa com uma dúvida que só o final do processo promete esclarecer.
Do ponto de vista da defesa, seja a de Sócrates ou a de Santos Silva, há batalhas a serem perdidas para a acusação, embora a guerra não esteja acabada.
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MRocha, não sei a que te referes quando dizes que é “tudo tão claro”. Muito menos entendo a relação com a eventual acusação. Que foi que escrevi que permita uma acusação? Apenas me limitei a olhar para o caso do ponto de vista de quem vê nele matéria suspeita.
Não li o acórdão da Relação. Se sabes onde está, manda aí, please. Do que foi tornado público, temo o pior para a defesa do Estado de direito, mas pode ser uma impressão errada.
Quanto aos tribunais, a questão deve ser colocada ao contrário: se acaso o Supremo ou a Relação, mais ainda se ambos, tivessem dado razão à defesa, não estarias agora a dizer que eles é que tinham julgado correctamente o processo? Acaso não viria a defesa de Sócrates, e se calhar com 200% de razão, a usar as decisões de um tribunal contra as decisões de outro?
A Justiça é feita através de opiniões, não de matemáticas. Daí ser necessário respeitar as opiniões diferentes das nossas se é respeito o que também exigimos para o que julgamos como correcto.
Comove-me o argumento segundo o qual seria improvável toda esta iniciativa do MP se não houvesse nada que o justificasse ! Basta-me que os jornais nos tomem por ingénuos incipientes. Não precisa o Valupi vir para aqui tirocinar de cabreiro para ajudar a converter-nos em borregos acéfalos.
Caguei na questão moral ! Basta-me não gostar do timbre de um gajo ou da gravata que usa para não votar nele. Não é de eleições que tratamos. Sócrates não se está aqui a candidatar a porra nenhuma. O que me fode é que de uma só penada o MP , o jornalismo, e muita gente, põem em causa principios elementares da relação de confiança dos cidadãos com as instituições básilares da republica e ninguém parece dar por isso. Não se prende um ex PM para ir descobrir se o gajo foi ou não corrupto, foda-se ! Ou se sabe de certeza segura que foi corrupto e se avança com uma acusação fundamentada, ou se está caladinho! A gestão deste processo nunca será inócua: ou se queima ainda mais confinaça na politica ou se descrê definitivamente na justiça ! Não há aqui vencedores! Só fodidos !
Valupi,
Não sou jurista! Mas se bem entendi a coisa, quer o Habeas Corpus quer o recurso, tinham por objecto a prisão preventiva. A fazer fé no que li dos acordãos, ambas as recusas se fundamentam no perigo de perturbação do inquérito e de destruição de prova ! Parece-te um bom fundamento ? Ok, admitamos que possa ser assim. Então investiga-se um ex PM por corrupção e vamos prender o gajo e dar publicidade ao caso sem estar ainda na possa de tudo o necessario para fundamentar uma acusação de betão ?! Parece-te normal ?!
Hum…não me apetece repetir sobre o 44. O homem «está feito», atacou quando não devia e, no seu ataque, utilizou a politização da causa, ofendendo o sistema estabelecido pela lei, que ele próprio não alterou enquanto governante. Nesta altura já desperdiçou a oportunidade que teve de rever os pressupostos da medida de coação, gerando um conjunto de considerações que fazem antever o que vai ser o seu julgamento. Se persistir na postura que até aqui tem protagonizado, e se meter na Instrução Criminal, volta a disparar contra ele próprio. O magistrado da investigação tem nesta altura mais empenho no estabelecimento da matéria de facto, a entregar ao magistrado do julgamento, evidentemente.
Estulto é o que pensa que tão gravosa medida de coação foi aplicada sem um mínimo de correspondência com a culpabilidade do arguido. Mais estulto será se se ativer no regresso do homem ao país, como anulando o pressuposto da aplicação da prisão. O preso pecou por menosprezar a inteligência da justiça, enganou-se a ele, continua a enganar-se e, no meio de tanto, engano, com tanta reflexão na cadeia, será que não pensa que tem dado tantos tiros nele próprio que já gerou cicactrizes definitivas? Até o conceito de altruísmo é discutido em sede de apreciação de habeas corpus e , porque não, se é no mesmo que o arguido fundamenta a sua defesa (?) apesar de não ser a sede própria para o fazer.
Caricato, também, os IGNORANTEZES que venerando a ignorância, e atrevendo-se a comentar o que não sabem, e declaradamente desconhecem, ainda assim, fazem hinos ao desconhecimento, e, a final se baseiam no que condenam – os jornais. Façam um favor até à vossa democracia – não votem. Correm o risco de eleger um sacana que se está a borrifar para o interesse público e privilegia o particular, de resto, bem ilustrado neste caso, em áreas geográficas do planeta politicamente elucidativas no que concerne aos direitos do homem e democracias veneradas…..
Rodrigues a puta da questão é mesmo essa. Pelos vistos enquanto é o diabo na berlinda há muita gente a esfregar as mãos de contentes. Quando derem por ela serão eles os próximos a serem enrabados.
Sobre a questão dos “indicios muito fortes” referidos pela Relação !
Se eu convidar várias vezes uma mulher casada para sair , lhe pagar os jantares e no dia seguinte lhe enviar flores, isso pode ser considerado um “indicio muito forte” de adultério, certo ? Mas já foi concretizado ? Ou ando a investir nessa possibilidade ?
E já agora, o 44 deve refletir nisto: em regra quando há recurso da decisão final, o arguido é solto até sindicar-se a sentença condenatória. Mas que não se fie…porque pode acontecer que por motivos devidamente fundamentados, o homem continue preso. O advogado devia fazer um retiro. Um monte alentejano serve perfeitamente, além de que está perto do cliente, para esclarecer qualquer dúvida. Deve esquecer o caminho dos media…não lhe fica bem falar ao povo e só prejudica a causa do preso.
A Lourenço, essa, pode ser que aprenda a não utilizar o boletim da OA, coitada, pensou que era figura para isso….
Ó …comentador Rocha, e os crimes que se falam são puníveis na forma tentada ou só na consumada? É que a tentativa em direito penal também é punida, dependendo do bem jurídico que a Comunidade protege. Por isso, o seu exemplo nem chega a ser exemplo.
Rodrigues, acho que te estás a tomar por borrego sem a minha ajuda. Não contes comigo para essa tua pancada.
Quanto à questão da confiança nas instituições, pois todos, a começar pela defesa de Sócrates e a acabar em ti, possuem os instrumentos para intervir no campo legal e cívico. E é isso mesmo que foi anunciado pelo João Araújo, dizendo que vão levar o caso para outras instâncias e disparando contra as decisões tomadas. É isso que há a fazer. E, calhando virem a recolher razão, haverá consequências tremendas. Mas será que terão a sua razão validada judicialmente? Temos de esperar. Entretanto, tu podes dizer o que te apetecer e fazer o que te der na gana.
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MRocha, não é a mim que compete opinar sobre a validade dessa argumentação nesse contexto, posto que não conheço o processo nem sequer sou jurista. Do que falo é da realidade de haver um crescente peso a favorecer o lado da acusação, é a consequência da intervenção do Supremo e da Relação a favor das teses do MP.
ò JPFERRA, desde que deram fala aos encardidos, estes pensaram que chegaram e dominaram com o seu particular idioma – o da porcaria. Mas a realidade é outra – acho que nem o circo aceitaria palhaço tão sem…jeito ou, aliás, com muitos jeitos.
valupi.vi ontem a capa do i e ela trazia tudo o que interessava.estes senhores não estavam interessados em vender o jornal, mas a noticia a soldo de alguem.a justiça já se deve ter apercebido que acusar socrates vai ser dificil,como tal há que destrui-lo politicamente.provar que aquele dinheiro ,surge de favores contruais tem que ser provado o que é muito dificil.
As outras instâncias – supranacionais – regem-se por articulados normativos estritos que não admitem as interpretações extensivas da defesa de Sócrates, não se metem na função legislativa do Estado do peticionante. A estratégia da defesa deve ser outra – mude-se o advogado e o arguido deve afastar-se das manifestações públicas sobre o processo. Fale em sede própria e devidamente – o que até aqui não aconteceu.
Oh, numbejonada,
Então e quem é que sabe ao certo o que me vai na cabeça quando lhes pago os jantares ? Ou nunca levou a jantar senhoras casadas sem tencionar levá-las para a cama ?
Gostei imenso do seu outro comentário, numbejonada ! É isso mesmo : RESPEITINHO ! Tivesse o Sócrates tido mais respeitinho pelos senhores magistrados e outro galo cantaria ! Assim se percebe porque não diz nada o inquilino de Belém ! Ele tb é todo dado ao respeitinho , tanto que nem convivia com a mulher com quem o sogro se tinha amancebado ! Assim é que deve ser ! E viva SALAZAR!
Há uns quantos que me lembram os treinadores de futebol, quando perdem. Ainda assim, continuam a dizer que saíram vencedores….e a repetir as mesmas asneiras no jogo seguinte. Boue boltare ao ótro módu, aie sísifo que num te cansas, pá. poupa-te no esforço, meue, já sabes que a pedra rola sempre na mesma maneira, pá.
ò Rocha, biba Salazar, pois, que num enriquiceu com o dinheiro dos ótros e tabalhoue para o oiro que os democratas abrilistas saneadores lixaram, num é? ò pá, eu num te bou responder à primeira questãoe, porque a gente já bimos que temos balores e murais diferentes, tás a bere? oqueie.
Tameie num me boue repetire pá, tu num alcançaste o que foi escrito pá, ora lé ótrabez e reflete pá. tu concluies o que quiserres tás a bere? mas daíe a habere currespondencia com o espirito do ótorre baie moita distanssia. oqueie.
oh novesforanada, esse disco do deus, pátria, autoridade tá riscado. tamos fartos de te ouvir pregar obediência cega aos ungidos do cej e depois chamares carneiros aos que não alinham no pensamento único. o só carneiro queria “uma maioria, um governo, um presidente”, vocês locupletaram-se com o estado, alambazaram-se com a administração pública, assaltaram os privados e ainda querem reeducar o pessoal.
ÍGNORANTEZES, pá, noves fora nada éze tu, pois dizes zero e repetes zero, purque penças que somando muitas bezes o zero chegaas a algu, pá, tás a bere? eu sou aprova reale, pá, prova real.
Óbe, cala-te, baie cumprrare uma camisa aos quadrados, aregaça-lhe as mangas e baie manifestar a tua sabdorria ao ece tèjóta, tás a bere? hum? atãoe já fizestes o requerimentu, hum, com toda a berdade e só a berdade? bá lá, baie demonstrare a maldade e a munstruósidade do pruxexu. a pruoópósitu sabes que tens de te cingire ao puxexu, num é? oqueie.
óbe, cum tantas perçonalidades que tu teins, taméie debias terre bárias formas de pençare, num é? hum, hum?
boue a almuçare, ainda num seie beie o que boue atacaree. oqueie.
o papagaio do meu vizinho repete aquilo que lhe dizem com melhor qualidade que tu. fónix, falta de imaginação. só aqui é que te dão trela, mas acho que vais ficar espernear até se acabarem as pilhas ou asfixiares no metano que produzes.
MRocha, dado seu carácter de testemunho, merece outro título.
INORANTEZES, tue e os teus deribatibos, éze o único a dizerre isso. Bá, cunfrónta as cousas cum savedorria, quando se gasta inergia a qualóficare os ótros é puqre num há nada a dizere, num é? hum? atãoe o requerimento baie abançado? oqueie.
papagaio éze tue que tincóstas nos liques, ganda maluka. oqueie.
Valupi, sentirme-ei um perfeito ovino sempre que deixar de me indignar com o que quer que seja, mesmo sob a forma de mera sugestão, que insinue a normalidade deste processo e a bondade da acção do MP e dos tribunais.
Culpado ou inocente, a prisão de Sócrates incomoda-me. Mas incomoda-me muito mais assistir à forma como o poder politico democràtico e o estado de direito estão prisioneiros do poder judicial. MJMorgado foi das poucas vozes que falou claro sobre esta matéria: a magistratura acha que devia ter uma palavra prévia sobre a “honestidade” de todos quantos tencionem representar a República. Tal como no acesso aos aviões, está instalado o principio da desconfiança: somos todos potenciais criminosos até que um meritissimo qq nos enrabe para certificar que não levamos bombas enfiadas no cú! Prefiro ficar em terra a embarcar nesses voos de obedientes repeitosos!
«incomoda-me muito mais assistir à forma como o poder politico democràtico e o estado de direito estão prisioneiros do poder judicial»
Ponhamos, então, o poder político com o PODER absoluto de decisão judicial, que na verdade já existe com o Tribunal Constitucional. O Estado de Direito Democrático é aquele que legitima o poder judicial…
Pessoalmente, incomoda-me que os portugueses, ditos democráticos, moralistas e moralizadores, civicamente corretos, se incomodem com quem, conhecendo a sede judicial, entenda que um PROCESSO JUDICIAL corre termos e que se estes estiverem incorretos, têm a possibilidade de ser sindicados por QUEM tem legitimidade para tal.
Até aqui, assistiu-se a uma peregrinação com hino a Évora, defendendo a inocência do arguido Sócrates. Só que tal defesa nem sequer ADMITE contraditório, ataca sim aqueles que, perante documentos e outras diligências, entendem que é de promover uma investigação que, para ser assegurada, pede a prisão preventiva. Esta, pela sua natureza, designadamente o facto de coartar a liberdade do cidadão, tem de estar devidamente fundamentada. Ora, assistiu-se a uma onda de requerimentos com indeferimento recorrente. Não obstante, os ditos defensores da equidade e da moralidade, do correto, não admitem sequer que o seu ídolo tenha feito o que não devia. Ele é imaculado. Os outros é que são maus, e assim são porque têm PODER. Fecham, porém, os olhos ao que pode vir a ser um facto judicialmente provado – enriquecimento ilícito, disfarçado sob uma insolvência pessoal, que, apesar de atual, nunca foi declarada. Foi esquecida em Paris. O critério IMPORTANTE «bonus pater familiae» esse é que parece ter muito PODER – talvez se o cidadão médio não fosse tão igual aos IGNORANTEZES do dispensário, a medida de apreciação judicial fosse outra. E se a ARROGÂNCIA do detido e/ou de quem o representa fosse mais…humilde, talvez, os pressupostos da aplicação da medida se alterassem. Porém, parece que há algo mais que justifica o perigo de fuga. O arguido está errado desde o começo e continua a errar tremendamente.
Se António Costa foi o nº 2 do sócrates, por que raio se for 1º ministro se exige que governe de forma diferente ?
ouvi??? será que ouvi um cão a ladrar?
Numbejonada,
Não me foda ! Tenho na horta repolhos que produzem melhores argumentos que os seus. Caguei para empreendimentos moralistas sobre quem está ou deixa de estar imaculado . O que não tolero é que um processo judicial contra um PM seja gerido com o amadorismo que está á vista. Um amadorismo tão bacoco que tresanda a má-fé ! O que poderia esperar uma magistratura de boa-fé da iniciativa de prender preventivamente um ex PM para o investigar ?! Diz-me ?!Quem é que, com dois palmos de testa funcional, acha que a melhor forma de apurar a verdade dos factos indiciados seria a prisão preventiva e a publicidade do processo ?! Em rigor, quem é que perturbou o inquérito e estaria na origem de uma potencial alteração da ordem pública se o rebanho nacional não fosse composto maioritáriamente por respeitosos merinos ?
Caro RODRIGUES, eu nunca faria uma coisa dessas, pois que tenho excelente gosto. Oiça, meu caro, trate então da horta e dos repolhos, e aplique-lhe o estrume que alega em seu post. Porém, o aconselho a mudar de ingredientes, pois corre o risco de nada ver crescer. Como temos portugueses tão ignorantes é algo que não entendo. E votam, e votam, esse é que é o problema.
Faça um favor à democracia – não vote.
É isso mesmo, numbejonada !
O direito ao voto devia ser um direito exclusivo de uma elite de iluminados, possivelmente indigitados por alguém que nunca tenha dúvidas e nunca se engane ! Aos ignorantes, entre os quais me conto, sobra-nos o espanto perante a cegueira intelectual e a estupidez militante em que desagua a arrogância dos que nascem cheios de certezas, os mesmo que fazem a apologia da obediência á normalidade, do respeitinho, da continência aos poderes fáctuos e outras vénias , ao ponto de se sujeitarem ao absurdo exercicio de spin para tentar convencer os néscios que afinal o rei não vai nú !
Ò comentador Rodrigues, uma vez que sabe tão bem a lição, porque não a apregoa aos seus repolhos, pois esses não o contraditam. Para discutir um assunto, deverá conhecer regras e matéria, e não partir para absolvições à revelia de um julgamento a que TODOS, têm direito. Deve, ainda, ENTENDER o que aquele que de si discorda diz, o que é diferente de pôr-lhe na boca o que pensa ter entendido.
Os repolhos, pois, sim, era o que faria com muito melhor proveito, comentador numbejonada, não se desse o caso de estar de chuva !
No mais, guarde para outros as suas omilias, pois a mim não me catequiza . A sua retórica serve senhores que não venero ! O que vc pretende, demonstrar a “normalidade processual” do caso 44, Iludirá os crentes na fé de que, àquela encarnação do mafarrico, será sempre pouco todo o mal que lhe possa acontecer. A sua retórica serve senhores que não venero. Prossiga de cátedra baixa para quem se deslumbra com as suas iluminuras. A este repolho, não engana !
foda-se ó rodrigues, que grande postas!
mas eu suspeito que, por muita tareia que leve, a “dor de dentes com acesso à net” não vai parar de meter nojo.
portanto, serve este para que, quando disso te aperceberes, saberes que não foi tudo em vão e que a malta apreciou.
Caro Rodrigues, pois eu escolho quem quero catequizar, sendo certo que aqueles que não escolho mas vêm ao meu encontro, o fazem por se aperceberem que a sabedoria e o discernimento residem desta banda.
Continue a sua pregação aos moucos, que esses não o contraditarão, e note que não sou eu que fui ao seu encontro, mas mais uma vez, um tresmalhado veio até mim. O livre arbítrio é seu, meu irmão, sendo naturalíssima a sua reação quando encontra uma mente que não está ao nível da mediocridade.
BTW, a sua bola de cristal desorienta-o, pois que nada lhe diz sobre quem venero ou deixo de venerar – dou-lhe, contudo, uma dica – não tolero alegados democratas burros, invejosos e, por tudo isso, limitados. Por isso, Péricles não deixou todos «levantar o braço».
Agora, tenho de bocejar, meu caro….
ora essa, também digo, que quesito ambicioso. :-)
lole. lole. ó balupi. lole, lole. o gajo precisa de uns bons alcubiteirus por pertu dele, pá. ó iGNORANTEZES ignÓBEIS, binde, binde, interrómpeie o requerimemto e ponde o paços fedelho a pare de tudo. bá. oqueei.
Desculpe lá, Valupi, vir agora com isto, mas a mim não me sai da cabeça a perseguição kafkiana a Sócrates. A cada nova notícia vinda a público sem ser através dos pasquins da Cofina, mais claro fica que se prendeu um ex-PM por meras suposições. E isto significa ódio dos magistrados ao homem. Eles sabem que podem agir como agem, à margem da lei, como asseguram os advogados de defesa, ´porque o podem fazer impune elivremente, e pelo tempo que muito bem entenderem, garantida que está a cobertura pelo poder político e económico. O homem e o seu amigo estão a ser queimados na praça pública. E que oportuno é este espectaculo para distrair o zé povinho dos desastres da governação e da escandaleira que por lá vai. Enquanto o amigo de Sócrates apodrece na prisão, nem os banqueiros nem os seus numerosos amigos do PSD/ CDS são incomodados e se riem de nós todos (cambada de pategos murmuram ). Que sorte a deles, dominarem a comunnicação social e terem a justiça na palma da mão.
Maria Abril, tens de juntar na tua argumentação o facto de Sócrates já ter admitido um comportamento que suscita dúvidas legais, e morais, por diferentes razões. Acontece que Sócrates não é um cidadão vulgar, antes um ex-primeiro-ministro, pelo que havendo por onde pegar o resultado seria muito provavelmente este.
Sim, Sócrates pode estar inocente face à Lei, logo se verá, mas por agora não parece que Santos Silva venha a conseguir sair impoluto deste processo, e tal é quanto basta ao olhos da opinião pública para atingir Sócrates e justificar todos os abusos da Justiça.
“… o facto de Sócrates já ter admitido um comportamento que suscita dúvidas legais, e morais, por diferentes razões.”
conta lá quais são as ilegalidades e as imoralidades admitiu. pedir dinheiro emprestado ou vender património a um amigo é crime ou moralmente reprovável, em que país?
ignatz, se o dinheiro do amigo tiver sido obtido através de algum tipo de ilegalidade, é. Mas tão-só no campo da percepção moral pública, um ex-primeiro-ministro que aparece exposto como tendo este padrão de financiamento próprio é também uma inevitável fonte de desconfiança.
Obviamente, Sócrates nada tem a temer porque conta com a tua inteligência, pelo que esta história está condenada a acabar bem.
Um comportamento que suscita dúvidas legais e morais?
Qual? Respeitar o resultado de eleições com a elevação do discurso da noite eleitoral, retirar-se e recusar agitações oportunistas irresponsáveis do género das que atiraram o país ao charco, prescindir do vencimento de deputado, vender o que tem e pedir dinheiro emprestado para o próprio estudar e dar oportunidade aos seus filhos de estudar nas melhores universidades do mundo, publicar o resultado dos seus estudos, regressar para defender as suas convicções e o seu legado político sem receio de se expôr e até sem receber o que os seus detractores recebem para dele zurzir? Não conheço nobreza nem desprendimento igual na vida pública portuguesa dos últimos 40 anos. E nunca votei nele.
Lucas Galuxo, estás a confundir diferentes planos da mesma pessoa. O que está em causa não é o seu legado político nem a sua postura cívica, mas factos da vida privada que a Justiça considerou merecerem investigação. Este é que é o único ponto na berlinda. E que dizes quantos aos factos que se conhecem, nomeadamente isso de já 3 tribunais diferentes terem mantido a prisão preventiva?
Eu também gostava de saber que «comportamento que suscita dúvidas legais, e morais, por diferentes razões» foi admitido por Sócrates. E quando. E por que palavras. E ficaria muito grato se Valupi me esclarecesse. E também gostava de saber se Sócrates admitiu «um comportamento» que admite (ele, Sócrates) «suscitar dúvidas legas, e morais, por diferentes razões», ou se — coisa bem diversa — Sócrates admitiu «um comportamento» que Valupi considera «suscitar dúvidas legais, e morais, por diferentes razões». (Ouvi, num programa da RTP, uma jornalista classificar várias situações respeitantes a pessoas das relações de José Sócrates como «consideradas supeitas», mas nunca disse por quem nem porquê. É deste tipo de efeitos discursivos que falo.)
Val, esta história não acaba bem porque Sócrates, e nós, descobrimos, agora, ter nascido numa terra de invejosos que onde vêm dinheiro insinuam um criminoso. Com uma teia infinita de lei à sua disposição, sempre a sair do tear, não acaba bem para Sócrates, para Salgado, nem para os infelizes que, à vez, vão sendo empurrados à praça, para saciar o desejo de sangue e expiação de uma turba de fanáticos de barba cortada. Não vai acabar bem para ninguém. (porque, entretanto, nesta distracção, chegam os de barba por fazer).
«E que dizes quantos aos factos que se conhecem, nomeadamente isso de já 3 tribunais diferentes terem mantido a prisão preventiva?» (Valupi)
Por mim, diria que esses factos tanto me podem levar a mudar de opinião sobre o comportamente de José Sócrates como sobre a atuação dos tribunais. Cada um põe na berlinda o que quiser. Cabem lá dois pontos, ou mesmo mais.
dsm, Sócrates admitiu que pedia com regularidade empréstimos a Santos Silva e que não conseguia precisar o montante já atingido. Por outro lado, saíram notícias acerca da aquisição de imóveis pertencentes à família de Sócrates pelo mesmo Santos Silva, o que foi não foi desmentido por Sócrates. Donde, este padrão, em que alguém entrega verbas avultuadas a outrem, começa por suscitar dúvidas no plano do senso comum. Se te contassem esta mesma história a propósito de alguém que te fosse indiferente, irias achá-la muito estranha, no mínimo. Se fosse a respeito de alguém que não gramasses, irias achar que havia esturro, de certeza.
Então, estando em causa um ex-primeiro-ministro e um empresário que teve negócios com o Estado, é óbvio que a estranheza inerente à história é o combustível, e a pólvora, que chegam para um fogaréu infernal caso se queira fazer dela uma investigação judicial. Não há, nem pode haver, surpresa alguma.
Esta percepção, contudo, poderá acabar por se revelar infundada. Só o saberemos no fim da investigação e, calhando haver julgamento, no final deste. Por agora, Sócrates é inocente. Mas a sua história é mesmo estranha e poderá, só por si, influenciar grande parte da opinião pública contra si e para sempre. Caso Santos Silva venha a ser acusado do que quer que seja, Sócrates apanha por tabela.
“E que dizes quantos aos factos que se conhecem, nomeadamente isso de já 3 tribunais diferentes terem mantido a prisão preventiva?”
Val, Digo-te que tenho muita curiosidade em ler esses acordãos na íntegra e os respectivos contraditórios. Só vi publicados, até agora, processos de intenção e má fé. Tudo o que li reforça a ideia de estar perante um processo mostruoso. Estou à espera de ser confrontado com algo que indique o contrário.
Não estou a entender este “volte face” do Valupi em relação à prisão de Sócrates. Apareceram dados novos? Provas? Ou apenas porque 3 Tribunais não deram providência a outros tantos requerimentos? (sem apresentação de provas e de contraditório são requerimentos com nomes pomposos). É exatamente esse pensamento que os justiceiros do MP/TCIC pretendem incutir na opinião pública.
Val, essa história dos imóveis é das mais descabidas. Sócrates estava a comprar os seus próprios imóveis com o seu próprio dinheiro? Como é que voltariam à sua titularidade? E se o amigo morresse? Deixava-lhos em testamento? Não percebo como uma fantasia de crianças dessas chegou tão longe.
Lucas Galuxo, também tenho grande curiosidade em ler o acórdão da Relação. Pelo que o i conta, o registo é assustador pelo primarismo mental e preconceitos morais. Aliás, algo positivo que pode nascer deste caso é ficarmos a conhecer melhor alguns dos déspotas que ocupam posições de tanto poder em Portugal, os juízes. É um poder que, pelos vistos, ninguém controla, fiscaliza, sequer sabe o que lá acontece ao nível da qualidade humana desses soberanos.
Corvo Negro, qual volta-face? Onde foi que eu alguma vez disse algo que contradiga o que afirmo a respeito de factos?
és capaz de ter razão, ainda agora ouvi o matos correia na sicn dizer que o antónio costa se deve demitir do cargo de secretário-geral do ps caso não se prove documentalmente que o governo, passos e núncio incluídos, sabia da lista vip e de manhã li um acordão sobre a prisão do sócras que parecia escrito peço dâmaso. portanto já estou à espera de tudo, no aspecto legal vai depender do grau de contaminação de quem o julgar. o julgamento político já foi feito, independentemente do que acontecer na justiça, haverá quem goste, quem deteste e uns parvos como tu que resolvem ir à procura do graal quando a coisa aquece. tou danadinho para ver resultados das escavações no grupo lena e a quantidade de esqueletos psd que a investigação vai desenterrar.
Lucas Galuxo, a questão dos imóveis tem sido explorada, no plano da suspeição, a partir dos valores por que foram comercializados.
ignatz, larga o tinto.
Valupi
É justamente isso que recuso: deslizar das circunstâncias que se estranham para as suspeitas que se entranham (para parafrasear Fernando Pessoa).
Por isso me recuso a sequer tomar conhecimento do que vem nos jornais sobre a vida privada de José Sócrates, Santos Silva e outros. Não tenho esse direito, e não leio os artigos que, pelo título, adivinho abordarem essas matérias.
Ainda há uns «líricos» assim, é verdade, e suponho que não serão tão poucos como isso.
dsm, farás o que bem entenderes, mas tal não altera o tema sobre o qual quiseste vir aqui botar faladura. Quando me refiro às dúvidas que a história contada por Sócrates levanta não estou a tomar partido pela acusação – estou é a reconhecer que a investigação não nasceu do nada. E todos os magistrados que até agora se pronunciaram por dever profissional sobre este caso confirmam que há matéria a justificar as medidas tomadas.
Ora, toda esta gente poderá estar enganada ou a querer enganar-nos, é uma possibilidade. Mas será a possibilidade mais provável? Compete à defesa de Sócrates desmontar as eventuais injustiças que estejam a ser cometidas contra o seu cliente. Até agora, tem sido um fracasso (quase) completo nesse sentido.
Valores comercializados? Vejo nisso prova irrefutável de má fé. Se Sócrates tinha facilidade de receber o “seu” dinheiro em envelopes e malas porque raio iria transferir a titularidade das suas propriedades? Para que é que iria fazer um empréstimo a um banco? Para disfarçar? E se não estivesse de consciência tranquila iria expôr-se a um terceiro (motorista)? Só fantasias.
Lucas Galuxo, não tenho qualquer dificuldade em alinhar com a tua opinião. Contudo, não acredito que o Rosário Teixeira avançasse para um caso com este peso público e político sem estar convencido de poder sair dele como vencedor. Por exemplo, não sabes o que estará nas escutas, as quais se arrastaram por meses e meses, fora o resto que poderá apanhar o período governamental. Por outro lado, a história criminal está cheia de figuras que pareciam incapazes de fazer mal a uma mosca ou que cometeram actos estúpidos e muito estúpidos.
O que quero frisar com esta pose de pseudo-advogado do Diabo é o seguinte: não se deve colocar Sócrates acima do Estado de direito. Pelo contrário, querer o melhor para Sócrates passa por defender com tolerância zero o Estado de direito.
Valupi
Sinto-me autorizado a concluir que Sócrates nunca admitiu «um comportamento» que admite (ele, Sócrates) «suscitar dúvidas legas, e morais, por diferentes razões». Admitiu sim «um comportamento» que Valupi considera «suscitar dúvidas legais, e morais, por diferentes razões». Era essa a minha dúvida. Obrigado pelas suas respostas.
dsm, tens toda a razão. Se te levei a esse equívoco foi por responsabilidade da minha expressão.
“a investigação não nasceu do nada”.
Até agora, pelo que foi publicado, sim, nasceu do nada e da arbitrariedade. Ou da vontade de perseguir uma pessoa para arranjar qualquer coisa que sirva a contar uma história. Como é que começa a investigação? Como é que se começa a fazer escutas a um vulgar cidadão? São coisas que queremos avaliar com muito pormenor quando o processo fôr público.
Lucas Galuxo, mesmo que se admita a tese da conspiração política na origem da investigação, o que até agora sabemos do caso revela que havia material para alimentar suspeitas. As quais não desapareceram com os primeiros interrogatórios e as quais têm justificado as medidas mais extremas para a condição de arguido.
Sócrates, logo numa das primeiras declarações, afirmou que a suspeita sobre ele era “absurda”. Pois bem, tal ainda não foi demonstrado, pois a acusação, logo na noite da sua detenção, tratou de inundar o espaço público com versões onde o que aparecia como absurda era a inocência de Sócrates.
A verdade é a de que Sócrates ainda não conseguiu apresentar qualquer resposta eficaz contra o caudal das suspeições.
“… a questão dos imóveis tem sido explorada, no plano da suspeição, a partir dos valores por que foram comercializados.”
o problema é que tu comes qualquer merda que a pasquinada te mete no prato. os valores da comercialização dos imóveis da mãe do sócras foram € 600.000 heron, € 100.000 t3 cacém e € 75.000 t3 cacém, depois disso os preços baixaram. tens aí 2 links para comparares com os preços actuais e deixares de dizer asneiras.
http://casa.sapo.pt/Venda/Apartamentos/Lisboa/Santo-Antonio/Rua-Castilho-(Sao-Mamede)/?sa=11
http://casa.sapo.pt/Venda/Apartamentos/T3-ate-T3/Sintra/Cacem-e-Sao-Marcos/Centro-(Cacem)/?sa=11
ignatz, larga a vinhaça e vai explicar isso à pasquinada.
“A verdade é a de que, até agora, Sócrates ainda não conseguiu apresentar qualquer resposta eficaz contra o caudal das suspeições.”
claro que não, a relação diz que não há fumo sem fogo e o supremo diz que não tem nada a ver com isso. o que o gajo deveria ter feito era pirar-se, como fez a felgueiras, e regressar para o julgamento.
cadê o novesforanada? se calhar substabeleceu no valupi.
“algo positivo que pode nascer deste caso é ficarmos a conhecer melhor alguns dos déspotas que ocupam posições de tanto poder em Portugal, os juízes. É um poder que, pelos vistos, ninguém controla, fiscaliza, sequer sabe o que lá acontece ao nível da qualidade humana desses soberanos.”
A narrativa do MP sendo homologada pelos juízes da relação e do supremo não deixa de ser uma narrativa baseada em suposições e julgamentos morais em detrimento do Direito. Nem todos os homens que chegam à magistratura possuem cultura democrática e qualidades humanas para a exercerem. Alguns serão delinquentes? Não sei, mas que os há noutras classes profissionais, há!
Já agora, podem dar um espreitadela no Camara Corporativa e ler aí como a corporaçâo dos magistrados estará a servir, bem fria, a vingança, por Sócrates ter beliscado alguns dos seus privilégios. Escreve o Abrantes que, no acórdão da Relação, se faz chalaça com o perseguido e preso!!! A este nível da Justiça! Já agora, Val, qual o motivo para fabricar a história do Freeport, a não ser o facto de calhar ser Sócrates o ministro da tutela e a história ser possivel de ser inventada? E as escutas no Face Oculta, ao Vara para apanhar Sócrates? Sei que lhe custa admitir tanta filhadaputice, mas estamos perante a escumalha dos agentes da justiça. Bastou verem-se livres de Pinto Monteiro e de Noronha de Nascimento para tomarem o freio nos dentes e darem largas à sua vingança. Sócrates está perdido, a não ser que aconteça, neste país de pasmaceira, um sobressalto cívico, que ponha freio às bestas.
Mais uma nota 20 (na escala de 0 a 20) para a Maria Abril às 8:49. Quem escreve assim, não tem artrose nos dedos para teclar. Muito bem.
grande, imenso, Val – que me pica, excita e incita ao conhecimento. viva o Val! viva a Primavera! :-)
Pergunta simples: Se Sócras enriqueceu de forma ilicita, como consegue ter um clube de fãs tão vasto?
Outra pergunta simples: Porque é que Sócras tem um amigo que lhe empresta tanto dinheiro (a fundo perdido) e … mais ninguem consegue ter assim um amigo?
Valupi,
Se tudo é tão claro como defende no seu papel de advogado do Diabo, que raios espera o MP para acusar ?!
OK, ainda terá umas quantas pontas soltas! Mas então acusa-se um ex PM de corrupção e prende-se preventivamente o gajo com tantas pontas soltas que nem sequer se consegue produzir uma acusação sólida ?! Leu o acordão da relação? Se leu, diga-me: o que encontra naquele texto que lhe pareça “sólido”?
A teoria dos três tribunias é uma falácia. Mesmo que não tivessem agido corporativamente, pronunciam-se me planos distintos. Qualquer tribunal que liberte Sócrates põe em causa a credibilidade das instituições basilares da justiça. Parafrazeando o outro, poder-se-á dizer que os meritissimos serão tolos, porque não ?! Mas assim tanto, tb não! E se sim, porque razão?
Maria Abril, não entendo as tuas questões. Sempre denunciei o que me pareceram conspirações políticas nos casos Freeport e Face Oculta. E não só, como também a propósito dos ataques a Pinto Monteiro e Noronha do Nascimento. E ainda a respeito da Operação Marquês.
Só que há aqui uma novidade neste último caso: Sócrates foi mesmo constituído arguido. Ou seja, o Ministério Público, com o aval do juiz de instrução, considerou haver matéria de facto para tal. É esta a questão, e mais nenhuma outra, que nos deixa com uma dúvida que só o final do processo promete esclarecer.
Do ponto de vista da defesa, seja a de Sócrates ou a de Santos Silva, há batalhas a serem perdidas para a acusação, embora a guerra não esteja acabada.
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MRocha, não sei a que te referes quando dizes que é “tudo tão claro”. Muito menos entendo a relação com a eventual acusação. Que foi que escrevi que permita uma acusação? Apenas me limitei a olhar para o caso do ponto de vista de quem vê nele matéria suspeita.
Não li o acórdão da Relação. Se sabes onde está, manda aí, please. Do que foi tornado público, temo o pior para a defesa do Estado de direito, mas pode ser uma impressão errada.
Quanto aos tribunais, a questão deve ser colocada ao contrário: se acaso o Supremo ou a Relação, mais ainda se ambos, tivessem dado razão à defesa, não estarias agora a dizer que eles é que tinham julgado correctamente o processo? Acaso não viria a defesa de Sócrates, e se calhar com 200% de razão, a usar as decisões de um tribunal contra as decisões de outro?
A Justiça é feita através de opiniões, não de matemáticas. Daí ser necessário respeitar as opiniões diferentes das nossas se é respeito o que também exigimos para o que julgamos como correcto.
Comove-me o argumento segundo o qual seria improvável toda esta iniciativa do MP se não houvesse nada que o justificasse ! Basta-me que os jornais nos tomem por ingénuos incipientes. Não precisa o Valupi vir para aqui tirocinar de cabreiro para ajudar a converter-nos em borregos acéfalos.
Caguei na questão moral ! Basta-me não gostar do timbre de um gajo ou da gravata que usa para não votar nele. Não é de eleições que tratamos. Sócrates não se está aqui a candidatar a porra nenhuma. O que me fode é que de uma só penada o MP , o jornalismo, e muita gente, põem em causa principios elementares da relação de confiança dos cidadãos com as instituições básilares da republica e ninguém parece dar por isso. Não se prende um ex PM para ir descobrir se o gajo foi ou não corrupto, foda-se ! Ou se sabe de certeza segura que foi corrupto e se avança com uma acusação fundamentada, ou se está caladinho! A gestão deste processo nunca será inócua: ou se queima ainda mais confinaça na politica ou se descrê definitivamente na justiça ! Não há aqui vencedores! Só fodidos !
Valupi,
Não sou jurista! Mas se bem entendi a coisa, quer o Habeas Corpus quer o recurso, tinham por objecto a prisão preventiva. A fazer fé no que li dos acordãos, ambas as recusas se fundamentam no perigo de perturbação do inquérito e de destruição de prova ! Parece-te um bom fundamento ? Ok, admitamos que possa ser assim. Então investiga-se um ex PM por corrupção e vamos prender o gajo e dar publicidade ao caso sem estar ainda na possa de tudo o necessario para fundamentar uma acusação de betão ?! Parece-te normal ?!
Hum…não me apetece repetir sobre o 44. O homem «está feito», atacou quando não devia e, no seu ataque, utilizou a politização da causa, ofendendo o sistema estabelecido pela lei, que ele próprio não alterou enquanto governante. Nesta altura já desperdiçou a oportunidade que teve de rever os pressupostos da medida de coação, gerando um conjunto de considerações que fazem antever o que vai ser o seu julgamento. Se persistir na postura que até aqui tem protagonizado, e se meter na Instrução Criminal, volta a disparar contra ele próprio. O magistrado da investigação tem nesta altura mais empenho no estabelecimento da matéria de facto, a entregar ao magistrado do julgamento, evidentemente.
Estulto é o que pensa que tão gravosa medida de coação foi aplicada sem um mínimo de correspondência com a culpabilidade do arguido. Mais estulto será se se ativer no regresso do homem ao país, como anulando o pressuposto da aplicação da prisão. O preso pecou por menosprezar a inteligência da justiça, enganou-se a ele, continua a enganar-se e, no meio de tanto, engano, com tanta reflexão na cadeia, será que não pensa que tem dado tantos tiros nele próprio que já gerou cicactrizes definitivas? Até o conceito de altruísmo é discutido em sede de apreciação de habeas corpus e , porque não, se é no mesmo que o arguido fundamenta a sua defesa (?) apesar de não ser a sede própria para o fazer.
Caricato, também, os IGNORANTEZES que venerando a ignorância, e atrevendo-se a comentar o que não sabem, e declaradamente desconhecem, ainda assim, fazem hinos ao desconhecimento, e, a final se baseiam no que condenam – os jornais. Façam um favor até à vossa democracia – não votem. Correm o risco de eleger um sacana que se está a borrifar para o interesse público e privilegia o particular, de resto, bem ilustrado neste caso, em áreas geográficas do planeta politicamente elucidativas no que concerne aos direitos do homem e democracias veneradas…..
Rodrigues a puta da questão é mesmo essa. Pelos vistos enquanto é o diabo na berlinda há muita gente a esfregar as mãos de contentes. Quando derem por ela serão eles os próximos a serem enrabados.
Sobre a questão dos “indicios muito fortes” referidos pela Relação !
Se eu convidar várias vezes uma mulher casada para sair , lhe pagar os jantares e no dia seguinte lhe enviar flores, isso pode ser considerado um “indicio muito forte” de adultério, certo ? Mas já foi concretizado ? Ou ando a investir nessa possibilidade ?
E já agora, o 44 deve refletir nisto: em regra quando há recurso da decisão final, o arguido é solto até sindicar-se a sentença condenatória. Mas que não se fie…porque pode acontecer que por motivos devidamente fundamentados, o homem continue preso. O advogado devia fazer um retiro. Um monte alentejano serve perfeitamente, além de que está perto do cliente, para esclarecer qualquer dúvida. Deve esquecer o caminho dos media…não lhe fica bem falar ao povo e só prejudica a causa do preso.
A Lourenço, essa, pode ser que aprenda a não utilizar o boletim da OA, coitada, pensou que era figura para isso….
Ó …comentador Rocha, e os crimes que se falam são puníveis na forma tentada ou só na consumada? É que a tentativa em direito penal também é punida, dependendo do bem jurídico que a Comunidade protege. Por isso, o seu exemplo nem chega a ser exemplo.
Rodrigues, acho que te estás a tomar por borrego sem a minha ajuda. Não contes comigo para essa tua pancada.
Quanto à questão da confiança nas instituições, pois todos, a começar pela defesa de Sócrates e a acabar em ti, possuem os instrumentos para intervir no campo legal e cívico. E é isso mesmo que foi anunciado pelo João Araújo, dizendo que vão levar o caso para outras instâncias e disparando contra as decisões tomadas. É isso que há a fazer. E, calhando virem a recolher razão, haverá consequências tremendas. Mas será que terão a sua razão validada judicialmente? Temos de esperar. Entretanto, tu podes dizer o que te apetecer e fazer o que te der na gana.
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MRocha, não é a mim que compete opinar sobre a validade dessa argumentação nesse contexto, posto que não conheço o processo nem sequer sou jurista. Do que falo é da realidade de haver um crescente peso a favorecer o lado da acusação, é a consequência da intervenção do Supremo e da Relação a favor das teses do MP.
ò JPFERRA, desde que deram fala aos encardidos, estes pensaram que chegaram e dominaram com o seu particular idioma – o da porcaria. Mas a realidade é outra – acho que nem o circo aceitaria palhaço tão sem…jeito ou, aliás, com muitos jeitos.
valupi.vi ontem a capa do i e ela trazia tudo o que interessava.estes senhores não estavam interessados em vender o jornal, mas a noticia a soldo de alguem.a justiça já se deve ter apercebido que acusar socrates vai ser dificil,como tal há que destrui-lo politicamente.provar que aquele dinheiro ,surge de favores contruais tem que ser provado o que é muito dificil.
As outras instâncias – supranacionais – regem-se por articulados normativos estritos que não admitem as interpretações extensivas da defesa de Sócrates, não se metem na função legislativa do Estado do peticionante. A estratégia da defesa deve ser outra – mude-se o advogado e o arguido deve afastar-se das manifestações públicas sobre o processo. Fale em sede própria e devidamente – o que até aqui não aconteceu.
Oh, numbejonada,
Então e quem é que sabe ao certo o que me vai na cabeça quando lhes pago os jantares ? Ou nunca levou a jantar senhoras casadas sem tencionar levá-las para a cama ?
Gostei imenso do seu outro comentário, numbejonada ! É isso mesmo : RESPEITINHO ! Tivesse o Sócrates tido mais respeitinho pelos senhores magistrados e outro galo cantaria ! Assim se percebe porque não diz nada o inquilino de Belém ! Ele tb é todo dado ao respeitinho , tanto que nem convivia com a mulher com quem o sogro se tinha amancebado ! Assim é que deve ser ! E viva SALAZAR!
Há uns quantos que me lembram os treinadores de futebol, quando perdem. Ainda assim, continuam a dizer que saíram vencedores….e a repetir as mesmas asneiras no jogo seguinte. Boue boltare ao ótro módu, aie sísifo que num te cansas, pá. poupa-te no esforço, meue, já sabes que a pedra rola sempre na mesma maneira, pá.
ò Rocha, biba Salazar, pois, que num enriquiceu com o dinheiro dos ótros e tabalhoue para o oiro que os democratas abrilistas saneadores lixaram, num é? ò pá, eu num te bou responder à primeira questãoe, porque a gente já bimos que temos balores e murais diferentes, tás a bere? oqueie.
Tameie num me boue repetire pá, tu num alcançaste o que foi escrito pá, ora lé ótrabez e reflete pá. tu concluies o que quiserres tás a bere? mas daíe a habere currespondencia com o espirito do ótorre baie moita distanssia. oqueie.
oh novesforanada, esse disco do deus, pátria, autoridade tá riscado. tamos fartos de te ouvir pregar obediência cega aos ungidos do cej e depois chamares carneiros aos que não alinham no pensamento único. o só carneiro queria “uma maioria, um governo, um presidente”, vocês locupletaram-se com o estado, alambazaram-se com a administração pública, assaltaram os privados e ainda querem reeducar o pessoal.
E isto, não merece um “exactissimamente “??
http://www.jn.pt/Opiniao/default.aspx?content_id=4464550&opiniao=Cristina%20Azevedo
ÍGNORANTEZES, pá, noves fora nada éze tu, pois dizes zero e repetes zero, purque penças que somando muitas bezes o zero chegaas a algu, pá, tás a bere? eu sou aprova reale, pá, prova real.
Óbe, cala-te, baie cumprrare uma camisa aos quadrados, aregaça-lhe as mangas e baie manifestar a tua sabdorria ao ece tèjóta, tás a bere? hum? atãoe já fizestes o requerimentu, hum, com toda a berdade e só a berdade? bá lá, baie demonstrare a maldade e a munstruósidade do pruxexu. a pruoópósitu sabes que tens de te cingire ao puxexu, num é? oqueie.
óbe, cum tantas perçonalidades que tu teins, taméie debias terre bárias formas de pençare, num é? hum, hum?
boue a almuçare, ainda num seie beie o que boue atacaree. oqueie.
o papagaio do meu vizinho repete aquilo que lhe dizem com melhor qualidade que tu. fónix, falta de imaginação. só aqui é que te dão trela, mas acho que vais ficar espernear até se acabarem as pilhas ou asfixiares no metano que produzes.
MRocha, dado seu carácter de testemunho, merece outro título.
INORANTEZES, tue e os teus deribatibos, éze o único a dizerre isso. Bá, cunfrónta as cousas cum savedorria, quando se gasta inergia a qualóficare os ótros é puqre num há nada a dizere, num é? hum? atãoe o requerimento baie abançado? oqueie.
papagaio éze tue que tincóstas nos liques, ganda maluka. oqueie.
Valupi, sentirme-ei um perfeito ovino sempre que deixar de me indignar com o que quer que seja, mesmo sob a forma de mera sugestão, que insinue a normalidade deste processo e a bondade da acção do MP e dos tribunais.
Culpado ou inocente, a prisão de Sócrates incomoda-me. Mas incomoda-me muito mais assistir à forma como o poder politico democràtico e o estado de direito estão prisioneiros do poder judicial. MJMorgado foi das poucas vozes que falou claro sobre esta matéria: a magistratura acha que devia ter uma palavra prévia sobre a “honestidade” de todos quantos tencionem representar a República. Tal como no acesso aos aviões, está instalado o principio da desconfiança: somos todos potenciais criminosos até que um meritissimo qq nos enrabe para certificar que não levamos bombas enfiadas no cú! Prefiro ficar em terra a embarcar nesses voos de obedientes repeitosos!
«incomoda-me muito mais assistir à forma como o poder politico democràtico e o estado de direito estão prisioneiros do poder judicial»
Ponhamos, então, o poder político com o PODER absoluto de decisão judicial, que na verdade já existe com o Tribunal Constitucional. O Estado de Direito Democrático é aquele que legitima o poder judicial…
Pessoalmente, incomoda-me que os portugueses, ditos democráticos, moralistas e moralizadores, civicamente corretos, se incomodem com quem, conhecendo a sede judicial, entenda que um PROCESSO JUDICIAL corre termos e que se estes estiverem incorretos, têm a possibilidade de ser sindicados por QUEM tem legitimidade para tal.
Até aqui, assistiu-se a uma peregrinação com hino a Évora, defendendo a inocência do arguido Sócrates. Só que tal defesa nem sequer ADMITE contraditório, ataca sim aqueles que, perante documentos e outras diligências, entendem que é de promover uma investigação que, para ser assegurada, pede a prisão preventiva. Esta, pela sua natureza, designadamente o facto de coartar a liberdade do cidadão, tem de estar devidamente fundamentada. Ora, assistiu-se a uma onda de requerimentos com indeferimento recorrente. Não obstante, os ditos defensores da equidade e da moralidade, do correto, não admitem sequer que o seu ídolo tenha feito o que não devia. Ele é imaculado. Os outros é que são maus, e assim são porque têm PODER. Fecham, porém, os olhos ao que pode vir a ser um facto judicialmente provado – enriquecimento ilícito, disfarçado sob uma insolvência pessoal, que, apesar de atual, nunca foi declarada. Foi esquecida em Paris. O critério IMPORTANTE «bonus pater familiae» esse é que parece ter muito PODER – talvez se o cidadão médio não fosse tão igual aos IGNORANTEZES do dispensário, a medida de apreciação judicial fosse outra. E se a ARROGÂNCIA do detido e/ou de quem o representa fosse mais…humilde, talvez, os pressupostos da aplicação da medida se alterassem. Porém, parece que há algo mais que justifica o perigo de fuga. O arguido está errado desde o começo e continua a errar tremendamente.
Se António Costa foi o nº 2 do sócrates, por que raio se for 1º ministro se exige que governe de forma diferente ?
ouvi??? será que ouvi um cão a ladrar?
Numbejonada,
Não me foda ! Tenho na horta repolhos que produzem melhores argumentos que os seus. Caguei para empreendimentos moralistas sobre quem está ou deixa de estar imaculado . O que não tolero é que um processo judicial contra um PM seja gerido com o amadorismo que está á vista. Um amadorismo tão bacoco que tresanda a má-fé ! O que poderia esperar uma magistratura de boa-fé da iniciativa de prender preventivamente um ex PM para o investigar ?! Diz-me ?!Quem é que, com dois palmos de testa funcional, acha que a melhor forma de apurar a verdade dos factos indiciados seria a prisão preventiva e a publicidade do processo ?! Em rigor, quem é que perturbou o inquérito e estaria na origem de uma potencial alteração da ordem pública se o rebanho nacional não fosse composto maioritáriamente por respeitosos merinos ?
Caro RODRIGUES, eu nunca faria uma coisa dessas, pois que tenho excelente gosto. Oiça, meu caro, trate então da horta e dos repolhos, e aplique-lhe o estrume que alega em seu post. Porém, o aconselho a mudar de ingredientes, pois corre o risco de nada ver crescer. Como temos portugueses tão ignorantes é algo que não entendo. E votam, e votam, esse é que é o problema.
Faça um favor à democracia – não vote.
É isso mesmo, numbejonada !
O direito ao voto devia ser um direito exclusivo de uma elite de iluminados, possivelmente indigitados por alguém que nunca tenha dúvidas e nunca se engane ! Aos ignorantes, entre os quais me conto, sobra-nos o espanto perante a cegueira intelectual e a estupidez militante em que desagua a arrogância dos que nascem cheios de certezas, os mesmo que fazem a apologia da obediência á normalidade, do respeitinho, da continência aos poderes fáctuos e outras vénias , ao ponto de se sujeitarem ao absurdo exercicio de spin para tentar convencer os néscios que afinal o rei não vai nú !
Ò comentador Rodrigues, uma vez que sabe tão bem a lição, porque não a apregoa aos seus repolhos, pois esses não o contraditam. Para discutir um assunto, deverá conhecer regras e matéria, e não partir para absolvições à revelia de um julgamento a que TODOS, têm direito. Deve, ainda, ENTENDER o que aquele que de si discorda diz, o que é diferente de pôr-lhe na boca o que pensa ter entendido.
Os repolhos, pois, sim, era o que faria com muito melhor proveito, comentador numbejonada, não se desse o caso de estar de chuva !
No mais, guarde para outros as suas omilias, pois a mim não me catequiza . A sua retórica serve senhores que não venero ! O que vc pretende, demonstrar a “normalidade processual” do caso 44, Iludirá os crentes na fé de que, àquela encarnação do mafarrico, será sempre pouco todo o mal que lhe possa acontecer. A sua retórica serve senhores que não venero. Prossiga de cátedra baixa para quem se deslumbra com as suas iluminuras. A este repolho, não engana !
foda-se ó rodrigues, que grande postas!
mas eu suspeito que, por muita tareia que leve, a “dor de dentes com acesso à net” não vai parar de meter nojo.
portanto, serve este para que, quando disso te aperceberes, saberes que não foi tudo em vão e que a malta apreciou.
Caro Rodrigues, pois eu escolho quem quero catequizar, sendo certo que aqueles que não escolho mas vêm ao meu encontro, o fazem por se aperceberem que a sabedoria e o discernimento residem desta banda.
Continue a sua pregação aos moucos, que esses não o contraditarão, e note que não sou eu que fui ao seu encontro, mas mais uma vez, um tresmalhado veio até mim. O livre arbítrio é seu, meu irmão, sendo naturalíssima a sua reação quando encontra uma mente que não está ao nível da mediocridade.
BTW, a sua bola de cristal desorienta-o, pois que nada lhe diz sobre quem venero ou deixo de venerar – dou-lhe, contudo, uma dica – não tolero alegados democratas burros, invejosos e, por tudo isso, limitados. Por isso, Péricles não deixou todos «levantar o braço».
Agora, tenho de bocejar, meu caro….