Em que parte deste planeta terá ocorrido o tal casamento que levou um ex-Presidente da República, ex-primeiro-ministro, ex-ministro, ex-presidente do PSD, líder máximo da direita portuguesa, o político com mais anos de actividade à conta do erário público, a não ter meia hora para ir votar numas eleições autárquicas a 4 dias da celebração da Implantação da República? Terá sido no Cavaquistão?
Ao que parece, o Dr. Cavaco estava na Escócia, o que de modo algum justifica o não ter votado. Podia e devia ter votado antecipadamente, a isso era obrigado, pelas funções que ocupou ao longo da sua já longa carreira politica. Mas o seu onirismo não o permitiu.
O Cavaco é o jogador com mau perder;
É o amigo que não toma partido;
É o colega ao qual não confiamos um segredo;
É a pessoa de quem se desconfia quando uma delação é feita;
É a pessoa que se diz humilde porque é ignorante;
É o menino rico e mimado que desconfia, simultaneamente , do menino pobre e do menino letrado;
É o político que repete tão exaustivamente as suas mentiras que acaba por acreditar nelas.
O Cavaco foi uma pena para Portugal. E que pena os seus estimáveis familiares não terem casado naqueles nefastos primeiros meses de 1980, onde toda esta mediocridade começou a sua carreira (não digo política porque o senhor não gosta, com muita razão) politiqueira.
eu gostava era de ver fotografias da boda e da maria vestida com aqueles atoalhados que comprou no desvio não oficial à capadócia. a propósito, quem é que pagou esta viagem e foi por alma de quem?
é estípido e tem um sentido do dever que impressiona…. podia nãoter ido , mas calava. disse aquilo como se estivesse orgulhoso de não votar . eu ainda vá , agora um tipo que exerceu cargos assentes no voto ?, jesus , a senilidade não pode servir de desculpa para tudo.
Mais uma prova cabal de que Cavaco nunca passou de um vulgar oportunista que apenas pensou a política como oportunidade de um projecto de vida pessoal.
Todo o percurso de Cavaco, desde a sua declaração algo pidesca para entrada na função pública, até este episódio de não votar numas eleições nacionais depois de ocupar os mais altos cargos da Nação, precisamente, por via de eleições e votos dos portugueses que tanto elogiou nas vitórias e agora desprezou, revela a verdadeira natureza oportunista e calculista desta desprezível persona.
O consulado cavaquista pautou-se sempre tendo em atenção primeiro a sua pessoa e seus ódios, ressentimentos e vinganças e só depois os outros e os portugueses como ficou provado exuberantemente no seu melífluo comportamento perante a rejeição deliberada e anti-patriótica do PEC IV já acordado com a Europa.
A sua mesquinhez de carácter era tal que nunca assumiu com frontalidade e responsabilidade uma decisão e até os seus golpes de corrupção eram mesquinhos sem qualquer nota de grandeza (as trocas da casa da coelha, as acções do BPN, as obscuras negociatas do genro, as pressões para nacionalização do BPN onde os amigos tinham a massa e o mesmo para mudar a Ota para o Montijo onde os amigos do BPN tinham comprado os terrenos à volta, etc.) enquanto deixava os “ex-ajudantes” correligionários amigos à solta fazendo grandes assaltos a seu belo prazer e ganância.
Agora esta actitude mesquinha e perversa de total desprezo pelo acto fundamento da Democracia, novamente reveladora dos mesquinhos princípios morais e éticos desta criatura tão estúpida que faz ostentação da ignorância pensando que dessa forma se coloca acima dos políticos e da política.
Já é tarde para meter este homenzinho numa escola de reeducação e a História também não lhe perdoará.
Que dizer, então, daqueles que votaram nele repetidamente? E foram muitos, e muitos de gabarito.
Como dizia a Constança ontem, na TVI 24 (de memória):
– Nem sequer posso dizer que estou surpreendida porque dali não espero nada.
Nota, se lhe meteres uma variável sobre o que é, ou não, respeitável o resultado é +/- inquietante. Ainda assim o que é importante é que se fechou um ciclo na vida política portuguesa, [Sócrates, quem?], Cavaco, Portas e o morto-vivo Passos e alguma da tralha do PSD pertencem todinhos ao passado.
A culpa foi de Marcelo que resolveu marcar eleições no dia 1 de outubro só para chatear o Cavaco.
pfff :-) ai que riso! sim, foi no cavaquistão: a terra onde respirar – e praticar – a democracia faz mal ao sistema linfático. :-)
Não esquecer que tinha de mudar de mudar de saia ( até já conhecemos o padrão do clan do home, tartan menteur, para os menos cultos ) .