Só através do aumento das exportações (ou da produção de bens que substituam as importações) conseguiremos diminuir o crescente endividamento do País, que a prazo pode ter consequências muito graves. Só assim conseguiremos voltar a crescer e a convergir com a União Europeia. É necessária uma política económica de apoio aos sectores de bens transaccionáveis.
Programa do PSD para as eleições de 2009
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Duas ideias nesta passagem: a de que o País está a realizar o desiderato, pois as exportações aumentam; a de que o PSD não via no horizonte a nuvem do vulcão grego, falando de consequências indefinidas num tempo por definir. De facto, uma das possibilidades faladas no Verão era a de a União Europeia adiar por alguns anos a exigência de baixar os défices, pois todos os países estavam na mesma situação e a prioridade tinha de ser o crescimento, não a contenção das despesas. Ninguém podia adivinhar a crise dos mercados financeiros seis meses depois.
Quando falamos do PSD de Ferreira Leite é preciso recordar que a senhora fez uma campanha onde foi para Aveiro dizer aos jornalistas que tinha medo de falar ao telemóvel por desconfiar que era escutada, e poucos dias antes da votação chegou ao ponto de espalhar a suspeição de que a correspondência dos portugueses podia estar a ser violada, para além de ter cavalgado a galope a espionagem política do Face Oculta e as pulhices da inventona de Belém. Era esta a verdade da Política de Mentiras que um grupo decadente gizou na Lapa, julgando ir a votos na Parvónia.
Parvónia é TGV avança e #subida dos impostos indirectos, como o IVA, é a hipótese mais óbvia, mas em cima da mesa está também um cenário de tributação extraordinária do subsídio de Natal#
O facto de não terem previsto este cenário não os impede, contudo, de alardearem aos quatro ventos que se fartaram de avisar. A lata é de cortar a respiração.
Pois, pensaram que iam a votos na Parvónia, o resultado foi o que se viu. Felizmente é coisa do passado. Que diferença na oposição com este novo PSD desde que Passos Coelho assumiu a liderança. Finalmente, temos o maior partido da oposição a condizer com o País moderno que, afinal, todos (o PSD é agora um partido unido) acreditam que Portugal é, e que desejam que continue a ser no futuro. Surgem ideias construtivas e plausíveis, no sentido de se resolverem os problemas, os de sempre e os aparecem todos os dias. Os catastrofistas deixaram de ter o protagonismo que tinham na comunicação social. O Cavaco, por falta de margem de manobra, já não faz oposição ao Governo. Já ninguém naquele partido está interessado nas escutas do Face Oculta para derrubar o primeiro-ministro. Até os blogues que não atacam Sócrates podem finalmente postar à vontade sem serem acusados de não passarem de assessorzecos do Governo. Só me espanta o facto de ainda não terem desviado o rumo da nuvem de cinzas, que tantos prejuízos acarreta para o País. Tenho de ler o livro de Passos Coelho, aposto que até isso há-de estar lá bem previsto e explicado.
guida, quanto às cinzas o PS já tratou disso. Pensa que as turbinas eólicas servem só para produzir energia? ;)
Veja, que bem visto. Lá está, o PS é à prova de asfixias, venham elas de onde vierem. :)
Lamentavelmente, estes senhores nunca explicaram como aumentavam as exportações se fossem governo. A teoria do facilitismo criada em torno deste tema é confrangedora. Detalhando, até parece que uns apostam no desenvolvimento do país e os restantes, o que querem é mesmo viver mal porque não apostam nas exportações que não existem, nem nunca existiram significativamente, excepto a exportação de mão de obra desqualificada.
De facto estamos mesmo num pais de maioria parvónia …